28 maio 2019

'É preciso ter caos e frenesim dentro de si para dar à luz uma estrela dançarina!'


F. Nietzche
Gente com tantos mundos a viver dentro de si quando funcionam em modo normal parecem sobrenaturais e organizam tudo neles como coreógrafos; comunicam com olhares, discretos, espalham amor, são Amor.
Todos temos muitos mundos e vivê-los com mais espaço, alargá-los, permite-nos armazenar outros mundos, colori-los, modificá-los, melhorá-los, musicá-los, dar-lhes novos horizontes!

Amadurecem, crescem, evoluem, ganham novas energias,mudam tudo (gestos, cores, mundos, palavras, roupas, gostos) perdem mal entendidos, reaprendem-se


E quando, às vezes, o discurso não é tão fluido como devia ser, é costume, comunica mais lento, dá às  ideias tempo para respirar, pensar em si, é uma obrigação humana a ter por respeito!



E equilibram-se as vontades mútuas!

27 maio 2019

interessa a Europa!?

Mais de 68% dos eleitores não foram votar porque não quiseram: um em cada três  pessoas, que vive connosco no dia a dia, decidiram que também fazem parte disto.

A onda verde que se tem alastrado em vários lugares dá esperança: o PAN elege 1 eurodeputado.

O combate foi sobretudo nacional e aí a esquerda ganhou com 9 para o PS, 2 para PCP e BE; PSD e Cds na direita com seis e um são os restantes para formar 21!

Para pensar no todo maior e de grupo importa pensarmos sempre a partir de um EU menor e individual. 

Para pensar na EU e no mundo, na turma pensamos em nossas casas portuguesas.

A bem dizer, se temos poder para decidir devemos usá-lo, a Liberdade também se cria nas zonas locais (Juntas de Freguesia e Câmaras Municipais), nacionais (Assembleia da República e Governo) e na UE (União Europeia).

Termos quem trabalhe bem e lute pelos nossos direitos entre os outros 27 países da UE é como teres voz na turma de que fazes parte: longe e perto num mundo cada vez mais pequeno...

Que boa notícia um Camões para o Chico!


Chico Buarque de Hollanda, mais conhecido por Chico Buarque foi o vencedor do Prémio Camões 2019, mais pela sua obra literária do que pelas suas canções. Se bem que as letras das suas canções também revelam muita poesia. Vencedor de vários prémios no Brasil, Chico Buarque publicou “Estorvo” (1991), “Budapeste” (2003), “Leite derramado” (2009) e o “Irmão Alemão” (2014), talvez o livro mais autobiográfico de todos. Chico Buarque é além disso músico, ativista político e ex-exilado. Nas suas obras musicais destacam-se “A Ópera do Malandro” e o “Circo Místico”. Ficou conhecido com músicas como a “A Banda” e “Geni e o Zepelim”, “Vida”, “Morena de Angola”, “Apesar de Você”, entre outras. (Clara Belo)

25 maio 2019

Um voto no Livre nunca é um voto desperdiçado

 O tempo de se ficar à espera já passou. O chão está a fugir-nos dos pés. E afinal podemos fazer algo. 
Entretanto, e em consequência, no domingo podemos votar numas eleições europeias onde o nosso futuro global se decide - só a Europa pode liderar a revolução verde. 
Já tudo foi dito a favor de Greta Thunberg. Pouquíssimo foi dito sobre Rui Tavares e o conjunto de propostas do Livre - onde se junta a fórmula certa: Política+Ambiente. A diferença das propostas do Rui está no facto dele as pensar a partir de soluções europeias e não meras intenções. Isso é decisivo!


Vamos meter lá o nosso amigo Rui Tavares! 

É boa escolha com certeza!

07 maio 2019

Para apreciar/deleitar

'A beleza vem em primeiro. A vitória em segundo. O importante é A Alegria!'

(Sócrates, o brasileiro futebolista)

A profissão de viver! (por José Tolentino Mendonça)

Claro que falar do viver como sendo uma profissão tem o seu quê de insólito. A vida não é um ofício, é uma condição. Mas referir-se a ela desse modo talvez nos ajude na compreensão de quanto a vida nos pede de aprendizagem, iniciação e sucessivos recomeços. Era Erich Fromm quem dizia que as pessoas felizes são aquelas que encaram todo o curso da sua vida como um processo de nascimento, rompendo com a gramática mais comum que considera que cada um de nós só nasce uma vez, só tem uma grande oportunidade, só percorre um caminho antes de se precipitar no fim. 

Erich Fromm defendia que tal modo de pensar gera este efeito devastador: vermos tanta gente morrer sem sequer ter chegado a nascer. De facto, o verdadeiro e exigentíssimo desafio que se coloca ao ser humano é levar a cumprimento o seu nascimento. Nisto, nós humanos diferenciamos-nos das outras criaturas, que em pouco tempo já são completamente aquilo que são. Nós, ao contrário, somos inacabados; recebemos a vida como dom, mas também como tarefa; vivemos no decurso do tempo o processo do nosso próprio parto; precisamos de muitos anos (e de muito trabalho interno) para chegar a exprimir o que há em nós de original. Os mestres estóicos, na Antiguidade, motivavam os discípulos a construir a sua própria estátua. Quer dizer, exortavam-nos ao labor de si para edificar a sua própria humanidade, esse labor face ao qual todos os outros que desenvolvemos são simplesmente preparatórios.

As nossas sociedades concentraram demasiado a sua aposta de formação em saberes técnicos e científicos, ou então assumidamente parcelares e especializados, apontando como horizonte o resultado sobretudo económico e, como consequência, damos por nós analfabetos, vulneráveis e desprovidos nas dimensões fundamentais do viver. Uma das patologias contemporâneas é este défice de sabedoria, esta falta de uma arte da existência. Por isso, não só um a um e em doloroso contra-ciclo, como na melhor das hipóteses acontece, mas como comunidades no seu conjunto teremos de confrontar-nos com aquelas perguntas que T. S. Eliot coloca num dos seus poemas: “Onde está a vida que perdemos vivendo? Onde está a sabedoria que perdemos com o conhecimento? Onde está o conhecimento que perdemos com a informação?”. Eliot tem razão: a vida não só se ganha, também se perde quando nos tornamos prisioneiros do imediato, do desagregado e do fragmentário, sem espaço para reelaborar o vivido a partir de razões mais profundas.

Por sua vocação, o ser humano não se realiza apenas na luta pela sobrevivência. A par dessa, ele precisa de conhecer-se a si mesmo, viver na exterioridade e na interioridade, precisa de avizinhar-se com vagar da “espantosa realidade das coisas”, escutar o visível até ao fim e para lá do visível, porque a vida é surpresa e mistério. Precisa de acreditar e duvidar, recolher e lançar o mesmo propósito muitas vezes, precisa de dizer e calar, abraçando assim esse movimento que é afinal imobilidade e essa imobilidade que é afinal movimento. Atirámos as experiências de vida contemplativa para uma periferia e olhámos para essas expressões (religiosas, culturais, humanas) com indiferença, como se não tivessem nada a ensinar-nos. Dispersámos assim um património espiritual de que as nossas sociedades carecem absolutamente. Friedrich Nietzsche escreveu: “Por ausência de quietude a nossa civilização está a desaguar numa nova barbárie. Nunca como hoje o activismo dos irrequietos gozou de tamanha consideração. Por isso, uma das correcções a introduzir no modo de vivermos a nossa humanidade seria reforçar largamente o elemento contemplativo”.


04 maio 2019

mal fica o BENFICA

Numa época moderna em que os cuidados com a mobilidade e acessibilidade estão na ordem do dia faz confusão que uma instituição de renome como a do Sport Lisboa e Benfica venda bilhetes para pessoas com falta de mobilidade mas não tenha parking automóvel correspondente para elas. 

É comparável o escândalo a se estivesse a equipa principal do dito cujo a lutar pela manutenção e não despromoção na primeira liga.

Esta discrepância é recente: os lugares para os carros passaram a ser utilizados para fins empresariais. Ora, uma pessoa com falta de mobilidade tem problemas também nos acessos... 

Para que servem afinal esses bilhetes!? 

Se não conseguimos arrumar o carro perto do estádio, tendo limitações no andar, como chegamos aos ditos lugares comprados anteriormente?

no dia do trabalhador...

Escrever sem razão, alimentado pelo pensamento escrito de Felicidade e 

Filosofia de Balthasar Thomass contracenando com o Falar, ouvir e ler 

(Escrever sem poder ler (ou falar sem poder ouvir) é uma tortura mas ler sem poder 

escrever (ou ouvir sem poder falar) aguenta-se muito, muito bem) do Miguel 

Esteves Cardoso.


Tantas perguntas, tantas recordações, voltares atrás, olhar para as raízes de 

quem somos, tanto empenho no amor, procurar respostas.


É um livro para acompanhar a vida ou estar sempre lá em segredo... o 

Balthasar Thomass rulla, vale a pena!


É um livro que se lê bem sem nunca se ler, algumas retiradas do livro:


Como compreender as nossas emoções? 

Como encontrar a nossa liberdade assumindo as nossas contrariedades? 

Como transformar a tristeza em alegria? 

A dependência em afirmação? 

Como encontrar sentido no desenrolar Insensato das nossas vidas? 


As respostas de Espinoza a estas questões permitem nos interpretar 

melhor todas as contrariedades da nossa vida e fazer lhes face de forma 

positiva e feliz.  


No dia do trabalhador quero falar a favor do trabalho porque nos faz falta 

manter-mo-nos activos, como uma máquina que não trabalha enferruja, 

alguém que não pensa, conversa, escreve, lê, tem actividade, trabalha, morre 

mais rápido. É bom ter-se preguiça quando se tem o que fazer mas fazer 

nada por vocação não tem graça nenhuma!