"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
31 março 2009
my friend, ton ami
Este período é de meu e dos entes queridos (que eram e são, sabendo quem são e dos ganhos desta fase... a quem agradeço empenho e jeito... mesmo se nem sempre tenho sabido estar como disse o deleuze estar à altura do que me aconteceu...), acho que tenho provado estar/ser, impossível não dar ar vaidoso ou babado (de 2 em 2 mins), samurai (diz um sr que admiro).
http://passeiolivre.blogspot.com/
Viver sobre memórias vivas, o rasto do passado, heranças, os outros em nós... pode ser terrível!
'Há quem viva sem dar por nada, há quem morra sem tal saber.'
29 março 2009
http://passeiolivre.blogspot.com/
Acho que começo a habituar-me ao ser deficiente. Ganhos: lugares estacionados definidos, wcs privadas, passa-se à frente nas filas... hoje gulbenkian-darwin- não percebi muito mais do que já sabia, foi um gajo importante! Vamos ao futebol e não pagamos!
Carta para ser entregue a um director do Centro de Medicina e
Reabilitação em Alcoitão:
Exmos. Srs.
O MEL (Movimento de Exs-Leonardos), de que faço parte, é um movimento (logo algo que pressupõe acção) formado por um grupo de jovens, que sentiu como forte a sua experiência Leonardo da Vinci (um Erasmus para licenciados) e que através d’amizade tem como objectivo promover a interculturalidade e o crescimento.
Nos passeios de fins de semanas MELódicos, MELosos, mas cheios de espírito trabalhador, fomos MELgados pela falta de acessibilidades, por exemplo em Cascais, Lisboa e Sintra. Pensamos que poderá ter boas repercussões avançar com protesto(s)/ manifestações, em que o Centro de Medicina e de Reabilitação de Alcoitão poderia ser um precursor essencial, na defesa dos interesses dos seus utentes, talvez em frente às Câmaras Municipais das ditas cidades ou onde e quando vos aprouver. Incluir os utentes seria importante.
Para tornar esta ideia apelativa pensámos que seria interessante a participação de figuras públicas nossas conhecidas, assim como de organizações como a APD (Associação Portuguesa de Deficientes), o grupo ’Acessibilidades’, o MOCAMFE (Movimento de Campos de Férias), as Guias de Carcavelos (anima sempre gente nova), gente que estudou Polí-tica Social (nome pomposo de curso para futuros assistentes sociais). Por falta de gente não há-de ser feito.
Também temos meios para convidar TV’s...
Este assunto já foi abordado por escrito em visita médica e num encontro das acessibilidades e com terapeutas, em que todos demonstra-ram interesse.
Aproximando este cantinho à beira mar plantado dos países mais desenvoltos e desenvolvidos (num puxar a pala aos objectivos do MEL), pensem nisto com carinho.
Pediram-me para escrever um pequeno texto que descreva o meu dia
relativamente a acessibilidades. Começo a manhã por levar o meu filho
à escolinha. Como vou a pé tento ir com segurança no passeio mas é
impossivel. Com os carros estacionados indevidamente nos passeios sou
eu que tenho que ir na estrada. Perto da escola existe uma curva
muito apertada e como não tem visibilidade, peço ao meu filho, que
vai no passeio com toda a segurança, e porque cabe entre os carros
para avançar um pouco e ver se vêm carros para eu poder seguir. Ou
teria um acidente. Depois de ele estar na escola, pego no meu carro e
sigo para um dos meus voluntariados. A Junta, no Banco de
voluntariado, onde não existe um lugar de estacionamento para pessoas
com deficiência. Tenho que procurar um lugar favorável onde possa ter
a total abertura de porta para que possa tirar a minha cadeira de
rodas. A acessibilidade da Junta não existe pois era um edificio
antigo onde não estava previsto trabalhar uma pessoa com deficiência.
Se tiver que almoçar fora de casa tenho que procurar um restaurante ou
café com acessibilidade e também, e mais importante com casa de banho
adaptada, o que é deveras dificil. Ao fim da tarde apanho o meu filho
e levo-o ao ginásio para a piscina ou karaté. Quanto ao ginásio não
tenho nenhum problema, está todo acessivel. Mas não existe um
rebaixamento de passeio à entrada e o passeio é muito alto para
cavalinhos. Tenho que dar a volta ao quarteirão onde existe um
rebaixamento e que me permite aceder ao passeio em segurança. Se
durante o dia tenho que ir correios, supermercado, finanças, é uma
aventura. Se existe lugar para estacionar, provavelmente está ocupado
por pessoas não muito civilizadas e sem qualquer tipo de deficiência
que o ocupam indevidamente. Se são finanças, sou recebida à porta
pois existe lugar para estacionar mas na entrada só existem escadas. É
assim como podem perceber: o meu dia é sempre uma aventura cheia de
desafios a transpôr. Não impedem os mesmos que o sorriso se estabeleça
na minha cara desde que me levanto até à hora de me deitar
Carta para ser entregue a um director do Centro de Medicina e
Reabilitação em Alcoitão:
Exmos. Srs.
O MEL (Movimento de Exs-Leonardos), de que faço parte, é um movimento (logo algo que pressupõe acção) formado por um grupo de jovens, que sentiu como forte a sua experiência Leonardo da Vinci (um Erasmus para licenciados) e que através d’amizade tem como objectivo promover a interculturalidade e o crescimento.
Nos passeios de fins de semanas MELódicos, MELosos, mas cheios de espírito trabalhador, fomos MELgados pela falta de acessibilidades, por exemplo em Cascais, Lisboa e Sintra. Pensamos que poderá ter boas repercussões avançar com protesto(s)/ manifestações, em que o Centro de Medicina e de Reabilitação de Alcoitão poderia ser um precursor essencial, na defesa dos interesses dos seus utentes, talvez em frente às Câmaras Municipais das ditas cidades ou onde e quando vos aprouver. Incluir os utentes seria importante.
Para tornar esta ideia apelativa pensámos que seria interessante a participação de figuras públicas nossas conhecidas, assim como de organizações como a APD (Associação Portuguesa de Deficientes), o grupo ’Acessibilidades’, o MOCAMFE (Movimento de Campos de Férias), as Guias de Carcavelos (anima sempre gente nova), gente que estudou Polí-tica Social (nome pomposo de curso para futuros assistentes sociais). Por falta de gente não há-de ser feito.
Também temos meios para convidar TV’s...
Este assunto já foi abordado por escrito em visita médica e num encontro das acessibilidades e com terapeutas, em que todos demonstra-ram interesse.
Aproximando este cantinho à beira mar plantado dos países mais desenvoltos e desenvolvidos (num puxar a pala aos objectivos do MEL), pensem nisto com carinho.
Pediram-me para escrever um pequeno texto que descreva o meu dia
relativamente a acessibilidades. Começo a manhã por levar o meu filho
à escolinha. Como vou a pé tento ir com segurança no passeio mas é
impossivel. Com os carros estacionados indevidamente nos passeios sou
eu que tenho que ir na estrada. Perto da escola existe uma curva
muito apertada e como não tem visibilidade, peço ao meu filho, que
vai no passeio com toda a segurança, e porque cabe entre os carros
para avançar um pouco e ver se vêm carros para eu poder seguir. Ou
teria um acidente. Depois de ele estar na escola, pego no meu carro e
sigo para um dos meus voluntariados. A Junta, no Banco de
voluntariado, onde não existe um lugar de estacionamento para pessoas
com deficiência. Tenho que procurar um lugar favorável onde possa ter
a total abertura de porta para que possa tirar a minha cadeira de
rodas. A acessibilidade da Junta não existe pois era um edificio
antigo onde não estava previsto trabalhar uma pessoa com deficiência.
Se tiver que almoçar fora de casa tenho que procurar um restaurante ou
café com acessibilidade e também, e mais importante com casa de banho
adaptada, o que é deveras dificil. Ao fim da tarde apanho o meu filho
e levo-o ao ginásio para a piscina ou karaté. Quanto ao ginásio não
tenho nenhum problema, está todo acessivel. Mas não existe um
rebaixamento de passeio à entrada e o passeio é muito alto para
cavalinhos. Tenho que dar a volta ao quarteirão onde existe um
rebaixamento e que me permite aceder ao passeio em segurança. Se
durante o dia tenho que ir correios, supermercado, finanças, é uma
aventura. Se existe lugar para estacionar, provavelmente está ocupado
por pessoas não muito civilizadas e sem qualquer tipo de deficiência
que o ocupam indevidamente. Se são finanças, sou recebida à porta
pois existe lugar para estacionar mas na entrada só existem escadas. É
assim como podem perceber: o meu dia é sempre uma aventura cheia de
desafios a transpôr. Não impedem os mesmos que o sorriso se estabeleça
na minha cara desde que me levanto até à hora de me deitar
27 março 2009
pitas
Fica aqui no TOp do blog um post em homenagem a vosotras. Ainda não percebi quem escolhe esses cursos, como política social (que escolhi!), terapeuta ocupacional (ou orgazinacional, nunca sei!), da fala, das actividades da vida diária. Fisioterapeutas, médicos e enfermeiros, ok-respeito mas... escolheram fazer o bem, há quem vos chame profetas do futuro, ressuscitei! (hão-de tentar, é divertido) vocês são de uma classe que aprendi a respeitar.
Ainda para mais vocês são...!?, logo, problemáticas, ora, perguntem aos vossos colegas homens e desconfiem caso digm bem. TOpam TOlas TOscas giras...!? adoro quando me fazem rodinha, ser mimado por vossemecês é parto dificíl mas vou abalar e faço um esforço TOupeiras olhos lindos. Peço-vos em casamento, voulez vous être ma fiance? oui, trés bien... francês, este passa-se!
Uma anedota: 'como se chama um homem a quem morreu o esposa? viúvo! e uma mulher a quem morreu a esposa? viúva! e a um gay a quem morreu o/a companhia? bicha solitária! lol :):):)
Elas e eles vivem juntos e se concorrem nos melhores sentidos --> e métodos são companheiros agentes dos melhores diálogos e conversas ou amenas cavaqueiras num rasto do que educou, aprendeu e ensinou sem serem só AS e OS. Já por cá se vive narrado pela história há pelo menos 25 séculos e em tribos ou aos pares passeando eloquentemente vestidos em gargalhadas nos passeios e calçadas com relvado e musgos que escorregam... pergunto que é o puto mais mimado do alcoitão? (vale um crunch... respondam na caixa de comentários!):
a) um belo que foi adormecido e ressuscitou
b) não sei
c) não foi definido ainda mas há eleições em dezembro
d) em alcoitão não há mimados, há utentes!
e) o tiago do 3º dto.
f) o z...
g) boa sorte! não há resposta certa!
h) do alcoitão não sei mas de bolembre é o zacarias!
Ainda para mais vocês são...!?, logo, problemáticas, ora, perguntem aos vossos colegas homens e desconfiem caso digm bem. TOpam TOlas TOscas giras...!? adoro quando me fazem rodinha, ser mimado por vossemecês é parto dificíl mas vou abalar e faço um esforço TOupeiras olhos lindos. Peço-vos em casamento, voulez vous être ma fiance? oui, trés bien... francês, este passa-se!
Uma anedota: 'como se chama um homem a quem morreu o esposa? viúvo! e uma mulher a quem morreu a esposa? viúva! e a um gay a quem morreu o/a companhia? bicha solitária! lol :):):)
Elas e eles vivem juntos e se concorrem nos melhores sentidos --> e métodos são companheiros agentes dos melhores diálogos e conversas ou amenas cavaqueiras num rasto do que educou, aprendeu e ensinou sem serem só AS e OS. Já por cá se vive narrado pela história há pelo menos 25 séculos e em tribos ou aos pares passeando eloquentemente vestidos em gargalhadas nos passeios e calçadas com relvado e musgos que escorregam... pergunto que é o puto mais mimado do alcoitão? (vale um crunch... respondam na caixa de comentários!):
a) um belo que foi adormecido e ressuscitou
b) não sei
c) não foi definido ainda mas há eleições em dezembro
d) em alcoitão não há mimados, há utentes!
e) o tiago do 3º dto.
f) o z...
g) boa sorte! não há resposta certa!
h) do alcoitão não sei mas de bolembre é o zacarias!
25 março 2009
anti-futebol
és gaja e estás farta de aturar o teu boy-noivo, marido, namorado, padrasto, afilhado, sobrinho, tio ou neto com s's a ver futebol e sem puderes ver a(s) novela(s) - são uma data delas de seguida né? a sugestão vai dar trabalho e puxar-te pelos cornos: a solução está em conseguir deixar que não haja emissão de futebol nas proximidades (bem, um ou dois tce's) e o mais fanático dos aficcionados desliga da bola, podendo passar ao ping-pong... as coisas mudam se hibernas... para bom entendedor acho que basta um 'os lagartos falam em campeonato, mas estão verdes...'
cifa - mocamfe: www.mocamfe.org
Cifa é um curso intensivo de formação de animadores num espaço (talasnal) e num tempo limitado (10 dias na páscoa?)
Pretende-se pôr em curso (de forma activa, práctica actividades) formas de manter intensa para animar pelo passar de experiências fomentar espirítos, interiores, para q através dos outros cresçam e dinamizem.
numa analogia o cifa ensina a ser escultores (numa formação educa-se a educar, se é q se ensina a ensinar... vem a um CIFA aprender!
o cifa foi uma entrada para o MOCAMFE, nunca tinha feito campos. a dirigir a tua irmã joana e a kikas. lembro-me q a kuki e o raimundo foram lá falar, n sei bem como introduziram o MOCAMFE mas um 'isto é o mocamfe, tenho o prazer de vos apresentar...'. a mariana malta pôs-nos a fazer um gráfico da vida... estava um ambiente sp assim acizentado ventoso cinzento xisto... acho q só com a práctica começamos a ser animadores... os putos são ricas cobaias... é gente! na vida e no mocamfe lidamos c pessoas, c defeitos, qualidades e feitios somos educados a educar, e no cifa acho q n aprendi gd coisa, mas foi um primeiro curto passo. um cifa acho q tem q lidar c gente nova no mocamfe, e um grupo. acho q o fundamental é criar espaços, pontes para fora do talasnal.
Pretende-se pôr em curso (de forma activa, práctica actividades) formas de manter intensa para animar pelo passar de experiências fomentar espirítos, interiores, para q através dos outros cresçam e dinamizem.
numa analogia o cifa ensina a ser escultores (numa formação educa-se a educar, se é q se ensina a ensinar... vem a um CIFA aprender!
o cifa foi uma entrada para o MOCAMFE, nunca tinha feito campos. a dirigir a tua irmã joana e a kikas. lembro-me q a kuki e o raimundo foram lá falar, n sei bem como introduziram o MOCAMFE mas um 'isto é o mocamfe, tenho o prazer de vos apresentar...'. a mariana malta pôs-nos a fazer um gráfico da vida... estava um ambiente sp assim acizentado ventoso cinzento xisto... acho q só com a práctica começamos a ser animadores... os putos são ricas cobaias... é gente! na vida e no mocamfe lidamos c pessoas, c defeitos, qualidades e feitios somos educados a educar, e no cifa acho q n aprendi gd coisa, mas foi um primeiro curto passo. um cifa acho q tem q lidar c gente nova no mocamfe, e um grupo. acho q o fundamental é criar espaços, pontes para fora do talasnal.
24 março 2009
chaveiro fala da sua mãe
Zé Maria:
Desde o dia em que a minha mãe te conheceu na secretaria do ISCSP e tu lhe perguntaste se ela era da tua turma que a nossa amizade, embora tu não saibas disso, começou. Ela chegou a casa e contou logo que tinha conhecido um miúdo da nossa idade que era muito engraçado e que lhe tinha perguntado isto e aquilo e logo aí começou a simpatia por ti. Esta simpatia cresceu com as coisas maravilhosas que a minha mãe dizia de ti, “muito bom coração”, “muito isto, muito aquilo”…
Também relacionado com o facto de um dos meus maiores amigos se chamar Zé e eu achar muitas semelhanças entre os dois, quando te conheci, tudo o que a minha mãe disse começou a fazer sentido… um verdadeiro “gingão”, um “beija-flor”…. Mas também uma pessoa linda, de um enorme coração, um verdadeiro amigo, um sonhador…
Lembro-me que a ultima vez que tínhamos estado juntos, antes do estágio de vida, tinha sido em minha casa e na da minha mãe, tinhas lá ido conhecer o “chalé de duas frentes” e tinhas estado a brincar com o Manuel. Tirei-te umas fotos, com o Manuel e com a minha mãe e fazíamos ideia de tas oferecer pelo Natal. Não sei precisar quando foste visitar o chalé, mas devia ser Setembro, Outubro.
Sim Zé, o dia 17 de Novembro de 2006 foi um choque na família Chaves… todas te tínhamos aprendido a admirar e nutríamos por ti uma amizade enorme (é estranho que mal nos conhecemos mas já tínhamos tanto em comum… a minha mãe).
Acho que tudo começou quando recebemos um telefonema da tua tia São, também ela uma Enorme Pessoa e alguém que a minha mãe sempre admirou, e tudo o que ela nos contou nos pareceu tão distante e tão incrédulo.
Acho que só comecei a perceber que era de facto verdade o que te tinha acontecido quando fomos pela primeira vez ao Hospital São Francisco Xavier. Lembro-me bastante bem, fomos as três, eu, mãe e irmã e íamos à espera de qualquer coisa, que não era o coma em que te encontravas, levávamos a minha irmã e tínhamos esperança que por ser médica ela trouxesse melhores noticias. Chegamos á cave onde estavas e estava repleto de pessoas…. Montes de gente, todas concentradas numa porta que nos levava aos cuidados intensivos. Mal chegámos, toda a gente começou a olhar para nós e todos eles fizeram as perguntas que nós também fizemos a nós mesmas… estas estão para ver o Zé??? Sentada num banco na cave encontramos a tua tia São e a minha mãe agarrou-se a ela. Ela tal como a vejo hoje, vi-a naquele dia, com uma esperança sem fim… entretanto, fomos conhecendo as pessoas todas que ali estavam e foi-se criando um verdadeiro espírito de vigília nas longas semanas que passaste ali, naquele hospital.
A primeira vez que consegui entrar para te ver e eu te vi… senti uma grande revolta, não era justo que alguém como tu estivesse entre a vida e a morte, não era justo que a vida nos tivesse tirado uma pessoa tão maravilhosa como tu. A minha irmã conseguia entrar sempre à socapa e nós tínhamos sempre informações acerca do teu estado, mas no primeiro dia que te fomos ver as noticias que ela trazia de lágrima no olho eram muito más e sei que fizemos o caminho até casa as três a chorar, sem conseguir dizer uma palavra. Acho que nessa altura duvidámos mesmo que conseguias, Zé. Eu duvidei e a minha irmã pela experiência dela, também duvidava e isso deixava-me ainda mais insegura… a esta distância admiro todos aqueles que nunca duvidaram, admiro as conversas que se faziam na vigília à porta da entrada para te ver… admiro a força daquelas pessoas que te acompanharam… admiro a tua mãe, o teu pai, a tua tia, o teu tio Zé.
Fomos mais uma mão cheia de vezes ao Hospital São Francisco Xavier para te ver e as noticias que a minha irmã trazia de lá de dentro continuavam a ser muito más… até que houve um dia que a médica disse para a minha irmã estas palavras: “o que a medicina podia fazer por ele já fez, agora é ver se ele reage, mas nestes casos…”. Entretanto as amizades à porta da malfadada porta de entrada para a visita do São Francisco Xavier continuavam a aumentar. As melhoras eram poucas e o tempo passava devagar. Lembro-me que pouco tempo depois de teres chegado ao Hospital houve um grande acidente com 4 miúdos e o rapaz que “foi o culpado” do acidente foi o único que sobreviveu e que estava numa cama ao lado da tua … não te posso dizer ao certo como aquilo era, sei que só tinha luz artificial e a tua cama ficava ao fundo do corredor. Nós entravamos a correr para ir depressa em direcção à tua cama e sair a correr para ver se mais alguém podia entrar… só entrava uma pessoa e aquilo era altamente controlado. Tu estavas ali deitado a dormir, mas tinhas uma expressão de serenidade e de calma que chegámos a comentar lá em casa. Os teus pais e tios estavam sempre a ver melhoras e não houve um dia que a minha mãe não estivesse em contacto com a tua tia.
Depois disto e da medicina ter feito o que podia por ti e acho que bem… foste transferido para o Hospital Amadora Sintra, para mim a tua pior estadia e francamente a estadia em que a evolução foi mais lenta. Nessa altura penso que já não estavas em coma. Passámos tardes intermináveis à entrada daquele hospital. Apenas podia entrar uma pessoa de cada vez e haviam umas senhas na recepção que se iam buscar, se alguém as tivesse levantado, já não se podia entrar. Foi preciso muita organização para que toda a gente que te ia visitar conseguisse ver-te. A senha era passada uns aos outros, para não se perder tempo, em cima do segurança que barrava a entrada.
Nessa altura a expressão de aparente serenidade que tinhas no São Francisco Xavier tinha desaparecido, estavas a ficar de dia para dia cada vez mais magro e tinhas uma expressão triste de quem não conseguia comunicar com o mundo. Sentias muita sede, já não sei ao certo precisar a razão, e estavas sempre a pedir água, mas não podias beber… nós fazíamos o que podíamos… molhávamos-te a boca com um algodão… tinhas os lábios todos feridos.
Numa das muitas visitas que te fizemos, estavas sentado junto à janela (o teu quarto tinha uma janela), onde eu colocava as flores de balão que todos os fins de semana te fazia para animar um pouco o teu quarto e a minha mãe pediu-te para escreveres “mãe”, nesta altura mal seguravas a cabeça e tinhas o lado esquerdo praticamente paralisado, mas pegaste na caneta e escreveste… MÃE… a minha mãe tem esse papel guardado até hoje…
Numa das muitas visitas que te fizemos estavas deitado na cama e eu e a minha irmã (que entrou à socapa, como sempre) estávamos a conversar contigo na beira da tua cama. Tu estavas muito, muito impaciente com sede e gritaste “água”, “agua”, “água”… Que eu tenha ouvido, voltaste a gritar “água” mais uma ou duas vezes no Hospital Amadora-Sintra. A minha ideia é que a partir de certa altura da tua estadia no Amadora Sintra, pouco evoluíste e mesmo aqueles “rasgos” de tentativa de libertação da mente deixaste de ter. Perdeste muito peso e todos os dias tentavas arrancar a traqueostomia.
Numa das muitas visitas que te fizemos, já para o fim do teu estágio no Amadora Sintra, fomos ao bar do Hospital beber um café e estava lá a tua mãe a comer uma sopa, e ela disse-nos: “o Zé Maria vai para o Alcoitão”... Aquelas palavras foram muito importantes. Foi o início de um novo estágio (o mais promissor), dentro do teu estágio de vida.
No Alcoitão, foi sempre a melhorar. Chegaste lá com um peso baixíssimo, eras só ossos, mas acho que na primeira vez que te vimos no Alcoitão já havia melhoras em relação ao Amadora Sintra. No Alcoitão, eu e a minha mãe, íamos visitar-te cedo, logo pela manhã, não havia horário de visitas e a qualquer hora dava para te visitar. Cada dia que lá íamos havia uma pequena vitória. Era a cabeça que se segurava melhor, era a expressão mais tua, era…. Tudo. No Alcoitão a maior vitória foi quando conseguiste comunicar connosco através das letras do abecedário… aí percebemos todos que intelectualmente estavas a 200% e que devagarinho (ainda tens um longo caminho a percorrer) ias conseguir superar-te. Fizemos longos passeios no parque do Alcoitão e tu com o Manuel (ainda muito pequenino) ao colo. Fomos com ele ao parque e demos voltas contigo ao longo do Alcoitão. Estivemos a conversar todos ao sol, a cantar, a sorrir, a partilhar… criou-se ali uma verdadeira amizade entre gentes que tinham em comum apenas o Zé Maria… entretanto tiraram-te a traqueotomia e a evolução foi muito maior… começaste a comer e a engordar um bocadinho e cada vez comunicavas melhor com o mundo que te rodeava. Começaste a segurar a cabeça, e fazer os “tans-tans”, a mexer melhor o lado esquerdo, a controlar a baba.
Começaste a vir passar os fins-de-semana a casa, a passá-los com os amigos…
Agora e num futuro falta-te apenas falar e caminhar… o “apenas” é para que saibas o quanto já andaste!
Agora e num futuro vais adquirir a tua independência… eu acredito nisso, já andaste tanto até aqui, acredito em ti e tua Enorme força de viver a vida e vivê-la bem.
Sim, Zé Maria, quando te vi ali em coma nos cuidados intensivos tive medo de nunca mais te ver sorrir … tive medo que nunca mais conseguir ler as coisas maravilhosas que escreves… tu és Grande… tu ainda tens muito para dar a este mundo.
Sim Zé Maria, tu és uma força da natureza, mas a tua força são também a mãe Teresa, o pai Fernando, a tia São e o tio Zé… pessoas maravilhosas que aprendi a amar e a admirar… e todos os teus amigos, muito e bons.
Nunca conheci ninguém com tantos amigos e com tão bons amigos, mas como na vida tudo tem uma razão, essa razão está em ti e na pessoa maravilhosa que és… na enorme estrela que és.
Do fundo do meu coração,
UM MUITO OBRIGADA POR PODER FAZER PARTE DO TEU MUNDO!
Catarina (a filha lamechas)
Desde o dia em que a minha mãe te conheceu na secretaria do ISCSP e tu lhe perguntaste se ela era da tua turma que a nossa amizade, embora tu não saibas disso, começou. Ela chegou a casa e contou logo que tinha conhecido um miúdo da nossa idade que era muito engraçado e que lhe tinha perguntado isto e aquilo e logo aí começou a simpatia por ti. Esta simpatia cresceu com as coisas maravilhosas que a minha mãe dizia de ti, “muito bom coração”, “muito isto, muito aquilo”…
Também relacionado com o facto de um dos meus maiores amigos se chamar Zé e eu achar muitas semelhanças entre os dois, quando te conheci, tudo o que a minha mãe disse começou a fazer sentido… um verdadeiro “gingão”, um “beija-flor”…. Mas também uma pessoa linda, de um enorme coração, um verdadeiro amigo, um sonhador…
Lembro-me que a ultima vez que tínhamos estado juntos, antes do estágio de vida, tinha sido em minha casa e na da minha mãe, tinhas lá ido conhecer o “chalé de duas frentes” e tinhas estado a brincar com o Manuel. Tirei-te umas fotos, com o Manuel e com a minha mãe e fazíamos ideia de tas oferecer pelo Natal. Não sei precisar quando foste visitar o chalé, mas devia ser Setembro, Outubro.
Sim Zé, o dia 17 de Novembro de 2006 foi um choque na família Chaves… todas te tínhamos aprendido a admirar e nutríamos por ti uma amizade enorme (é estranho que mal nos conhecemos mas já tínhamos tanto em comum… a minha mãe).
Acho que tudo começou quando recebemos um telefonema da tua tia São, também ela uma Enorme Pessoa e alguém que a minha mãe sempre admirou, e tudo o que ela nos contou nos pareceu tão distante e tão incrédulo.
Acho que só comecei a perceber que era de facto verdade o que te tinha acontecido quando fomos pela primeira vez ao Hospital São Francisco Xavier. Lembro-me bastante bem, fomos as três, eu, mãe e irmã e íamos à espera de qualquer coisa, que não era o coma em que te encontravas, levávamos a minha irmã e tínhamos esperança que por ser médica ela trouxesse melhores noticias. Chegamos á cave onde estavas e estava repleto de pessoas…. Montes de gente, todas concentradas numa porta que nos levava aos cuidados intensivos. Mal chegámos, toda a gente começou a olhar para nós e todos eles fizeram as perguntas que nós também fizemos a nós mesmas… estas estão para ver o Zé??? Sentada num banco na cave encontramos a tua tia São e a minha mãe agarrou-se a ela. Ela tal como a vejo hoje, vi-a naquele dia, com uma esperança sem fim… entretanto, fomos conhecendo as pessoas todas que ali estavam e foi-se criando um verdadeiro espírito de vigília nas longas semanas que passaste ali, naquele hospital.
A primeira vez que consegui entrar para te ver e eu te vi… senti uma grande revolta, não era justo que alguém como tu estivesse entre a vida e a morte, não era justo que a vida nos tivesse tirado uma pessoa tão maravilhosa como tu. A minha irmã conseguia entrar sempre à socapa e nós tínhamos sempre informações acerca do teu estado, mas no primeiro dia que te fomos ver as noticias que ela trazia de lágrima no olho eram muito más e sei que fizemos o caminho até casa as três a chorar, sem conseguir dizer uma palavra. Acho que nessa altura duvidámos mesmo que conseguias, Zé. Eu duvidei e a minha irmã pela experiência dela, também duvidava e isso deixava-me ainda mais insegura… a esta distância admiro todos aqueles que nunca duvidaram, admiro as conversas que se faziam na vigília à porta da entrada para te ver… admiro a força daquelas pessoas que te acompanharam… admiro a tua mãe, o teu pai, a tua tia, o teu tio Zé.
Fomos mais uma mão cheia de vezes ao Hospital São Francisco Xavier para te ver e as noticias que a minha irmã trazia de lá de dentro continuavam a ser muito más… até que houve um dia que a médica disse para a minha irmã estas palavras: “o que a medicina podia fazer por ele já fez, agora é ver se ele reage, mas nestes casos…”. Entretanto as amizades à porta da malfadada porta de entrada para a visita do São Francisco Xavier continuavam a aumentar. As melhoras eram poucas e o tempo passava devagar. Lembro-me que pouco tempo depois de teres chegado ao Hospital houve um grande acidente com 4 miúdos e o rapaz que “foi o culpado” do acidente foi o único que sobreviveu e que estava numa cama ao lado da tua … não te posso dizer ao certo como aquilo era, sei que só tinha luz artificial e a tua cama ficava ao fundo do corredor. Nós entravamos a correr para ir depressa em direcção à tua cama e sair a correr para ver se mais alguém podia entrar… só entrava uma pessoa e aquilo era altamente controlado. Tu estavas ali deitado a dormir, mas tinhas uma expressão de serenidade e de calma que chegámos a comentar lá em casa. Os teus pais e tios estavam sempre a ver melhoras e não houve um dia que a minha mãe não estivesse em contacto com a tua tia.
Depois disto e da medicina ter feito o que podia por ti e acho que bem… foste transferido para o Hospital Amadora Sintra, para mim a tua pior estadia e francamente a estadia em que a evolução foi mais lenta. Nessa altura penso que já não estavas em coma. Passámos tardes intermináveis à entrada daquele hospital. Apenas podia entrar uma pessoa de cada vez e haviam umas senhas na recepção que se iam buscar, se alguém as tivesse levantado, já não se podia entrar. Foi preciso muita organização para que toda a gente que te ia visitar conseguisse ver-te. A senha era passada uns aos outros, para não se perder tempo, em cima do segurança que barrava a entrada.
Nessa altura a expressão de aparente serenidade que tinhas no São Francisco Xavier tinha desaparecido, estavas a ficar de dia para dia cada vez mais magro e tinhas uma expressão triste de quem não conseguia comunicar com o mundo. Sentias muita sede, já não sei ao certo precisar a razão, e estavas sempre a pedir água, mas não podias beber… nós fazíamos o que podíamos… molhávamos-te a boca com um algodão… tinhas os lábios todos feridos.
Numa das muitas visitas que te fizemos, estavas sentado junto à janela (o teu quarto tinha uma janela), onde eu colocava as flores de balão que todos os fins de semana te fazia para animar um pouco o teu quarto e a minha mãe pediu-te para escreveres “mãe”, nesta altura mal seguravas a cabeça e tinhas o lado esquerdo praticamente paralisado, mas pegaste na caneta e escreveste… MÃE… a minha mãe tem esse papel guardado até hoje…
Numa das muitas visitas que te fizemos estavas deitado na cama e eu e a minha irmã (que entrou à socapa, como sempre) estávamos a conversar contigo na beira da tua cama. Tu estavas muito, muito impaciente com sede e gritaste “água”, “agua”, “água”… Que eu tenha ouvido, voltaste a gritar “água” mais uma ou duas vezes no Hospital Amadora-Sintra. A minha ideia é que a partir de certa altura da tua estadia no Amadora Sintra, pouco evoluíste e mesmo aqueles “rasgos” de tentativa de libertação da mente deixaste de ter. Perdeste muito peso e todos os dias tentavas arrancar a traqueostomia.
Numa das muitas visitas que te fizemos, já para o fim do teu estágio no Amadora Sintra, fomos ao bar do Hospital beber um café e estava lá a tua mãe a comer uma sopa, e ela disse-nos: “o Zé Maria vai para o Alcoitão”... Aquelas palavras foram muito importantes. Foi o início de um novo estágio (o mais promissor), dentro do teu estágio de vida.
No Alcoitão, foi sempre a melhorar. Chegaste lá com um peso baixíssimo, eras só ossos, mas acho que na primeira vez que te vimos no Alcoitão já havia melhoras em relação ao Amadora Sintra. No Alcoitão, eu e a minha mãe, íamos visitar-te cedo, logo pela manhã, não havia horário de visitas e a qualquer hora dava para te visitar. Cada dia que lá íamos havia uma pequena vitória. Era a cabeça que se segurava melhor, era a expressão mais tua, era…. Tudo. No Alcoitão a maior vitória foi quando conseguiste comunicar connosco através das letras do abecedário… aí percebemos todos que intelectualmente estavas a 200% e que devagarinho (ainda tens um longo caminho a percorrer) ias conseguir superar-te. Fizemos longos passeios no parque do Alcoitão e tu com o Manuel (ainda muito pequenino) ao colo. Fomos com ele ao parque e demos voltas contigo ao longo do Alcoitão. Estivemos a conversar todos ao sol, a cantar, a sorrir, a partilhar… criou-se ali uma verdadeira amizade entre gentes que tinham em comum apenas o Zé Maria… entretanto tiraram-te a traqueotomia e a evolução foi muito maior… começaste a comer e a engordar um bocadinho e cada vez comunicavas melhor com o mundo que te rodeava. Começaste a segurar a cabeça, e fazer os “tans-tans”, a mexer melhor o lado esquerdo, a controlar a baba.
Começaste a vir passar os fins-de-semana a casa, a passá-los com os amigos…
Agora e num futuro falta-te apenas falar e caminhar… o “apenas” é para que saibas o quanto já andaste!
Agora e num futuro vais adquirir a tua independência… eu acredito nisso, já andaste tanto até aqui, acredito em ti e tua Enorme força de viver a vida e vivê-la bem.
Sim, Zé Maria, quando te vi ali em coma nos cuidados intensivos tive medo de nunca mais te ver sorrir … tive medo que nunca mais conseguir ler as coisas maravilhosas que escreves… tu és Grande… tu ainda tens muito para dar a este mundo.
Sim Zé Maria, tu és uma força da natureza, mas a tua força são também a mãe Teresa, o pai Fernando, a tia São e o tio Zé… pessoas maravilhosas que aprendi a amar e a admirar… e todos os teus amigos, muito e bons.
Nunca conheci ninguém com tantos amigos e com tão bons amigos, mas como na vida tudo tem uma razão, essa razão está em ti e na pessoa maravilhosa que és… na enorme estrela que és.
Do fundo do meu coração,
UM MUITO OBRIGADA POR PODER FAZER PARTE DO TEU MUNDO!
Catarina (a filha lamechas)
tereré comovente
Zé,
Estiveste comigo no meu primeiro campo de pinóquios. Eu tinha 9 anos e estava a começar a perceber o que era o MOCAMFE. Foste o meu animador de equipa, juntamente com a Joana Alves e ambos cantavam para mim uma musiquinha que fazia lembrar o meu nome. Já não sei reproduzi-la com exactidão, mas lembro-me que a adorava e achava muito engraçado quando vocês a cantavam.
Depois de tantos campos, as memórias acerca do 1º já são poucas. Lembro-me que choveu muito e que por isso tivemos de mudar o campo para uma escola e que contigo fiz o primeiro sketch de que me lembro: Eu era um FÓSFORO! O sketch foi um sucesso e tu estavas tão animado como nós. Talvez o tenha fixado na memória, porque a partir daí, quando nos encontrávamos, às vezes, chamavas-me de “Fósfara”.
Anos depois, estivemos juntos em Turras, com o meu irmão, o Pedro Mendonça, o Bruno Loff e o Gil a dirigir. Foi, sem dúvida, um campo especial. Ambos mais velhos, penso que nos voltámos a re-conhecer, sem nunca esquecer que eu tinha sido, em tempos, a tua “Fósfara”.
Foi o campo do célebre Téréré que se tornou pulseira (ainda hoje me chateias para que te faça outro…).
Foi o campo em que te revelaste mais velho e preocupado, tentando afastar-me dos rapazes que achavas não serem bons para mim. Achava isto tão carinhoso e ao mesmo tempo hilariante, que nem o discutia contigo.
No último dia, foste tu que me fizeste começar a chorar (sempre gostaste de uma boa lamechice!) e quando me disseste: “Um dia vamos animar juntos.”, fiquei tão feliz e orgulhosa!
Dentro e fora dos campos, guardo muitas recordações tuas que me dizem de que “marca” de animadores és feito. És daquela que se interessa pelos participantes, que gosta de dar e receber mimo, que está sempre pronto para ouvir uma boa “cusquice” e que acima de tudo, vive os campos a 100%, procurando partilhar essa intensidade com os outros.
Um beijo,
Bié
Coimbra, 23 de Março de 2009
Estiveste comigo no meu primeiro campo de pinóquios. Eu tinha 9 anos e estava a começar a perceber o que era o MOCAMFE. Foste o meu animador de equipa, juntamente com a Joana Alves e ambos cantavam para mim uma musiquinha que fazia lembrar o meu nome. Já não sei reproduzi-la com exactidão, mas lembro-me que a adorava e achava muito engraçado quando vocês a cantavam.
Depois de tantos campos, as memórias acerca do 1º já são poucas. Lembro-me que choveu muito e que por isso tivemos de mudar o campo para uma escola e que contigo fiz o primeiro sketch de que me lembro: Eu era um FÓSFORO! O sketch foi um sucesso e tu estavas tão animado como nós. Talvez o tenha fixado na memória, porque a partir daí, quando nos encontrávamos, às vezes, chamavas-me de “Fósfara”.
Anos depois, estivemos juntos em Turras, com o meu irmão, o Pedro Mendonça, o Bruno Loff e o Gil a dirigir. Foi, sem dúvida, um campo especial. Ambos mais velhos, penso que nos voltámos a re-conhecer, sem nunca esquecer que eu tinha sido, em tempos, a tua “Fósfara”.
Foi o campo do célebre Téréré que se tornou pulseira (ainda hoje me chateias para que te faça outro…).
Foi o campo em que te revelaste mais velho e preocupado, tentando afastar-me dos rapazes que achavas não serem bons para mim. Achava isto tão carinhoso e ao mesmo tempo hilariante, que nem o discutia contigo.
No último dia, foste tu que me fizeste começar a chorar (sempre gostaste de uma boa lamechice!) e quando me disseste: “Um dia vamos animar juntos.”, fiquei tão feliz e orgulhosa!
Dentro e fora dos campos, guardo muitas recordações tuas que me dizem de que “marca” de animadores és feito. És daquela que se interessa pelos participantes, que gosta de dar e receber mimo, que está sempre pronto para ouvir uma boa “cusquice” e que acima de tudo, vive os campos a 100%, procurando partilhar essa intensidade com os outros.
Um beijo,
Bié
Coimbra, 23 de Março de 2009
dizem que não sabia quem vivera, nem quem ia ser
Colares, 9 de Novembro de 2007
Grande Zé Maria, vai fazer um ano.
Um dos filósofos franceses mais interessantes do século em que nasceste, o Gilles Deleuze, escreveu que ‘a ética é estar à altura do que nos acontece’. Está gravado nas paredes da estação Parque do Metro de Lisboa.
‘As coisas acontecem sem quês nem porquês, talvez seja bom ser assim’, escreveste tu por tua vez. Eu nunca tinha estado numa situação em que o que aconteceu fosse tão brutal e demandando tanta ética. E que daí viessem momentos de intensa felicidade, como o da linda lágrima que lentamente se formou, à maneira duma pérola que foi crescendo, no teu olho quando te disse a primeira frase do manifesto do Sótão, a quinze dias do teu acidente, numa época em que, no minuto que nos era dado ver-te (duas vezes por tarde), me limitava a ver o teu peito grande e nu respirar bem (sem sequer reparar que uma máquina te ajudava). Ou quando me acolheste uma vez, com os teus dedos a soletrarem ‘hoje foi um dia especta-cular’, ou quando da gargalhada ao Castelo, e tantas outras vezes, como agora a mão esquerda a começar a mexer-se como mão que é e que estava esquecida de o ser. E, acompanhando tudo isto, já vai para um ano de aflição, esta espantosa deshi-bernação dos teus neurónios, muito muito lentos a voltarem à primavera da tua autonomia.
Foi o estágio que não planeaste, o da difícil aprendizagem do que é ser assistido dia a dia por outros, a quem não podes dar senão gratidão, e tens-lo feito muito bem, que os que de ti cuidam andam contentes da maneira como para eles és. Do que é depender de outrem em todos os mais pequenos momentos do dia a dia, e de como o que te dão é para regres-sares a não precisares mais deles e delas, é para partires, ir à tua vida. Foi o ofício que escolheste também. Incrível, como as coisas podem bater certo assim.
O que aprendemos muito cedo foi que a cada dia basta a sua pequena novidade. Que foi havendo sempre, dia sim dia não, nesta semana ou na outra a seguir, sempre coisas pequenas que davam esperança e alento. Só que não podía-mos olhar para o fundo do túnel, para o horizonte, tinham-nos dito que eram precisos dois anos, um ano e meio, era tempo suficiente, tanto que era, para que estes pequenos avanços viessem a acumularem-se e a resultarem no que ainda espe-ramos, ver-te a correr e a saltar. E se assim te escrevo é por perceber que estás tu agora em tempo de ir vivendo também desta espera em dia a dia, que a si se basta se soubermos esquecer o horizonte que queremos. Como quem corre a mara-tona, não pode dar passos de corrida de 100 metros, nem sequer 5000. Demoram em geral 2 horas e 40 minutos a cor-rer, tu estás a meio caminho, falta outro tanto que o já percor-rido, só que agora com outra consciência, do que já ganhaste e do que ainda te falta. Momento pois de ética: de continuares à altura do acontecimento. Que nós cá estamos, de companhia a ti, contigo esperamos, como tantos dos teus tão bons amigos que soubestes juntar em teu redor.
Grande Zé Maria, vai fazer um ano.
Um dos filósofos franceses mais interessantes do século em que nasceste, o Gilles Deleuze, escreveu que ‘a ética é estar à altura do que nos acontece’. Está gravado nas paredes da estação Parque do Metro de Lisboa.
‘As coisas acontecem sem quês nem porquês, talvez seja bom ser assim’, escreveste tu por tua vez. Eu nunca tinha estado numa situação em que o que aconteceu fosse tão brutal e demandando tanta ética. E que daí viessem momentos de intensa felicidade, como o da linda lágrima que lentamente se formou, à maneira duma pérola que foi crescendo, no teu olho quando te disse a primeira frase do manifesto do Sótão, a quinze dias do teu acidente, numa época em que, no minuto que nos era dado ver-te (duas vezes por tarde), me limitava a ver o teu peito grande e nu respirar bem (sem sequer reparar que uma máquina te ajudava). Ou quando me acolheste uma vez, com os teus dedos a soletrarem ‘hoje foi um dia especta-cular’, ou quando da gargalhada ao Castelo, e tantas outras vezes, como agora a mão esquerda a começar a mexer-se como mão que é e que estava esquecida de o ser. E, acompanhando tudo isto, já vai para um ano de aflição, esta espantosa deshi-bernação dos teus neurónios, muito muito lentos a voltarem à primavera da tua autonomia.
Foi o estágio que não planeaste, o da difícil aprendizagem do que é ser assistido dia a dia por outros, a quem não podes dar senão gratidão, e tens-lo feito muito bem, que os que de ti cuidam andam contentes da maneira como para eles és. Do que é depender de outrem em todos os mais pequenos momentos do dia a dia, e de como o que te dão é para regres-sares a não precisares mais deles e delas, é para partires, ir à tua vida. Foi o ofício que escolheste também. Incrível, como as coisas podem bater certo assim.
O que aprendemos muito cedo foi que a cada dia basta a sua pequena novidade. Que foi havendo sempre, dia sim dia não, nesta semana ou na outra a seguir, sempre coisas pequenas que davam esperança e alento. Só que não podía-mos olhar para o fundo do túnel, para o horizonte, tinham-nos dito que eram precisos dois anos, um ano e meio, era tempo suficiente, tanto que era, para que estes pequenos avanços viessem a acumularem-se e a resultarem no que ainda espe-ramos, ver-te a correr e a saltar. E se assim te escrevo é por perceber que estás tu agora em tempo de ir vivendo também desta espera em dia a dia, que a si se basta se soubermos esquecer o horizonte que queremos. Como quem corre a mara-tona, não pode dar passos de corrida de 100 metros, nem sequer 5000. Demoram em geral 2 horas e 40 minutos a cor-rer, tu estás a meio caminho, falta outro tanto que o já percor-rido, só que agora com outra consciência, do que já ganhaste e do que ainda te falta. Momento pois de ética: de continuares à altura do acontecimento. Que nós cá estamos, de companhia a ti, contigo esperamos, como tantos dos teus tão bons amigos que soubestes juntar em teu redor.
23 março 2009
construção
Composição: Chico Buarque
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague
escreveu ONDJAKI:
construção
construção da casa [e do interior da casa]
construção de uma fogueira [e do fogo, e da chama, e das cinzas]
construção de uma pessoa [do embrião aos livros]
construção do amor
construção da sensibilidade [desde os poros até à música]
construção de uma ideia [passando pelo que o outro disse]
construção do poema [e do sentir do poema]
[há qualquer coisa de «des» na palavra construção]
desconstrução do preconceito
desconstrução da miséria
desconstrução do medo
desconstrução da rigidez
desconstrução do inchaço do ego
desconstrução simples [como exercício]
desconstrução do poema [para um renascer dele]
construção é uma palavra
que causa suor
ao ser pronunciada.
penso que esse seja um suor bonito.
Amou daquela vez como se fosse a última
Beijou sua mulher como se fosse a última
E cada filho seu como se fosse o único
E atravessou a rua com seu passo tímido
Subiu a construção como se fosse máquina
Ergueu no patamar quatro paredes sólidas
Tijolo com tijolo num desenho mágico
Seus olhos embotados de cimento e lágrima
Sentou pra descansar como se fosse sábado
Comeu feijão com arroz como se fosse um príncipe
Bebeu e soluçou como se fosse um náufrago
Dançou e gargalhou como se ouvisse música
E tropeçou no céu como se fosse um bêbado
E flutuou no ar como se fosse um pássaro
E se acabou no chão feito um pacote flácido
Agonizou no meio do passeio público
Morreu na contramão atrapalhando o tráfego
Amou daquela vez como se fosse o último
Beijou sua mulher como se fosse a única
E cada filho como se fosse o pródigo
E atravessou a rua com seu passo bêbado
Subiu a construção como se fosse sólido
Ergueu no patamar quatro paredes mágicas
Tijolo com tijolo num desenho lógico
Seus olhos embotados de cimento e tráfego
Sentou pra descansar como se fosse um príncipe
Comeu feijão com arroz como se fosse o máximo
Bebeu e soluçou como se fosse máquina
Dançou e gargalhou como se fosse o próximo
E tropeçou no céu como se ouvisse música
E flutuou no ar como se fosse sábado
E se acabou no chão feito um pacote tímido
Agonizou no meio do passeio náufrago
Morreu na contramão atrapalhando o público
Amou daquela vez como se fosse máquina
Beijou sua mulher como se fosse lógico
Ergueu no patamar quatro paredes flácidas
Sentou pra descansar como se fosse um pássaro
E flutuou no ar como se fosse um príncipe
E se acabou no chão feito um pacote bêbado
Morreu na contra-mão atrapalhando o sábado
Por esse pão pra comer, por esse chão prá dormir
A certidão pra nascer e a concessão pra sorrir
Por me deixar respirar, por me deixar existir,
Deus lhe pague
Pela cachaça de graça que a gente tem que engolir
Pela fumaça e a desgraça, que a gente tem que tossir
Pelos andaimes pingentes que a gente tem que cair,
Deus lhe pague
Pela mulher carpideira pra nos louvar e cuspir
E pelas moscas bicheiras a nos beijar e cobrir
E pela paz derradeira que enfim vai nos redimir,
Deus lhe pague
escreveu ONDJAKI:
construção
construção da casa [e do interior da casa]
construção de uma fogueira [e do fogo, e da chama, e das cinzas]
construção de uma pessoa [do embrião aos livros]
construção do amor
construção da sensibilidade [desde os poros até à música]
construção de uma ideia [passando pelo que o outro disse]
construção do poema [e do sentir do poema]
[há qualquer coisa de «des» na palavra construção]
desconstrução do preconceito
desconstrução da miséria
desconstrução do medo
desconstrução da rigidez
desconstrução do inchaço do ego
desconstrução simples [como exercício]
desconstrução do poema [para um renascer dele]
construção é uma palavra
que causa suor
ao ser pronunciada.
penso que esse seja um suor bonito.
22 março 2009
aura mocamfina
Um gajo ressuscitou e adornou-se o chato. Apanho cada moca de tabaco, nem uma ganza...
Diziam que por mim não se dava nada, mas estou vivo e a escrever, não é? Tenho mais manos (8) que um dude do hip hop, yo.
Os carneiros do MOCAMFE podem agora ser influenciados por um amor divino q lhes dará múltiplas componentes nos chifres e potenciam uma sagaz preensão do curral onde vivem c os outros mamíferos potenciando ar(i)es e semblantes caprinos dando azo à meditação filosófica e o espiríto empreendedor.
Os touros, dirá essa sra do culto do Zodíaco Maya, terão uma potente dádiva astral fisíca q lhes permite fugir aos forcados e ser reis da rodinha em soltas largas do eu ensurdecedores e q completam piscas com seus olhares incadescentes e tauromáticos.
Gémeos vêm aos pares com o da esquerda a carpir e o da direita a zumbir, ficam baralhados com essa via-sacra que lhes deixa meios da tenda preencher o dia, de manhã até à noite, abraçando espiritualmente e racionalmente o campo e tornando a mamã de campo um foco no bom dia pela capacidade dupla de elogiar.
O caranguejo vê a vida a andar para trás com os lentos avanços retardados pelas vagas e búzios de ostras em vulgos modulares assinalando na cadência compassada um hino ao ser alto e forte virtuando um elevar leve e n sendo propenso a doenças, malesias e maresias CANCERais.
Uma juba diz eu dirijo e animo o campo pois a minha equipa é a melhor e n somos nada vaidosos nem convencidos mas musculados e garbosos gatos em bigodes q aceitam uma Sandes com queijo e marmelada e um leite achocolatado em fase de manter a linha, nós estamos num período manso e folgado mas ditamos na selva, no céu ou na terra. Hey catxindelle!
A virgem é soprano na orquestra, muito dada a emoções com vibrações que deixam arrepios, é gente modesta e humilde. Economia e muito juízo são provas para esta fase q poderia ser fatal ou crucial…muita atenção! Não é fase de muito esforço nem mental, nem fisíco mas elasticidade requer palavras e frases um contexto estrelar de constelações e estrelas polares. É boa época para um(a) virgem mas cuidado com os que tiverem perto deles pois um(a) virgem morde dói.
Libra, a balança – fase de pesos leves para os libras, liberam o seu astral em uma espiritualidade q os solta, deixando pula-pula entrançar em rectas e curvas senhoras e senhores do tempo e do espaço aqui e agora. Lá no ginásio são os mais levees e aliados a quem convém (pisca-se o olho) podem e farão estragos.
Scorpius, o escorpião – é ser q pensa muito e bem raramente usando a pinça mas é inatacável, veloz, cansa-se da vida sagaz q leva, um ser q se julgaria pela estrutura fisíca e meio (deserto) isolado, é no entanto social, fechando-se em si buscando um espaço como uma folha branca e lisa. Abre-se ao outro e ao mundo muito, como um espaço enorme na rodinha. Tem como amigo (pouco) secreto os Capricórnios.
Sagittarius, Sagitário, o arqueiro – larga flechas, aromas do ser e delícias cheirosas. O (s)AGITÁR(io) destes seres é melodia melosa q melga principalmente escorpiões quando n Capricórnios, é vê-lo depois do almoço, na sorna, assustando animadores e uma vez foi mais atrevido – o nosso SAGITÁRIO supra sumo – e atacou (c festinhas, q director mete medo, um grupo de OS 3 directores, puxando um pela barba.
Capricornus, capricórnio, a cabra do mar – ele são teimosos e 'um teimoso sabe o que quer', logo. Eles sabem o q querem e no mar com seus chifres teimam em ser leões marinhos. São um líder por natureza, bonitos e esguios empinados em altos coices…bonitos por dentro e por fora!
Aquarius, aquário, o carregador de água – esta fase é dada a meter água. Não de fazer cardume e n respirar h2o pois glu glu é lei. Ele vai e engendra um esquema abalãozado e serve a equipa PEIXES num pisca em honra à tenda-mamã e mamã de campo.
Pisces, os peixes – servidos enquanto desligam o petromax e gritam viva e um caramelo ou dois em frente à tenda-mamã e traçando vénias à mamã de campo entram num boa noite irmãos dormir bem boa noite e até amanhã…
Ophiuchus, o serpentário – n está no meu hóroscopo 'isto' mas a serpente diz rodopiando 'o tema do dia é girar, girem!' (grita!) e vou à tenda buscar uma lanterna e um casaco: noite escura e fria
Diziam que por mim não se dava nada, mas estou vivo e a escrever, não é? Tenho mais manos (8) que um dude do hip hop, yo.
Os carneiros do MOCAMFE podem agora ser influenciados por um amor divino q lhes dará múltiplas componentes nos chifres e potenciam uma sagaz preensão do curral onde vivem c os outros mamíferos potenciando ar(i)es e semblantes caprinos dando azo à meditação filosófica e o espiríto empreendedor.
Os touros, dirá essa sra do culto do Zodíaco Maya, terão uma potente dádiva astral fisíca q lhes permite fugir aos forcados e ser reis da rodinha em soltas largas do eu ensurdecedores e q completam piscas com seus olhares incadescentes e tauromáticos.
Gémeos vêm aos pares com o da esquerda a carpir e o da direita a zumbir, ficam baralhados com essa via-sacra que lhes deixa meios da tenda preencher o dia, de manhã até à noite, abraçando espiritualmente e racionalmente o campo e tornando a mamã de campo um foco no bom dia pela capacidade dupla de elogiar.
O caranguejo vê a vida a andar para trás com os lentos avanços retardados pelas vagas e búzios de ostras em vulgos modulares assinalando na cadência compassada um hino ao ser alto e forte virtuando um elevar leve e n sendo propenso a doenças, malesias e maresias CANCERais.
Uma juba diz eu dirijo e animo o campo pois a minha equipa é a melhor e n somos nada vaidosos nem convencidos mas musculados e garbosos gatos em bigodes q aceitam uma Sandes com queijo e marmelada e um leite achocolatado em fase de manter a linha, nós estamos num período manso e folgado mas ditamos na selva, no céu ou na terra. Hey catxindelle!
A virgem é soprano na orquestra, muito dada a emoções com vibrações que deixam arrepios, é gente modesta e humilde. Economia e muito juízo são provas para esta fase q poderia ser fatal ou crucial…muita atenção! Não é fase de muito esforço nem mental, nem fisíco mas elasticidade requer palavras e frases um contexto estrelar de constelações e estrelas polares. É boa época para um(a) virgem mas cuidado com os que tiverem perto deles pois um(a) virgem morde dói.
Libra, a balança – fase de pesos leves para os libras, liberam o seu astral em uma espiritualidade q os solta, deixando pula-pula entrançar em rectas e curvas senhoras e senhores do tempo e do espaço aqui e agora. Lá no ginásio são os mais levees e aliados a quem convém (pisca-se o olho) podem e farão estragos.
Scorpius, o escorpião – é ser q pensa muito e bem raramente usando a pinça mas é inatacável, veloz, cansa-se da vida sagaz q leva, um ser q se julgaria pela estrutura fisíca e meio (deserto) isolado, é no entanto social, fechando-se em si buscando um espaço como uma folha branca e lisa. Abre-se ao outro e ao mundo muito, como um espaço enorme na rodinha. Tem como amigo (pouco) secreto os Capricórnios.
Sagittarius, Sagitário, o arqueiro – larga flechas, aromas do ser e delícias cheirosas. O (s)AGITÁR(io) destes seres é melodia melosa q melga principalmente escorpiões quando n Capricórnios, é vê-lo depois do almoço, na sorna, assustando animadores e uma vez foi mais atrevido – o nosso SAGITÁRIO supra sumo – e atacou (c festinhas, q director mete medo, um grupo de OS 3 directores, puxando um pela barba.
Capricornus, capricórnio, a cabra do mar – ele são teimosos e 'um teimoso sabe o que quer', logo. Eles sabem o q querem e no mar com seus chifres teimam em ser leões marinhos. São um líder por natureza, bonitos e esguios empinados em altos coices…bonitos por dentro e por fora!
Aquarius, aquário, o carregador de água – esta fase é dada a meter água. Não de fazer cardume e n respirar h2o pois glu glu é lei. Ele vai e engendra um esquema abalãozado e serve a equipa PEIXES num pisca em honra à tenda-mamã e mamã de campo.
Pisces, os peixes – servidos enquanto desligam o petromax e gritam viva e um caramelo ou dois em frente à tenda-mamã e traçando vénias à mamã de campo entram num boa noite irmãos dormir bem boa noite e até amanhã…
Ophiuchus, o serpentário – n está no meu hóroscopo 'isto' mas a serpente diz rodopiando 'o tema do dia é girar, girem!' (grita!) e vou à tenda buscar uma lanterna e um casaco: noite escura e fria
18 março 2009
coisas moles
Monsieur Hélder, as enfermeiras suspiram a pensar no teu streep...
www.uzifilmes.com o futuro do cinema em portugal.
Fui à bola e por o Nuno Gomes não ter ido para o relvado ajeitar o cabelo perdemos. Cada vez estou mais velho, já sou bi-tio e têm uns olhos que haja filhas (e serão invejosos dos olhos nórdicos, eu quero ter filhos, adoro putos mas falta mãe...), já não tenho conta das asneiras que fiz! Digo 'a pancada foi maior do que se crê e... peace!'
Berlim é uma cidade com história viva, aprende-se tanto! Os turcos lá são como os moçambicanos, angolanos e cabo-verdianos cá... e os kebabs e as xixas medicinas de rua...
www.uzifilmes.com o futuro do cinema em portugal.
Fui à bola e por o Nuno Gomes não ter ido para o relvado ajeitar o cabelo perdemos. Cada vez estou mais velho, já sou bi-tio e têm uns olhos que haja filhas (e serão invejosos dos olhos nórdicos, eu quero ter filhos, adoro putos mas falta mãe...), já não tenho conta das asneiras que fiz! Digo 'a pancada foi maior do que se crê e... peace!'
Berlim é uma cidade com história viva, aprende-se tanto! Os turcos lá são como os moçambicanos, angolanos e cabo-verdianos cá... e os kebabs e as xixas medicinas de rua...
12 março 2009
É giro isto, tenham um acidente para verem como vêem a vida...
Estou com um tratado em biologia... a precisar de comer memória! E posso dar aulas que tenho quase, quase uma pós-graduação!
Hélder, falava numa mensagem bem antes do acidente em que escrevia ao meu pai agradecendo por me ter posto tusto no tele antes do acidente: 'era muito triste um comunicador sem dinheiro no tele' mas obrigado!
Aqui por cima há 'um procurar no blogue' onde põem 'tv' e aparece um link em que o dono do blog aparece, ponham dia 27-12 et voilá!
Hélder, falava numa mensagem bem antes do acidente em que escrevia ao meu pai agradecendo por me ter posto tusto no tele antes do acidente: 'era muito triste um comunicador sem dinheiro no tele' mas obrigado!
Aqui por cima há 'um procurar no blogue' onde põem 'tv' e aparece um link em que o dono do blog aparece, ponham dia 27-12 et voilá!
11 março 2009
Todo o começo tem um fim.
Já foi um longo caminho e vou continuar enquanto houver estrada para andar e ventos e mar. Preguiça? O meu corpo dirá que está cansado mas não quero que esteja.
Lembra-me mal do passado mas lembra-me que das primeiras pessoas que vi era uma amiga alemã e sua mana.
O corpo dá trabalho, muito...
Um texto escrito há pouco tempo para uma utente, sou eu?:
podia ser um ovo q caíu do ninho e rebolou até um chuac naquela pedra
e piu piu piu levantou-se rija e corajosa sorriso na cara/bico fez
flexões de pernas e tentou um sprint para o voo e um pulo...ups, n
deu...mais uma tentativa e...1 metro...2 metros...3 metros flug flug
flug, dali donde estava mudava a perspectiva - já n via só
branco-casca mas um azul celeste donde podia ver um novo mundo, outro.
pensava: 'às vezes basta mudar a perspectiva e ver de um outro ponto q
o MUNDO gira e muda... n me posso esconder, eu já n quero estar
fechada.' de coisas más inevitavelmente vem um ou + bens, é essa a
regra: preto vem um branco, e o cinzento? ensinaram-me a ver o mundo
mais azulado. o cisne MELO acreditava numa melhoria, afinal sp fora
assim: livre era um prazer saber-se solto - pensava como poderia
abraçar o mundo e sentia isso mais fácil agora q tinha isso na cabeça
e nessa mente era global e punha uma asa por cima dos olhos e olhava
para o horizonte amplo pensando no q tinha sido durante demasiado
tempo e n queria queixar-se do q tinha Vivido, afinal para chegar
aquele prazer ele tinha q ter estado fechado como os ohos estiveram
fechados durante tanto tempo antes de verem. ficava-lhe bem a alegria
ed saltava de felicidade!
o cisne MELO sentia-se só mas via ao fundo um bando de cisnes, o q ia
atrás contorcia o pescoço e pata esq ao bico -ziiiiiiipuuuiiiuuu
Lembra-me mal do passado mas lembra-me que das primeiras pessoas que vi era uma amiga alemã e sua mana.
O corpo dá trabalho, muito...
Um texto escrito há pouco tempo para uma utente, sou eu?:
podia ser um ovo q caíu do ninho e rebolou até um chuac naquela pedra
e piu piu piu levantou-se rija e corajosa sorriso na cara/bico fez
flexões de pernas e tentou um sprint para o voo e um pulo...ups, n
deu...mais uma tentativa e...1 metro...2 metros...3 metros flug flug
flug, dali donde estava mudava a perspectiva - já n via só
branco-casca mas um azul celeste donde podia ver um novo mundo, outro.
pensava: 'às vezes basta mudar a perspectiva e ver de um outro ponto q
o MUNDO gira e muda... n me posso esconder, eu já n quero estar
fechada.' de coisas más inevitavelmente vem um ou + bens, é essa a
regra: preto vem um branco, e o cinzento? ensinaram-me a ver o mundo
mais azulado. o cisne MELO acreditava numa melhoria, afinal sp fora
assim: livre era um prazer saber-se solto - pensava como poderia
abraçar o mundo e sentia isso mais fácil agora q tinha isso na cabeça
e nessa mente era global e punha uma asa por cima dos olhos e olhava
para o horizonte amplo pensando no q tinha sido durante demasiado
tempo e n queria queixar-se do q tinha Vivido, afinal para chegar
aquele prazer ele tinha q ter estado fechado como os ohos estiveram
fechados durante tanto tempo antes de verem. ficava-lhe bem a alegria
ed saltava de felicidade!
o cisne MELO sentia-se só mas via ao fundo um bando de cisnes, o q ia
atrás contorcia o pescoço e pata esq ao bico -ziiiiiiipuuuiiiuuu
09 março 2009
sport lisboa e benfica e zoo
Já fiz uma longa, se foi longa, para trás... e adoro passear e ver que o mundo não são só cadeiras de rodas... as mães são as mais belas coisas que os filhos inventaram... ressuscitei!
Lirismos: fumar é perigoso mas viver também.
"Hay hombres que luchan un dia y son buenos
Hay otros que luchan un año y son mejores
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos
Pero hay los que luchan toda la vida
Esos son los imprescindibles"
(Bertolt Brecht)
Lirismos: fumar é perigoso mas viver também.
"Hay hombres que luchan un dia y son buenos
Hay otros que luchan un año y son mejores
Hay quienes luchan muchos años y son muy buenos
Pero hay los que luchan toda la vida
Esos son los imprescindibles"
(Bertolt Brecht)
08 março 2009
a minha vida dá um filme
Lembra-me duma fase em que fui mais carinhoso, possivelmente não se foi o carinho, sendo eu o puto mais mimado do alcoitão, há tanto tempo que já me aturam, que czares e bagulhos gostam de mim... sou tão fácil de agradar, eu agora até atum me sabe bem, e xixi-cocó são maravilhas da natureza...:)
03 março 2009
auuuuuuuuuuuuuuuuu
Há quem me difame dizendo que tenho mau feitio... invejosa, tu sim que lês isto! Não sabes como reagir, o canil precisa de quem o eduque à dentada mas será rapidamente posto na linha, se calhar tenho de lhe apresentar a ginja, essa sim bom feitio e gira, pena ser gaja mas tem tanta qualidade que compensa. Ela vinha com seu ar doce lentamente anichando-se em mimos baixando a parte da frente como ganindo ou ladrando 'dá-me festas que eu dou-te beijinhos na mão!', eles conhecem? sim, pelo cheiro, mas não gostam de pouco espaço na zona de cochilar preferem espaço...
Ela é negra e dócil e esperta, vê-se nos olhos, o pelo liso quando se esfrega, ela sente saudades das praias pequena e da adraga, eu também de ir com ela...
Ela é negra e dócil e esperta, vê-se nos olhos, o pelo liso quando se esfrega, ela sente saudades das praias pequena e da adraga, eu também de ir com ela...
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