Era uma vez isto da VIDA!!!
Era por vezes calma, tranquila e suave, outras agitada, apressada e áspera, a vida tinha tantas cores como as que quiseres pintar, escura ou clara ou com meio tons; era barulhenta, harmónica e musical; desarrumada ou organizada estilo preceptora inglesa; era tantas coisas diversas como os momentos!
Por vezes ação e arte, teatros e cinemas, televisões; informação e jornalismo, no papel, na rádio, televisão, Internet, reportagens, culturas e desportos, saberes, conhecimentos, filosofias, interesses, sabores, culinárias de todo o mundo geográfico, religiões, meditações, valores, mistura de cores clareiam. Por vezes, no dia a dia e na rua comum também.
Outras vezes, amizades e amores, confiança, respeito, família, filhas, mães e avós; heranças do passado passando do presente para o futuro.
A morte e a nascença e entre elas a vida é tudo o que acontece.
Há quem tenha a capacidade de sobreviver, de deixar vidas, filmes, livros e histórias que ultrapassam gerações e gerações; gente que é forte a atuar nos mais diferentes espaços e tempos e a fazer de conta que é outros quando não é ele mesmo; de passar memórias, de ocupar lugares ofuscando os outros, erguendo o egoísmo invés do altruísmo.
Todos temos de a criar com mais ou menos interesse, com mais ou menos piada, de a aproveitar e usufruir, ter essa consciência, ainda que por muitos momentos, era importante para bem viver, viver com tudo.
É a nossa responsabilidade criá-la ao nosso jeito, trazê-la para o nosso gosto e aproveitá-la para crescer e melhorar dentro dela...
Tínhamos a responsabilidade de criar a nossa histórias reais ou imaginadas, músicas e/ou concertos, edifícios, arquiteturas e/ou cidades, invenção ou novidade se possível ainda, filosofias e discotecas, o mundo suburbano onde existem pessoas!
A vida tinha a capacidade de ser sempre irrepetível e mágica; consoante a perspetiva.
E as condicionantes mudavam consoante as vidas: os nomes, os nascimentos, os locais, as idades, as maturidades, as relações de amor, ódio, de amizade e inimizade, as doenças, acidentes, as histórias, o dia a dia e muitas outras coisas, etceteras.
Cada pessoa era um e cada um era diferente.
E as vidas iam crescendo diversas em assuntos, nos elevadores, táxis em cada dia de sol, de chuva, cinzento ou mais colorido, nevoeiro, densidade, temperatura, alturas, já quase não se conversava mas escrevia-se e lia-se, muito mais do que em qualquer altura na História.
Isto da vida requeria muita imaginação, boa disposição e cada qual solucionava com seus gestos individuais para juntar ao geral.
Havia gente muito tímida, individual; que se sentia muito bem em grupos e no social; gente que variava muito e era tanto tímido como aberto ao mundo.
Havia ricos e pobres, ricos em saúde, beleza física e espiritualidade, saber; pobre em amigos, imagens, esperança. Era um mundo muito rico, fascinante em histórias e imaginações, pobre em tempo e noção dessa riqueza.
Podia ser melhor, sem dúvida mas, felizmente, que essa riqueza é rara e não é facilmente obtida.
E o conhecimento vinha passando mas sempre com dificuldades na dispersão. Não era fácil formar conjunto, nem nos temas, nem nos interesses, nem nas gerações, géneros; havia muita coisa a dispersar...
Não era fácil/simples de congregar em palavras, sendo a escrita uma forma mágica de organizar mais facilmente os diferentes conceitos.
Era complicado erguer uma personalidade sem contradições, iam sendo formadas gradualmente, nunca estando completas mesmo depois de envelhecidas e mortas.
Ciências, Artes, Economia e Humanidades e cada dia se iam encontrando e conhecendo novos conhecimentos e saberes contrários; já se ultrapassara uma fase em que a experiência e o erro eram qualidades ou não.
Há sempre fases novas, cada pessoa é um mundo com um tempo próprio; fotografias, refeições, piqueniques e modas.
Cada conversa tem novas palavras e modos de dizer; havendo um palavreado comum habitual e ritos próprios que rotinam os gostos e o bem viver.
Há pequenas comunidades que se criam/formam em gestos comuns: às vezes profissionais, outras etárias, geográficas e temporais: uma pessoa de 1923 que viva em Lisboa se fosse deixada hoje em dia na mesma cidade teria dificuldades em reconhecer os cantos, ruas e lugares.
Seria tudo diferente, até os gestos; comer por exemplo não seria fácil de reconhecer/de recriar; os automóveis, os móveis, as divisões, os prédios, as roupas; seria um rico e complicado filme de ficção; andar para a frente no tempo ia ser complicado mais que regressar ao passado porque temos história escrita e na memória; é uma bela invenção a escola e a escrita.
E tudo isto da vida implicava muitas velocidades diferentes... e indescretiveís, sem ser escritas... é a vida!
Sem comentários:
Enviar um comentário