31 maio 2013

no mar do amor vamos navegar



Sea Of Love

Come with me
My love
To the sea
The sea of love

I wanna tell you
How much
I love you

Do you remember
When we met
That's the day
I knew you were my pet

I wanna tell you
How much
I love you

Come with me
My love
To the sea
The sea of love

I wanna tell you
How much
I love you

com ela tudo parece ser mais nosso.

faz-me acreditar, é verdadeira!

pela primeira vez penso em juntar amigos, muita gente boa junta, para celebrar.

com a sunny tudo ganha outra dimensão, estou tão taralhoco...


e tudo melhora!


e se melhora:

andei como já não me lembrava de A N D A R... com segurança, descontraído, está tudo a ir ao sitío! ;)

YEAH!

weee, que espectáculo MESMO!

não empurres o chão com a sola dos pés, ele é mais forte que tuuu.

YES, I CAN!

25 maio 2013

isto está mal, caneco, caramba!!!




O ruy de Carvalho da-nos no txt abaixo uma Galheta, q chapadao!

Parece querer provar ás geracoes Mais novas o obvio: o rei vai nu e o país está de tanga!!!

Ele diz coisas q eu com 32 anos sinto por-me em causa como Português (no tenho cada vez mais vergonha) e a revolucao n. vai passar na televisao!

Gentes, levantem-se!!! Alguem ai!?

Senhores Ministros:

Tenho 86 anos, e modéstia à parte, sempre honrei o meu país pela forma como o representei em todos os palcos, portugueses e estrangeiros, sem pedir nada em troca senão respeito, consideração, abertura – sobretudo aos novos talentos -, e seriedade na forma como o Estado encara o meu papel como cidadão e como artista.
Vivi a guerra de 36/40 com o mesmo cinto com que todos os portugueses apertaram as ilhargas. Sofri a mordaça de um regime que durante 48 anos reprimiu tudo o que era cultura e liberdade de um povo para o qual sempre tive o maior orgulho em trabalhar. Sofri como todos, os condicionamentos da descolonização. Vivi o 25 de Abril com uma esperança renovada, e alegrei-me pela conquista do voto, como se isso fosse um epítome libertador.
Subi aos palcos centenas, senão milhares de vezes, da forma que melhor sei, porque para tal muito trabalhei.
Continuei a votar, a despeito das mentiras que os políticos utilizaram para me afastar do Teatro Nacional. Contudo, voltei a esse teatro pelo respeito que o meu público me merece, muito embora já coxo pelo desencanto das políticas culturais de todos os partidos, sem excepção, porque todos vós sois cúmplices da acrescida miséria com que se tem pintado o panorama cultural português.
Hoje, para o Fisco, deixei de ser Actor…e comigo, todos os meus colegas Actores e restantes Artistas destes país - colegas que muito prezo e gostava de poder defender.

Tudo isto ao fim de setenta anos de carreira! É fascinante.
Francamente, não sei para que servem as comendas, as medalhas e as Ordens, que de vez em quando me penduram ao peito?
Tenho 86 anos, volto a dizer, para que ninguém esqueça o meu direito a não ser incomodado pela raiva miudinha de um Ministério das Finanças, que insiste em afirmar, perante o silêncio do Primeiro-Ministro e os olhos baixos do Presidente da República, de que eu não sou actor, que não tenho direito aos benefícios fiscais, que estão consagrados na lei, e que o meu trabalho não pode ser considerado como propriedade intelectual.
Tenho pena de ter chegado a esta idade para assistir angustiado à rapina com que o fisco está a executar o músculo da cultura portuguesa. Estamos a reduzir tudo a zero... a zeros, dando cobertura a uma gigantesca transferência dos rendimentos de quem nada tem para os que têm cada vez mais.
É lamentável e vergonhoso que não haja um único político com honestidade suficiente para se demarcar desta estúpida cumplicidade entre a incompetência e a maldade de quem foi eleito com toda a boa vontade, para conscientemente delapidar a esperança e o arbítrio de quem, afinal de contas, já nem nas anedotas é o verdadeiro dono de Portugal: nós todos!
É infame que o Direito e a Jurisprudência Comunitárias sirvam só para sustentar pontualmente as mentiras e os joguinhos de poder dos responsáveis governamentais, cujo curriculum, até hoje, tem manifestamente dado pouca relevância ao contexto da evolução sociocultural do nosso povo. A cegueira dos senhores do poder afasta-me do voto, da confiança política, e mais grave ainda, da vontade de conviver com quem não me respeita e tem de mim a imagem de mais um velho, de alguém que se pode abusiva e irresponsavelmente tirar direitos e aumentar deveres.
É lamentável que o senhor Ministro das Finanças, não saiba o que são Direitos Conexos, e não queiram entender que um actor é sempre autor das suas interpretações – com diretos conexos, e que um intérprete e/ou executante não rege a vida dos outros por normas de Exel ou por ordens “superiores”, nem se esconde atrás de discursos catitas ou tiradas eleitoralistas para justificar o injustificável, institucionalizando o roubo, a falta de respeito como prática dos governos, de todos os governos, que, ao invés de procurarem a cumplicidade dos cidadãos, se servem da frieza tributária para fragilizar as esperanças e a honestidade de quem trabalha, de quem verdadeiramente trabalha.
Acima de tudo, Senhores Ministros, o que mais me agride, nem é o facto dos senhores prometerem resolver a coisa, e nada fazer, porque isso já é característica dos governos: o anunciar medidas e depois voltar atrás. Também não é o facto de pôr em dúvida a minha honestidade intelectual, embora isso me magoe de sobremaneira. É sobretudo o nojo pela forma como os seus serviços se dirigem aos contribuintes, tratando-nos como criminosos, ou potenciais delinquentes, sem olharem para trás, com uma arrogância autista que os leva a não verem que há um tempo para tudo, particularmente para serem educados com quem gera riqueza neste país, e naquilo que mais me toca em especial, que já é tempo de serem respeitadores da importância dos artistas, e que devem sê-lo sem medos e invejas desta nossa capacidade de combinar verdade cénica com artifício, que é no fundo esse nosso dom de criar, de ser co-autores, na forma, dos textos que representamos.
Permitam-me do alto dos meus 86 anos deixar-lhes um conselho: aproveitem e aprendam rapidamente, porque não tem muito tempo já. Aprendam que quando um povo se sacrifica pelo seu país, essa gente, é digna do maior respeito... porque quem não consegue respeitar, jamais será merecedor de respeito!

LEVANTE-SE ALGUÉM ou TODOS NÓS!!! 

na história vamos ficar conhecidos como gente vencida por quem quer (e não sabe) governar!? como gente vencida por quem quer (e não sabe) governar!?

22 maio 2013

um abraço...



... terno quando é dado sem interesse, só porque sabe bem, é preencheente!

um abraço vale a pena qd tiver vontade de ser dado por duas pessoas.

é banal um abraço, qlq um pode dar

mas devem ser valorizados, e dado poucos para serem raros.

qd é é dado com vontade e não por boa educação!

só porque sim não!

há abraços que não se deve desistir deles.

só porque sim não tem interesse, qd é É!

qd n é n deve ser!

dá-se muitos abraços em festas, natais, páscoas, funerais, almoços, jantares!

há gente especial que manda desenhos pela net, segredos de preferida, mimos que nos fazem sentir vontade de mais.

há gente que abraça com os olhos, há qlq coisa de liberdade num abraço qd é bom, qlq coisa que faz fechar os olhos, sabem como é!?

15 maio 2013

amor próprio noturno



Cada pessoa que passa em nossa vida, passa sozinha, é porque cada pessoa é única e nenhuma substitui a outra!

Cada pessoa que passa em nossa vida passa sozinha e não nos deixa só porque deixa um pouco de si e leva um pouquinho de nós.

Essa é a mais bela responsabilidade da vida e a prova de que as pessoas não se encontram por acaso.

Charles Chaplin


'Fazei o bem quando apetece o mal!' (Brindai; Hélder Ribeiro/ Judy Collins)

08 maio 2013

foi gabriel!



Maresia uhuhuhuuu maresiaaa sente a maresiaaa uhuhuhuuu

ontem gabriel o pensador pensou e fez pensar no teatro tivoli esgotado em lisboa (olhei à volta às tantas e dei por muita gente a cantar as músicas...)

Gabriel o Pensador nasceu no Rio de Janeiro em 4 de março de 1974.

faz acreditar na gente nova, era um pensador destes que eu gostava de levar para as aulas quando der aulas!!!

'Eu vou pro mundo da lua
Que é feito um motel
Aonde os deuses e deusas
Se abraçam e beijam no céu...'

e voei com ela num beijo :)

qd achava que era um terminar relação longa (desde a minha adolescência que ele é meu amigo...) foi como um renovar carinhos!!!

o gabriel é doce e interventivo, faz politíca!

'o brasileiro acho que tem que ser doce para fugir ao mundo desagradável em que vive!'

sente-se olhar frontal e amigo!

o som não é muito estimulante mas 'primeiro estranha-se e depois entrenha-se!', as palavras nas ideias são muito à frente!!!

foi um visitar amigos!!!

estimulante!!!

é gd escola!

já desde 93 (!?) qd ele apareceu que gosto dele, foi colega de estudo!

há 20 anos ouvia sérgio godinho e caetano veloso tb e gostava por ex mas o 'biel' era só meu...

faz-me acreditar na gente mais nova.

sabia tudo de cor!

06 maio 2013

Sigamos o cherne, minha Amiga!

Desçamos ao fundo do desejo

Atrás de muito mais que a fantasia

E aceitemos, até, do cherne um beijo,

Senão já com amor, com alegria...

Em cada um de nós circula o cherne,

Quase sempre mentido e olvidado.

Em água silenciosa de passado

Circula o cherne: traído

Peixe recalcado...

Sigamos, pois, o cherne, antes que venha,

Já morto, boiar ao lume de água,

Nos olhos rasos de água,

Quando mentido o cherne a vida inteira,

Não somos mais que solidão e mágoa...


Alexandre O'Neill

N nos levemos a serio



Pedra de Canto

Ainda terás alento e pedra de canto,
Mito de Pégaso, patada de sangue da mentira,
Para cantar em sílabas ásperas o canto,
De rima em -anto, o pranto,
O amor, o apego, o sossego, a rima interna
Das almas calmas, isto e aquilo, o canto
Do pranto em pedra aparelhada a corpo e escopro,
O estupro de outrora, a triste vida dela, o canto,
Buraco onde te metes, duplamente: com falo,
Falas, fá-la chorar e ganir, com falo o canto
No buraco de grilo onde anoiteces,
No buraco de falso eremita onde conheces
Teu nada, o dela, o buraco dela, o canto
De pedra, sim, canteiro por cantares e aparelhares
Com ela em rua e cama o falo fá-la cheia,
Canteiro porque o falo a julga flores, o canto
Áspero do canteiro de pedra e sémen que tu és
(No buraco do falo falaste),
Tu, falazão de amor, que a amas e conheces.
Amas a quem? Conheces quem? Pobre Hipocrene,
Apolo de pataco, Camões binocular, poeta de merda,

Embora isso em sangue dessa pobre alma em ferida:
A dela, a tua, cadela a tua pura e fiel no canto
De lama e amor como não há no charco em torno,
Maravilhoso canto só de soprares na ponta a um corno
E logo a sílaba e o inferno te obedecem
E as dores íntimas dela nas tuas falas se conhecem,
Sua íntima vergonha inconfessada desponta,
Passiflora penada, pequenina vulva triste
Em teu sémen sarada e já livre de afronta:
O canto em pedra e voz, psicóide e bem vibrado,
Límpido como vidro a altas horas lavado,
Como o galo de bronze pela dor acordado,
No amor e na morte alevantado,
Da trampa mentirosa resgatado,
Como Dante o lavrou em pedra de Florença
E Deus to deu de amor por ela no atoleiro?
Flor menina de orvalho em amor verdadeiro?

Ainda terás amor e pedra de canto,
Fé nela e sua dor de arrependida e enganada,
Ou, enfim, amor a fogo dado e perdão puro...
Eu quero lá saber! Amor de Deus no canto
De misericórdia e paz, mesmo para os violentos
Da violada violeta, a breve miosótis
Ao canto unida e em tuas lágrimas orvalhada?
Cala-te e humilha-te como ela,
Que é maior do que tu no canto
E a esta hora só bebe talvez água salgada,
Oh poeta de água doce!

Mas, antes de calar espada e voz, responde:
Ainda terás alento e pedra de canto
Para cantar estas coisas,
Encantar outra vez a donzela roubada ou nina morta,
Enfim, o teu amor?
Dize lá, sem-vergonha,
Homem singelo:
Pois se nisto me mentes nunca mais a verás.

(Quem fala?)

Vitorino Nemésio, in “Obras Completas”




Vi o Alçada Baptista, um Boémio de Espírito (é isso... também gostava de ser assim designado... BOÉMIO DE ESPIRÍTO!!!) num documentário gravado na zon (é impressionante como tudo mudou em 20 e tal anos: vhs, mega drives, telemóveis, gente...) em cima da bike e fiquei a achar que quem viveu nas gerações passadas tem bem mais nível que nós, Zé Marias e afins.

TALVEZ SIM ou TALVEZ NÃO...

António Alçada Baptista, ensaísta, ficcionista e memorialista
António Alçada Baptista nasceu na Covilhã a 29/01/1927. Frequentou um colégio de jesuítas e licenciou-se em Direito. Foi presidente do Instituto Português do Livro. Tornou-se conhecido como autor com a publicação do primeiro volume da obra Peregrinação Interior? Reflexões sobre Deus (1971). Com a eleição de Jorge Sampaio para Presidente da República, foi nomeado seu colaborador.  
 

05 maio 2013

mãeee

isto não tinha a mesma piada/graça sem MÃE, pois não!!!

porque tu, mulher, crias o mundo!




No sorriso louco das mães
No sorriso louco das mães batem as leves
gotas de chuva. Nas amadas
caras loucas batem e batem
os dedos amarelos das candeias.
Que balouçam. Que são puras.
Gotas e candeias puras. E as mães
aproximam-se soprando os dedos frios.
Seu corpo move-se
pelo meio dos ossos filiais, pelos tendões
e orgãos mergulhados,
e as calmas mães intrínsecas sentam-se
nas cabeças filiais.
Sentam-se, e estão ali num silêncio demorado e apressado,
vendo tudo,
e queimando as imagens, alimentando as imagens,
enquanto o amor é cada vez mais forte.
E bate-lhes nas caras, o amor leve.
O amor feroz.
E as mães são cada vez mais belas.
Pensam os filhos que elas levitam.
Flores violentas batem nas suas pálpebras.
Elas respiram ao alto e em baixo.
São silenciosas.
E a sua cara está no meio das gotas particulares
da chuva,
em volta das candeias. No contínuo
escorrer dos filhos.
As mães são as mais altas coisas
que os filhos criam, porque se colocam
na combustão dos filhos. Porque
os filhos são como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.
E os filhos mergulham em escafandros no interior
de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e na agudez de toda a sua vida.
E o filho senta-se com a sua mãe à cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível e as águas
estão ligadas entre si
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até somente ser possível amar tudo,
e ser possível tudo ser reencontrado
por dentro do amor.

Herberto Helder
  
há o dever responsável de ser mãe, de querer melhorar o mundo, também se decide não ter filhos mas perde-se/quebra-se 'algo' do SER HUMANO!'

Queridas mães, vocês criam o mundo!