29 outubro 2011

pego num texto e sem me engasgar escrevo

"O que eu soube sempre sobre as mulheres, mas tive à mesma que perguntar."

"Tratam-nos mal, mas querem que as tratemos bem. Apaixonam-se por serial-killers
... e depois queixam-se de que nem um postalinho. Escrevem que se desunham. Fingem acreditar nas nossas mentiras desde que te tenhamos graça a pregá-las. Aceitam-nos e toleram-nos porque se acham superiores. São superiores. Não têm o gene da violência, embora seja melhor não as provocarmos. Perdoam facilmente, mas nunca esquecem. Bebem cicuta ao pequeno-almoço e destilam mel ao jantar. Têm uma capacidade de entrega que até dói. São óptimas mães até que os filhos fazem 10 anos, depois perdem o norte. Pelam-se por jogos eróticos, mas com o sexo já depende. Têm dias. Têm noites. Conseguem ser tão calculistas e maldosas como qualquer homem, só que com muito mais nível. Inventaram o telemóvel ao volante. São corajosas e quando se lhes mete uma coisa na cabeça levam tudo à frente. Fazem-se de parvas porque o seguro morreu de velho e estão muito escaldadas. Fazem-se de inocentes e (milagre!) por esse acto de bondade tornam-se mesmo inocentes. Nunca perdem a capacidade de se deslumbrarem. Riem quando estão tristes, choram quando estão felizes. Não compreendem nada. Compreendem tudo. Sabem que o corpo é passageiro. Sabem que na viagem há que tratar bem o passageiro e que o amor é um bom fio condutor. Não são de confiança, mas até a mais infiel das mulheres é mais leal que o mais fiel dos homens. São tramadas. Comem-nos as papas na cabeça, mas depois levam-nos a colher à boca. A única coisa em nós que é para elas um mistério é a jantarada de amigos - elas quando jogam é para ganhar. E é tudo. Ah, não, há ainda mais uma coisa. Acreditam no Amor com A grande mas, para nossa sorte, contentam-se com pouco."

E ainda dizem que é dificil entender as mulheres??? ;D (Rui Zink a 8/03/2010.)

disseram-me há tempos que são um bicho complicado, este truque dos plurais não me parece de bom tom.

a minha mãe é mulher e desconfio que não há homem, nem mulher a tratar das mazelas de uma cadeira de rodas como ela! :)

complicadas todas? 'fáceis' os homens todos por oposição, ora não gosto de ser comparado com a maior parte dos homens!

falhas zé, há caracteristícas que serão gerais.

elas terão filhos na barriga como todo o homem deseja.

a minha crónica:

venho falar-vos sobre uma mulher muito especial, é muito forte quando está num grupo, muito corajosa!

mas frágil quando está mais solta, comigo é fragil! também é rabugenta! é bonita a chorar, no entanto, ela sorri muito.

é mais verdadeira quando não tem o outro em quem se defender!

agora parece ter decidido que não (a) mereço porque tenho culpa de um passado.

passado de que já me refiz externa e interna-mente mas ela decidiu ser egoísta, não percebendo que, talvez, o maior truque comigo, seja usar o meu altruísmo em próprio bem.

todos erramos, alguns confirmam estupidez, outros nem mesmo consigo mesmo!

hoje, estive a ler o chaplin (volta às leituras de que estou destreinado :) e faz todo o sentido ser ele a prenda, também ele sorri bué, é boémio como o jorge palma.

fomos muito sorrisos e muito boémios também.

fomos ENORMES, agora parece-me que desistir soa a medo!

fomos mesmo mágicos, não o devemos negar!


pois, é muita vaidade crer que um textinho meu e escrito ao de leve, segundo bipolar conceitos de homem vs mulher (básico) podia aparecer por debaixo de um texto pensado do (vou pôr antes o nome para que depois de lido o curriculum vitae ainda se recordem que falávamos sua exa) rui zink, Professor Auxiliar na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa (desde 1997), onde se licenciou em Estudos Portugueses (1984) e obteve os graus de mestre em Cultura e Literatura Popular (1989) e de doutor em Literatura Portuguesa (1997). Foi igualmente Professor do Ensino Secundário (1983-1987), Leitor de Língua Portuguesa na Universidade de Michigan (1989-1990) e Professor Convidado na Universidade de Massachussetts Dartmouth (2009-2010).

Autor de vários livros, entre ensaios e ficção, salienta os romances Hotel Lusitano (1987), Apocalipse Nau (1996), O Suplente (1999) e Os Surfistas (2001), e os livros de contos A Realidade Agora a Cores (1988) e Homens-Aranhas (1994) e O Anibaleitor (2006). Colaborou em jornais e revistas, de que salienta o semanário O Independente (1991) e a revista K (1992). Fez tradução literária, de autores como Matt Groening, Saul Bellow e Richard Zenith.

Rui Zink recebeu o Prémio do P.E.N. Clube Português pelo romance Dávida Divina (2005), e representou o país em eventos como a Bienal de São Paulo, a Feira do Livro de Tóquio ou o Edimburgh Book Festival.

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