08 outubro 2024

Liberdade


Nos meus cadernos de escola

Nesta carteira nas árvores
Nas areias e na neve
Escrevo teu nome

Em toda página lida
Em toda página branca
Pedra sangue papel cinza
Escrevo teu nome

Nas imagens redouradas
Na armadura dos guerreiros
E na coroa dos reis
Escrevo teu nome

Nas jungles e no deserto
Nos ninhos e nas giestas
No céu da minha infância
Escrevo teu nome

Nas maravilhas das noites
No pão branco da alvorada
Nas estações enlaçadas
Escrevo teu nome

Nos meus farrapos de azul
No tanque sol que mofou
No lago lua vivendo
Escrevo teu nome

Nas campinas do horizonte
Nas asas dos passarinhos
E no moinho das sombras
Escrevo teu nome

Em cada sopro de aurora
Na água do mar nos navios
Na serrania demente
Escrevo teu nome

Até na espuma das nuvens
No suor das tempestades
Na chuva insípida e espessa
Escrevo teu nome

Nas formas resplandecentes
Nos sinos das sete cores
E na física verdade
Escrevo teu nome

Nas veredas acordadas
E nos caminhos abertos
Nas praças que regurgitam
Escrevo teu nome

Na lâmpada que se acende
Na lâmpada que se apaga
Em minhas casas reunidas
Escrevo teu nome

No fruto partido em dois
De meu espelho e meu quarto
Na cama concha vazia
Escrevo teu nome

Em meu cão guloso e meigo
Em suas orelhas fitas
Em sua pata canhestra
Escrevo teu nome

No trampolim desta porta
Nos objetos familiares
Na língua do fogo puro
Escrevo teu nome

Em toda carne possuída
Na fronte de meus amigos
Em cada mão que se estende
Escrevo teu nome

Na vidraça das surpresas
Nos lábios que estão atentos
Bem acima do silêncio
Escrevo teu nome

Em meus refúgios destruídos
Em meus faróis desabados
Nas paredes do meu tédio
Escrevo teu nome

Na ausência sem mais desejos
Na solidão despojada
E nas escadas da morte
Escrevo teu nome

Na saúde recobrada
No perigo dissipado
Na esperança sem memórias
Escrevo teu nome

E ao poder de uma palavra
Recomeço minha vida
Nasci pra te conhecer
E te chamar

Liberdade

Paul Éluard
Tradução de Carlos Drummond de Andrade e Manuel Bandeira


Sur mes cahiers d’écolier
Sur mon pupitre et les arbres
Sur le sable de neige
J’écris ton nom

Sur toutes les pages lues
Sur toutes les pages blanches
Pierre sang papier ou cendre
J’écris ton nom

Sur les images dorées
Sur les armes des guerriers
Sur la couronne des rois
J’écris ton nom

Sur la jungle et le désert
Sur les nids sur les genêts
Sur l’écho de mon enfance
J’écris ton nom

Sur les merveilles des nuits
Sur le pain blanc des journées
Sur les saisons fiancées
J’écris ton nom

Sur tous mes chiffons d’azur
Sur l’étang soleil moisi
Sur le lac lune vivante
J’écris ton nom

Sur les champs sur l’horizon
Sur les ailes des oiseaux
Et sur le moulin des ombres
J’écris ton nom

Sur chaque bouffées d’aurore
Sur la mer sur les bateaux
Sur la montagne démente
J’écris ton nom

Sur la mousse des nuages
Sur les sueurs de l’orage
Sur la pluie épaisse et fade
J’écris ton nom

Sur les formes scintillantes
Sur les cloches des couleurs
Sur la vérité physique
J’écris ton nom

Sur les sentiers éveillés
Sur les routes déployées
Sur les places qui débordent
J’écris ton nom

Sur la lampe qui s’allume
Sur la lampe qui s’éteint
Sur mes raisons réunies
J’écris ton nom

Sur le fruit coupé en deux
Du miroir et de ma chambre
Sur mon lit coquille vide
J’écris ton nom

Sur mon chien gourmand et tendre
Sur ses oreilles dressées
Sur sa patte maladroite
J’écris ton nom

Sur le tremplin de ma porte
Sur les objets familiers
Sur le flot du feu béni
J’écris ton nom

Sur toute chair accordée
Sur le front de mes amis
Sur chaque main qui se tend
J’écris ton nom

Sur la vitre des surprises
Sur les lèvres attendries
Bien au-dessus du silence
J’écris ton nom

Sur mes refuges détruits
Sur mes phares écroulés
Sur les murs de mon ennui
J’écris ton nom

Sur l’absence sans désir
Sur la solitude nue
Sur les marches de la mort
J’écris ton nom

Sur la santé revenue
Sur le risque disparu
Sur l’espoir sans souvenir
J’écris ton nom

Et par le pouvoir d’un mot
Je recommence ma vie
Je suis né pour te connaître
Pour te nommer

Liberté

04 outubro 2024

Não há novidades se não forem negativas

Há um sócio muito engraçado que escreve uns livros: Alain de Botton e tem uma escola de autoconhecimento chamada https://www.theschooloflife.com/

Confesso que não tenho grande pachorra para este tipo de pessoas, que acham ter ciências exatas para todo o tipo de pessoas e vidas, mas comecei a ler e batia certo.

Resolvi passar este amor a vocês com o risco de ser gozado: todos temos olhares e sorrisos juntos que lembram as nossas amizades, façamos o nosso melhor por dar Bons dias cheios de vida

O ódio a si mesmo disse logo à entrada para eu em vez de matar quem fui e sou para procurar os teus/meus pontos fortes e tentar trazê-los de volta para ti/mim.

Passamos muito tempo a jogar contra nós mesmos e a matar quem somos em vez de tentar viver bem connosco e aproveitar as nossas virtudes e qualidades.

Amemos quem somos e queremos ser em vez de cairmos no ‘ódio a nós mesmos’.

Estou em crer que vos estou a pedir o contrário do que o livro nos conduzirá, mas se fizer nascer 20 sorrisos estúpidos agora, já terá valido a pena ou talvez não.

O mundo não é tão feio como os telejornais fazem crer/parecer: aquilo é só a perspetiva mais negra, há muitas cores no arco-íris.

Há um mundo negro de hospitais, trânsito, de guerras, mortes, soldados, envenenado, cinzento, pesado, há!

Mas também há poesia e gente que nasce, textos que se escrevem, olás, em amor, abraços, gente que aprende, mundos leves e claros que acalmam e dizem paz.

Invenções, música, crescer, liberdade, orquestras, sinfonias, plantas a nascer radiantes e comunidades a tornar comum.

Vamos reformular ou apostar em quem fomos, somos e queremos ser?

Se não estamos satisfeitos porque será que continuamos a errar?

 


30 setembro 2024

O gosto pela escrita




Tenho ideia que não deve ser forçado: as ideias vêm
quando e onde querem, por quererem.

Depois, escrever é conversar contigo e enriquecer
quem és.

Escrever é mágico, leva-te a voar e pensa contigo.

Tem fases em que parece fácil, parecem voar
palavras e ideias, é libertador; noutras em que te
prende, é cansativo e já não te liberta.

Escrever tem que ser treinado para ser natural
soltar-se.

E ao fim de algum tempo escrever textos (com
alguma qualidade) passa a ser natural.

Escrever é uma ótima forma de fugires a ti.

Facilita-te o pensamento, por escrito pensas melhor,
deves ter um bom espaço e tempo, calma e serenidade podes ter um texto/tema a ser escrito ao longo do dia ou de vários dias.

Um bom escritor tem que gostar de ler e dar tempo
ao texto para ganhar interesse, às vezes, estar
pressionado é bom, mas normalmente não.

Há magia na escrita, no ser e estar: há muita coisa,
feliz de quem sabe saborear a vida a cada instante e
momento.

Também pode ser uma coisa hereditária mas terá
sempre que ser trabalhada, exercitada, ganhar seu
espaço e importância.

Da escrita: dar-lhe significado e gosto, mudar-lhe os temas e tons, vesti-la.

Dar-lhe cor, som e textura, torná-la interessante de
ser lida, ouvida e pensada...

19 setembro 2024

Parece procurar o que está por detrás das coisas.

Com 78 anos morreu Maria de Fátima Andrade Belo de Carvalho que todos tratavam por Quica.

Morreu o corpo físico de mulher: tinha o dom de passar paz em seu redor, estando com ela tinhas mais probabilidades de ser feliz.

Transpirava no seu olhar terno sabedoria antiga dos que souberam viver a vida, ganhá-la, conquistá-la e vencê-la com muita ternura.

Não tem jeito para morrer, deixar de estar entre nós.

Filha mais nova de uma família de nove irmãos que reunia como um dom agregador que a vida lhe dera e juntava amigos, filhos, cunhados, irmãos, marido, netos, e sobrinhos em festas anuais.

Nunca se resignara a ser deixada de lado pela idade, por ser a mais nova; alimentara esse estar rebelde, mas tranquilo algo infantil em cada altura, em cada momento e sorria sempre muito inocente como quem procura e pede o melhor de nós.

Ela era em cada encontro, cada momento, cada instante força que recolhe, transmite e passa.

Junta à volta do olhar que tinha e jorrava energia, tem qualquer coisa de desafio aquele encanto.

Não se coaduna com a morte, é muito vida.

Ganhou o dom de se multiplicar em sorrisos, memórias, no olhar mais bonito, ficará para sempre na memória sorridente entre os que ama e por quem é amada. 

Era assim brincadeiras, travessuras, doces, mergulhos no mar, abraços e amor! 

A vida para ter sentido tem de envelhecer, ter um final, acabar, mas o teu espírito brincalhão virá muitas vezes à memória e sonhar conosco cores claras e fantasia. 

Longa vida a quem foste na tua memória sempre sorridente que só deixará ser em nós no tempo e no espaço físico.

Quem acreditou tanto nas pessoas como TU, ganhou a vida e vence a morte, como se nota no teu ensino a ser melhor dia a dia.

Não foste, só mais uma, a mais nova, que a tua vida e energia sirvam de exemplo para todos nós!

Paz à sua alma tia Quica!!!

23 agosto 2024

Agora só daqui a um ano, se nos voltarem a deixar (Bruno Nogueira)


As férias são o presente que recebemos por termos passado o ano a envelhecer a dobrar com o trabalho que depositaram em cima de nós. Achamos que são sempre curtas, que ficam mais pequenas de ano para ano, mas aceitamos, porque somos bons a queixarmo-nos, mas melhores a obedecer.



ANDAMOS A ARRASTAR
 o ano inteiro às costas na esperança de depois sermos livres, seja lá o que isso quer dizer. Até lá somos o que podemos, enquanto podemos. Acordamos e vamos resolver os problemas que estão à nossa espera no trabalho, uma secretária cheia de respostas por dar, pontos de interrogação à nossa volta, outros de exclamação a espetarem-nos as costas, e nós de cabeça erguida a lutar contra o tempo e contra todos. Somos traídos pela miragem dos dias de férias, um céu magenta que vai ficando cada vez mais longe quando damos sinais de o querermos agarrar; e como um cavalo cansado que segue o caminho que conhece sem pensar, enfiamos a cabeça no computador para que até lá o tempo não tenha o peso do tempo todo que ainda falta.

As férias são o presente que recebemos por termos passado o ano a envelhecer a dobrar com o trabalho que depositaram em cima de nós. Achamos que são sempre curtas, que ficam mais pequenas de ano para ano, mas aceitamos, porque somos bons a queixarmo-nos, mas melhores a obedecer. Somos fáceis, dão-nos pouco e sabe-nos a muito. Se ainda trabalhamos é porque queremos que cheguem os dias em que finalmente nos vemos livres de tudo, em que acordamos e temos as horas todas por nossa conta, sem que nos digam o que fazer com elas. A recompensa é curta, para o tanto que custou a lá chegar. Nas férias somos felizes porque podemos fazer de conta que mandamos em tudo o que somos. É uma gloriosa ilusão, que nos agiganta e contesta tudo o que fizeram de nós até lá chegarmos. E então, como um grito de alegria contra a avalanche que é o peso dos dias, vingamo-nos sendo melhores pais, melhores amigos, melhores maridos e mulheres, melhores tudo, porque podemos enfim ser aquilo que desde pequeninos achámos que era isto de ser adulto. Dá muito trabalho conseguir chegar inteiro até ao solitário mês de férias que nos espera, depois de uma batalha campal que se arrastou pelos outros onze. São longos meses a contrariar o que o corpo quer, e o que a cabeça precisa. E depois, quando finalmente lá chegamos, fazemos o máximo que conseguimos, tentamos que eles estiquem até ficarem do tamanho dos outros tantos que nos roubaram. Vingamo-nos em excessos, a tentar compensar as muitas horas em que a nossa cabeça achou que não ia conseguir mais, em que o nosso corpo se arrastava entre a casa e o trabalho, numa coreografia cansada de quem já não pensa, só faz, para que não haja nada a apontar. Será que no fim, quando se fizerem as contas, não nos vamos sentir roubados?

Juan Cavia

Assaltam-nos o pouco tempo que temos para andar por cá, e ainda esperam que andemos por aí com a alegria de quem é dono de si. A que porta é que vamos bater quando percebermos tudo o que perdemos? As férias são um parêntesis, uma sombra de descanso que tenta como pode disfarçar o peso do que nos espera lá fora, na vida real. Agarramos na alegria toda que andámos a juntar, e andamos pela rua com a leveza ilusória de quem sabe que amanhã é tudo nosso outra vez. Estamos tão mal-habituados que damos por nós a fazer contagens decrescentes de cabeça, para tentar perceber quanto é que ainda nos resta até à apneia dos dias de trabalho. Passamos a vida a obedecer, à procura de aprovação, que nos achem mais e melhores do que aquilo que achamos de nós próprios. Somos tão frágeis, tão perigosamente frágeis, dependentes dos outros para que possamos fazer qualquer coisa de nós. Só somos verdadeiramente livres quando nascemos, a partir daí é sempre a perder. Há dias em que achamos que ninguém manda em nós, era o que faltava, agora vai ser outra pessoa a dizer o que faço, o que sou, quando sou. Mas depois de nos passar o delírio, lá voltamos a responder ao email antes que nos despeçam, antes que já não nos queiram mais. Só somos livres quando nascemos e quando morremos, entre uma coisa e outra somos o melhor que conseguimos. É por isso que as férias valem tanto – devolvem-nos a fantasia de controlarmos os dias, a frágil ideia de sermos o que prometemos a nós mesmos, de sermos o que queríamos, donos e senhores de nós.

E no fim arrumamos a custo tudo no carro, porque já sabemos aquilo que nos espera. Fazemo-nos à estrada, e levamos na memória aquilo que conseguimos juntar nos dias felizes que estão a ficar para trás com a paisagem. Chegamos a casa, e vemos em todo o lado as marcas dos dias repetidos que estiveram ali à nossa espera. As contas costumam bater certas: o descanso há-de durar o mesmo tempo do bronze que temos na pele. Ou menos, muito menos.

Foi tão bom que custa a acreditar que agora só daqui a um ano, se nos voltarem a deixar. 


Texto escrito segundo o anterior acordo ortográfico

19 agosto 2024

Ficção e ocorrência são algo seguintes no processo de escrita!


O Miguel Esteves Cardoso fala no livro COMO ESCREVER em como as ocorrências levam às ficções.

Quem escreve deve estar atento para quando elas surgirem responder a elas criando e imaginando  sonhos que pode/deve desenvolver.
Ficcionador é do melhor que há, aliás, todos somos ficcionadores. (um amigo)

Vivemos num mundo ficcionado/inventado por NÓS todos e pelos outros.




13 agosto 2024

o Amor é ficcionado?


Nunca estamos satisfeitos, é uma característica do ser humano: insatisfação e necessidade de melhorar.

Peço imensa desculpa de vos estragar as férias mas é a verdade, lamento: Boas Férias!!!

O Amor pode ser alguém ficcionado longe no tempo e no espaço ou sempre presente no teu peito.

O AMOR não tem limites: muita gente junta tem sempre amor para sonhar, friccionar, lembrar, imaginar e/ou amar (ou não: também podem fazer guerra quando são estúpidos!!!)

Quando estamos sozinhos queremos estar acompanhados, quando sozinhos precisamos de liberdade.

Se alguém desaparece ficamos todos preocupados: outro que se fartou de viver?

Sol e calor queremos mar.

Frio e chuva queremos fogueira.

Tendo em conta que o amor tem que ser inventado, criado, imaginado é ficcionado!

Tem sempre alguma margem para ser melhorado.

Não há manuais de instruções, felizmente, para se encontrar o Amor indicado com quem partilhar a vida.

É um jogo complicado de encaixar.

Não conheço nenhum bicho do mato que prefira passar a vida a solo, apesar de tudo.

O  jogo entre lembranças, memórias, imagens do passado, sonhos, imaginações, abstrações futuras é sempre longe de aqui e do agora.

Ninguém nasce a sorrir ou calado, estava aqui tão sossegado, quem ligou a luz!?

Tanto tempo em segredo para isto!? buááá!

Ninguém nasce com desejo e à procura do amor, tanto tempo isolado do mundo levaria a pensar: quando sair lá para fora vou sorrir charmoso a toda a gente...

Mas é só choro, sangue e mucosa,

O corpo nasce em ruínas e é agarrado e passado em Amor, beijinhos e abracinhos.

Nasce fruto de um acto de amor vivido 9 meses antes entre uma mulher e um homem fartos de tranquilidade e fodem a vida toda futura e somos todos frutos dessa relação pedagógica na formação de grupos pessoas (homens e mulheres) tentando encontrar o que fazer com a vida e não nos temos saído mal.

Escrita, Leitura, Literatura, Dança, JO'S, Desporto, Cinema, Moda, Filosofia, Alimentação, Vestuário, Arquitetura, Música, Pintura, Escultura, Teatro e muito mais haverá por certo que o mundo não está nada mal esgalhado.

12 agosto 2024

Nós somos um sonho que quero tornar realidade!!!

A fuga ao agora, ao aqui, a este espaço, a este momento é inevitável às vezes. Quando queres confrontar quem és, imaginas amores que recordas.

Ali, no passado, já não era bom; ali, no futuro, será o sonho utópico que queres ser/ter, será melhor e uma realidade maravilhosa.
 

Farás tudo por ela, nela. Precisas de ter certeza que não é tudo quimera. Tens muitas qualidade e um controlo grande de quem és, confiança e queres sempre melhorar.

A tranquilidade é sempre inimiga de procurar mudar. Tentar mudar quando estamos bem é errado a não ser que possas e queiras melhorar.

Para melhorar com ela o sonho será sempre curto. O tempo devia ser sempre nosso com muita loucura aparte.

Será muito cobiçada, despoletará ciúmes por certo. Deixa-a solta com amizade e procura dar-lhe o que queres para ti: procurar largar saudades. 

Sem ela já sabes como é e com ela imaginas ser muito melhor do que já alguma vez supuseras. Queres despoletar coisas boas nela, o sorriso dela é mágico, tem magia.

Nasceu na faculdade, criou alicerces e potenciará, por certo, um filme surpresa maravilhoso: temos boa matéria prima para nos erguer.

08 agosto 2024

Depois das férias é mais fácil assinar




"Vida independente é ter o mesmo leque de opções e o mesmo grau de autodeterminação que as pessoas sem deficiência tomam como garantido."

- Adolf Ratzka

Pense no seguinte cenário mas  vota 1º no link:

Um amigo liga-lhe e pede-lhe para ir, com urgência, ter com ele a um café da cidade.

O que pensa?

Talvez pense que não tem tempo.

Talvez fique preocupado com o seu amigo.

Mas, vai pensar se o transporte que o leva para lá tem rampa? Vai pensar se pode entrar no café? Vai pensar

se poderá utilizar a casa de banho no tempo em que lá estiver? Vai pensar se está vestido para poder ir?

A Vida Independente é, segundo a Rede Europeia para a Vida Independente (ENIL), a aplicação, no
quotidiano, de uma política para as pessoas com deficiência baseada nos direitos humanos.

A Vida Independente é o que permite às pessoas com deficiência escolherem quem querem ser, com quem e como querem viver.

A sociedade portuguesa ainda tende a ter uma visão assistencialista e institucionalizadora da deficiência, visão esta que condena milhares de pessoas a uma vida sem perspetivas além da mera sobrevivência e dependência dos que lhe são mais próximos.

Vida Independente é aquilo que permite às pessoas com deficiência viver, para além de sobreviver.

Que lhes pode permitir sonhar.

Que lhes pode permitir ter espontaneidade.

Que lhes pode permitir ir ter com o amigo sem se preocuparem com mais nada, a não ser com o amigo.

Para existir Vida Independente a sério muitas são as coisas a mudar no nosso país, mas um dos principais pilares é a Assistência Pessoal.

PORTANTO, VOTA AQUI (LINK)São precisas 7500 assinaturas, já temos 2679 pessoas assinadas, faltam 4821.

Se assinares e convenceres 2 ou 3 pessoas é num instante!

06 agosto 2024

QUESTIONÁRIO DE PROUST (Nascisismo on fire)

1) Qual é a sua ideia de felicidade plena?


Não acredito muito no éden, na felicidade plena; o bem e o mal estão interligados. Temos que fazer por estar sempre mais perto, individualmente e socialmente, do bem que do mal.

 


2) Qual é o seu maior medo?


Ficar sozinho num mundo isolado por pessoas egoístas.

 


3) Qual é a característica que mais detesta em si mesmo?


Algum narcisismo, não saber ser mais humilde.

 


4) Qual é a característica que mais detesta nos outros?


Quando falam muito sobre Si e se esquecem do Ré. É a mesma que não gosto em mim.

 


5) Que pessoa viva que mais admira?


Não podem ser os pais (nem tios maternos por osmose), há tanta gente a quem estou agradecido: há 6 amigos da minha idade que são referências, a Maria, o Miguel, a Sylvia, a Leonor, o Fred e o Tiago.


 

6) Qual é a sua maior extravagância?


O meu ressuscitar pós TCE, meu íntimo, a minha escrita falada, a minha marcha desequilibrada

 


7) Qual é o seu estado de espírito mental?


Atual? Tranquilidade. A minha cabeça está em constante movimento mas parou para pensar neste questionário!


 

8) Qual considera ser a virtude mais subestimada?


A calma...

 


9) Em que ocasiões mente?


Não minto, os meus pais ensinaram-me a não o fazer.

 


10) O que menos gosta na sua aparência?


Sou magro, quase enfezado.

 


11) Que pessoa viva mais despreza?


O Putin. O Bolsonaro. O Macron. O A. Ventura.

 


12) Qual a característica que mais aprecia em mulheres? 

Qual a característica que mais aprecia em homens?


A dignidade de juntar pessoas é tanto masculina como feminina.

 


13) Que palavras ou frases usa excessivamente?


Se fosse fácil não tinha piada nenhuma!

 


14) O quê ou quem é o maior amor da sua vida?


As pessoas quase todas, a Sylvia; o Staff; o Ocham, meu pai. São muitas, felizmente.

 

 

15) Onde e quando foi mais feliz?


Não tenho estado poucas vezes, o tal do Éden acredito que ainda estará para acontecer, amanhã será melhor!



 

16) Que talento mais gostaria de ter?


Criar laços interessantes entre as pessoas.

 


17) Se pudesse mudar uma característica em si, o que seria?


A minha memória é mazinha, melhoraria a lembrança.


 

18) Qual considera ser a sua maior conquista?


Ainda falta, mas acho que será a autonomia, embora tenha dado largos passos nesse campo. A minha resiliência e gosto pela vida.


 

19 Se morresse e voltasse, que pessoa ou coisa seria?


Gosto de ser eu, não imagino ser qualquer outro.

 


20) O que mais valoriza nos seus amigos?


As diferenças entre eles.

 


21) Quais são os seus artistas favoritos?


Manu Chao, Chico Buarque, Elis Regina, Milton Nascimento, a Garota não, Sérgio Godinho e Jorge Palma.

 


22) Quem é o seu herói da ficção?


Lisa Simpson.



23) Com que figura histórica mais se identifica?


Martin Luther King e William Shakespeare.

Não me identifico com eles, mas gostava de ser como eles.


 

24) Quem são os seus heróis da vida real?


O Abegão, os tios São e Zé, a mãe Teresa, Pedro Figueiredo e a equipa que tem construído e muitos dos que recebem este e-mail. (tinha vindo este post de um e-mail)


 

25) Quais são os seus nomes favoritos?


António, Maria, Miguel, João, Tiago, Raquel.


 

26) Do quê é que menos gosta?


De me sentir fraco e cansado, sem energia.

Do trânsito, de esperar.


 

27) Qual é a sua aversão de estimação?


a Pressa.

 


28) Qual é o seu maior arrependimento?


Não posso revelar em público mas o que a F causou.

 


29) Como gostaria de morrer?


Sem dar por isso!

 


30) Qual é o seu lema de vida?


A vida é um privilégio e não um direito.

 


31) Qual considera ser o seu maior infortúnio?


Não tenho, não classifico infortúnios, coisas boas e más todos temos.

 


32) Como gostaria de ser?


Assim não se está mal…

 


33) Qual é a sua asneira favorita?


A próxima.

 


34) Onde gostaria mais de viver?


Gostava de viver em Amesterdão.

 


35) Qual é o bem mais valioso que tem?


O corpo, o pensamento, os amigos.

 


36) Qual considera ser a maior profundidade da miséria?


A necessidade que gera de enriquecer.

 


37) Qual é a sua ocupação favorita?


Escrever, pensar, viver.

 


38) Qual é a sua característica mais assinalável?


A perseverança/teimosia!

 


39) Se Deus existisse, o que gostaria que ele lhe dissesse?


Que a vida é um bem irrecuperável e que tinha que aproveitá-la!