31 dezembro 2019

Quem perdeu há-de ter mais cartas pra dar… em 2020 ou mais para a frente!



(Jorge Palma | A gente vai continuar)

BOM 2020 PARA TODOS NÓS!


Tenho uma adoração por pessoas, se não por todas, pela grande 

maioria; elas estão em todo o lado, quem não gosta de gente deve 

viver aterrorizado.

Estão até na minha cabeça, invadem-me os sonhos, as ideias, 

dificilmente consigo esvaziar a cabeça delas; não saberia viver 

sem elas.

Gosto de pessoas mas poucas e ordenadas de cada vez: a conversar

sobre temas desafiantes, uma de cada vez, numa amena cavaqueira, 

sossegadas; nada de confusão e barulho.

Gosto delas como nunca estão.

Também gosto delas todas ao mesmo tempo como no Natal; 

também é giro: adoro ir aos hipermercados, a concertos, a festas,

a museus, passear, a piqueniques, adoro ir à praia ver o mar, o 

horizonte parece nunca acabar, o Mar é Belo visto de onde quer 

que estejas, ele diz como estás.

As pessoas são imensas: 
interessantes e aborrecidas; 

chatas e animadas; 

bem-dispostas e rabugentas; 

horríveis e bonitas; 

teóricas, cientistas, filosofas e artistas; 

desportistas, bibliotecárias; 

economistas, intelectuais;  

musicais, para quem cantar no duche pode dar medo ouvir, cantoras

maviosas; 

professoras e alunas; 

utentes, enfermeiras, auxiliares e médicas; 

arquitectas e passeantes; 

conversadoras, ouvintes e fala baratas; 

elegantes e com peso e volume na sociedade, atléticas; matinais, 

tardias, antecipadas, noctívagas; 

ansiosas e relaxadas; 

estudantes, marronas, copionas; 

preguiçosas e atarefadas; 

dançarinas, coreógrafas e encenadoras; 
leitoras e escritoras; 

festivas e tumbas.
E a lista estende-se e continua até perder piada, há pessoas de 

todo o género e para todo o gosto. 

São todas diferentes, parecidas mas cada uma é única, 

Qualquer gémeo terá disso provas.

E nós, sem precisarmos de grandes provas, no nosso dia a dia, 

damos conta disso mesmo, por experiências  diversas.

Sexo, idade, corpo, fisionomia, alturas, pesos, volumes, local de

nascimento e onde vivem, defeitos, qualidades, gostos, 

personalidades, interesses, história pessoal, sonhos, imaginações,

 passados, recordações, realidades, presentes e expectativas futuras, 

culturas, olhares ou  falta disso tudo.
À nascença há sempre a pergunta típica: é menina ou menino o bebé?
Os pais escolhem sempre um nome para cada caso e há quem só queira

 saber aquando do nascimento, não quando possível (técnicas 

modernas…)  se é mulher ou se é homem.

É, apesar de tudo, surpreendente, que vivamos todos num mesmo 

espaço e tempo com tão poucos acidentes e guerras; somos todos 

tão diferentes e isso é tão bom, como problemático.

Todos, temos rotinas, o andar é o exemplo melhor: andamos 

repetindo passo direito, passo esquerdo; mas também há andares 

que distinguimos por serem característicos; mais rápidos, mais 

devagar, correndo, saltando, virando, contornando, destrambelhados; 

todos diferentes mas iguais na base.

Cada um de nós terá muitas coisas iguais aos restantes e, 

muitas mais, distantes.

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