27 fevereiro 2014

'vais ver o Real Madrid!?'



Klaas Jan Huntelaar Amazing Volley Goal

ontem perguntaram-me duas pessoas isto sem terem nada em comum a não ser o interlocutor a quem se dirigiam.

'porque raio esta pergunta?'

como resposta minha, perguntei: 'vais ver o milão?' (pergunta meio desactulizada, no tempo em que ligava maiss assidamente à bola, li-a A Bola diariamente em papel, nesse tempo o milão (com o rijkaard, o gullit e o van basten) era a dream team italiana, agora perguntaria 'vais ver a Juventus ou o Chelsea do JOSE Mourinho?)

É que o real madrid tem o Cristiano Ronaldo a treinar para o mundial do Brasil e dá em canal aberto.

tempos modernos...

com tanta publicidade lá liguei a TV e vi assim um valente hino ao futebol:

7 golos, 2 do menino e um golaço do Schalke 04 a não querer deixar mal o espetáculo!

vais ver o Benfica Qui 27 Fev 20:05 Benfica - PAOK?

está com um equipão e sem 'De fora ficam Jardel e Enzo Pérez, que protagonizaram choque aparatoso no último jogo, Sulejmani, igualmente titular, e ainda Ivan Cavaleiro e Funes Mori.'

de facto, nem se percebe porquê essa pergunta: eu nem ligo à bola.... :P

26 fevereiro 2014

o olhar




volta o visionário:


há um menino, o D, de 7 anos que eu reencontro assiduamente, semanalmente, entre o fim da minha sessão de terapia da fala e o príncipio da dele.

agora mudámos o espaço onde é o nosso encontro e... tudo mudou!!!

ele mudou!!!

antes escondia-se atrás dos pais e não queria/gostava de cumprimentar.

agora mudou o local de encontro e mudou tudo.

estende-me a mão e diz 'olá Zé!' a olhar na cara.

ainda tem dificuldade em olhar.

talvez seja vergonha.

o meu pai ensinou-me a olhar nos olhos de quem cumprimentas e quando cumprimento.

é uma maneira de demonstrar confiança e passar segurança no/ao outro.

há sempre a reacção de olhar para as mãos a tentar ver se se encontram uma na outra bem mas elas encontram-se sem precisares de olhar.

ele tem um olhar bem bonito, grande e sério sorridente quando diz 'olá Zé! mas gostava que ele aprendesse a apreciar a troca de olhares e a doçura no olhar durante mais tempo.

faz mesmo diferença: fui mais bem disposto para o meu caminho a primeira vez que me cumprimentou, fui mais leve.


nos Bombeiros de Colares:

'agora vou deixar-te aqui enquanto vou ali ao centro de saúde buscar umas receitas.

ficas aqui em frente à igreja e à serra em frente aos carros de bombeiros a ver que eu já volto.'


a chegar a casa:

'como são bonitas as árvores, passamos aqui todos os dias sem dar por elas!'


com este renovado olhar tenho o privilégio de andar e olhar.

24 fevereiro 2014

a cega





conhecera o menino, despertara-lhe desejo.

gostava que lhe lessem livros para viajar para outras sensações.

outros cheiros.

outros sabores.

outros sons.

outros toques. outras sensações.

quando algo deixa de funcionar o resto do corpo passa a funcionar melhor.
 
ninguém gosta de não poder fazer uma coisa mas quando se perde uma qualidade ela ganha memórias saudosas e as outras adquirem talento...

quando cegas as coisas ganham cores, sons, cheiros, vê-se com as mãos outras belezas e gostos.

e assim é quando perdes um outra qualidade qualquer.

é um privilégio ganhar coisas com as quedas.

ontem fiz um amigo, alguém que me desperta vontade de lá voltar.

22 fevereiro 2014

a rotina: criar hábitos

a rotina: criar hábitos:

fazer as mesmas coisas da mesma maneira, criar ritos é o que nos permite inovar uma vez por outra, manter ritos.

dormir: sonhar sempre mas sempre sonhos diferentes.

comer, cozinhar sempre com regras (horas, refeições,: pelo menos duas diárias, almoço e jantar!): comer sempre e sempre receitas iguais mas nunca repetidas.

andar: depois de um passo vem o outro!

falar: implica regras para te perceberem o registro: línguas com a sua gramática, hábitos de repetir.

há por aí a mania de dizer mal da rotina, de repetir, do hábito!

mantemos o que nos mantém, sabe bem, voltamos onde nos sentimos bem e com quem nos sentimos bem.



'gostei muito de te ver!'

numa conversa, hoje, de manhã, esta frase poderia ser dita num corredor de hospital, grande e largo, a vinte pessoas  diferentes (mulheres, homens, crianças, jovens, adultos, idosos, ...) como um politíco nas feiras em altura das eleições.

dizia aquela frase com ar de que parecia-me sempre engano quando diziam isso...  
estive a sentir as mãos dela nas minhas, como namorados. eram mãos vividas (tenho o mito que há muita coisa boa que se passa em caricías: ensinam!) que me ensinaram esta frase:

'olhar sempre para a frente, queixo erguido!'

dito por qualquer pessoa pareceria banal mas dito por uma senhora de 89 anos a festejar os 61 do filho ganha importância.

gostei muito de A ver à senhora de 89 anos hoje, desdi-se a minha opinião matinal: depende de quem é dita, quando e porquê!

nota posterior:
continuo a achar que esta frase não soa natural!
diz-se a toda a gente e toda a gente a dirá.
'gostei muito de te ver!', sente-se, não se diz...
gostei mas não o disse, ela sentiu!!!

21 fevereiro 2014

feeling




o prazo do mestrado passou, chegou ao fim, perdi o tusto!

talvez seja lirismo mas vou aproveitar o que li e estudei para escrever uma tese que me dê gozo.

sinto um certo alívio em ter passado o prazo!


' Ser incapaz torna/dota a pessoa de um carácter especial. Desde pequeno que em tudo funcionamos por jogos de ver quem é o melhor, não ser capaz torna-te cativador de ajudas; torna-te fomentador da união dos grupos.'

20 fevereiro 2014

normal versus habitual




Anormal é sabermos o futuro, felizmente!

Reaprender a respirar.
 
Andar de novo.

Estimular hábitos.

Criar normas e regras, leis!

Conservar coisas boas no passado mas redescobrir formas de Ser e Sentir e Fazer: novos futuros!

Andar bem implica tempo: toda a gente anda, não pode ser muito difícil!

Ser humano é estar sempre em desacordo com os que vêm depois.

li o texto do José Gil abaixo (O roubo do presente) e gostei à primeira vista; depois o puto defensor do presente e do 'para a frente é que é caminho!' parou e disse: 'não há quem queira voltar ao passado mesmo se está no conceito do futuro pôr-nos desconfortáveis'. O tempo não volta para trás!

Sou  pela falha enquanto forma de melhorarmos e normalmente ninguém acerta à primeira vez, sem experiência, sem ser por sorte!

Não há como não ser pessimista quanto aos dias que correm, só pode melhorar tudo! :)

E embora aprecie o passado e não veja grandes melhorias para o futuro; estamos todos a ir para lá/ele: a andar e falar melhor!

Tive o privilégio de ter segunda oportunidade para viver: estou à altura dela!

O ROUBO DO PRESENTE ou o buraco negro em que nos meteram (José Gil)

Há pelo menos uma década e meia está a ser planeada e experimentada quer a nível do nosso país, quer na Europa e no mundo uma nova ditadura- não tem armas, não tem aparência de assalto, não tem bombas, mas tem terror e opressão e domesticação social e se deixarmos andar, é também um golpe de estado e terá um só partido e um só governo- ditadura psicológica.

"Nunca uma situação se desenhou assim para o povo português: não ter futuro, não ter perspectivas de vida social, cultural, económica, e não ter passado porque nem as competências nem a experiência adquiridas contam já para construir uma vida. Se perdemos o tempo da formação e o da esperança foi porque fomos desapossados do nosso presente. Temos apenas, em nós e diante de nós, um buraco negro. O «empobrecimento» significa não ter aonde construir um fio de vida, porque se nos tirou o solo do presente que sustenta a existência. O passado de nada serve e o futuro entupiu. O poder destrói o presente individual e coletivo de duas maneiras: sobrecarregando o sujeito de trabalho, de tarefas inadiáveis, preenchendo totalmente o tempo diário com obrigações laborais; ou retirando-lhe todo o trabalho, a capacidade de iniciativa, a possibilidade de investir, empreender, criar. Esmagando-o com horários de trabalho sobre-humanos ou reduzindo a zero o seu trabalho. O Governo utiliza as duas maneiras com a sua política de austeridade obsessiva: por exemplo, mata os professores com horas suplementares, imperativos burocráticos excessivos e incessantes: stress, depressões, patologias, border-line, enchem os gabinetes dos psiquiatras que os acolhem. É o massacre dos professores. Em exemplo contrário, com os aumentos de impostos, do desemprego, das falências, a política do Governo rouba o presente de trabalho (e de vida) aos portugueses (sobretudo jovens). O presente não é uma dimensão abstracta do tempo, mas o que permite a consistência do movimento no fluir da vida. O que permite o encontro e a intensificação das forças vivas do passado e do futuro - para que possam irradiar no presente em múltiplas direcções. Tiraram-nos os meios desse encontro, desapossaram-nos do que torna possível a afirmação da nossa presença no presente do espaço público. Actualmente, as pessoas escondem-se, exilam-se, desaparecem enquanto seres sociais. O empobrecimento sistemático da sociedade está a produzir uma estranha atomização da população: não é já o «cada um por si», porque nada existe no horizonte do «por si». A sociabilidade esboroa-se aceleradamente, as famílias dispersam-se, fecham-se em si, e para o português o «outro» deixou de povoar os seus sonhos - porque a textura de que são feitos os sonhos está a esfarrapar-se. Não há tempo (real e mental) para o convivio. A solidariedade efectiva não chega para retecer o laço social perdido. O Governo não só está a desmantelar o Estado social, como está a destruir a sociedade civil. Um fenómeno, propriamente terrível, está a formar-se: enquanto o buraco negro do presente engole vidas e se quebram os laços que nos ligam às coisas e aos seres, estes continuam lá, os prédios, os carros, as instituições, a sociedade. Apenas as correntes de vida que a eles nos uniam se romperam. Não pertenço já a esse mundo que permanece, mas sem uma parte de mim. O português foi expulso do seu próprio espaço continuando, paradoxalmente, a ocupá-lo. Como um zombie: deixei de ter substância, vida, estou no limite das minhas forças - em vias de me transformar num ser espectral. Sou dois: o que cumpre as ordens automaticamente e o que busca ainda uma réstia de vida para os seus, para os filhos, para si. Sem presente, os portugueses estão a tornar-se os fantasmas de si mesmos, à procura de reaver a pura vida biológica ameaçada, de que se ausentou toda a dimensão espiritual. É a maior humilhação, a fantomatização em massa do povo português. Este Governo transforma-nos em espantalhos, humilha-nos, paralisa-nos, desapropria­-nos do nosso poder de acção. É este que devemos, antes de tudo, recuperar, se queremos conquistar a nossa potência própria e o nosso país."

19 fevereiro 2014

desistir não é fácil

birra do sono dps do almoço:
fui-me deitar a pensar vou ficar aqui quieto e calado sem falar com ninguém: para começar não vou à piscina.
vão ver.
vou ficar magro.
mal cheiroso e sujo.
vão aparecer mil pessoas como pássaros da morte, corvos, a ver o menino.
a ginja e o félix vão ficar aflitos!

ganha toques narcísicos, egocêntrico: o menino.
tds vão sofrer pelo meu mal.
vai ser sinistro, arrepiante.
nisto, dps de muitas imagens tenebrosas adormeci!
'acorda Zé Maria, tá na hora da piscina.'
soergo-me recuperado a pensar em mil imagens que tenho e a abanar a cabeça: que tanso!
'estou com uma vida ótima!'
e como gosto de viver!

a andar e a falar melhor!

algo vai mal

Carta ao pai

por João Tordo, em 19.02.14
 
Ontem, o meu pai foi-se embora. Não foi e já volta; emigrou para o Recife e deixou este país, onde nasceu e onde viveu durante 65 anos. A sua reforma seria, por cá, de duzentos e poucos euros, mais uma pequena reforma da Sociedade Portuguesa de Autores que tem servido, durante os últimos anos, para pagar o carro onde se deslocava por Lisboa e para os concertos que foi dando pelo país. Nesses concertos teve salas cheias, meio-cheias e, por vezes, quase vazias; fê-lo sempre (era o seu trabalho) com um sorriso nos lábios e boa disposição, ganhando à bilheteira. Ontem, quando me deitei, senti-me triste. E, ao mesmo tempo, senti-me feliz. Triste, porque o mais normal é que os filhos emigrem e não os pais (mas talvez Portugal tenha sido capaz, nos últimos anos, de conseguir baralhar essa tendência). Feliz, porque admiro-lhe a coragem de começar outra vez num país que quase desconhece (e onde quase o desconhecem), partindo animado pelas coisas novas que irá encontrar. Tudo isto são coisas pessoais que não interessam a ninguém, excepto à família do senhor Tordo. Acontece que o meu pai, quer se goste ou não da música que fez, foi uma figura conhecida desde muito novo e, portanto, a sua partida, que ele se limitou a anunciar no Facebook, onde mantinha contacto regular com os amigos e admiradores, acabou por se tornar mediática. E é essa a razão pela qual escrevo: porque, quase sem o querer, li alguns dos comentários à sua partida. Muita gente se despediu com palavras de encorajamento. Outros, contudo, mandaram-no para Cuba. Ou para a Coreia do Norte. Ou disseram que já devia ter emigrado há muito. Que só faz falta quem cá está. Chamam-lhe palavrões dos duros. Associam-no à política, de que se dissociou activamente há décadas (enquanto lá esteve contribuiu, à sua modesta maneira, com outros músicos, escritores, cineastas e artistas, para a libertação de um povo). E perguntaram o que iria fazer: limpar WC's e cozinhas? Usufruir da reforma dourada? Agarrar um "tacho" proporcionado pelos "amiguinhos"? Houve até um que, com ironia insuspeita, lhe pediu que "deixasse cá a reforma". Os duzentos e tal euros. Eu entendo o desamor. Sempre o entendi; é natural, ainda mais natural quando vivemos como vivemos e onde vivemos e com as dificuldades por que passamos. O que eu não entendo é o ódio. O meu pai, que é uma pessoa cheia de defeitos como todos nós - e como todos os autores destes singelos insultos -, fez aquilo que lhe restava fazer. Quer se queira, quer não, ele faz parte da história da música em Portugal. Sozinho, ou com Ary dos Santos, ou para algumas das vozes mais apreciadas do público de hoje - Carminho, Carlos do Carmo, Marisa, são incontáveis - fez alguns dos temas que irão perdurar enquanto nos for permitido ouvir música. Pouco importa quem é o homem; isso fica reservado para a intimidade de quem o conhece. Eu conheço-o: é um tipo simpático e cheio de humor, que está bem com a vida e que, ontem, partiu com uma mala às costas e uma guitarra na mão, aos 65 anos, cansado deste país onde, mais cedo do que tarde, aqueles que o mandam para Cuba, a Coreia do Norte ou limpar WC's e cozinhas encontrarão, finalmente, a terra prometida: um lugar onde nada restará senão os reality shows da televisão, as telenovelas e a vergonha. Os nossos governantes têm-se preparado para anunciar, contentíssimos, que a crise acabou, esquecendo-se de dizer tudo o que acabou com ela. A primeira coisa foi a cultura, que é o património de um país. A segunda foi a felicidade, que está ausente dos rostos de quem anda na rua todos os dias. A terceira foi a esperança. E a quarta foi o meu pai, e outros como ele, que se recusam a ser governados por gente que fez tudo para dar cabo deste país - do país que ele, e milhões de pessoas como ele, cheias de defeitos, quiseram construir: um país melhor para os filhos e para os netos. Fracassaram nesse propósito; enganaram-se ao pensarem que podíamos mudar. Não queremos mudar. Queremos esta miséria, admitimo-la, deixamos passar. E alguns de nós até aí estão para insultar, do conforto dos seus sofás, quem, por não ter trabalho aqui - e precisar de trabalhar para, aos 65 anos, não se transformar num fantasma ou num pedinte - pegou nas malas e numa guitarra e se foi embora. Ontem, ao deitar-me, imaginei-o dentro do avião, sozinho, a sonhar com o futuro; bem-disposto, com um sorriso nos lábios. Eu vou ter muitas saudades dele, mas sou suspeito. Dói-me saber que, ontem, o meu pai se foi embora.

17 fevereiro 2014

o Félix felino e feliz


já vai fazer um ano (sempre) a ronronar (está estragado, avariado: onde está o botão do OFF!?):
O Félix é o novo elemento cá de casa.
como está contente vem para casa e afia as unhas!
dá-se bem com a cadela Ginja, uma lady!
escapou-se a 'isto' porque quando era nova (tem/há 10 anos) eu não me dava bem com nets...
é admirável a relação deles: fico sem saber quem dar comida à mesa, um é pequenino, outra já merece respeito!
são bem queridos os meninos!


sou pai babadão.
detesto estas tretas de pôr os filhos a cagar a mijar a bocejar!

MAS...
os meus filhos é diferente.
ohhh são tão queridos, amorosos, especiais.
quando tiver humanos já estou treinado e só ponho uma foto por mês ou... semana!
e com autorização da mãe.




aparte o TCE (Traumatismo Craneo Encefálico) dorme comigo todas as noites sempre a ronronar.
A Ginja vem de vez em quando receber festinhas sentada.
certa noite de chuva saltou para a nossa cama a descansar também.
não tinha medo não mas saltou para proteger/defender o Félix!

ela disse-me 'sou muito terra a terra'



Realidade (do latim realitas isto é, "coisa") significa em uso comum "tudo o que existe".

gostava de ser professor e propôr um tema para comporem: 'o que é a realidade?'

ando com essa dúvida na cabeça, como um mistíco, afinal: 'o que é a realidade?' e 'a minha realidade é igual à tua!?'

nasceu uma discussão sobre isto:

acho que não é enganar/mentir se pensarmos a vida como mais que sono e refeições e como sonhos e ingredientes.

sorrir mais aos outros, dar Alegria não é caro, andar no trânsito mais leves, quentes e frescos e na rua mais saborosos, salgados e doces não piora a vida de ninguém e melhora.

amanhã vou melhorar a vida em roda de mim!!!

a realidade social.

tudo o que existe tem gente, muita gente boa.

tem manhãs.

tem tardes.

tem noites.

o mais certo é ser tudo incerto.

comida crua.

dormir sem sono.

ingredientes.

sabor.

sonho.

amor.

ideias

palavras

passos

escrita

tudo

nada

mar

sol

alguém que nos procura.

alguem que fazemos melhorar a vida.

alguém.

tudo melhorar.

a vida.

a tua.

a minha.

a nossa.

SIMPLICIDADE.

ar.

água.

fogo.

terra.

realidade.

ilusão.

imaginação.

luz.

calor.

música.

suspiro. 

16 fevereiro 2014

andar e falar



se fosse fácil não tinha piada, pelo menos não a mesma, e 'há males que vêm por bem!',...

digo com ar atrevido à morte: 'já passei por ti!!!'

sentir como funciona o corpo a funcionar.

cada passo: um pé depois do outro depois do outro.

sabes que a cada passo se seguirão mais outros!

cada perna.

calcanhar primeiro e assenta o pé todo como numa passerelle, depois o outro.

andei como já não andava desde o acidente, tranquilo!


falar não é fácil, é muito dificil!

andar também não é fácil! :)

isto anda tudo ligado!

cada lado: esquerdo e direito!

cada braço!

cada anca!

cada joelho!

cada tornozelo!

cada pé!

pensar no corpo, nos pulmões, como a caixa de uma viola: falar envolve muito ar e sopro!!!

e na língua tem que tocar nas zonas mais incríveis para dizer os sons que queres dizer, muito lábio!

descontruir cada som, cada sílaba, cada sopro e fôlego.

repetir para assimilar hábitos.

'falho, falho de novo, de cada vez que falho: falho melhor!' 
(S. Beckett)

interiorizar cada gesto:'já sabes fazer bem, prova-o!!!'

'os teus melhores passos agora serão os piores daqui a uns tempos!' (mister)

'a vida deve ser encarada como um privilégio e não como um direito' 
(hotel Marigold)



(Tutuca)

jornalista: 

'Se a Sra. Tivesse hoje um convite p tocar c músicos cabo verdeanos topava!?

Tututa:

hoje n mas amanhã tá bem!'

12 fevereiro 2014

ti-an-guis



andava à procura do Medina e não há melhor forma de encontrar que vê-lo ter prazer na música:

Francisco MEDINA e... em inglês... bom som: http://www.ti-an-guis.com/

gostei da ideia de mistura de línguas unida pelo som!

que banho de bola



soube bem os 'lagartos na brasa da luz', um bocadinho chamuscados mas... o tempero estava perfeito...

nem tocaram na xixa.

que bela plateia!

parabéns sour árbitro!!!

11 fevereiro 2014

vale muito a pena este filme



Philomena


 

Juni Dench



 

Steve Coogan

uma história veridíca longe de ser imaginada pelos melhores criadores de filmes, argumentistas.

o filme deixa-nos bem dispostos,  leves, de bem com a vida e o mundo, deixa-nos alegres com um sitío onde se fazem coisas destas:

A VER!

ACONSELHOOO!!!

que seja um bom jogo, divertido!



não importa ganhar aos mauzinhos.

Portugal ganhar a Malta não tem grande ciência: mau resultado é menos que 4-0.

Divirtam-se e divirtam-nos!

Benfica - Sporting já há uns anos que não havia um derby da segunda circular para dar a liderança!

bora lá gente a arribar!

que ganhe o melhor!

07 fevereiro 2014

Social Model Animation (foi criado nos anos 60 na Grã-Bretanha)




A deficiência é normal.

A deficiência não é um problema.

As atitudes negativas, o ambiente, as barreiras sociais e a falta de acessibilidades são problemas argumenta este modelo.

O que é o social modelo da deficiência?

É um modelo que afirma que a deficiência não é um problema de cada corpo individual é da sociedade como um todo. Todos temos limitações.

Algumas são mais graves e outras são mais invisíveis, vivemos numa sociedade pensada para eficientes, que teriam incapacidades se vivessem num mundo criado para cegos, surdos ou para pessoas que conduzissem cadeiras de rodas.

Há barreiras na nossa sociedade, maneiras e formas de fazer diferentes, de facilitar e melhorar para todos.

O deficiente não se deve sentir envergonhado, é a sociedade num todo, os considerados deficientes também fazem parte dela, como um todo que se deve sentir envergonhada; há a ideia de cidadania activa e de envolvimento social para melhorar para todos.

Há estigmas ligados à incapacidade/disability que criam deficiências/Impairments.

Há culturas diferentes e comunidades diversas e todos querem viver com os outros numa mesma sociedade. Distinção entre as limitações sociais e físicas; não valorizar demasiado as sociais nem desvalorizar as físicas.

Há o argumento que mesmo que conseguíssemos remover as barreiras todas não chegaria, as pessoas incapazes vão precisar sempre de apoio.

Percebe todo, e qualquer, indivíduo como clientes do que a sociedade oferece.

afinal aqui há gente



Estratégias para a Vida  Zygmunt Bauman

muito à frente este meu!