18 fevereiro 2017

Deixem-me contar-vos uma história

Viagem, pai e filho de carro, Lisboa – Sintra bem conseguida rápida e a conversar em direcção a um jantar com a lady mãe, que tinha vindo de comboio, pré concerto à antiga.

A chegar, por trás da estação (em atalhos conhecidos por gente da zona, ora, quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos…), eis que num cruzamento somos forçados a parar e BUM, levamos uma mocada por trás.

Foda-se, bela merda agora…

Paramos um pouco à frente como é hábito para conversar; para um carro com uma jovem vidro aberto a pedir que abríssemos o nosso vidro, abrimos e ‘mas o senhor é parvo ou quê!?’, diz duas ou três vezes e arranca. 

Tirei a matrícula!

Ele sai para ver os estragos:

não me vou chatear mais com isto, não tem nada!’

Restaurante: carro parado à entrada.

Sento-me e vem direito a mim um senhor com menu: ‘eu vou esperar...’

 Vejo entrar e a falar alto com ar carrascão a rapariga que fugiu! As ideias rebobinavam, as imagens:

BUM, você é parvo? Matrícula, Restaurante…

Pai, Olá mãe, WC, tentei contar na WC que ela estava ali, voltámos à mesa: tenho que contar uma coisa importante que aconteceu… ui, o Trump? O Marcelo? O Benfica?
Começo a contar que bateram-nos e o pai a dizer que não foi nada e para o que é que tinha de contar ali!?

É que está ali a tal rapariga!

Mas o que é que aconteceu!? Pai explica e dá ideia de dizer a matrícula para ver qual a reacção mas primeiro os pedidos: Os putos vão para uma pizza partilhada e pouco imaginativa (camarão e ananás em massa baixa e fina) e quem sabe de cozinha e cultura italiana requintada tem a sua escolha de massas… com verdes e tomates.

Lê a matrícula, conhece!? Não, sem perguntar nem porquê… tudo nela soava a mentira, o ar, o olhar, tudo...

O pai qual Sherlock Holmes levanta-se: ‘vou procurar um carro com esta matrícula nas redondezas...’. Vai e volta, ‘então!?’, ‘está ali o carro!

Ela volta à mesa, o pai fez um discurso certeiro e singelo: ‘você desculpe mas quando estas coisas acontecem o costume é pararmos e conversarmos para resolver o problema… não há problema nenhum mas caso houvesse...’, 

a mãe: ‘você também não gostava que lhe batessem e fugissem...’

Ela: ‘Desculpem!’

E FOI ASSIM!!!

1 comentário:

Jorge Abegão disse...

Amigos como dantes!