estavam dois rapazes a descansar à beira mar na P. das Maçãs, a fumar um ventil, o primeiro bate mais, depois de uma primeira viagem entre Coimbra e Lisboa com Rachmmaninoff e Dvorak como banda sonora.
começaram uma conversa filosófica: 'será o mar belo ou nós é que o vemos belo?'
é mesmo de quem não tem nada para fazer:
- primeiro, pensar nisso;
- depois, escrever sobre isso 16 anos depois;
- por último, estar a ler isto agora;
o mar é sempre belo (é uma certeza que nos fez crescer...) quando (no inverno e à noite... no verão e ao sol, ao vento, sempre) e onde estiveres (no litoral ou no interior, no alto da serra ou na praia, em todo o lado), há coisa melhor do que aquela água toda junta a embater em ondas contínuas na areia?
tem muito a ver com a tua disposição, logo, muda-a se o queres ver ou imaginar bonito, a verdade é que ele pode ser sempre ser Belo.
Tu podes estar em baixo, estar chateado (e de que serve estar triste se o mar e a vida continuam a estrada? façamo-la divertida!) mas com a pressão da água virás acima.
Tem muito de poesia a vida.
Hoje ia começar a falar e interromperam-me antes de emitir qualquer som: 'não venhas com os teus moralismos!'
ou estou muito repetitivo ou: 'que pensas que ia dizer!? qual era o meu moralismo!?'
'hrumpf, que a vida é maravilhosa e não sei que mais...'
'já não sei o que ia a dizer mas acho fabuloso que me associem a esse tipo de moralismos...'
'quando chegar o amor não tens dúvidas'
Flores Silvestres |
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