No dia 18 de Novembro de 2006 tive um despiste/acidente muito
grande, enorme.
Falou-se em morte e ressurreição. Tive uma segunda
oportunidade para viver.
O abalo/abanão a avisar que estava distraído de viver e para
tomar atenção na vida.
Hoje faz sete anos desde que a minha vida deu um trambolhão,
sofri um TCE, não ando nem falo bem.
Ou vou andando e falando melhor.
Hoje melhor que ontem e pior do que amanhã.
Hoje fiz um brinde ao jantar pela vida, por estar vivo!
Já estive bem mal, pior.
O acidente tem formado que como uma crosta se forma no joelho
quando cais.
Dela nasce pele forte, sedosa e de qualidade, nasceu o optimismo,
talvez já existisse mas foi melhorado, aprimorei com a queda.
Foi um estágio na minha vida que tirei para me reconhecer.
Gostei do que conheci.
Quando tive o acidente até os companheiros de sueca da escola
apareceram.
Toda a gente apareceu!
Sou um bocado como aqueles cães que abanam a cauda a quem
quer que passe, sou pouco exigente, bah!
Social o miúdo, pois!
O menino ia morrer, espera lá, vou-me despedir.
Depois ou porque mudaram de casa, trabalho, casaram, tiveram
filhos, etc. desapareceram todos: já manda mails e mensagens, já é sobrevivente
e ficou cá connosco mesmo que à distância.
‘Zé, eu não tenho conseguido estar contigo tanto como queria
mas a minha vida está difícil.’
A vida moderna não se coaduna com recuperações demasiado
lentas (7 anos ufff).
‘Nem reparo se estás numa cadeira de rodas, funciono contigo
como funciono com qualquer outro.’
Sem comentários:
Enviar um comentário