"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
24 junho 2013
ponte de lima aproxima-se a galope :) e já está a ser bom!!!
pensei num jogo: um antes e depois!
um jogo sem certo nem errado, um entretém: fazes a mesma coisa antes de ires e quando voltares...
ou evolui ou decresce e significa que tens que procurar novo sorriso...
expetativas!?
som
cheiro
sensação
imagem
gosto
antes, agora:
som - relinchar de cavalo, a água do rio a bater nas margens, o miguel araújo:
sabem a melhor?
sabem q vai à expolima em pte de lima dia 27 de junho às 22h e nós vamos ver!?
ele: 'toda a gente sabe que os homens são...'
o Miguel Araújo!!!
n é genial!?
abrs,
zm
lindo era se a sela à espanhola fosse mas o vasquinho vai tratar da poltrona p o menino ficar bem sentadinho e vou ver o concerto de cavalo!!! :)
vi o Miguel Araújo numa entrevista há uns tempos na TV e é um dos novos cantautores (uma arte tuguesa) que ajudam a acreditar no futuro! ah, também é d'OS AZEITONAS... toda a gente (só) conhece 'toda a gente sabe que os homens são feios!' e se bem que a explicação da letra é gira, a música tornou-se musiqueta que toda a gente ouve. talvez esteja a querer ser mais elevado mas vou vê-lo ao vivo!!! ele tem músicas/letras bem (mais) giras!!!
cheiro:
a terra tranquila!
sensação:
tranquilidade
imagem:
o boné pelo ar quando ganhar o oiro
gosto:
do vinho verde fresquinho na boca/língua, sarrabulho: (só a imagem de o comer dá gosto!!!)
curiosidade - a fundação do município é o foral mais antigo do nosso país em 1125: a rainha D. Teresa, em 4 de Março de 1125, outorgou o foral que transformava em vila o lugar de Ponte.
23 junho 2013
Family Atlantica
24.06.13:
'Hj as 20h30 no centro do Martim Moniz para jantarmos uma sopa e uma tosta e dps ouvirmos som bem disposto bem acompanhados! Ate logo! Bjs ZM se houver uma fonte flutuem q vou tentar n me atrasar'
Foi assim o antes e as pessoas que foram gostaram muito e as que não foram deviam ter ido :) mesmo se que muita gente boa junta nos deixa dispersos.
Não há grandes hipóteses de já termos visto tudo por muita agitação que tenha sido a vida!!!
O bom disto está em podermos ser sempre surpreendidos, enquanto cá andar espero sempre encontrar novas formas de ser e nunca me arrastar em certezas 'maduras'.
Fomos recebidos por um estacionador à antiga, muito simpático e que vincou que 'isto está cheio de miúdas giras! se vires lá alguma manda-a cá!'.
A comida era boa e deixou promessas de voltar, o espaço é claro, aberto, não tem lago e pensei às tantas que era dificíl encontrar o centro.
Havia muita gente boa concentrada, o mojito deslizava fresco pela boa disposição da boa gente.
09.06.12:
Lisboa: Conheça o Martim Moniz com vida
Inaugura hoje a renovada praça do Martim Moniz. Um espaço de encontro de culturas que vai acolher iguarias dos quatro cantos do mundo, um mercado de produtos frescos, lojas, música e espectáculos, 365 dias por ano.
air do trabalho, comer uma das melhores chamuças (ou pizzas, ou gelados, ou bifanas...) da cidade, beber uma cerveja gelada, ouvir música ao vivo e aproveitar as quentes noites de Verão com vista para o Castelo de São Jorge. Pode parecer a imagem de um postal ilustrado mas não é. E está está ao alcance de qualquer lisboeta – ou não – que passe pelo Martim Moniz. Martim Moniz? Sim.
A praça ganhou novo visual, os ‘inquilinos’ antigos juntaram-se aos novos e o resultado é um espaço cosmopolita que mistura a multiculturalidade típica da zona às tendências mais contemporâneas da cidade. O truque: «Integrar o que já cá estava com 80% de sangue novo, não queremos uma praça étnica, queremos um espaço moderno»
(... invoca-se o direito à censura...)
Descubra as diferenças
Esta intervenção promete manter o que o Martim Moniz tinha de melhor e valorizá-lo com o que lhe faltava: algumas das melhores lojas da capital, uma praça de alimentação com 300 lugares sentados (e à sombra), música, workshops, concertos e actividades 365 dias por ano, das 10h30 às 24h.
Mas há mais. «Temos ainda um espaço com 10 quiosques de comidas do mundo». Vai haver refeições chinesas, japonesas, indianas, turcas, israelitas, libanesas, italianas, portuguesas, vegetarianas, macrobióticas «e por aí fora...». E depois há «os gelados da Fragoleto, de Manuela Carabina – um ícone da cidade – e os hambúrgueres do Márcio Honorato – um dos melhores de Lisboa». Aos fins-de-semana tem ainda lugar um mercado de fusão (das 10h às 19h), composto por 36 estruturas, que incluem lojas, muitas lojas. «São o que chamamos de projectos de assinatura e que estão no Bairro Alto, na Baixa e no Príncipe Real». Nas laterais interiores «vamos trabalhar com os mercados alternativos, com a Escola de Medicina Tradicional Chinesa ou Centro Nacional Macrobiótico, depois nas laterais exteriores tanto pode estar uma mercearia do Bangladesh como um stock off de uma marca conhecida», adianta José Rebelo Pinto. «A nossa ideia é trabalhar durante o dia com um projecto para todos, para todas as comunidades, para todas as pessoas e para todas as idades...». Um bom pretexto para (re)descobrir esta nova praça da capital.
(por Patrícia Cintra)
23.06.13:
E festeja-se e dança-se!!! :)
é um bom sitío onde passar os fins de tarde!
Nota: faltam (mais) rampas nos acessos!
20 junho 2013
liberdade
estamos presos no corpo o que é libertador.
sabemos que o pensamento é contruído por nós e que nele podemos voar, ir, existir e ser.
ser humano
não se saber o futuro nem interessar saber
poder desde que nasces até morres ter sempre surpresas é belo!
tia
mulher
mãe
filho
avó
filha
pai
avô
avó
neta
tio
neto
primo
prima
homem
sobrinho
sobrinha
e GENTE, GENTE, gente, gente.
pequena
grande
feia
gorda
suada
magra
bonita
longa
húmida
velha
nova
fala barato
calada
sussurra
pede mais
manda menos
manda mais
pede menos
deitados
a correr
sentados
a saltar
a ler
a pensar
a sonhar
a beijar e ser beijado
a lamber
a ouvir
a sentir
a cheirar
e continuará amanhã e sempre!
15 junho 2013
14 junho 2013
convite meio afreakalhado
22 de junho, sabado, às 22h no Martim Moniz family atlântica da Venezuela/Gra-Breatanha e Omar Souleyman da Síria.
Não sei quem é mas vou procurar:
quem me aconselhou tb é gente boa e eu confio/confiei em ir c ele.
venham tb fazer a festa de existir!!!
juntar gente boa parece-me um bom plano, a ouvir bom som, claro!, mas para estar nas festas da cidade é de alguma confiança!!!
sei q a um passo se segue o outro e o horizonte é de melhorias :)
claro que sou um lírico!!!
Não sei quem é mas vou procurar:
são descontraídos para ouvir/estar com gente boa!
quem me aconselhou tb é gente boa e eu confio/confiei em ir c ele.
venham tb fazer a festa de existir!!!
para ser sincero à pergunta qual é mais indicado para andar, o chão do jardim ou de casa? n sei e devia saber!
são os dois um prazer, andar é um gosto!
lirismos!? sei q a um passo se segue o outro e o horizonte é de melhorias :)
claro que sou um lírico!!!
10 junho 2013
fui cativado!!!
(a foto não é dele, o Félix é muito mais querido... também é amarelo)
o félix é msm giro, já me conquistou.
agora voltou para a mãe que é mt pequenino para fugir à Ginja, que como lady que é ficou a ver deitada de longe, foi cheirar a caixa onde tinha vindo o gato e deitou-se debaixo da mesa!
e a mãe ficou chorona e ainda com leite, volta em breve!
tem 2 meses, vai fazer 3 ao lado da mãe, como qualquer boa cria, não vem logo para a maluqueira!
não gosto muito de gatos, têm mta personalidade mas O Félix é diferente, é especial... :P
09 junho 2013
a deficiência
se sou deficiente?
talvez o seja ou sim, sou!
se era eficiente antes?
não sei ou em muitas coisas menos que agora, mas dizem que era!
sou eficiente e deficiente, é isso, sou tudo!
ninguém se sente nem um nem outro!
deficiente porque não falo bem, estou a caminho disso, de me perceberem bem; deficiente porque não ando bem tendo sido a minha evolução sempre positiva e em crescendo nos últimos seis anos e meio!
eficiente porque tenho muita força de vontade e acredito muito na vida, de que andava distraído, e para a qual me deram uma segunda oportunidade.
vou correr e falar estrangeiro, oh se vou, esperem!
tenho mais OTIMISMO e VONTADE DE BEM VIVER que quedas dou/dei!
(qd se anda a aprender a andar é cada palhaça, ouch!)
talvez o seja ou sim, sou!
se era eficiente antes?
não sei ou em muitas coisas menos que agora, mas dizem que era!
sou eficiente e deficiente, é isso, sou tudo!
ninguém se sente nem um nem outro!
deficiente porque não falo bem, estou a caminho disso, de me perceberem bem; deficiente porque não ando bem tendo sido a minha evolução sempre positiva e em crescendo nos últimos seis anos e meio!
eficiente porque tenho muita força de vontade e acredito muito na vida, de que andava distraído, e para a qual me deram uma segunda oportunidade.
vou correr e falar estrangeiro, oh se vou, esperem!
tenho mais OTIMISMO e VONTADE DE BEM VIVER que quedas dou/dei!
(qd se anda a aprender a andar é cada palhaça, ouch!)
ser humano é ser igual a toda a gente em toda a parte
Todas as cartas de amor são
Ridículas.
Não seriam cartas de amor se não fossem
Ridículas.
Também escrevi em meu tempo cartas de amor,
Como as outras,
Ridículas.
As cartas de amor, se há amor,
Têm de ser
Ridículas.
Mas, afinal,
Só as criaturas que nunca escreveram
Cartas de amor
É que são
Ridículas.
Quem me dera no tempo em que escrevia
Sem dar por isso
Cartas de amor
Ridículas.
A verdade é que hoje
As minhas memórias
Dessas cartas de amor
É que são
Ridículas.
(Todas as palavras esdrúxulas,
Como os sentimentos esdrúxulos,
São naturalmente
Ridículas.)
Álvaro de Campos, 21-10-1935
cada caso pode ser especial e único ou não!
Quando adormeci estava debaixo da cama em parte incerta
Quando acordei estava aninhado no meu corpo!
Quis dizer/mostrar ao mundo que havia um Félix felino e feliz mas depois pensei como eram banais as fotos dos bebés que nascem e quando depois fazem o primeiro cocó.
estou a fazer isso mas com muito menos classe, sem fotos!
ganha força este post por o ter sentado no meu colo a ver os meus dedos correrem as letras, não tarda muito começará a dar patadas, lambe-se, limpa-se, a Ginja ladra ao longe!!!
06 junho 2013
carta pacheco pereira
Caro Presidente Mário Soares,
Não podendo estar presente nesta iniciativa, apoio o seu objectivo de contribuir para combater a “inevitabilidade” do empobrecimento em que nos querem colocar, matando a política e as suas escolhas, sem as quais não há democracia. Gostaria no entanto de, por seu intermédio, expressar com mais detalhe a minha posição.
A ideia de que para alguém do PSD, para um social-democrata, lhe caem os parentes na lama por estar aqui só tem sentido para quem esqueceu, contrariando o que sempre explicitamente, insisto, explicitamente, Sá Carneiro disse: que os sociais-democratas em Portugal não são a “direita”. E esqueceu também o que ele sempre repetiu: de que acima do partido e das suas circunstâncias está Portugal.
Não. Os parentes caem na lama é por outras coisas, é por outras companhias, é por outras cumplicidades, é por se renegar o sentido programático, constitutivo de um partido que tem a dignidade humana, o valor do trabalho e a justiça social inscritos na sua génese, a partir de fontes como a doutrina social da Igreja, a tradição reformista da social-democracia europeia e o liberalismo político de homens como Herculano e Garrett. Os que o esquecem, esses é que são as más companhias que arrastam os parentes para a lama da vergonha e da injustiça.
Não me preocupam muito as classificações de direita ou de esquerda, nem sequer os problemas internos de “unidade” que a esquerda possa ter. Não é por isso que apoio esta iniciativa. O acantonamento de grupos, facções ou partidos, debaixo desta ou daquela velha bandeira, não contribui por si só para nos ajudar a sair desta situação. Há gente num e noutro espectro político preocupada com as mesmas coisas, indignada pelas mesmas injustiças, incomodada pelas desigualdades de sacrifícios, com a mesma cidadania activa e o mesmo sentido de decência que é o que mais falta nos dias de hoje.
A política, a política em nome da cidadania, do bom governo, e da melhoria social, é que é decisiva. O que está a acontecer em Portugal é a conjugação da herança de uma governação desleixada e aventureira, arrogante e despesista, que nos conduziu às portas da bancarrota, com a exploração dos efeitos dessa política para implementar um programa de engenharia cultural, social e política, que faz dos portugueses ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia.
Tudo isto associado a um desprezo por Portugal e pelos portugueses de carne e osso, que existem e que não encaixam nos paradigmas de “modernidade” lampeira, feita de muita ignorância e incompetência, a que acresce um sentimento de impunidade feito de carreiras políticas intrapartidárias, conhecendo todos os favores, trocas, submissões, conspirações e intrigas de que se faz uma carreira profissionalizada num partido político em que tudo se combina e em que tudo assenta no poder interno e no controlo do aparelho partidário.
Durante dois anos, o actual Governo usou a oportunidade do memorando para ajustar contas com o passado, como se, desde que acabou o ouro do Brasil, a pátria estivesse à espera dos seus novos salvadores que, em nome do "ajustamento" do défice e da dívida, iriam punir os portugueses pelos seus maus hábitos de terem direitos, salários, empregos, pensões e, acima de tudo, de terem melhorado a sua condição de vida nos últimos anos, à custa do seu trabalho e do seu esforço.
O "ajustamento" é apenas o empobrecimento, feito na desigualdade, atingindo somente "os de baixo", poupando a elite político-financeira, atirando milhares para o desemprego, entendido como um dano colateral não só inevitável como bem-vindo para corrigir o mercado de trabalho, "flexibilizar” a mão-de-obra, baixar os salários. Para um social-democrata, poucas coisas mais ofensivas existem do que esta desvalorização da dignidade do trabalho, tratado como uma culpa e um custo, não como uma condição, um direito e um valor.
Vieram para punir os portugueses por aquilo que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses", numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão, em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem presente e sem futuro.
Para o conseguir, desenvolveram um discurso de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil, inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa. Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em que muitos portugueses têm vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, permitir esta divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a recompor.
O sentido que dou à minha participação neste encontro é o de apelar à recusa completa de qualquer complacência com este discurso de guerra civil, agindo sem sectarismos, sem tibiezas e sem meias tintas, para que não se rompa a solidariedade com os portugueses que sofrem, que estão a perder quase tudo, para que a democracia, tão fragilizada pela nossa perda de soberania e pela ruptura entre governantes e governados, não corra riscos maiores.
Precisamos de ajudar a restaurar na vida pública um sentido de decência que nos una e mobilize. Na verdade, não é preciso ir muito longe na escolha de termos, nem complicar os programas, nem intenções. Os portugueses sabem muito bem o que isso significa. A decência basta.
Não podendo estar presente nesta iniciativa, apoio o seu objectivo de contribuir para combater a “inevitabilidade” do empobrecimento em que nos querem colocar, matando a política e as suas escolhas, sem as quais não há democracia. Gostaria no entanto de, por seu intermédio, expressar com mais detalhe a minha posição.
A ideia de que para alguém do PSD, para um social-democrata, lhe caem os parentes na lama por estar aqui só tem sentido para quem esqueceu, contrariando o que sempre explicitamente, insisto, explicitamente, Sá Carneiro disse: que os sociais-democratas em Portugal não são a “direita”. E esqueceu também o que ele sempre repetiu: de que acima do partido e das suas circunstâncias está Portugal.
Não. Os parentes caem na lama é por outras coisas, é por outras companhias, é por outras cumplicidades, é por se renegar o sentido programático, constitutivo de um partido que tem a dignidade humana, o valor do trabalho e a justiça social inscritos na sua génese, a partir de fontes como a doutrina social da Igreja, a tradição reformista da social-democracia europeia e o liberalismo político de homens como Herculano e Garrett. Os que o esquecem, esses é que são as más companhias que arrastam os parentes para a lama da vergonha e da injustiça.
Não me preocupam muito as classificações de direita ou de esquerda, nem sequer os problemas internos de “unidade” que a esquerda possa ter. Não é por isso que apoio esta iniciativa. O acantonamento de grupos, facções ou partidos, debaixo desta ou daquela velha bandeira, não contribui por si só para nos ajudar a sair desta situação. Há gente num e noutro espectro político preocupada com as mesmas coisas, indignada pelas mesmas injustiças, incomodada pelas desigualdades de sacrifícios, com a mesma cidadania activa e o mesmo sentido de decência que é o que mais falta nos dias de hoje.
A política, a política em nome da cidadania, do bom governo, e da melhoria social, é que é decisiva. O que está a acontecer em Portugal é a conjugação da herança de uma governação desleixada e aventureira, arrogante e despesista, que nos conduziu às portas da bancarrota, com a exploração dos efeitos dessa política para implementar um programa de engenharia cultural, social e política, que faz dos portugueses ratos de laboratório de meia dúzia de ideias feitas que passam por ser ideologia.
Tudo isto associado a um desprezo por Portugal e pelos portugueses de carne e osso, que existem e que não encaixam nos paradigmas de “modernidade” lampeira, feita de muita ignorância e incompetência, a que acresce um sentimento de impunidade feito de carreiras políticas intrapartidárias, conhecendo todos os favores, trocas, submissões, conspirações e intrigas de que se faz uma carreira profissionalizada num partido político em que tudo se combina e em que tudo assenta no poder interno e no controlo do aparelho partidário.
Durante dois anos, o actual Governo usou a oportunidade do memorando para ajustar contas com o passado, como se, desde que acabou o ouro do Brasil, a pátria estivesse à espera dos seus novos salvadores que, em nome do "ajustamento" do défice e da dívida, iriam punir os portugueses pelos seus maus hábitos de terem direitos, salários, empregos, pensões e, acima de tudo, de terem melhorado a sua condição de vida nos últimos anos, à custa do seu trabalho e do seu esforço.
O "ajustamento" é apenas o empobrecimento, feito na desigualdade, atingindo somente "os de baixo", poupando a elite político-financeira, atirando milhares para o desemprego, entendido como um dano colateral não só inevitável como bem-vindo para corrigir o mercado de trabalho, "flexibilizar” a mão-de-obra, baixar os salários. Para um social-democrata, poucas coisas mais ofensivas existem do que esta desvalorização da dignidade do trabalho, tratado como uma culpa e um custo, não como uma condição, um direito e um valor.
Vieram para punir os portugueses por aquilo que consideram ser o mau hábito de viver "acima das suas posses", numa arrogância política que agravou consideravelmente a crise que tinham herdado e que deu cabo da vida de centenas de milhares de pessoas, que estão, em 2013, muitas a meio da sua vida, outras no fim, outras no princípio, sem presente e sem futuro.
Para o conseguir, desenvolveram um discurso de divisão dos portugueses que é um verdadeiro discurso de guerra civil, inaceitável em democracia, cujos efeitos de envenenamento das relações entre os portugueses permanecerão muito para além desta fátua experiência governativa. Numa altura em que o empobrecimento favorece a inveja e o isolamento social, em que muitos portugueses têm vergonha da vida que estão a ter, em que a perda de sentido colectivo e patriótico leva ao salve-se quem puder, em que se colocam novos contra velhos, empregados contra desempregados, trabalhadores do sector privado contra os funcionários públicos, contribuintes da segurança social contra os reformados e pensionistas, pobres contra remediados, permitir esta divisão é um crime contra Portugal como comunidade, para a nossa Pátria. Este discurso deixará marcas profundas e estragos que demorarão muito tempo a recompor.
O sentido que dou à minha participação neste encontro é o de apelar à recusa completa de qualquer complacência com este discurso de guerra civil, agindo sem sectarismos, sem tibiezas e sem meias tintas, para que não se rompa a solidariedade com os portugueses que sofrem, que estão a perder quase tudo, para que a democracia, tão fragilizada pela nossa perda de soberania e pela ruptura entre governantes e governados, não corra riscos maiores.
Precisamos de ajudar a restaurar na vida pública um sentido de decência que nos una e mobilize. Na verdade, não é preciso ir muito longe na escolha de termos, nem complicar os programas, nem intenções. Os portugueses sabem muito bem o que isso significa. A decência basta.
depois de um passo virão outros...
KEEP YOU RUNNING BOY!
O mais certo é isto continuar depois de tu acabares, em outros lados há vida que não quer saber da tua!!!
Ontem, hoje, amanhã e depois há caminhos a percorrer longos, curtos, com subidas, curvas e descidas; caminhos arenosos, dificeís, seguros, moles, molhados, secos, ventosos, muitos avanços e recuos também!!!
novos e antigos tempos e espaços!
05 junho 2013
até que a morte nos separe
Um conselho: 'o quarteto', o primeiro filme do dustin hoffman merece ser visto!
elogia a idade e a existência!
depois disto olhamos para a vida como 'um privilégio e não como um direito'.
aquele lar tem mais vida que muitos jardins de infância. (é um lar muito especial, algo elitista mas que prova que a pessoa que envelhece não acaba, tem mais memória, menos agilidade mas um maior saber, é um sitío bem vivido!)
tudo passa a ter mais importância e sabor!
'AS VELAS ARDEM ATÉ AO FIM!'
Uma pessoa madura, vivida, experiente tem uma vida para trás, muto para ensinar e aproveitar bem o final.
aqui e agora são para exercer o talento de ser e existir!
04 junho 2013
as refeições não têm esquerda nem direita
há o ser humano que come.
tem sono.
se veste.
despe.
vai à wc.
vai à escola.
pinta.
trabalha.
canta.
brinca.
joga.
apanha chuva.
ralha.
ouve ralhetes.
ri.
chora.
faz amor.
goza.
brinca.
sozinho.
acompanhado.
em grupo.
aos pares.
triste.
alegre.
nasce, vive e morre.
há o ser humano.
há A mulher e há O homem.
há a criança.
há o bebé.
há o jovem.
há adultos.
há jovens.
há velhos e idosos, gente com experiência.
e todos vivem aqui uns com os outros, todos vivemos a tentar fazer melhor.
TODOS! (talvez não todos mas...)
03 junho 2013
políticos vs povo em democracia!
Tenho ouvido por ai falar nos políticos como se todo o mal do mundo fosse deles e não nosso!
Há liberdade de sermos agentes em todo o lado e deixarmos agir sobre nós.
há que saber oferecer e receber!!!
Talvez não faca sentido a existência de políticos profissionais, como temos tido em geral (ponho-me a pensar e não há ninguém que tenha tido uma qualquer outra profissão... :( ) talvez fizesse sentido ser um part time, por outro lado, queremos gente que esteja envolvida a tempo inteiro, a 100%, nos problemas do país!
Lirismo da antiguidade clássica, Grécia e Roma Antigas
talvez sim, talvez não!
TALVEZ!
De que são exemplos o primeiro ministro, o presidente da república e o líder da oposição a dirigirem uma polis que se quer de todos e pertence ao demo (povo).
todos os deputados da AR e todos os ministros e secretários de estado são (só) politícos profissionais!
E todos foram assim.
Começaram a mandar larachas em jornais ou blogues ou programas televisivos ou subiram pelas jotas e ali estão eles, sem nunca terem andado de metro!
Já nada disto pertence ao povo! :(
vivem num mundo especial engaiolados em limousines uns com os outros!
sei que este povo neste tempo (2013) e neste espaço (Portugal) nunca existiu e que ninguém (NINGUÉM!!!) percebe nada da vida!!!
em eu, nem tu, nem ele, nem nós, nem vós, nem eles.
O mais certo é não perceber nada disto tudo (ou pouco...) até morrer, é das melhores coisas que existem esta liberdade de ninguém saber nada!
'politíco!' tornou-se ofensa, como se vê na imagem!
ora não gostava que me chamassem 'filho de um passos de coelho' ou dissessem 'vai para o Seguro que te pariu!'
Todos podemos ser politícos haja vontade, há liberdade de o sermos.
Todos opinamos sobre isto ou aquilo!
E agora?
Facebook e twiter, sms, mail...
01 junho 2013
Entender é Limitado | Clarice Lispector
Não entendo.
Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender.
Entender é sempre limitado.
Mas não entender pode não ter fronteiras.
Sinto que sou muito mais completa quando não entendo.
Não entender, do modo como falo, é um dom.
Não entender, mas não como um simples de espírito.
O bom é ser inteligente e não entender.
É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida.
É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice.
Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco.
Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.
Clarice Lispector
No meio do caminho
No Meio do Caminho
(Carlos Drummond de Andrade)
No meio do caminho tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
Tinha uma pedra
No meio do caminho tinha uma pedra.
Nunca me esquecerei desse acontecimento
Na vida de minhas retinas tão fatigadas.
Nunca me esquecerei que no meio do caminho
Tinha uma pedra
Tinha uma pedra no meio do caminho
No meio do caminho tinha uma pedra.
este poema dá-me sensação de liberdade... e vou!
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