Naquela fotografia está quase tudo: o olhar
triste de Marcelo, as lágrimas amargas de uma mulher vestida de negro, o
pressentido silêncio de existências subitamente arruinadas, o desespero
de um momento desguarnecido de qualquer esperança. Dificilmente
encontraríamos uma representação mais fidedigna da crueldade dos últimos
incêndios. Ao mesmo tempo, dessa imagem emana uma força que nos
transporta para a ideia de dignidade. Dignidade na atitude de um
Presidente abatido pelas circunstâncias, dignidade no choro contido de
uma mulher calejada pelos sofrimentos de uma longa vida, dignidade no
encontro inesperado de mundos tão distantes. O Presidente da República
revelou uma coisa no decorrer da imensa tragédia que afectou o país
inteiro — por intuição, por intelecção, ou por uma soberba capacidade de
compreensão da angústia colectiva, ele é hoje, de longe, a
personalidade pública em melhores condições para representar aquilo que
de modo um pouco simplista poderemos considerar como a voz da
consciência nacional.
É óbvio que Marcelo Rebelo de Sousa tem consciência do estatuto
singular a que se alcandorou no plano do simbólico. Tal estatuto
confere-lhe uma especial responsabilidade histórica numa altura em que a
dimensão política não está especialmente valorizada, os partidos se
encontram numa situação de relativa fragilidade e o próprio Governo em
funções assenta numa maioria parlamentar atravessada por múltiplas e
manifestas contradições. Estou certo de que a ampla cultura política e
jurídica do Presidente da República o impedirá de ceder, seja em que
circunstâncias for, à tentação de se perceber a si próprio como uma
solução providencial num país em crise. Marcelo conhece o peso e a
importância das instituições e nada fará, creio eu, para afectar a
credibilidade das mesmas junto da opinião pública. Poderá objectar-se a
esta opinião a tese de que há no actual Presidente uma propensão
excessiva para o recurso a um discurso que privilegia a aparente
neutralidade político-ideológica dos afectos em detrimento de uma
abordagem mais identificada com o uso das tradicionais categorias
próprias da razão política. É certo que Marcelo recorre amiúde a esse
discurso exageradamente emotivo, que não favorece a qualidade da
discussão política. Mas essa é apenas uma parte, e a meu ver claramente
menor, de um homem político dotado de excepcionais recursos de
inteligência e preparação teórica, os quais se empenha aliás em tornar
visíveis nos momentos de maior importância cívica e política.
"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
29 outubro 2017
27 outubro 2017
Catalunha
Corro o risco de pensar mal e estar imbuído dos aromas egoístas mas a verdade é que o Sr. Rajoy me parece um bronco e a Catalunha não é de agora que vem questionando esta atitude de Madr(e)id, já nos tempos em que Portugal se tornou independente foi devido a uma divisão nas tropas de Castela.
Deixem ver como acontece...
Talvez
se Rajoy não tivesse tornado isto tão importante perdesse
importância, assim vão dando passos pequenos e positivos e 'devagar
se vai ao longe...'
Rajoy demite Puigdemont e convoca eleições para 21 de Dezembro na Catalunha.
'Sonho com um mundo onde não haja fronteiras!'
(Carlos Andrade, um brasileiro óptima energia em Barcelona)
Sonho e realidade... construção de organização de territórios e povos reais onde se possa sonhar... a minha realidade não é feia, suja, dura e negra... é livre, arejada, com pinturas, conversas, escritas, sensações, músicas, sons, passeios e muito mais; acho que me querem fazer mal quando dizem para estar atento à realidade, que sou um privilegiado mas que é bom observador e observa muito, não vivo propriamente fechado em casa.
Nela, na minha realidade, há campos enormes onde voar e ir mais longe e alto; é pouco concreta e palpável... a verdade é que há tantas realidades como pessoas e às vezes ao longo do dia temos imensas realidades... e afinal imaginar, sonhar, pensar, recordar, perspectivar pode ser real!
A novíssima “geringonça”
António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa são ambos
suficientemente inteligentes e pragmáticos para não entrarem numa
disputa inglória.
Uma coisa é certa: Marcelo está para ficar e é preciso saber conviver
com ele. As condições dessa convivência vão-se naturalmente alterando
em função da evolução da própria realidade política, económica e social.
Ora, essas condições modificaram-se substancialmente nas últimas
semanas, quer pelos efeitos induzidos pelos resultados das eleições
autárquicas, quer pelas consequências institucionais e políticas
decorrentes da última tragédia dos fogos florestais. Essas
transformações são de tal grandeza que nos levam a perspectivar o início
de uma nova fase da vida política portuguesa.
Contrariamente ao que insinuam as notícias mais recentes, não me parece que essa nova fase possa vir a ser essencialmente marcada por um ambiente de permanente conflito institucional entre o Governo e o Presidente da República. Essa colisão prejudicaria fortemente ambas as partes: Marcelo perderia capital simbólico, o Governo desperdiçaria imenso capital político. Pelo contrário, Marcelo ganha como promotor de consensos e avalizador de grandes pactos de âmbito nacional; o Governo, por seu lado, pode beneficiar muito desta nítida vocação presidencial se isso lhe proporcionar condições para estabelecer novas formas de diálogo com os partidos de direita, sem prejudicar as relações que mantém com os partidos situados à sua esquerda. Por estranho que neste momento possa parecer, poderemos estar prestes a assistir ao surgimento de uma nova e ainda mais original e sofisticada “geringonça” na vida política nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa ocupará, no contexto dessa novíssima “geringonça”, um lugar absolutamente central na nossa vida política. Beneficiando enormemente do amplo apoio popular de que dispõe, estará em condições de impor ao Governo e aos partidos da oposição uma agenda pública resultante de uma consensualização prévia de preocupações comuns aos principais agentes políticos portugueses. Foi já o que aconteceu agora, na gestão do período pós-incêndios. Essa autoridade presidencial, exercida nos limites das competências constitucionais, contrariará a tendência para uma excessiva polarização do confronto político, abrirá espaço para entendimentos parlamentares de geometria variável e terá, desde logo, dois efeitos benignos, um no Partido Socialista e no Governo que dele emana e outro no principal partido da oposição, o PSD — libertará o PS de uma excessiva dependência da extrema-esquerda parlamentar e desacorrentará o PSD de uma parte significativa do seu passado mais recente.
Perante as mudanças que se antevêem, é legítimo admitir que iremos
assistir a uma significativa reorganização da nossa vida política e
isso, curiosamente, sem que ocorram alterações ao nível do sistema
partidário. Nestas circunstâncias, um Presidente mais forte gera
energias que libertam e não constrangem, potencia entendimentos até há
pouco considerados impensáveis, favorece a qualidade da discussão
política e contraria propensões maniqueístas demasiadas vezes
verificadas nos últimos anos.
Se tudo correr bem, a novíssima “geringonça” absorverá a velha sem a eliminar, recuperará o chamado arco da governação em torno dos assuntos de maior incidência europeia e económica, contribuirá para uma real valorização da vida parlamentar e permitirá a superação parcial do ambiente algo atávico e anti-reformista que tem prevalecido no decorrer da presente legislatura. Para que tudo suceda desta forma há naturalmente alguns requisitos que precisam de ser preenchidos, à cabeça dos quais um que corresponde a uma exigência liminar — que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa não entrem numa disputa inglória. São ambos suficientemente inteligentes e pragmáticos para o não fazerem. É por isso que é possível olhar para o futuro imediato com uma boa dose de optimismo.
Contrariamente ao que insinuam as notícias mais recentes, não me parece que essa nova fase possa vir a ser essencialmente marcada por um ambiente de permanente conflito institucional entre o Governo e o Presidente da República. Essa colisão prejudicaria fortemente ambas as partes: Marcelo perderia capital simbólico, o Governo desperdiçaria imenso capital político. Pelo contrário, Marcelo ganha como promotor de consensos e avalizador de grandes pactos de âmbito nacional; o Governo, por seu lado, pode beneficiar muito desta nítida vocação presidencial se isso lhe proporcionar condições para estabelecer novas formas de diálogo com os partidos de direita, sem prejudicar as relações que mantém com os partidos situados à sua esquerda. Por estranho que neste momento possa parecer, poderemos estar prestes a assistir ao surgimento de uma nova e ainda mais original e sofisticada “geringonça” na vida política nacional.
Marcelo Rebelo de Sousa ocupará, no contexto dessa novíssima “geringonça”, um lugar absolutamente central na nossa vida política. Beneficiando enormemente do amplo apoio popular de que dispõe, estará em condições de impor ao Governo e aos partidos da oposição uma agenda pública resultante de uma consensualização prévia de preocupações comuns aos principais agentes políticos portugueses. Foi já o que aconteceu agora, na gestão do período pós-incêndios. Essa autoridade presidencial, exercida nos limites das competências constitucionais, contrariará a tendência para uma excessiva polarização do confronto político, abrirá espaço para entendimentos parlamentares de geometria variável e terá, desde logo, dois efeitos benignos, um no Partido Socialista e no Governo que dele emana e outro no principal partido da oposição, o PSD — libertará o PS de uma excessiva dependência da extrema-esquerda parlamentar e desacorrentará o PSD de uma parte significativa do seu passado mais recente.
Se tudo correr bem, a novíssima “geringonça” absorverá a velha sem a eliminar, recuperará o chamado arco da governação em torno dos assuntos de maior incidência europeia e económica, contribuirá para uma real valorização da vida parlamentar e permitirá a superação parcial do ambiente algo atávico e anti-reformista que tem prevalecido no decorrer da presente legislatura. Para que tudo suceda desta forma há naturalmente alguns requisitos que precisam de ser preenchidos, à cabeça dos quais um que corresponde a uma exigência liminar — que António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa não entrem numa disputa inglória. São ambos suficientemente inteligentes e pragmáticos para o não fazerem. É por isso que é possível olhar para o futuro imediato com uma boa dose de optimismo.
26 outubro 2017
toda a viagem é uma descoberta, assim é a vida!
Há vidas em que as rotinas são tão importantes que qualquer variação abala internamente, que qualquer mudança na comida e/ou dormida os deixa fora de si!
Outras que encontram essas rotinas numa espantosa ideia de descoberta, que têm a pretensão de lá longe é melhor, porque aqui já foi tudo visto e está indicado como olhar.
Outros que descobrem diariamente novas coisas nos hábitos, nos seus espaços mais íntimos, em si descobrem mundos.
Que sabem estar sempre atentos para como o sol que nasce todos os dias.
Toda a viagem é uma descoberta, assim é a vida!
16 outubro 2017
Ele há gente que me dá vómitos...
Assunção Cristas:
“Parece evidente que o Estado falhou de novo”.
Mas, há alguém com dois neurónios que possa encontrar responsabilidade ao Estado pelo acontecido!?
A ex-ministra do ambiente não compreende que a altura é de respeito para com as famílias dos feridos e mortos e parece sacudir o capote de responsabilidades!?
E, parece, que os jornalistas que estiveram na conferência de imprensa a António Costa queriam provar que eram maus, tanto como Ele provou ter inteligência e dignidade.
É TRISTE!!!
15 outubro 2017
sou filho da sociedade interdependente mas gosto de independência
copos abraçados |
Somos todos interdependentes, viver em sociedade é isso,
estamos desde o primeiro momento a especializar-nos e à procura de
autonomia mas conscientes que somos parte de um todo social, hoje fazem
por ti, amanhã farás tu pelo outro.
É preciso saber receber, ajudar ajuda a quem é cuidador e quem recebe cuidados estará na sua dependência a ajudar.
O dinheiro é o melhor exemplo disso mesmo, foi e é uma bela invenção, depois tornámos uma coisa feia mas pensa bem no monte de coisas com que cada pessoa tinha de andar às costas se ainda imperasse um sistema de trocas... e pior se cada pessoa precisasse de produzir tudo o que precisa para bem viver.
Todos nós somos dependentes... e podemos sempre, quando estivermos fartos disso, ir para o deserto ou alto mar...
O dinheiro é o melhor exemplo disso mesmo, foi e é uma bela invenção, depois tornámos uma coisa feia mas pensa bem no monte de coisas com que cada pessoa tinha de andar às costas se ainda imperasse um sistema de trocas... e pior se cada pessoa precisasse de produzir tudo o que precisa para bem viver.
Todos nós somos dependentes... e podemos sempre, quando estivermos fartos disso, ir para o deserto ou alto mar...
se tiras uma carta o castelo cai: são dependentes! |
A história nunca pode ser travada
Ela corre e é connosco sermos agentes nela ou não, temos em momentos diferentes mais ou menos Autonomia, podemos ser/ter mais ou menos poder sobre a nossa (minha e/ou tua) vida, podemos ser condicionados conforme somos mais ou menos.
Não vale muito a pena arrependimentos, nunca sabemos como podia ter sido se não fosse assim.
Quantos passados já vivi e quantos futuros construirei?
E o presente já passou, somos só futuro feitos de passado nos nossos alicerces.
Não vale muito a pena arrependimentos, nunca sabemos como podia ter sido se não fosse assim.
Quantos passados já vivi e quantos futuros construirei?
Descontracção, que o passo mais leve corre melhor!!!
E o presente já passou, somos só futuro feitos de passado nos nossos alicerces.
13 outubro 2017
confronto de realidades
A realidade não é como a julgas e qualquer dia vais dar por ela e
quando a vires e sentires não vai ser por falta de aviso que vais sofrer.
Já várias pessoas te avisaram, e não são pessoas que não gostam de ti,
não!
Olha para o lado, sai de ti menino, vê que há muita gente!
Pobre, desolado e
muito rico abastado, muita gente em cadeira de rodas, outros de
muletas, andarilho, deitados, aleijados, a sofrer, de mal com o mundo.
A correr, ganhar corridas, em F1 descapotável, jactos privados, motões, a deleitar-se de prazer, de bem com a vida:
muitas realidades!
12 outubro 2017
coisas que animam
Há necessidade de passar boas coisas, por nenhuma razão em especial, só porque sabe bem lembrar que é bom estar vivo porque gosto de:
- ouvir cantar;
- mar;
- amigos;
- piqueniques;
- comer;
- abraços;
- beijos;
- lamber;
- deitar-me e esticar-me;
- escrever;
- pensar;
- lembrar;
- imaginar;
- futurar;
- cantar;
- ouvir música;
- elogios;
- cheirar:
- sentir;
- escutar;
- ver cinema;
- concertos;
- sentir vida no corpo;
- gente;
- andar;
- falar;
- conversar;
- planear;
- passear;
- dar festinhas;
- sentir-me útil;
- beber;
- descansar;
- viajar;
- golos a favor;
- quando dás por ter bons amigos;
- quando mimo;
- qiuando sou mimado;
- ler;
- de optimistas;
- de superar desafios;
- de palavras;
- de pessoas;
- de olhares que brilham;
- vozes alegres;
- gotas de suor que caem rosto abaixo e contornam caras;
- boas surpresas, visitas;
- quando não queres que acabe;
- fruta doce e fresca;
- o dia de hoje, o presente;
- o que virá, o futuro;
- o dia de ontem, o passado;
- elogios da vida, exemplos de força;
- de olhar para trás e recordar como era mau e é melhor;
- de 'E eu a ti!';
- de esta lista não ter fim;
11 outubro 2017
Esta merece que se lance alegrias!
O genuíno Salvador Sobral deixa os cuidados intensivos
O estado de saúde do cantor, que continua a aguardar um transplante de coração, é considerado “mais estável”
O
estado de saúde de Salvador Sobral terá melhorado. De acordo com fontes
próximas do cantor, o boletim clínico
do cantor é agora mais favorável.
Depois de ter passado quase três semanas na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, o artista foi agora transferido para a enfermaria. Sobral aguarda, como é sabido, um transplante de coração.
Sobral anunciou uma retirada dos palcos para "entregar o meu corpo à ciência e, consequentemente, ausentar-me da vida de concertos e da música em geral". "Voltarei em breve, agora quão breve não sei", afirmou num vídeo divulgado antes do derradeiro espectáculo, que teve lugar nos Jardins do Casino do Estoril, a 10 de Setembro.
Depois de ter passado quase três semanas na Unidade de Cuidados Intensivos do Hospital de Santa Cruz, em Carnaxide, o artista foi agora transferido para a enfermaria. Sobral aguarda, como é sabido, um transplante de coração.
Sobral anunciou uma retirada dos palcos para "entregar o meu corpo à ciência e, consequentemente, ausentar-me da vida de concertos e da música em geral". "Voltarei em breve, agora quão breve não sei", afirmou num vídeo divulgado antes do derradeiro espectáculo, que teve lugar nos Jardins do Casino do Estoril, a 10 de Setembro.
07 outubro 2017
A fábrica de nada
Curioso, atenção redobrada, boa companhia e o filme que chega, entrando lentamente e faz-nos pensar: há tantos anos a viver juntos e ainda não descobrimos uma maneira mais correta de lidar entre nós, trabalho, lazer, amor... talvez, tenha piada este constante jogo de descoberta de cada um...
2 horas, filme português no Nimas, sala cheia a uma quinta feira: não é fácil...
A fábrica do nada envolve-te e vai-se desenrolando/soltando em imagens, sons, cheiros, sabores, é palpável!
O
filme vê-se muito bem apesar de longo, havia partes que
poderiam ter cortado, que não acrescenta grande coisa ao enredo do
filme mas talvez ajudem a assimilar as partes mais interessantes, a certa altura pensei 'vou ter saudades destes tipos!', passamos a gostar deles.
Deve ter sido muito especial e dado conversas muito giras esta envolvência, criar/pensar este filme sobre o Capitalismo estar a morrer, saídos do filme fomos comer uma fatia de pizza ao Fórum Sintra e o Capitalismo pareceu-me mais estar em ascensão..., sobre o Comunismo e a auto gestão, sobre a vida e o que queres dela...
Deve ter sido muito especial e dado conversas muito giras esta envolvência, criar/pensar este filme sobre o Capitalismo estar a morrer, saídos do filme fomos comer uma fatia de pizza ao Fórum Sintra e o Capitalismo pareceu-me mais estar em ascensão..., sobre o Comunismo e a auto gestão, sobre a vida e o que queres dela...
06 outubro 2017
Bolívia em 2016... sim aqui ao lado ano passado.
Uma
imagem vale mais que mil palavras e o vídeo tem imagens fortes; da
união se faz a força e os deficientes, as pessoas limitadas
unem-se, formam um grupo forte e que dá força.
Passas
a ser definido não só como homem ou mulher, de certa idade, raça,
altura, peso, de tal área, com tal hobby mas também passamos a dar
importância aos nossos limites físicos e quando uma parte do corpo
funciona mal percebes melhor a sua importância: casa roubada,
trancas à porta!
Não
querendo opor-se aos eficientes, como podiam opor-se a tanto amor,
entrega e necessidade!? sentem um certo orgulho pela forma como não
se queixam.
Mais
uma vez sentes a força da superação e da energia Humana que emerge.
03 outubro 2017
a Espanha vai sem líder
Simpatizo com a ideia de luta contra um poder central e opressor; talvez seja egoísta mas Madrid não pode passar pela vontade catalã sem lhes dar ouvidos |
Lembra-me imagens infantis: Rajoy tornou tudo num jogo de crianças merdoso; a Catalunha como um puto egoísta, beto, mimado e arrogante que não deixa ninguém copiar! Viver em comunidade é criar dependências, ser inter - dependente, não puxar dos galões sem pensar nos outros... apesar de tudo gosto dos catalães!!!
Não me parece que tenhamos de formular uma opinião sobre o independentismo catalão a partir do que faz o Rajoy. O independentismo é um objectivo posto acima da democracia e normalmente contra ela (como se viu em todo o processo) e o que se está a assistir é a uma uma estratégia que está perigosamente a resultar de provocar uma situação extrema em que nos querem fazer acreditar que estamos entre a mó e a espada. Não me parece que este movimento radique no altruísmo mas sim no egoísmo que está na essência do nacionalismo populista que paira no processo de desagregação da Europa (em muitos outros sítios). Estamos a falar de uma região autonómica que tem todas as condições para no quadro da democracia e da constituição para fazer evoluir o seu estatuto no contexto solidário de uma crise espanhola e europeia. Felizmente os independentistas (ainda) não representam a maioria dos cidadãos que vivem e trabalham na Catalunha embora esses cidadãos possam estar maioritariamente contra Rajoy.
Não me parece que tenhamos de formular uma opinião sobre o independentismo catalão a partir do que faz o Rajoy. O independentismo é um objectivo posto acima da democracia e normalmente contra ela (como se viu em todo o processo) e o que se está a assistir é a uma uma estratégia que está perigosamente a resultar de provocar uma situação extrema em que nos querem fazer acreditar que estamos entre a mó e a espada. Não me parece que este movimento radique no altruísmo mas sim no egoísmo que está na essência do nacionalismo populista que paira no processo de desagregação da Europa (em muitos outros sítios). Estamos a falar de uma região autonómica que tem todas as condições para no quadro da democracia e da constituição para fazer evoluir o seu estatuto no contexto solidário de uma crise espanhola e europeia. Felizmente os independentistas (ainda) não representam a maioria dos cidadãos que vivem e trabalham na Catalunha embora esses cidadãos possam estar maioritariamente contra Rajoy.
Não consigo simpatizar e identificar-me com estes movimentos separatistas de pequenos países a tentarem ser mais pequenos e isolados... Parece-me um retrocesso civilizacional num mundo que eu gostava mais aberto e uno. Ainda para mais no caso da Catalunha esse ímpeto nacionalista nasce do miserável sentimento de superioridade em relação às regiões do sul, esquecendo-se de que são essas pobres regiões que lhes oferecem a riqueza... (um espelho da forma como os sobranceiros povos arianos da Europa do norte olham para o preguiçosos povos do sul). Infelizmente em Madrid está aos comandos um energúmeno que conseguiu num só dia fazer mais pelo movimento separatista do que os próprios catalães nos últimos 50 anos. Mas que se possa pensar que aquele pseudo-referendo tenha sido credível é ridículo e desrespeitoso para uma percentagem enorme de residentes na Catalunha que são contra a separação de Espanha e para o processo democrático em si... Resta esperar que deste triste espectáculo de parte a parte nasça alguma calma que permita resolver esta questão com civilização.
(textos acima de dois Amigos)
Em
Barcelona ou em Espanha: magoam-se muitas pessoas porque o ódio foi
inflamado por quem devia dar segurança e confiança ao povo: deixasse-os votar!
Senhor Mariano Rajoy, senhor
Presidente do governo de Espanha o mais certo era que se tivesses
estado calado, o referendo tinha avançado e tinha sido votada um
continuar da soberania do Estado espanhol, assim foi isto que resultou,
bela merda:
Há registo de quase 800 feridos em confrontos com a polícia e o governo da Catalunha responsabiliza o governo central.
Há registo de quase 800 feridos em confrontos com a polícia e o governo da Catalunha responsabiliza o governo central.
Presidente da Câmara de Barcelona, Ada Colau, referiu no Twitter que «Como autarca exijo o
fim imediato das cargas policiais contra a população indefesa»,
escreveu.
É grave a pessoa que deve reger a Democracia não perceber suas regras e deixar exprimir vontades do Povo!!!
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