Nasci
em Lisboa e vivi até à 1ª classe na cidade nova em Odivelas, num
10º andar de que me orgulhava de viver lá no topo; a 2ª classe vim
fazê-la no Mucifal, freguesia de Colares, concelho de Sintra e a
minha terra tornou-se esta. Dos 07 aos 20 sem tempo correto era assim:
No fim da primária fui para a C+S da Sarrazola
Onde toda a malta nova
da região se juntava, quem andou na Sarrazola fala dela com paixão,
não se esquece, havia 6 turmas por ano:
1)
Colares
2)
Almoçageme
3)
Galamares
4)
Mucifal
5) Praia
das Maçãs e Azenhas do Mar;
6)
Nafarros e Fontanelas;
Era
um mundo novo onde dos mais velhos que éramos passámos a ser os
mais pequenos com 10 anos.
Inventámos
um jogo ou adaptámos o subutteo, fazíamos jogadores em madeira, éramos verdadeiros artesãos talhando corpos adaptados às funções.
Equipávamos com fitas isoladoras coloridas e numerávamos, o campo eram velhas alcatifas (maior que os campos de subutteo piriris) marcados a preceito com ferros de soldar, havia torneios internacionais e tudo, prémios, divisões, trocas de jogadores, melhores jogadores, marcadores; as bolas eram retiradas dos rollons desidratantes e secos; as balizas eram construídas, soldadas a ferro e enredadas com sacos de rede de batatas.
Estudávamos desde King, ao trivial, ao sobe e desce a matérias em fases de testes.
Equipávamos com fitas isoladoras coloridas e numerávamos, o campo eram velhas alcatifas (maior que os campos de subutteo piriris) marcados a preceito com ferros de soldar, havia torneios internacionais e tudo, prémios, divisões, trocas de jogadores, melhores jogadores, marcadores; as bolas eram retiradas dos rollons desidratantes e secos; as balizas eram construídas, soldadas a ferro e enredadas com sacos de rede de batatas.
Estudávamos desde King, ao trivial, ao sobe e desce a matérias em fases de testes.
Tínhamos
o costume de vir após os dois/três kms a pé de retorno desde a Praia das Maçãs e fazer torradas
com manteiga e beber chá, havia quem comesse arroz branco aquecido, certa vez, resolvemos alargar o jogo do quarto escuro à
casa toda e quando acendemos a luz estava a um canto o jovem do
arroz, moçambicano, pele negra e sorriso largo a comer baba de
camelo à colherada de uma tigela; certo dia pusemos 17 jovens dentro
de um 2 CV de um colega; toda a turma pegou no carro do professor de
matemática pela zona de baixo e carregámos o carro para o meio do
relvado inclinado
Roubávamos
fruta (ameixas, nêsperas e... nabos), dávamos mergulhos em piscinas
de casas de verão, ganhávamos dinheiro a apanhar pinha, íamos
acampar para a serra, aprendi que jogar bem à bola dava um jeitão
para fazer amigos, começámos a ter animais de estimação e
torná-los nossos amigos (gatos e cães: Bonjour, Bonsoir, Índia,
Leão, Ginja, Félix, Murtillo e etc.); rondávamos as festas de
aldeia da região, perto do mar, faltávamos às aulas e éramos dos
primeiros banhistas no verão nas motos 50 CC DTLC mas a terra
e escola acabavam em Sintra no secundário era a norma, não se
falava em faculdade;
Mas
quando cheguei à faculdade, Lisboa afastou-me da terra, voltava diariamente cansado do dia fatigante de trabalho.
Tenho ouvido por aí dizer a má língua que em Sintra chove muito e está sempre cinzento, respondo que Todo o jardim para ser bonito precisa de ser regado, gosto muito de cá viver e isso é só inveja a falar, venham lá fazer turismo! Não é para quem quer, é para quem pode!
Tenho ouvido por aí dizer a má língua que em Sintra chove muito e está sempre cinzento, respondo que Todo o jardim para ser bonito precisa de ser regado, gosto muito de cá viver e isso é só inveja a falar, venham lá fazer turismo! Não é para quem quer, é para quem pode!
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