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Parece procurar o que está por detrás das coisas.
Com 78 anos morreu Maria de Fátima Andrade Belo
de Carvalho que todos tratavam por Quica.
Morreu o corpo físico de mulher: tinha o dom de passar paz em seu redor, estando com ela tinhas mais probabilidades de ser feliz.
Transpirava no seu olhar terno sabedoria antiga dos que souberam viver a vida, ganhá-la, conquistá-la e vencê-la com muita ternura.
Não tem jeito para morrer, deixar de estar entre nós.
Filha mais nova de uma família de nove irmãos que reunia como um dom agregador que a vida lhe dera e juntava amigos, filhos, cunhados, irmãos, marido, netos, e sobrinhos em festas anuais.
Nunca se resignara a ser deixada de lado pela idade, por ser a mais nova; alimentara esse estar rebelde, mas tranquilo algo infantil em cada altura, em cada momento e sorria sempre muito inocente como quem procura e pede o melhor de nós.
Ela era em cada encontro, cada momento, cada instante força que recolhe, transmite e passa.
Junta à volta do olhar que tinha e jorrava energia, tem qualquer coisa de desafio aquele encanto.
Não se coaduna com a morte, é muito vida.
Ganhou o dom de se multiplicar em sorrisos, memórias, no olhar mais bonito, ficará para sempre na memória sorridente entre os que ama e por quem é amada.
Era assim brincadeiras, travessuras, doces, mergulhos no mar, abraços e amor!
A vida para ter sentido tem de envelhecer, ter um final, acabar, mas o teu espírito brincalhão virá muitas vezes à memória e sonhar conosco cores claras e fantasia.
Longa vida a
quem foste na tua memória sempre sorridente que só deixará ser em nós no tempo
e no espaço físico.
Quem acreditou tanto nas pessoas como TU, ganhou a vida e vence a morte, como se nota no teu ensino a ser melhor dia a dia.
Não foste, só mais uma, a mais nova, que a tua vida e energia sirvam de exemplo para todos nós!
Paz à sua alma tia Quica!!!