Viagem, pai e filho de carro, Lisboa – Sintra bem conseguida rápida
e a conversar em direcção a um jantar com a lady mãe, que tinha
vindo de comboio, pré concerto à antiga.
A
chegar, por trás da estação (em atalhos conhecidos por gente da
zona, ora, quem se mete por atalhos mete-se em trabalhos…), eis que
num cruzamento somos forçados a parar e BUM, levamos uma mocada por
trás.
Foda-se,
bela merda agora…
Paramos um pouco à frente como é hábito para conversar; para um
carro com uma jovem vidro aberto a pedir que abríssemos o nosso
vidro, abrimos e ‘mas o senhor é parvo ou quê!?’, diz
duas ou três vezes e arranca.
Tirei a matrícula!
Ele sai para ver os estragos:
‘não me vou chatear mais com isto, não tem nada!’
Restaurante: carro parado à entrada.
Sento-me e vem direito a mim um senhor com menu: ‘eu vou
esperar...’
Vejo entrar e a falar alto com ar carrascão a rapariga
que fugiu! As ideias rebobinavam, as imagens:
BUM,
você é parvo? Matrícula, Restaurante…
Pai, Olá mãe, WC, tentei contar na WC que ela estava ali,
voltámos à mesa: tenho que contar uma coisa importante que
aconteceu… ui, o Trump? O Marcelo? O Benfica?
Começo a contar que bateram-nos e o pai a dizer que não foi nada e
para o que é que tinha de contar ali!?
É
que está ali a tal rapariga!
Mas o que é que aconteceu!? Pai explica e dá ideia de dizer a
matrícula para ver qual a reacção mas primeiro os pedidos: Os putos
vão para uma pizza partilhada e pouco imaginativa (camarão e ananás
em massa baixa e fina) e quem sabe de cozinha e cultura italiana
requintada tem a sua escolha de massas… com verdes e tomates.
Lê
a matrícula, conhece!? Não,
sem perguntar nem porquê… tudo nela soava a mentira, o ar, o olhar, tudo...
O
pai qual Sherlock Holmes levanta-se: ‘vou
procurar um carro com esta matrícula nas redondezas...’. Vai
e volta, ‘então!?’,
‘está ali o carro!’
Ela
volta à mesa, o pai fez um discurso certeiro e singelo: ‘você
desculpe mas quando estas coisas acontecem o costume é pararmos e
conversarmos para resolver o problema… não há problema nenhum mas
caso houvesse...’,
a mãe: ‘você também não gostava que lhe
batessem e fugissem...’
Ela: ‘Desculpem!’
E FOI ASSIM!!!
1 comentário:
Amigos como dantes!
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