"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
31 agosto 2012
banzão: home, sweet home!
Bem vindo ao oraculo zé maria.
Onde o seu grau de inteligência é medido pelo seu grau de percepção. Estar com tempo na vida é preciso agora e durante todo o ano.
Bom dia.
Aproveite-se.
Disfrute-se.
O grau de abordagem deste oraculo foi medido com qualidade pelas melhores clínicas de psicologia do mundo.
Se não acredita na psicologia tudo bem.
Eu tb não acredito muito mas para ser um teste mais a sério temos que teimar com dotes de pica-miolos.
venha escutar-se dps das férias com tempo.
Oraculo zé maria, porque o ser inteligente tem as suas provas.
Quem desiste uma vez, desistirá de novo e de novo com cada vez mais facilidade, assim é tb com as vitórias.
Uma equipa vencedora/alguém vencedor parte para um embate com uma maior moral, mais leve e confiante.
Estar entre os melhores sente-se.
Há um ânimo depois da vitória e da festa: vai ser perseguido, de novo, a coragem é ganha com a vitória e com o obstáculo superado.
Tudo o que existe foi criado a dada altura por alguém.
Em 2012, em portugal, um jovem de 31 anos tem a ideia de que pode ajudar a construir uma vida e um mundo melhor, venham comigo ver se e como é possível, venham!
O mar está perfeito o sol quente as pessoas sorriem.
Está tudo perfeito.
Acho que estou com um problema de marketing.
Se fosse feio eu percebia estar solteiro.
Sendo lindo não entendo, bah.
Está tudo tão bom que estou com medo que seja mentira :)
Tudo o que existe foi criado a dada altura por alguém.
Em 2012, em portugal, um jovem de 31 anos tem a ideia de que pode ajudar a construir uma vida e um mundo melhor, venham comigo ver se e como é possível, venham!
Lirismo: às vezes são precisos sustos para darmos valor aos figos na mesa.
Frase de engate balnear do Alvor (fora do ALVOR terá menos sucesso...):
'estive ali a admirar a tua bonita fisionomia e resolvi vir tentar descobrir se o teu interior é tão interessante como a aparência exterior sugere?'
'I do declare the london paraolimpyc games open'. (by her highness the queen of ENGLAND)
I AM WHAT I AM.
Um orgulho existir.
Estar vivo.
Ser.
um renovar vinha pela mão...
mãe e filho.
à chegada a casa descia a rua com carinho.
era mimento.
um carinho forte e bom.
vim do mar, esse magnânime que dá força.
suave, calmo, doce e bom.
vendo para trás os últimos agostos:
ALVOR: no ano passado andarilho, há dois anos cadeira de rodas, este ano fiz, todos os dias, às vezes mais que uma vez, os 37 metros da entrada do recinto até ao nosso T-zero (pareciam para aí uns 200 metros... hrumpf).
nota-se evolução.
este ano sacavam-me fora do tiralô para dar uns mergulhos.
e que soberbo existir por inteiro e solto no mar.
O ABRAÇO
sente-se bem uns abraços em pé com os dois braços, que é como devem ser dados os abraços.
aperta-se um no outro, peito no peito, eu fecho os olhos para não me esquecer de sentir bem tudo.
tirar um dos sentidos dá força aos outros.
e que bem faz ser parte por inteiro de um.
deves dar-se com vontade um abraço porque 'existir deve ser encarado como um privilégio, não como um direito'.
15 agosto 2012
vou ali ao mar (esse que dá força) e já volto
Ay, ay, ay, ay, canta y no llores,
Porque cantando se alegran,
Cielito Lindo, los corazones.
Ay, ay, ay, ay, canta y no llores,
Porque cantando se alegran,
...Cielito Lindo, los corazones.
BOAS COISAS!
12 agosto 2012
jogas comigo olimpicamente!?
goodbye my dear england, thank's a lot...
...olááá rio de janeiro, até já!!!
:) o que fala de mim diz-me/se?
é bom olhar para ti e sentir que tudo pode fazer sentido e ser bom mesmo assim.
foi com músicas como esta e a márcia que íamos pela estrada fora em direção ao joão luís e que bom o teu olhar.
cantar o boa noite convosco foi um primeiro passo do meu (é meu e se não penso nele todos os dias penso nele sempre com um carinho bom que me abraça) mocamfe :)
a Maria e o Miguel são um orgulho de afilhados.
e com o meu compadre crescemos convosco em pequenos passos.
ser muito mais que testemunha da beleza do vosso AMOR não me pedem nem peçam.
mas faço-o priveligiado.
'sei que é fácil de montar o aparato da menina que é culta'
MOCAMFE: (mandei um caramelo, weeeeeeeeeeee!)
BOM DIA!
caturrinhas 2012.
Que orgulho de pessoas.
o MOCAMFE parece-me bem entregue, agora é a vez dos que animaste e dirigiste, e que bem me senti por sentir que tinha feito muito bem o meu papel.
e olhar para eles, vocês, e sentir como cresceram bonitos.
mas há a palavra 'autonomia' a fazer-se sentir.
educar bem passa também por saber dar o espaço do educador aos educados.
Se sentia um mocamfe moribundo, ontem em caturrinhas 2012 desfez-se o erro:
O mocamfe está com um olhar brilhante e inteligente e um sorriso bem vivo.
Lancem caramelos ao ar e apanhem com a boca.
'fazei o bem quando apetece o mal'.
foi um Bom dia pensante :)
falta fazer alguma coisa!?
claro mas noutros lados.
Vou contar-vos uma história.
Viemos do mundo lá de fora, estrangeiros, este espaço já foi sendo tornado vosso, chegaram com mochilas às costas, depois escolheram tendas, foram escolhendo, ou foram sendo escolhidos, espaços e amigos, foram cativando ou foram sendo cativados.
Este espaço já está diferente de quando cá chegaram.
Vocês já terão privates caturrinhas…
O mocamfe é estranho para quem vem de fora.
Não! Emendo: o MOCAMFE é estranho, ponto final.
Há gente a berrar, o grupo responde, parecem índios.
Imaginem um BOA NOITE visto por gente que não conhece de fora ou de dentro, estranhíssimo, não é!?
Quem toca viola tem direito a outra visão e outro som, imaginem como será terem uma roda de corpos de caturrinhas a olharem para vocês e não se poderem enganar.
Gente a bambolear-se.
A cantar umas rezas estranhas em pé à volta de alguém sentado no chão a tocar uma viola.
Todo o desconhecido dá insegurança.
Todo o diferente cria medo, uma pessoa em cadeira de rodas deixas-nos assustados, não estamos habituados a lidar com essa pessoa. (e que passo enorme senti ter ido de casa - coimbra - campo - casa sem cadeira de rodas)
Deixa-nos curiosos, será que sabe viver como nós?
Quem vê de fora este invólucro afetado pensa ‘coitadinhooo’.
Todos os dias lido com pessoas que vêm ver, ouvir, tocar, cheirar, lamber.
Não se pensa que por dentro deste corpo, e sem falar, há alguém que vos consegue escrever este texto.
Quero falar-vos de um grupo que está escondido: o mundo deficiente ou incapaz (não há palavras boas para designar esta gente, não há palavras agradáveis, tenho conhecido muita gente que passa o dia rabo sentado numa cadeira de rodas bem mais eficiente e capaz do que tantos).
Minha história:
Na madrugada do dia 18 de Novembro de 2006, pelas 4h da matina, o Zé Maria teve um acidente, no regresso a casa, numa reta cinematográfica ladeada por plátanos.
Desde esse dia ressuscitou (falava-se mesmo em morte) e passou a olhar para a vida com outro encanto.
Ultrapassou o coma e parece que quis dizer:
‘OLÁ VIDA, ISTO PARA MIM AINDA NÃO ACABOU!’
‘Devagar se vai ao longe’ e tem recuperado sempre de forma positiva mas lenta.
Descobriu a vida e o otimismo.
Desde muito tempo deitado e sentado, começou a andar em pé no tripé há pouco tempo.
Faz-me falta andar sozinho, anda tudo à procura de uma cara-metade e eu quero estar sozinho, não quero outros, não quero rodinhas, não quero altruísmo; o que eu quero é ser/estar sozinho, sou egoísta…
Não quero esperar por vocês na hora do almoço, comida quente à frente a esperar que todos se sirvam.
Tenho fome, a comida está a arrefecer.
Agora os meus objetivos são elevados: jogar futebol e trabalhar na rádio.
Parece que tudo o que tenho feito nos últimos cinco anos e meio parece querer dizer que ‘impossível é nada’ e quero viver convosco.
Grandes desafios na vida e a forma como são ultrapassados formam pessoas fortes.
Estou muito mais forte após este tempo.
Como houve as revoluções feminista e racial, falta fazê-la por uma classe invisível, apagada e escondida: a dos deficientes ou incapazes.
O mocamfe é muito estranho.
Há um discurso que diz que ser diferente, fora da norma, não está na moda.
Aproveitar o verão para vir acampar longe da praia e do mar, vir cantar e tocar viola é muito weird, quase NERD; fixe é surfar e curtir grandes mocas nos festivais;
querem ser EFICIENTES, certo!?
e que gosto dá pensar em como estavam ali reunidos a debater em conjunto passos a dar e passar na maratona da vida.
07 agosto 2012
O jogo da vida…
Há um jogo que começou/iniciou quando vocês nasceram e que pode variar entre muitos níveis à medida que vocês envelhecerem até um terminar/acabar/morrerem.
Neste jogo que vão jogar vocês vão superando tentando melhorar sempre têm a garantia que ninguém sabe jogar melhor.
...
Passado – presente – futuro; ontem – hoje – amanhã: todos tentamos melhorar e pela estrada fora ‘a gente vai continuar’ até acabar o caminho.
Há gente mais preparada - que já anda cá há mais tempo mas mesmo esses viverão outro tempo, outro espaço, com outros parceiros e inimigos – mas mesmo esses por cá andarem há mais tempo não jogam melhor.
É o jogo mais bem pensado desde sempre.
Neste jogo que vão jogar vocês vão superando tentando melhorar sempre têm a garantia que ninguém sabe jogar melhor.
...
Passado – presente – futuro; ontem – hoje – amanhã: todos tentamos melhorar e pela estrada fora ‘a gente vai continuar’ até acabar o caminho.
Há gente mais preparada - que já anda cá há mais tempo mas mesmo esses viverão outro tempo, outro espaço, com outros parceiros e inimigos – mas mesmo esses por cá andarem há mais tempo não jogam melhor.
É o jogo mais bem pensado desde sempre.
06 agosto 2012
04 agosto 2012
animais sociais
uma madame pôs-me a pensar sobre a vida...
tirei um curso na área das ciências sociais, política social, na altura fui mais atrás da ideia que tinha de 'política'.
hoje acho que um bocado por sorte vim aqui parar a esta área.
'política social' é um nome pseudo para serviço social, 'assistente social', portanto.
ela: 'Somos animais sociais, como gostas de dizer. Sabes explicar porquê?'
eu: hrumpf... Gostas de pôr em causa!? Sabes que resulta? Já dei por mim a pensar se era social ou não… e tudo é relativo… serei social às vezes ao fim da manhã outras ao fim da tarde.
vai variando, anti-social nunca serei mas menos dado aos outros, sim, serei de vez em quando.
À partida porque temos 5 sentidos virados para fora: olhos, ouvidos, boca, a pele, o nariz.
dps pq nascemos numa familía, do amor, em sociedade, há ermitas mas não deve resultar, se resultasse como somos animais sociais sp mt interessados e curiosos uns nos outros já se sabia e já haviam comunidades fugitivas a estar com o outro.
a emigração cresce, gente à procura de melhor vida.
Eu sou uma quenga, n há pessoa que goste mais de estar com o outro.
Há uns 2/3 ano fiz uma festa de anos em que levei um txt em que dizia a certa altura que amava o mundo, n se pode amar o mundo, ai, n se pode o quê!? Quem disse!? Eu amo o mundo!!!
Para estar comigo... Eu gosto e muito de estar sozinho mas é preciso estar numa fase segura.
Mas gosto de muito de estar cmg e preciso às vezes.
gosto muito de mim, imenso!
sou meu intímo...
Para escrever ou pensar melhor gosto mais de estar só comigo ou com a ginja.
Não acho que se possa ser anti-social.
Vai contra a ideia de sermos, todos, pais e filhos!
Importa quem não gosto, claro!
americanadas, facebooks (aqui tenho talvez uma guerra comigo mesmo, dizer mal disto cheira-me a ‘velho do restelo’, o facebook é o melhor e o pior moderno…) e shoppings deixam-me desconfortável (mesmo se com os meus problemas de linguagem o facebook seja um bom escape).
'Também és anti-social?' Não devo ser, se bem que ando cada vez mais desiludido com os amigos (ter tido o acidente deu-me uma visão muito diferente: tanto gosto mais de pessoas - tem-se revelado muita gente para o bem e para o mal - como se perderam amigos, casaram, tiveram filhos, casaram, fazem a sua vida).
ela: 'O que é que é estar mal acompanhado?'
‘Antes só que mal acompanhado’, facilmente percebo com quem não estou bem, más companhias há muitas, não te deixam pensar, fazem-te mal.
pessoas que te despertam mal estar.
ela: 'E estar sozinho? Também já falaste disso.
Estar sozinho, é mau? é bom?'
é bom normalmente.
é mau quando sentimos falta do outro.
estar sozinho exige de ti algum bem estar, não é qualquer pessoa que consegue estar bem consigo própria.
'Estar sozinho quando sou criança, e quando sou velho?'
Tenho ideia que há medida que envelhecemos ficamos mais sozinhos…
tirei um curso na área das ciências sociais, política social, na altura fui mais atrás da ideia que tinha de 'política'.
hoje acho que um bocado por sorte vim aqui parar a esta área.
'política social' é um nome pseudo para serviço social, 'assistente social', portanto.
ela: 'Somos animais sociais, como gostas de dizer. Sabes explicar porquê?'
eu: hrumpf... Gostas de pôr em causa!? Sabes que resulta? Já dei por mim a pensar se era social ou não… e tudo é relativo… serei social às vezes ao fim da manhã outras ao fim da tarde.
vai variando, anti-social nunca serei mas menos dado aos outros, sim, serei de vez em quando.
À partida porque temos 5 sentidos virados para fora: olhos, ouvidos, boca, a pele, o nariz.
dps pq nascemos numa familía, do amor, em sociedade, há ermitas mas não deve resultar, se resultasse como somos animais sociais sp mt interessados e curiosos uns nos outros já se sabia e já haviam comunidades fugitivas a estar com o outro.
a emigração cresce, gente à procura de melhor vida.
Eu sou uma quenga, n há pessoa que goste mais de estar com o outro.
Há uns 2/3 ano fiz uma festa de anos em que levei um txt em que dizia a certa altura que amava o mundo, n se pode amar o mundo, ai, n se pode o quê!? Quem disse!? Eu amo o mundo!!!
Para estar comigo... Eu gosto e muito de estar sozinho mas é preciso estar numa fase segura.
Mas gosto de muito de estar cmg e preciso às vezes.
gosto muito de mim, imenso!
sou meu intímo...
Para escrever ou pensar melhor gosto mais de estar só comigo ou com a ginja.
Não acho que se possa ser anti-social.
Vai contra a ideia de sermos, todos, pais e filhos!
Importa quem não gosto, claro!
americanadas, facebooks (aqui tenho talvez uma guerra comigo mesmo, dizer mal disto cheira-me a ‘velho do restelo’, o facebook é o melhor e o pior moderno…) e shoppings deixam-me desconfortável (mesmo se com os meus problemas de linguagem o facebook seja um bom escape).
'Também és anti-social?' Não devo ser, se bem que ando cada vez mais desiludido com os amigos (ter tido o acidente deu-me uma visão muito diferente: tanto gosto mais de pessoas - tem-se revelado muita gente para o bem e para o mal - como se perderam amigos, casaram, tiveram filhos, casaram, fazem a sua vida).
ela: 'O que é que é estar mal acompanhado?'
‘Antes só que mal acompanhado’, facilmente percebo com quem não estou bem, más companhias há muitas, não te deixam pensar, fazem-te mal.
pessoas que te despertam mal estar.
ela: 'E estar sozinho? Também já falaste disso.
Estar sozinho, é mau? é bom?'
é bom normalmente.
é mau quando sentimos falta do outro.
estar sozinho exige de ti algum bem estar, não é qualquer pessoa que consegue estar bem consigo própria.
'Estar sozinho quando sou criança, e quando sou velho?'
Tenho ideia que há medida que envelhecemos ficamos mais sozinhos…
A semana sangrenta
versão portuguesa de La semaine sanglante, de Jean-Baptiste Clément e Pierre Dupont (1871). Canção sobre o fim da Comuna de Paris e a violenta repressão que acabou com os seus sonhos. Sim, mas...
P’ra além do bufo e do militar
Já só se vêem nos caminhos
Velhos e tristes a chorar
Pobres viúvas e meninos
Até Paris cheira a miséria
Mesmo os sortudos assustados
A moda também vai à guerra
Há passeios ensanguentados
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
Perseguem, prendem e fusilam
Qualquer pessoa ao acaso
A mãe ao lado da sua filha
Nos braços do velho o rapaz.
Em vez da bandeira vermelha
O que se agita é o terror
Do escroque que se ajoelha
Aos pés do rei, do imperador
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
Já os agentes da polícia
Estão nos passeios outra vez
Acham (o) serviço uma delícia
Com as pistolas que tu vês
Sem pão, sem armas, sem trabalho
A gente vai ser governada
Por um vigário ou um paspalho
Por bufos e por cães de guarda
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
O povo atrelado à miséria
Será que vai ser sempre assim?
Até quando os senhores da guerra
Vão ficar com todo o pilim?
Vai até quando a santa elite
Tratar-nos assim como gado?
Pra quando o fim deste regime
da injustiça e do trabalho?
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
P’ra além do bufo e do militar
Já só se vêem nos caminhos
Velhos e tristes a chorar
Pobres viúvas e meninos
Até Paris cheira a miséria
Mesmo os sortudos assustados
A moda também vai à guerra
Há passeios ensanguentados
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
Perseguem, prendem e fusilam
Qualquer pessoa ao acaso
A mãe ao lado da sua filha
Nos braços do velho o rapaz.
Em vez da bandeira vermelha
O que se agita é o terror
Do escroque que se ajoelha
Aos pés do rei, do imperador
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
Já os agentes da polícia
Estão nos passeios outra vez
Acham (o) serviço uma delícia
Com as pistolas que tu vês
Sem pão, sem armas, sem trabalho
A gente vai ser governada
Por um vigário ou um paspalho
Por bufos e por cães de guarda
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
O povo atrelado à miséria
Será que vai ser sempre assim?
Até quando os senhores da guerra
Vão ficar com todo o pilim?
Vai até quando a santa elite
Tratar-nos assim como gado?
Pra quando o fim deste regime
da injustiça e do trabalho?
Sim, mas... a terra treme
Os dias maus vão acabar
O contra-ataque não se teme
Se toda a gente se juntar
03 agosto 2012
do Nuno Sanches
Nós, os Filhos Atômicos
Agradecemos aos nossos progenitores
que, quando ouviram o grande BUM,
de acordo com os regulamentos atômicos suíços,
se atiraram, por reflexo, para o chão
e, corajosamente, contaram até quinze
pois, do contrário, nós não estaríamos,
de maneira nenhuma aqui.
Nós, os Filhos Atômicos, não queremos moralizar,
não queremos censurar ninguém;
queremos apenas,
que vos habitueis a nós e aprendei a amar-nos.
Só que, não podemos garantir nada para vós
pois, logo que detivermos a hegemonia,
vós sereis considerados anormais
e talvez tenhais que sofrer por isso.
H. R. G., 1963
Agradecemos aos nossos progenitores
que, quando ouviram o grande BUM,
de acordo com os regulamentos atômicos suíços,
se atiraram, por reflexo, para o chão
e, corajosamente, contaram até quinze
pois, do contrário, nós não estaríamos,
de maneira nenhuma aqui.
Nós, os Filhos Atômicos, não queremos moralizar,
não queremos censurar ninguém;
queremos apenas,
que vos habitueis a nós e aprendei a amar-nos.
Só que, não podemos garantir nada para vós
pois, logo que detivermos a hegemonia,
vós sereis considerados anormais
e talvez tenhais que sofrer por isso.
H. R. G., 1963
02 agosto 2012
ESOTÉRCO (Gal e Bethânia)
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim.
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