27 junho 2024

Sempre é ir mais além!

Estreou no dia 07 de Junho na RTP 1 às 6ª feiras pelas 21.45 uma série de 8 episódios chamada SEMPRE!

Vi o primeiro episódio, Canção de Embalar, e soube a liberdade.


Manuel, 19 anos, estagiário do Rádio Clube Português, está a levar um sermão moralista de um velho editor claramente afeto ao regime. Nessa noite, desmoralizado, assiste a um telefonema da sua mãe com o seu pai, militar colocado em Santarém: "Vai acontecer algo. Não saiam de casa amanhã. Diz aos miúdos que os amo". Manuel espera que a mãe e o irmão de oito anos adormeçam e começa a treinar o take de reportagem perfeito. Ele sabe que o sonho está à mão de semear. Precisa de ir para a rádio buscar os apetrechos que o seu estatuto ainda não lhe permite obter: um gravador, bobine e um microfone. Quando está finalmente pronto para partir em busca de histórias, pelas três e pouco da manhã, um grupo de oficiais toma controlo do RCP. Manuel está agora momentaneamente sequestrado pelos homens que vêm trazer a liberdade. Utilizará uma manobra de diversão e o comunicado lido por Joaquim Furtado perto das sete da manhã para finalmente se escapulir, ao encontro da História e do take perfeito. Que na verdade só conseguirá fazer no dia seguinte, ao regressar a casa para uma mãe arreliada e um irmão curioso. O único público da sua reportagem sobre o dia 25 de Abril.












Diferentes perspectivas que temos em 2024 do passado em Abril de 1974 e que nos dão esperança e confiança num futuro mais além desde o jornalista da rádio por entre um povo alegre a gritar liberdade .


No segundo episódio de SEMPRE, trova do vento que passa, saboreia-se traços inesperados de namoro que não associamos ao 25 de Abril; as pessoas continuam os hábitos e nem percebem que o país está a mudar!

O lanche no interior no primeiro andar da casa é genial! Muito bom! 



Lembra-me um Sonho Lindo

Ao interior do quartel do carmo

 visto por um cabo descontente:

Posicionados como atiradores furtivos no início do cerco ao Quartel do Carmo, um soldado branco e outro negro são surpreendidos por uma velhota que, desde a varanda do segundo andar, convida "o menino" a vir cá acima, "que tenho chá e bolinhos". Francisco percebe de imediato que o convite é para João, um rapaz de Braga pouco dado a reflexões profundas. Enquanto, dois andares acima, Eulália vai suave mas persistentemente fazendo a cabeça de João contra os devaneios revolucionários, louvando as conquistas de Salazar e temendo o que será deste "grande país" nas mãos "deles" (apontando para Francisco, lá em baixo), a sua neta hippie (Teresa), vai interessar-se progressivamente pelo corajoso soldado negro, que tem a arma carregada... e a alma também.



A música é só mais um elogio à equipa bem escolhida!

Tem traços deliciosos e bem pensados do @manelpureza e a reflexão final por pessoas atuais é bem vista! 

Clap clap; que classe!

Fazem-se coisas boas em Portugal e em 2024!


Vem numa boa altura,para não deixar que a extrema direita continue a alastrar!

E para cimentar a liberdade que se ganhou em 1974, dia 25 de Abril!

O jovem realizador é alguém que imprime vontade e gosto no que faz.

É um puto giro e dinâmico que provoca nos outros essa adrenalina e
 sabe imprimir energia à sua criatividade.

É bem inteligente e divertido, arrasta grupos, torna-os melhores!

Com 40 anos já tem um vasto CV: 

https://pt.wikipedia.org/wiki/Manuel_Pureza

Já sabem que nas próximas 7 sextas feiras deliciem-se a criar bem estar nas vossas vidas, sentados no sofá, em frente às televisões.



Manuel Pureza  (é como uma acendalha) defende a pertinência da série, mesmo sendo de ficção, em ano de celebração redonda daquela revolução, mas também em tempos de ascensão de partidos extremistas.

“No meu entender, e falo a título pessoal, tempos obscuros obrigam a resistências mais criativas. E eu sou apologista disto. Uma coisa que nunca nos vão poder tirar e condenar — apesar de tentarem –; a única maneira boa de responder ao obscurantismo é ser criativo”, defendeu.

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