29 março 2009

http://passeiolivre.blogspot.com/

Acho que começo a habituar-me ao ser deficiente. Ganhos: lugares estacionados definidos, wcs privadas, passa-se à frente nas filas... hoje gulbenkian-darwin- não percebi muito mais do que já sabia, foi um gajo importante! Vamos ao futebol e não pagamos!

Carta para ser entregue a um director do Centro de Medicina e
Reabilitação em Alcoitão:

Exmos. Srs.

O MEL (Movimento de Exs-Leonardos), de que faço parte, é um movimento (logo algo que pressupõe acção) formado por um grupo de jovens, que sentiu como forte a sua experiência Leonardo da Vinci (um Erasmus para licenciados) e que através d’amizade tem como objectivo promover a interculturalidade e o crescimento.
Nos passeios de fins de semanas MELódicos, MELosos, mas cheios de espírito trabalhador, fomos MELgados pela falta de acessibilidades, por exemplo em Cascais, Lisboa e Sintra. Pensamos que poderá ter boas repercussões avançar com protesto(s)/ manifestações, em que o Centro de Medicina e de Reabilitação de Alcoitão poderia ser um precursor essencial, na defesa dos interesses dos seus utentes, talvez em frente às Câmaras Municipais das ditas cidades ou onde e quando vos aprouver. Incluir os utentes seria importante.
Para tornar esta ideia apelativa pensámos que seria interessante a participação de figuras públicas nossas conhecidas, assim como de organizações como a APD (Associação Portuguesa de Deficientes), o grupo ’Acessibilidades’, o MOCAMFE (Movimento de Campos de Férias), as Guias de Carcavelos (anima sempre gente nova), gente que estudou Polí-tica Social (nome pomposo de curso para futuros assistentes sociais). Por falta de gente não há-de ser feito.
Também temos meios para convidar TV’s...
Este assunto já foi abordado por escrito em visita médica e num encontro das acessibilidades e com terapeutas, em que todos demonstra-ram interesse.
Aproximando este cantinho à beira mar plantado dos países mais desenvoltos e desenvolvidos (num puxar a pala aos objectivos do MEL), pensem nisto com carinho.


Pediram-me para escrever um pequeno texto que descreva o meu dia
relativamente a acessibilidades. Começo a manhã por levar o meu filho
à escolinha. Como vou a pé tento ir com segurança no passeio mas é
impossivel. Com os carros estacionados indevidamente nos passeios sou
eu que tenho que ir na estrada. Perto da escola existe uma curva
muito apertada e como não tem visibilidade, peço ao meu filho, que
vai no passeio com toda a segurança, e porque cabe entre os carros
para avançar um pouco e ver se vêm carros para eu poder seguir. Ou
teria um acidente. Depois de ele estar na escola, pego no meu carro e
sigo para um dos meus voluntariados. A Junta, no Banco de
voluntariado, onde não existe um lugar de estacionamento para pessoas
com deficiência. Tenho que procurar um lugar favorável onde possa ter
a total abertura de porta para que possa tirar a minha cadeira de
rodas. A acessibilidade da Junta não existe pois era um edificio
antigo onde não estava previsto trabalhar uma pessoa com deficiência.
Se tiver que almoçar fora de casa tenho que procurar um restaurante ou
café com acessibilidade e também, e mais importante com casa de banho
adaptada, o que é deveras dificil. Ao fim da tarde apanho o meu filho
e levo-o ao ginásio para a piscina ou karaté. Quanto ao ginásio não
tenho nenhum problema, está todo acessivel. Mas não existe um
rebaixamento de passeio à entrada e o passeio é muito alto para
cavalinhos. Tenho que dar a volta ao quarteirão onde existe um
rebaixamento e que me permite aceder ao passeio em segurança. Se
durante o dia tenho que ir correios, supermercado, finanças, é uma
aventura. Se existe lugar para estacionar, provavelmente está ocupado
por pessoas não muito civilizadas e sem qualquer tipo de deficiência
que o ocupam indevidamente. Se são finanças, sou recebida à porta
pois existe lugar para estacionar mas na entrada só existem escadas. É
assim como podem perceber: o meu dia é sempre uma aventura cheia de
desafios a transpôr. Não impedem os mesmos que o sorriso se estabeleça
na minha cara desde que me levanto até à hora de me deitar

1 comentário:

Anónimo disse...

Boa noite,
Hoje dia 21/10/2011 de manhã quando me desloquei para a minha viatura para ir trabalhar encontrei um autocolante vosso, não o tirei porque achei graça para que os meus colegas de trabalho que sabem onde resido darem uma gargalhada e eu também claro.
A Rua onde colocaram o autocolante a velocidade autorizada é de 30Km / hora e circulam viaturas nestas ruas de manhã e ao fim da tarde, os vizinhos que usam as viaturas é para se deslocar na ida e volta do trabalho, por informação dos vizinhos este bairro foi inaugurado em 1958, onde poucos tinham viaturas particulares e as moradias para a época estavam bem, no entanto não contemplaram as casas com garagens ou espaços para tal, os passeios nesta rua tem cerca de 1,50 metros, contando desde o muro das casas até ao inicio do alcatrão.
A Rua interior, Rua Alfredo Pimenta é estreita e até agora dá para os residentes estacionarem viaturas de um dos lados da Rua.
Na Rua Comandante Augusto Cardoso já foram colocados “pinos verdes” para prejudicar todos os residentes deste Bairro, pois dado terem colocado calçada nova podiam ter contactado os residentes e em vez de 1,5 metros de cada lado da rua colocavam um passeio de 1,00 metros que ultrapassa os 90 cm legais, e desta forma a comunidade deste PAÍS PORTUGAL ficava de acordo, no entanto em tempo de crise levantam calçadas e colocam pinos verdes que não devem ser muito baratos, para prejudicar os contribuintes.
Sou apenas um contribuinte de PORTUGAL que acha que obras supérfluas sejam realizadas após PORTUGAL sair desta crise mas no entanto estas continuam onde eu resido, LISBOA.
Não sei quem são nem o que pretendem mas acho incorrecto a vossa actuação dado que a minha viatura tinha cerca de 2 cm em cima do passeio de 150 cm e onde após um metro existe uma árvore, não queria dizer mas existem pessoas que sobem as arvores e desçam de seguida a passear? Claro pela Rua/Passeio/Árvore, muitos assaltos têm acontecido neste bairro e sobem as……., e muitas viaturas velhas sem seguro se encontram nesta zona
A vossa preocupação devia ser…..-.o que já sabem .
Desculpem o meu desabafo mas assim não me parece que funcione e vamos todos embirrar uns com os outros.