29 setembro 2019

e novamente: AS ELEIÇÕES...



'A Democracia é o pior de todos os sistemas com excepção de todos os outros' (SG Gigante)

A abstenção ganhará: o que não faz de nós um povo menos preocupado com a nossa vida, em todo o lado é assim agora, somos modernos!

Somos tão estúpidos como os outros todos, viva!!!

A experiência não é moderna e qualquer pessoa com dois dedos de testa percebe que muito se lutou e passou mal para pensarmos em democracia.

Assim como assim, a história recente salazarenta e que acabou com o 25 de Abril de 1974 (há 45 anos) devia ter-nos dado outra noção da necessidade da nobreza da Democracia e do colectivo povo!

Muitos de nós (todos com pelo menos 55 anos, sendo simpático) já só tem uma memória desse tempo criada por avós e pais... lá por fora, ver Bolsonaro, Trump, Boris Johnson, Xi - Jiping, Salvini, Erdogan estão pior, mas até por eles podemos perceber o que o desinteresse nos pode fazer.

PS, PSD, PCP são a norma; BE e CDS são criações recentes mas estáveis.

Por cá o que anima é a criação da Geringonça e a possibilidade de ter novas peças como o Livre e a Joacine!

Não sejas otário e no dia 06 de Outubro, domingo vai votar porque se as coisas melhoram é por fazermos TODOS por elas

27 setembro 2019

É um voto contra o preconceito!



Mulher, negra e gaga: tem tudo! 

E ainda por cima é inteligente: “Eu gaguejo quando falo, não quando penso."

A campanha politica já chateia por serem sempre os mesmos do costume (CDS, PSD, PS. PCP e... BE) sem ideias novas, a discutir as nossas vidas.

Vamos pôr lá a Joacine para adoptarmos uma nova perspectiva sobre a nossa Vida!

Política sem utopia não é politica, é comércio!  A utopia move o mundo, faz-nos sorrir e acreditar na melhoria: tem, como significado um lugar ideal que não é no agora, mas que pode ser construído no futuro. 

A Joacine (link) é o voto contra a abstenção: tudo o que importa dá trabalho e o voto é uma forma de agirmos.

É uma maneira inteligente de acreditar na Democracia, acreditar na luta que se tem tido para evitar populismos, evitarmos Trump's, Boris Johnson's, Bolsonaro's e ir contra a maioria absoluta.

Uma AR que represente o povo (outro link): Salário Mínimo Nacional de 900 euros até final da legislatura; nacionalidade imediata para quem nasça em Portugal; psicólogos nos centros de saúde; 10% habitação pública; Novo EIA aeroporto Montijo.

"Há uma herança feminista e infelizmente as mulheres negras em Portugal não são herdeiras" para alimentar o carinho que possam ter um,fado (link)



24 setembro 2019

a ironia de adorar o continente

Refira-se de avanço que gosto de qualquer supermercado mas no continente tenho mais espaço, abertura e visão; e é já conhecido.

É como aceder a um museu vivo e que está em constante movimento, os melhores produtos, preços as melhores escolhas, sabores, cores, embalagens; e o jeito/velocidade de cada um...

Muito giro mas é importante saber que não tenho de ir com um carrinho e lista de compras, nem pago nada (fona!!!) vou livre a tentar esquivar-me dos outros como nos carrinhos de choque sem embates; a ajudar com os pés (ginástica) e a empurrar com a mão direita a roda da cadeira de rodas.

Ressalve-se que gosto de passear, de ver pessoas mas ali estão ordenadas/enquadradas por filas e produtos, é mais organizado; alinhadas nas filas.

E depois é um estudo sociológico: muita gente.

A zona dos legumes/frutas é espantosa os truques da escolha: olham, pesam, tocam/batem e ouvem o oco, comparam, cheiram, o sabor é analisado pelos 4 outros sentidos; é também mais larga; o talho, a padaria e peixaria são uma maravilha do cuidado.

Vêm em casais e separam-se juntando-se no fim, 

Em cadeira de rodas, de tripé e andarilho;

A acompanhar os pais idosos;

A acompanhar os filhos/crianças;

Gente de todas as idades: é vida!

A começar a vida a solo, ainda muito organizada à procura numa lista, como numa primeira vez e a levantar à procura de informações escritas nos letreiros ou a pedir ajuda

Os que já sabem trajectos e não gostam de quebras nas rotinas. 

Para quem aquilo é chato e tempo perdido;

Já habituados aquilo, que não se enganam, apesar das trocas de merchandising já vão lá há uma vida inteira;

21 setembro 2019

A Terra é redonda ( (António Guerreiro, in Público, 20/09/2019)

Parece que a nossa época é aquela em que tomámos consciência de que estamos confrontados com o perigo absoluto do fim da humanidade: este catastrofismo é o tom dominante, diariamente, nos media ocidentais que nos servem de referência.

Uma vez instalado este imaginário catastrofista, foram evacuadas a grande velocidade as reminiscências dos tempos modernos, que nos falavam de emancipação, progresso, liberdade, esperança. Agora, mal falamos em “esperança” vem-nos logo à memória a proposta desse “grande animal hanseático”, como alguém chamou ao filósofo alemão Peter Sloterdijk, que propôs em tempos que deviam ser postos na prisão todos aqueles que falam em esperança porque contribuem para a catástrofe. Recordemos que Sloterdijk é o filósofo que, com a sua teoria das esferas e do “espaço interior do mundo” nos veio mostrar que a Terra é redonda.

Podemos objectar que já o sabíamos há séculos. Pois sabíamos, mas só começámos a ver e a sentir verdadeiramente essa rotundidade quando os efeitos de tudo o que fazemos, em termos ecológicos, em qualquer parte do mundo, chegam até nós como um boomerang. Antes de a Terra ser única e redonda, como é hoje, os países ricos podiam sentir-se seguros ao depositar o seu lixo industrial nos países longínquos. Hoje, até o fundo dos mares está em circulação na superfície da nossa Terra redonda.

Curioso, e até divertido, é ver como nos vão sendo ministrados todo os dias ecopaliativos:. Dizem-nos: viaja o menos possível de avião, vai para a escola ou para o emprego de bicicleta, bebe só água da torneira, reutiliza os sacos plásticos, não deixes a torneira aberta enquanto lavas os dentes, toma atenção a todos os teus gestos quotidianos, torna-te um herói da salvação do planeta (como se o planeta estivesse interessado nos nossos esforços e não continuasse a existir depois de nós, tal como já existia antes de nós). Tudo isto não passa de formas de exorcismo e de recalcamento do medo, ao mesmo tempo que cria a ilusão de que estamos a responder à urgência.

Se olharmos com atenção e utilizarmos o bom senso (nem é preciso muita ciência) facilmente concluímos que muito pouco se faz porque era preciso virar os nossos modos de vida de pernas para o ar para se fazer alguma coisa eficaz (se ainda há tempo para isso porque obviamente não se pára de um dia para o outro um processo que começou há séculos). Não é que devamos continuar a agir como sempre agimos, mas todas estas ideias de boa vontade que surgem todos os dias como injunções acabam por esconder a questão política essencial.

Na verdade, passámos em pouco tempo de uma política com pouquíssima ecologia a uma ecologia de boa vontade à qual falta política. E essa falta torna vãs todas as boas intenções. O que vemos é que continua a ser difícil declinar essas duas palavras — ecologia e política — sob a forma de uma ecopolítica digna desse nome. 

Uma ecopolítica à altura dos desafios com que estamos confrontados terá de ser capaz de mostrar que as situações ecológicas, políticas, sociais, económicas, institucionais, tecnológicas e psíquicas estão em total conexão umas com as outras. Sem agir sobre todas estas dimensões, o “impasse planetário” mantém-se. Por isso é que são tão ingénuos os regulamentos avulsos e o pretenso “regresso à natureza” de tonalidade romântica.

Se já estamos a viver em pleno “perigo absoluto”, como afiançam até os cientistas colapsólogos e os catastrofistas esclarecidos, então só podemos concluir que não saímos ainda da imobilidade nem se vislumbra que iremos sair. A culpa é também das nossas representações das catástrofes: pensamos num acontecimento colossal (a Terra submetida a uma terrível operação que tanto pode ser vista como a aniquilação total como a sublime “obra de arte total”), que interrompe abruptamente o curso do mundo e da História. Ora, tal como o Messias que, para alguns autores da mística judaica, chega de maneira imperceptível, já aí está mas ainda ninguém deu por ele, também a catástrofe pode chegar imperceptivelmente: quando apreendemos os seus sinais já ela chegou com carácter de irreversibilidade.


18 setembro 2019

construção

Erguem-se caminhos, 

Descobrem-se vivências,

Abrem-se janelas por onde espreitas

Para longe, sobre as nuvens,

A altura é larga e redonda.

É doce o fosso, picante e salgado à vez,

É escolhas.

Direita, esquerda, em frente,

Temos a liberdade de errar, falhar, tentar de novo,

Tentar outra vez.

Falhar melhor, falhar diferente,

Curvas, rectas, subidas e descidas,

Cruzamentos, socalcos, buracos,

A VIDA é toda um horizonte! 

05 setembro 2019

Das Brumas da memória: E se a terra for plana?


É Almodôvar!!! ;)



Dor e Glória - Pedro Almodôvar


Ambiente que sabe bem partilhar.

Qualquer bom autor fala da sua vida, de si, do EU, como fugir à vida?

Fala da importância das Mães, retrata a Homossexualidade e tem Amor por todo o lado: tudo já visto e único e especial em dignidade.

António Banderas e Penélope Cruz pintados sob outra perspectiva!

Almodôvar espanta sempre pela qualidade!

04 setembro 2019

porque gosto de escrever?

Porque me possibilita pensar melhor ou pelo menos não pensar mal, perceber se estou a pensar mal, quando e porquê.

Se isto é dirigido a uma criança tenho que eliminar filosofias.

Escrever é dos gozos mais fortes e íntimos que podes construir, sem poesia!

Querida menina,

Porque escrever não é trabalho de casa, aborrecimento, vontade de gente adulta, prisão; é Liberdade;

Escrever permite-nos ser nós doutra maneira, brincar connosco e com quem nos lê;

É um jogo divertido de aprender; permite-nos ler as nossas ideias, pô-las cá fora, no mundo, é outra forma de ser EU, melhorar a nossa vida;

Escrever permite-nos descobrir outras formas de dizer e de pensar, imaginar, viajar, contar, brincar;

Escrever é magia feita por nós e também dá para, quando estudamos menos, tirar boas notas para nós próprios;

Escrever é não nos aborrecermos mesmo se estivermos sozinhos;

Escrever é descoberta e é boa forma de, se está mau tempo, nos entretermos; escrever não tem tempo, é horizonte aberto e respiração;

Também pode ser dança, música, jogo, invenção e realidade, pode ser o que quiseres;

Escrever é espaço aberto, é procura vontade de ser melhor;

regresso privilegiado

Era um pedido de escrita: 'porque gostas de escrever?'

Porque escrever é como uma conversa connosco mesmo, próprios.

Permite-nos perceber capacidades, escolher para onde vamos, queremos ir, fugir a nós.

Realidade versus Alienação?

Ou como todos construímos as nossas realidades, por vezes, mais próxima de todos os outros ou mais intimas mas sempre únicas...

Em defesa da alienação: a realidade nem sempre é bem criada/perspectivada por nós ou é difícil perceber o que é real ou não; 

E a ficção pode ser outro caminho mais ameno; não é uma fuga, é só seguir por outros caminhos, sabendo que há muitas/imensas formas/caminhos para chegar ao mesmo sítio e que nem sempre somos o mesmo ao longo do dia e da vida;

De manhã, à tarde, à noite, de madrugada;

Acordados, a dormir, com sono;

Na Primavera, no Verão, no Outono, no Inverno;

Recém nascidos, crianças, jovens, adultos, idosos;

Homens e Mulheres, transgéneros;

No trabalho, a estudar, a pensar, a ginasticar, a conversar, com e sem amigos/as e/ou família; 

Somos muito os outros;

Inventar.

Imaginar.

Recordar.

Sonhar.

Criar.

Futurar.

Espacializar.

Ser esperança,

Concretizar.

Historificar.

Livrar.

Estudar.

Animar.

Romancear.

Filmar.

Cinematrogafar.

A escrever;

A ler;

A sorrir;

Bem ou mal;

---------------- VIVOS COM ENERGIA -----------------