16 julho 2011

chora miúdo

As lágrimas do mundo são inalteráveis. Para cada um que começa a chorar, em algum lugar outro pára. O mesmo vale para o riso.

(Samuel Beckett)

chorar porque é muito humana a lágrima, rir porque sorrir é quase tão humano como verter uma ou mais lágrimas...

O dia 18 de Novembro de 2006 tornou-se um dia mítico, nele bati num plátano (pelas 4h da manhã, em Galamares, devo ter adormecido) e ressuscitei e comecei um estágio de vida.

Tirei um tempo para pensar na vida, desempregado, fui crescer mais e melhor.
Achei que qualquer técnico de política social (nome pseudo para um assistente social de direita) deveria fazer um estágio para compreender como ajudar o outro.

Na altura, do acidente, tinha vindo de Berlim onde tinha estado num programa da união europeia de quatro meses, um Leonardo da Vinci – ERASMOS para licenciados, era voluntário numa ONG, preparava-me para viajar para Moçambique. Tinha um curso de técnico de política social em 2005. Fiz um estágio final na JUNTA DE FREGUESIA DE CARNIDE.

Desde que acordei, do coma, venho sempre recuperando, nunca pensei que podia/devia ter sido diferente. ‘Há males que vêm por bem!’, descobri, também como que redescobri o optimismo.

Hoje, 16 de Julho de 2011 estou cá e já houve uma fase em que se julgava que o ‘lá’ era bem mais provável.

Da primeira coisa de que me lembro, foi em Alcoitão, CRMA um desconhecido para mim, até então, do estranho de ver a minha querida chefe, Cathleen e a irmã dela Johanna ali no meu quarto (o seis, no terceiro esquerdo).

Falho, falho de novo, de cada vez que falho, falho melhor (Samuel Beckett).

depois do acidente começaram a aparecer imensas/inúmeras pessoas, depois foram desaparecendo porque já lá vão quatro anos e meio de recuperação, já tenho ganho muitos amigos nos bailes da vida.

dos fracos não reza a história, estou com muito orgulho em mim!

ficaram os mais resistentes e que gabo por ter e ser com eles.

por falta de planos não deixo de viver!

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