31 dezembro 2014

acaba bem para começar melhor


noiserv - "Não Canto porque Sonho" (Fausto Cover)


Acaba a época cinematográfica em beleza Mr. Turner foi o filme: foi como ir ver uma exposição a um museu onde cada imagem alimenta e nos melhora.


Quero falar-vos a favor de duas coisas que ganhámos o hábito de tratar mal e merecem elogios: 

A rotina e a velhice!

Duas imagens que devemos preservar/manter para começar o ano bem.

A rotina e o repetir são o que nos aguenta; respirar, falar e andar por exemplo.

A velhice: Nenhum de nós está a ficar mais novo e dormimos e comemos diariamente porque queremos andar cá muito tempo. Uma tia que muda aos 84 anos de espaço e força nessa mudança dá-nos confiança no futuro.

Ser velho é uma vaidade: é sinal que andamos cá há muito tempo sempre a cumprir Rotinas e por mais tempo que cá andarmos não vamos ter tempo para fazer tudo!!! :)

O Olhar, cada olhar é magia: vermos tudo criando realidades novas!

Cada pessoa ver tanta coisa e ouvir, saborear e cheirar, sentir nas mãos; cada pessoa tem tanto mundo para descobrir e pensar, recordar e pensar.

29 dezembro 2014

todos deviam dar esta esperança


Sempre estranhei que se pudesse tentar mobilizar gente com discurso apocalíptico: o planeta vai acabar, a democracia vai acabar, o estado social vai acabar. Não que, a manterem-se as tendências atuais, tudo isto não possa ser verdade. O problema está na diferença de escala entre cada um de nós e o conjunto das restantes coisas. Nós duramos pouco tempo; o planeta estava aqui antes de nós e ficará talvez para depois. A nossa história parece insignificante quando comparada com a História a que teimosamente pomos uma maiúscula para ficar maior ainda. Algumas pessoas podem angustiar-se com o resultado final. Para a maioria, parece que contamos demasiado pouco, quase nada, para podermos fazer a diferença.

E passa-se o mesmo quando passamos para a escala intermédia. Nós somos pequenos, a crise é grande. Se nos parece que a economia está contra nós e o caos do país é demasiado grande para organizar, a reação natural é de desistência. Que poderíamos nós fazer? A mudança parece demasiado difícil, demasiado longínqua, demasiado complexa, demasiado arriscada para que a tentemos sequer.

Se o fim está próximo, já não dá tempo, já não vale a pena, já não conseguimos. Uns deprimem, outros desistem, outros vão cuidar da vida. O sentimento do fim exacerba o desespero e o egoísmo entre nós.

Ora, as coisas devem ser vistas ao contrário: não pelo fim que ainda não sofremos, mas pelos princípios que deixamos. Digo “princípio” no seu sentido estrito de “começo” — as pontas soltas da nossa história que podemos ainda apanhar e seguir. Na verdade, a complexidade esteve sempre conosco. Os nossos problemas sempre pareceram intransponíveis. Durante milénios, a única forma de os encarar foi pensar que houvesse uma vida melhor depois da morte. Durante séculos não era sequer pensável viver sem escravatura; quando a abolição se tornou uma exigência, muita gente achou que não havia outra forma de organizar economias inteiras. E a lista de coisas que era “impossível” mudar é longa: era impossível viver sem tirania, era impossível viver sem castas, era impossível viver sem aristocracia, era impossível viver sem um deus único, era impossível viver sem exploração, era impossível viver sem desigualdade, era impossível viver sem domínio dos homens sobre as mulheres, era impossível viver sem colonialismo, era impossível viver sem violência.

 Sim, as marcas desses passados estão ainda hoje conosco, ou são ainda realidade para demasiada gente. Mas muito do que era impossível tornou-se possível. Afinal era possível viver — e confortavelmente — sem escravizar o nosso próximo. Há cem anos, pertencer a um sindicato poderia ser arriscado; entretanto, países e indústrias inteiras aprenderam a negociar salários e tempos de descanso com os sindicatos — e a prosperar por isso. Onde era impossível viver sem um monarca absoluto comemora-se hoje já dois séculos das primeiras constituições. Onde o povo não estava preparado para viver sem um homem forte comemoram-se as primeiras gerações nascidas em democracia.

E tudo isso foi conseguido pelas tais pequeninas pessoas — nós e outros como nós. E muito mais será conseguido. Afinal, o começo está próximo e tu és indispensável.'



Este texto do Rui Tavares é como todo o jornalismo e informação deviam ser feitos: é optimista  e dá confiança e esperança. Dá bem estar e ajuda a viver melhor.

Não acho que 'as coisas que provocam mal estar devem ser ditas também, no momento certo, porque também fazem parte da vida (e do amor até)' mas que é preferível lembrar as milhões de coisas boas  que existem e que nem uma vida inteira chega para lembrar...

O telejornal é um bom exemplo de que em nome de estarmos actualizados valorizam chatices e não nos ajudam a viver melhor, a vida não é só coisas boas mas tem muitas coisas boas.

'Não devemos deixar que a futilidade e a mediocridade se arrastem e se expandam', verdade mas Devemos fazer com a boa disposição e a alegria se arrastem e expandam, vivam em nós! ;) não é só que não devemos fazer aquilo mas é mais exigente: devemos fazer isto :)

Faz falta textos como este que revelam que a realidade é mágica e a magia é real!

27 dezembro 2014

O homem que dava vida morreu!



26 de Dezembro de 2014




Morreu o PP.

Um professor,

Um treinador,

Um jogador,

Um desafiador,

Um educador,

Um companheiro,

Um pai,

Um Amor,

Um Amigo…


Morreram seus muitos defeitos (não se faz ninguém bom sem eles) e ainda mais qualidades.

Tinha mau gosto em perder mesmo a brincar mas gosto em procurar ganhar: ensinava isso com mestria estando conosco, com cada um e com todos.

Dos muitos, muitos mesmo, que educou desconfio que não deixou inimigos, muitas são as caras vivas que criou e nelas fica mais começo que fim.

Educava gerações, tirava deles/de nós o melhor, a casa dele, da Dona Any e dos filhos era como um clube da terra muito mais divertido.

Vive a memória de um gosto aberto, mãos vividas, largas e carnudas que gostava de sentir, olhar bonito gozão com tons africanos e um peito frontal de quem não tem medo de olhar de frente e sorrir, sorrir muito, no seu sorriso largo, no cachimbo sempre a jogar/brincar à vida.

Há muitas formas de viver, só a física é mortal, vive e viverá ele em nós de tantas maneiras.

Tem uma forma de estar admirável e exemplar, alguém de quem não se tem inveja, o SEU Paulo acompanha todas as nossas rebeldias.

Inventa jogos (o jogo dos paus, suas mangas, tácticas, torneios e campeonatos) e brincadeiras: ensina-nos que aprender é diversão.

A casa da D. Any, dele e de cada filho era nossa a qualquer hora do dia, da noite, da madrugada; se nem sempre acordado sempre pronto para acompanhar nossos mimos.

'Estar vivo é aproveitar e guardar a memória de que quem morre deixa e construir nossa memória para ficar!’

O Paulo Pedreira deixa uma memória forte em muitas gerações que aprendem com ele muitas paixões!

Ele marcava vidas e melhorou muito as nossas.

Ensina a Arte de ser Amigo!

OBRIGADO por tudo SEU Paulo!

26 dezembro 2014

NATAL significa nascimento




Tudo começa...
Tudo nasce...

A vida, as pessoas e projectos, os começos, os inícios, os trajectos, de estradas, os passos, as caminhadas, as palavras, as frases e os discursos. Tudo começa em algo!

Um nascimento é acreditar na vida, com ganhos e percas,

Um nascimento é choro e alegria, é sozinho e acompanhado,

Um nascimento é novas mãos que nascem para apertar,

Um nascimento traz esperança e confiança,

Um nascimento faz dançar e abraçar,

Um nascimento derrota barreiras,

Um nascimento derrota doenças e acidentes,

Um nascimento é construção de sonhos, de vontades e realidades,

Um nascimento também é dor e corpos sujos,

Um nascimento desperta espírito de ser Pessoa, de ser melhor.

Um nascimento desperta espírito de ser Gente,
Um nascimento desperta sorrisos e gargalhadas;

Um nascimento solta brincadeiras,

Um nascimento é vitória e é ganho, é brilho no olhar,

Um nascimento é crença no passado, no presente e no futuro, na História,

Um nascimento exige de nós mais e melhor,

Um nascimento pede responsabilidade e entrega.

Um nascimento pede que melhoremos este espaço neste tempo.

Não qualquer nascimento mas, em geral, somos bem-vindos,

Não é por acaso que o Natal é símbolo forte, o símbolo mais forte, da História, é um nascimento.

Não, não é por acaso.

É um começo e um início.

Tudo por aprender e por ensinar

Celebra-se O Amor (Esse divino)

O amor na Família,

O amor nos amigos,

O amor em todos nós,

O Amor que vive acima de nós ou vive em nós como vindos de um passado e indo para um futuro.

Todos queremos acreditar na vida que nasce.

Acreditar nessa algo por criar,

Por viver E Existir,

E pedir-lhe que seja parte do grupo sozinho ou a crescer e conosco a viver.

Nem sempre é fácil mas só se constroem pessoas fortes também com alguma dificuldade, se fosse fácil não tinha tanta piada; ninguém gosta de vitórias fáceis;

Um nascimento também garante algumas falhas,

Nenhuma vida se faz sem elas, tudo muito certinho era chato,

Falhar é recomeço, voltar a correr,

Falhar é como aquela queda quando és pequeno, cais, esfolas o joelho e continuas a jogar.

Um nascimento é encontrar SEMPRE em nós a criança que cresceu e soltar-lhe sorrisos traquinas. 

E de novo nascerá e viverá…

23 dezembro 2014

noite de natal


 


Conta a história que na noite de Natal, junto ao presépio, se encontravam três árvores: Uma tamareira, uma oliveira e um pinheiro. As três árvores ao verem Jesus nascer, quiseram oferecer-lhe um presente. A oliveira foi a primeira a oferecer, dando ao menino Jesus as suas azeitonas. A tamareira, logo a seguir, ofereceu-lhe as suas doces tâmaras. Mas o pinheiro como não tinha nada para oferecer, ficou muito infeliz.

As estrelas do céu, vendo a tristeza do pinheiro, que nada tinha para dar ao menino Jesus, decidiram descer e pousar sobre os seus galhos, iluminando e adornando o pinheiro que assim se ofereceu ao menino Jesus

que baile :)



este foi o melhor aparecimento no espaço público nos últimos tempos.

Que figura...

Que personagem...

Muito bom!

o Natal está aí... boas coisas!

19 dezembro 2014

tanta coisa boa existe

E propagam-se.

Quando vivemos uns com os outros,

E Difundem-se.

Alimentos e ideias saborosas.

Tanta coisa boa e fascinante que não faz sentido estar a falar em coisas que provocam mal estar.

Acotovelam-se e empurram-se e melhoramos por falar  nelas...

e Sorrimos!!!

A televisão à noite é deprimente: tanto canal a dar merdas porque é preciso estar actualizado.

o meu mundo (pequeno) é melhor, sorri mais aqui e agora!!!





(Samba da Bênção - Vinicius de Moraes)


Não devemos deixar que a futilidade e a mediocridade se arrastem e se expandam.

É preciso cuidado quando escolhemos do que falar e lembrar.

Criar mundo melhor, bonito não é assim tão difícil e é exigente!!!

Se propagam sentimentos fortes

e

Se difundam sentimentos bons,

Devemos fazer com a boa disposição e a alegria se arrastem e expandam, vivam em nós!

16 dezembro 2014

Um bom Natal no Porto



O Lopetegui após o Porto Benfica veio dizer que o Porto jogou melhor e dominou toda a partida !

 É uma pena a história do objectivo ser enfiar aquela coisa redonda que anda para lá a rebolar o tempo todo nas balizas!

Que injustiça!

que jogo estúpido! 

as coisas correm bem em Gaia:

'tu és uma lufada de ar fresco'

aquilo é hardcore.

deff for real!
é tuff.

pensei várias vezes: 'digo eu mal da vida...'

aquilo é muito fora...

14 dezembro 2014

não te quero prender ao chavão da Deficiência



Não te quero prender ao chavão da deficiência. Disseste tu. Ao que respondi isto: Estou inserido no grupo dos deficientes, tenho conhecido gente com muita qualidade!
 
Fiquei a pensar no que é isto de me ter tornado Deficiente (palavra feia e a evitar): é o contrário de eficiente, somos todos Deficientes de uma forma ou de outra. Não podermos voar nem viver debaixo de água sempre é muito pouco eficiente para um pássaro ou um peixe. No entanto, há deficiências mais valorizadas do que outras, e cuidado com a utilização desta palavra porque pode ser ofensiva. Ninguém gosta de ser deficiente mas… somos todos Humanos e partes do mesmo Todo quando temos vontade de estar com os outros mas com liberdade para nos recolhermos quando queremos estar mais conosco.

Não é preciso passar pelo Estado deficiente para valorizares o estar vivo mas quando mudas de estado por acidente ou doença ou nasces diferente, resta-te aproveitar o caminho e tirar partido disso/dele. E valorizas. Somos todos diferentes na idade, no género e vivemos em sítios diferentes, com línguas e gestos diferentes, tudo é diferente.

E tenho aprendido a valorizar muita coisa que tinha por garantida. É tão bom existir, respirar, expirar e inspirar. Andar, só andar descontraído, sem pensar em cada gesto, é tão belo ver as pessoas a sorrirem contentes por mais um passo dado por ti, por nós, sozinho, sem apoio.

‘Vai-se andando’ diz-se muito por aí com ar de quem ‘olhe, lá vamos vivendo…’, nunca puderam andar e não conseguiram ou só quando eram pequenos e não se lembram; gosto de brincar com esta expressão e dizê-la de forma alegre: cá vou andado e é muito bom e não é fácil, é difícil! Se fosse fácil não teria piada.

Cada passo dividido em pequenos gestos pelo corpo e seus equilíbrios, cada pessoa e corpo tem qualquer coisa de divinal: a voz com muito ar ganho na barriga e transportado até à boca; as ancas, joelhos, perna direita e esquerda, cada pé.

Tornar-me parte do grupo dos que precisam de cadeira de rodas é entendido como privilégio e dá-me olhares cúmplices de ‘já passei por isso mas vais conseguir andar melhor’, mesmo se queres deixá-la, foi muito importante a dada altura. ‘Os teus melhores passos serão os piores de amanhã…’

Não deixares o estares privado do normal ser entendido como perca de valor: ser diferente (somos todos tão diferentes, felizmente) não deve ser encarado por pior.

Dizer que há vantagens em ter tido este acidente de carro com obtenção de um TCE (Traumatismo Crânio Encefálico) e não andar e não falar não será o mais óbvio nem evidente mas passei a ver o mundo doutra forma, com mais tempo, menos apressado, e o passado e presente como que foi revisto ou ganho de uma outra forma. Foi um admirável mundo novo! Tenho um TCE… Não é para todos!

O corpo humano é incrível.

A andar e falar: cada passo, cada som ouvido, cada sílaba e palavra dita. Cada olhar, ver cada imagem, é tudo fabuloso e dado por óbvio. Ganhei dificuldades na fala e na mobilidade: obriga a estar melhor, mais direito, mais atento a cada gesto, a cada pessoa e com mais tempo; ‘há males que vêm por bem’. ‘Casa roubada, trancas à porta!’ Com os cuidados que preciso ganhei sempre muita gente à minha volta a ter cuidado comigo e o cuidado demonstrado por quem precisa é das formas mais bonitas que existem de demonstrarem amor. Passo a dar outra importância/valor a cada palavra e tê-la como preciosa e por saborear. Há gente que escolheu para a vida fazer o bem e ajudar os outros, imagino que deve dar bem-estar chegar ao fim do dia e recordarmos tanta gente a melhorar por nossa causa.

A sociedade recebe gerações que crescem e envelhecem e vão mudando, encontra outras forças quando dá por limitações que tem. A sociedade pode e deve ser entendida como um corpo a melhorar, como um todo unido. Fazemos parte dela, juntos e separados. Hoje em dia e agora, estamos na melhor altura para poder agir unidos, estamos com condições, que os nossos pais crianças não tiveram, para comunicar e viver em democracia, sendo a democracia a melhor forma inventada/construída para sairmos da nossa intimidade e individualidade.

A educação ser cada vez mais acessível a todas; a internet, os telemóveis, os transportes são os exemplos mais imediatos que me vêm à cabeça.
Encontramos novas formas de viver/de nos sustentarmos quando estamos em alturas de crise, fome e/ou guerra, doenças.

Como o estado líquido, o gasoso ou o sólido, o corpo humano muda/mudou e adquire diferentes estados.

Adquire primeiro um egocentrismo como se fosses o centro do mundo (quando a incapacidade é ganha e te tornas menos válido).

Depois superas isso e passas por espaços por espaços com gente com outras limitações, todos temos limitações, não poder voar é um exemplo disso mesmo.

Depois percebes que podes dar valor ao ser humano com uma outra noção que não tinhas antes.

07 dezembro 2014

90 anos de exemplo



Tens razões para rir por Quem tens sido em 90 anos Mário Soares.

És um elogio à vida pela tua força!

E dignidade.

muitos parabéns!

muitos anos de vida!!!

05 dezembro 2014

Saídos da piscina em direcção ao balneário.



Contornamos o topo.

Professores e alunos preparam-se para entrar na água, na aula deles.

Eu tenho o hábito de trocar beijinhos voadores que atravessam a piscina pelo ar com ela, palma da mão, beijo e sopra, agarramos e colocamos na bochecha.

E sobrevoam todas as cabeças dos alunos dela em exercícios.

Existe uma passagem com um duche com uma zona mais baixa com uma rampinha para descer e outra para subir onde se pode tomar banho mas que, normalmente, não é usada.

Normalmente…

Estava ligado o duche e tínhamos que esperar para passar.

Todo molhado esperámos.

Passa a Dude por trás de nós, que nos outros dias em que não há espera já não vimos.

‘Haja esperança!’

A água começa a diminuir, sinal de que vai acabar e deixar-nos passar.

Nisto, aparecem, descontraídos, vindos do balneário, dois rapazes dos seus 8/10/12/14, (olhem não sei que idades tinham) a caminho da aula.

A imagem deve ser própria dos melhores artistas: Dois homens com barba, atrás da água que sai de um duche com a piscina atrás, barbudos, um em pé atrás de uma cadeira de rodas onde o outro está sentado.

Imagem tenebrosa.

Fazem sinal de que vão tocar na torneira para tomarem banho.

‘ENTÃO!?’, grita o meu companheiro irritado com a ideia de passar mais cinco minutos à espera…

Eles recuam a mão olhando ar assustado.
 
E atravessamos para o balneário.