26 abril 2010

Temos a idade do nosso olhar. O que muda em nós, quando mudamos?

Nasceu no ventre da sua mãe, por ali encontrou defesas, cresceu, viveu o frio e o calor, aqueceu um filho, foi um abraço e um beijo, amou, aqueceu o neto, comoveu-se, envelheceu, acorbadou-se, foi amigo num banco de jardim, morreu!

F, Pessoa: eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura.

Porque somos muito mais do que um outro!

O tempo e espaço vão mudando aqui e agora, eu, tu e ele, UM NÓS pode ser imenso! Mudamos hoje, ontem e amanhã, daqui a cinco minutos.

O que muda? A urgência do ser melhor sempre… sorrisos!

Crescemos evoluindo mudanças e tentando chegar a um topo, devagar passo-ante-passo!

‘E se todo o mundo é composto de mudança, troquemos-lhe as voltas que ainda o dia é uma criança.’

A vida é um ‘a gente vai continuar’…

Eu sou, fui e serei, mau-bom, a melhorar…

Olhamos, sentimos, vemos perto o longe… vimos aqui o ali.


O corpo é humano: mulher, menina e filha. E nos teus seios formo-me homem! E foi uma separação brutal, afastaram-nos dele num gesto e num gosto!

E hoje vejo o amanhã ontem e olho para um mundo florido-vida branco névoa cinzento.

Num campo a minha equipa vai contribuir para o dia de hoje como? Somos terra sem sal, fomos coração, seremos lagoa. O tema é ‘temos a idade do nosso olhar’, semblante vidente flor branca, rosa, amarela.

Queremos desafiar a todos vocês a olhar o parceiro do lado direito, olhem para a nuca, é talvez a zona do vosso corpo mais descuidada, agora sintam com a palma da vossa mão, sintam a vida que está num corpo, as veias, sintam o caminho, não vêem um toque mas sentem-o e nele há mudança.

Temos a idade do nosso olhar, sou novo, comecei a ver um mundo algo diferente com esta mudança, outro mundo, ganhei armas, juntei ar, comecei a sentir, acabei por fingir.

Temos a idade do nosso olhar, vamos agora devagar virarmo-nos para o centro, para o meio, para o carlos e a luísa, para lá, neles começar a desenrolarmo-nos e com o olhar entregarmos o papel escrito no começo da rodinha, ‘o crescimento é…’.

Eu cresci como que obrigado a isto, E cresci bem, hoje sou bem melhor, mais preparado para a vida!

Não vejo razões para desapproveitar uma segunda hipótese / oportunidade na vida. ‘Falho, falho de novo, de cada vez que falho falho melhor’ (Samuel Becket)

E todos podem ser melhores…

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