29 junho 2020

porque é que o Var é anti futebol (é estúpido!)


Este golo mágico do Maradona teria sido anulado se existisse VAR, não vos chega como justificação!?

Porque é anti espontaneidade.

Porque estraga a verdade do jogo, tornando-a passível de provas técnicas.

Porque corta o ritmo de jogo que quando são os jogadores é grave e até passível de admoestação mas quando é para ir buscar pormenores científicos é a bem de uma moralidade anti humana!

Qualquer dia passamos a fazer campeonatos via PS e/ou computador: é mais limpo, mais justo, menos sujo e cansa menos.

Os árbitros também são bons e/ou maus árbitros.

28 junho 2020

Nova normalidade ou negação da realidade?

Na verdade, não existe normalidade, nem nova, nem velha. O que há é um processo de adaptação permanente que consiste em neutralizar o que não encaixa.

A ideia de que estamos a viver uma “nova normalidade” instalou-se definitivamente na linguagem do quotidiano. Corresponde a um plano indefinido. Assinala tanto o cessar do confinamento, das restrições de mobilidade e paragem de parte do aparelho produtivo, como a continuação das regras de utilização de máscaras, de distanciamento físico e de limitação de lugares públicos, porque o estado de alarme e a pandemia mantém-se.

Estamos deslocados num ponto intermédio. A expressão “novo normal” enuncia o desejo de regresso a um lugar qualquer de partida, embora o mesmo se apresente diferente daquele a que se aspira. Curiosamente são palavras que se contradizem. Se é normal, não pode ser novo. Se é novo, não pode ser normal. A função enfática da expressão é apenas lembrar que voltámos aos mesmos locais embora saibamos que algo mudou.

Depois do confinamento não somos os mesmos na relação com a realidade do ponto de vista cognitivo ou afetivo. Estamos suspensos num curso indeterminado onde impera a incerteza. Os conceitos que serviam para nos descrevermos parecem desajustados. Tentamos usar as mesmas palavras para entender algo diferente. A realidade está à frente das palavras. Há qualquer coisa que mudou e não a sabemos nomear.

E se essa estranheza constituísse, afinal, um sinal de vitalidade e de questionamento, sinalizando o momento de redefinir o horizonte da economia, do ambiente, das relações sociais e das necessidades básicas? A verdade é que nos últimos meses percebemos que somos interdependentes, que a vida é mais do que trabalho e consumo, e que é possível experimentar o tempo, o espaço, o silêncio e o meio ambiente de forma diferente. Da mesma maneira que, em sentido contrário, ficou exposto que aquilo que tantas vezes achamos essencial é afinal supérfluo, perante um sistema económico artificial que se alimenta dessas lógicas e que em pouco tempo colapsa, dando a ver a ilusão de acumulação de riqueza onde pairamos.

Talvez nos sintamos desajustados porque não queremos voltar ao mesmo e porque o mesmo já não existe, ou surge deformado, assente na obsessão produtivista, na deterioração dos recursos do planeta, no apetite constante por lucro, no medo como padrão de avaliação dos comportamentos, na falta de perspetiva global sobre os desafios, ou na miragem de monoculturas como o turismo como solução para todos os problemas. Há uma “nova normalidade”, mas parecida com a velha, apenas de máscara. Na verdade, não existe normalidade, nem velha, nem nova. O que há é um contínuo desativar das questões que podiam levar-nos a criar princípios comuns de cuidado coletivo. O que há é um processo de adaptação permanente que consiste em neutralizar o que não encaixa.

O que está a acontecer é transitório, dizem-nos, porque virá aí uma vacina. E se surgirem novos vírus e riscos maiores derivados das mudanças climáticas como tantas vozes avisadas avançam? A “nova normalidade” é um parêntesis entre dois estados de alarme, aquele de onde procedemos e um outro para onde iremos, que já é onde estamos. Seria preciso afirmar ainda um outro a partir de novas interrogações, da afirmação de desejos e da ação. Não é preciso inventar. Basta focarmo-nos no que já existe, mas numa perspetiva que contemplasse o interesse de todos. Em vez da desigualdade crescente, a redistribuição da riqueza existente. Não dispensar os cuidados, a segurança e a tecnologia, mas também não descuidar a democracia, nem prescindir da sensualidade, do corpo e da relação social.

A estranheza que a “nova normalidade” provoca tanto pode vir a sustentar alternativas consistentes, como intensificar a negação da realidade em curso, com o ruído normalizador a querer que rapidamente deixemos de reconhecer tudo o que vivenciámos recentemente. Mas nem tudo está perdido. O privilégio de decidir o rumo a seguir continua a ser nosso.


vbelanciano@publico.pt


Tenho paixões: o Vitor Belanciano tornou-se numa leitura habitual e que nos melhora!


obrigado Gilberto Gil pela boa energia que lanças - parabéns!



GILBERTO GIL E AMIGOS - ANDAR COM FÉ | GIL 78 ANOS

27 junho 2020

O Gedeão lançava no passado futuros

Poema do Futuro

Conscientemente escrevo e, consciente,
medito o meu destino.

No declive do tempo os anos correm,
deslizam como a água, até que um dia
um possível leitor pega num livro
e lê,
lê displicentemente,
por mero acaso, sem saber porquê.
Lê, e sorri.
Sorri da construção do verso que destoa
no seu diferente ouvido;
sorri dos termos que o poeta usou
onde os fungos do tempo deixaram cheiro a mofo;
e sorri, quase ri, do íntimo sentido,
do latejar antigo
daquele corpo imóvel, exhumado
da vala do poema.

Na História Natural dos sentimentos
tudo se transformou.
O amor tem outras falas,
a dor outras arestas,
a esperança outros disfarces,
a raiva outros esgares.
Estendido sobre a página, exposto e descoberto,
exemplar curioso de um mundo ultrapassado,
é tudo quanto fica,
é tudo quanto resta
de um ser que entre outros seres
vagueou sobre a Terra.

António Gedeão, in 'Poemas Póstumos'

26 junho 2020

O Futuro

"A Terra tem recursos limitados e pode chegar um momento em que a gente tenha algum efeito danoso aqui na superfície da Terra que torne difícil a sobrevivência das pessoas. Isso aconteceu em vários momentos da vida do planeta. 

Então há sempre uma preocupação de buscar uma outra morada para os seres humanos. 

Se essa alteração no DNA permitir que o ser humano sobreviva neste tipo de ambiente hostil, o ser humano poderia começar a ocupar esses planetas",

 comentou em Stephen Hawking em entrevista à Sputnik Brasil)

Como és quem és!?

Serei muito pelo outro, 

Por quem me vê e olha.

Por quem me ouve,

Pelo que cheiro,

Que saboreio,

Pelo que sinto,

Sem ele não sou nada, não existo.

Procuro ser boa disposição e alegria por ti.

Procuro ser amor e despertar coisas boas nos outros!

de Eugénio de Andrade...

É urgente o amor.
É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras,
ódio, solidão e crueldade,
alguns lamentos,
muitas espadas.

É urgente inventar alegria,
multiplicar os beijos, as searas,
é urgente descobrir rosas e rios
e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz
impura, até doer.
É urgente o amor, é urgente
permanecer.

22 junho 2020

não se deve contrariar a escrita quando aparece

O pinhal, sua vida, com raízes, castanhos, cascas, folhas, plantas, verdes, árvores, penas, cantares pelos pássaros, animais que desconhecemos.

Os gatos e a Ginja.

A somar a esta pintura que faz bem um céu azul miraculoso e a luz do sol que alimenta cores ao fim de tarde: pura magia.

Depois os corpos que nascem nas mães, crescem crianças, adolescentes, fogem para adultos e serenam idosos e cada corpo aprende gestos, células, órgãos, sabores, olhares, amores, artes, danças, escritas, jogos, regas no jardim, criações, vozes e línguas.

Corpos com olhares (subtileza sublime), engolires, paixões, sons, cheiros, piscares de olho e amores, com ideias, argumentos, sabores, inspirares, movimentos e logísticas.

Pessoas sozinhas é estranho, isoladas a sussurrar sem fazer barulho é assustador, uma pessoa até a dormir faz barulho.

Cada pessoa nasce de duas outras pessoas e em famílias.

E dali vai tentar seduzir outras, ganhar interesses com ou por elas.

Espaços e tempos que se inventam e reinventam.

Escolas: primária, preparatória, secundária e universitária.

Depois daí criam-se empregos: auxiliares, administrativos, professores, ciências, artes, humanidades e economias e peca por escasso...

Aqui, ali e por aí.

Perto e longe.

Ontem. hoje e amanhã.

No passado e no futuro.

E cada corpo está tão bem feito ao pormenor que leva a acreditar em deus, não me parece estúpido enaltecer o papel da mulher a criar mundo.

Os alimentos.

Os desportos.

As músicas.

As lojas.

As caricias.

A televisão, filmes, computador, Internet, telemóveis e tudo está inventado pelo melhor que o ser humano sabe fazer.


Não se deve contrariar a escrita quando aparece... et lasse!

21 junho 2020

logística fabril


Logística fabril é um bom título para um poema ou algo absurdamente mágico como estas trocas digitais do quê? 

Ah! Palavras, pensamentos, mãos ... 


logística fabril

É humana e é movimento,  
Maternal e é ancestral, 
Tem horários e regras próprias.
Qualquer corpo nasce entre corpos e na água,
Em escombros.

Solta-se e cresce, 
Ganha imagens, espaços, palavras e corpo.
Leveza, encontra lugares onde se torna operário.

Opera, fabrica, calcula.

É social, é de grupo, é junta e unida.


Pode ser mais matinal, 

Das actividades da vida diária,

Espelhada e movimentada,

Ou noctívaga, quando há dança!

E é mais afectiva

É da ordem da decência.

Vitor Belenciano dá os seus argumentos em prol de um mundo melhor e instiga o debate necessário.
Pensava que haviam noções consensuais acerca do bem estar social e que isto era ensinado nas escolas, pensava que isto estava melhor... mas o que temos visto na televisão é dramático.

E imaginar uma sociedade única é deprimente, felizmente que há diferenças entre nós; para o bem e para o mal.

Os inteligentes, os feios, os estúpidos, os inteligentes, os delicados, brutos e muitas cores e tons podemos pintar a nossa sinfonia e desenhar o nosso projecto; serão sempre uma margem pequena do todo comum.

Imagino, como será estudado este tempo, daqui a cem anos nas escolas secundárias: nos inícios do século passado (XXI) deu-se um vírus global com 465 462 mortos em sete meses (Dezembro de 2019 -  Junho de 2020) e a par dessa catástrofe sentiu-se o mal estar racial vir ao de cima...

A história não é um processo contínuo. Há anacronismos, resistências e descontinuidades. Está tudo ligado, passado, presente, racismo, exclusões, exploração do planeta e política. E é isso que não se quer discutir, porque é o que pode levar à mudança, que não convém e que tanto assusta os que passam o tempo a acenar com fantasmas. Vivemos um tempo em que é necessário tomar partido. 
Os apelos à boa consciência já não chegam. É preciso política a sério, aprofundar a democracia, através do reconhecimento de desigualdades, sejam raciais, de género e, claro, económicas, e promover formas de as combater. 
E isso nada tem de radical. É elementar. É da ordem da decência (link)

(VITOR BELANCANO)

Sobre este assunto assisti a um programa no canal Discovery de discussão (a 12 pessoas negras interessantes das mais variadas áreas, desde o padre à presidente da câmara, pôs-me a pensar nisto este primeiro programa (link) dividido em dois (outro link ) dirigido por Oprah Winfrey partindo do assassínio em direto (!?) de George Floyd e é assustador

Não sei muito bem como isso se fará mas gostava de acreditar mais nas escolas, é complicado só uma pessoa, TODAS unidas numa sociedade é um desafio genial.

Rosa Parks estuda-se em Politica SOCIAL como uma Mulher negra que resistiu ao lugar ditado para os negros no fundo do autocarro e foi uma ativista importante dos direitos humanos anti-segregação.

14 junho 2020

gosto do Belanciano


texto de Vítor Belanciano sobre racismo (link) é ultrajante para o próprio racista, é a pessoa que não percebe o valor que tem a ganhar com a diferença.

Perde brio!

Quando vivemos a maltratar alguns pela cor de pele e cultura acabamos por maltratar o espaço em comum: a nossa casa terra é multicor, felizmente!

Felizmente, somos TODOS diferentes, a todos nós acontece momentos em que nos sentimos insuportáveis e estar com os outros ou a ver uma série parva ou ir ver o mar nos ajuda a pensarmos melhor e a suportar.

Se se elevar o tom e respeitar o outro é importante por quem somos; é também porque vivemos numa sociedade que como um piquenique ganha da constante procura, descoberta e convívio entre sabores e gostos, tudo numa conversa requer atenção ao que somos e o outro é muito parte de quem somos.

Nós e o outro somos interdependentes, e faz sentido ajudar-te agora para daqui por uns tempos quando prec

12 junho 2020

Centeno: sim ou não?

A BOLA - João Leão substitui Mário Centeno no Governo (País)
Centeno fez um óptimo trabalho, é consensual isto, mas é acusado 
de ficar enquanto foi fácil e bater com a porta (de forma covarde)
quando a coisa ficou mal parada (fechada), de ter medo e fugir das
suas responsabilidades com o rabinho entre as pernas perante o 
COVID 19.
As coisas começam, desenvolvem-se e acabam!

Parece-me injusto e tratar mal alguém que já nos ajudou tanto, como seria sem 
ele!?  Ninguém sabe mas, muito, possivelmente, pior! Ouvi, em seguida, a 
especialista comentadora económica, ex ministra das finanças na TVI, Dra. 
Manuela Ferreira Leite dizer que o Ronaldo das finanças não pode quando o jogo
mais importante da vida de um país vai a meio e estamos a perder, a não ser que 
tenha as duas pernas partidas e não é o caso. 

Em qualquer altura era mau um craque sair mas se está esgotado mais 
vale colocar lá um bom suplente cheio de energia e sangue novo.
Vi ontem a entrevista que ele deu RTP 1 e 
Vamos recuar um pouco o tempo para lembrar que quando ele entrou 
para ministro das Finanças era, muito provavelmente, menos 
conhecido que João Leão, seu secretário de estado, futuro ministro
Uma pessoa descontente em qualquer cargo (+ num desta importância, 
nota-se mais os erros) trabalha pior, como é óbvio, Sra. Manuela 
Ferreira Leite, 
lamento discordar da sua opinião entendida mas o Ronaldo não vai 
durar para 
sempre e quando acabar a carreira, mesmo que vá para Governador 
do Banco de
 Portugal ou jogar de cadeira de rodas, vai deixar saudades mas é 
assim a vida!
Depois de ver a entrevista no canal 1 de Mário Centeno suportar o maquiavélico
péssimo jornalista a perguntar ininterruptamente vai para o Banco de 
Portugal?
Com uma superioridade inigualável (cresceu muito como político 
nestes anos de governo) meteu dó os seus argumentos de que um 
verdadeiro homem (ser humano) não vira o corpo/tronco às balas

Ergue-se a dignidade; O ALGAZ é o spot!








                                                            SÃO ALTRUÍSMO!

Presidente da República no almoço inaugural do restaurante do Centro Social da Carregueira (link)

O Presidente Marcelo Rebelo de Sousa esteve presente no almoço inaugural do restaurante “O Algaz”, situado nas instalações do Centro de Apoio Social da Carregueira, no concelho da Chamusca, espaço gerido pelo cidadão tetraplégico Eduardo Jorge.
Recebido pelo Presidente da Câmara Municipal da Chamusca, Paulo Queimado, pelo Presidente da Junta da Freguesia da Carregueira, Joel Nunes, pelo Presidente da Direcção do Centro de Apoio Social da Carregueira, Horácio Ruivo, e pelo gestor do espaço, o Presidente da República descerrou uma placa alusiva à data, conheceu as instalações recentemente inauguradas e almoçou neste novo espaço do Centro.
No final, o Chefe de Estado usou da palavra e saudou a importância do exemplo, empenhamento e trabalho de Eduardo Jorge neste projecto, cujas receitas de exploração ajudam a financiar o funcionamento do Centro. Agradeceu ainda, através desta IPSS, o trabalho das Instituições de Solidariedade Social e dos seus trabalhadores e voluntários em todo o país.


SÃO INTELIGÊNCIA!



SÃO CORAGEM!


Nos momentos mais adversos erguem/acentuam-se forças.e numa cadeira de rodas comunica de forma impressionante, Eduardo Jorge! 

Quem era antes do acidente não sei, não conhecia mas a força dele ganhou grandeza para mim por estarmos ambos em cadeira de rodas e ele não se atemoriza nem cruza os braços: se puderem aproveitem e conheçam-no, é raro!

As pessoas fortes têm mais capacidade para se encontrarem e o Presidente sabe bem onde encontrar os seus Aliados!



SÃO INDEPENDÊNCIA!

11 junho 2020

paralogismo do eu

Pronomes Pessoais para Colorir - Eu para Imprimir - Desenhos Para ...
O EU pode ocupar muito ou pouco espaço, tempo, preocuparmos-nos 
muito com ele, pouco ou nada.

Toda a gente tem que aprender a viver consigo e temos a vantagem 
de sermos nós que controlamos o interesse.

Uma forma curiosa de não nos darmos importância e ocuparmos 
menos espaço é o Outro.

Talvez, não faça sentido esta aritmética mas tirarmos de nós para nos 
concentrarmos no outro é uma excelente forma de engrandecermos o 
Eu.
Há gente curiosa em todo o lado e vivemos numa sociedade viciada em narcisar,
espelhos, câmaras, fotografias, zoom’s e skype’s. 
Cuidar do outro é um bem cada vez mais precioso, no entanto, 
talvez pelo seu carácter raro.
É o eu que acorda, é ele que vê, que ouve, que conversa, que se 
levanta, que se move/transporta, que se limpa, que se veste, que 
come e que pensa no que há para fazer e faz.
Que recorda, que pensa, que imagina, que escreve, que joga, que se informa e 
que alimenta quem é de cultura: tudo é cultura, boa, má, calma e agitada.
Alimenta a sua alma: o altruísmo é a melhor forma de cuidarmos de 
nós, enriquece-nos. 


Não sou sem alguém a chamar-me,
Não existo sozinho,
Fechado, trancado e enclausurado,
No escuro,
Não funciono isolado,
E se penso muito em mim vou acabar sozinho.
Sem existir, sem funcionar,
Sem piada,

Todos aprendemos a ter brio em nós mesmos,
Em que somos,
Mas para nos aprendermos/sabermos apreciar 
precisamos de nos descentrarmos 
daqui e agora, 
irmos para longe, para ali

(parece uma oração de uma seita qualquer que ganham em falar 
nas outras divindades celestes mas esta oração tem carácter humano,
que sou bem preconceituoso, não confundir, leiam nas entrelinhas
o carácter terrestre)

longo e bom


Intervenção do Presidente das Comemorações do Dia de Portugal, Cardeal D. Tolentino Mendonça (link)


O QUE É AMAR UM PAÍS


Agradeço ao senhor Presidente o convite para presidir à Comissão das comemorações do dia 10 de Junho, Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades. Estas comemorações estavam para acontecer não só com outro formato, mas também noutro lugar, a Madeira. No poema inicial do seu livro intitulado Flash, o poeta Herberto Helder, ali nascido, recorda justamente «como pesa na água (...) a raiz de uma ilha». Gostaria de iniciar este discurso, que pensei como uma reflexão sobre as raízes, por saudar a raiz dessa ilha-arquipélago, também minha raiz, que desde há seis séculos se tornou uma das admiráveis entradas atlânticas de Portugal.
É uma bela tradição da nossa República esta de convidar um cidadão a tomar a palavra neste contexto solene para assim representar a comunidade de concidadãos que somos. É nessa condição, como mais um entre os dez milhões de portugueses, que hoje me dirijo às mulheres e aos homens do meu país, àquelas e àqueles que dia-a-dia o constroem, suscitam, amam e sonham, que dia-a-dia encarnam Portugal onde quer que Portugal seja: no território continental ou nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira, no espaço físico nacional ou nas extensas redes da nossa diáspora.
Se interrogássemos cada um, provavelmente responderia que está apenas a cuidar da sua parte - a tratar do seu trabalho, da sua família; a cultivar as suas relações ou o seu território de vizinhança - mas é importante que se recorde que, cuidando das múltiplas partes, estamos juntos a edificar o todo. Cada português é uma expressão de Portugal e é chamado a sentir-se responsável por ele. Pois quando arquitetamos uma casa não podemos esquecer que, nesse momento, estamos também a construir a cidade. E quando pomos no mar a nossa embarcação não somos apenas responsáveis por ela, mas pelo inteiro oceano. Ou quando queremos interpretar a árvore não podemos esquecer que ela não viveria sem as raízes.
Camões e a arte do desconfinamento
Pensemos no contributo de Camões. Camões não nos deu só o poema. Se quisermos ser precisos, Camões deixou-nos em herança a poesia. Se, à distância destes quase quinhentos anos, continuamos a evocar coletivamente o seu nome, não é apenas porque nos ofereceu, em concreto, o mais extraordinário mapa mental do Portugal do seu tempo, mas também porque iniciou um inteiro povo nessa inultrapassável ciência de navegação interior que é a poesia. A poesia é um guia náutico perpétuo; é um tratado de marinhagem para a experiência oceânica que fazemos da vida; é uma cosmografia da alma. Isso explica, por exemplo, que Os Lusíadas sejam, ao mesmo tempo, um livro que nos leva por mar até à India, mas que nos conduz por terra ainda mais longe: conduz-nos a nós próprios; conduz-nos, com uma lucidez veemente, a representações que nos definem como indivíduos e como nação; faz-nos aportar – e esse é o prodígio da grande literatura - àquela consciência última de nós mesmos, ao quinhão daquelas perguntas fundamentais de cujo confronto, um ser humano sobre a terra, não se pode isentar.
Se é verdade, como escreveu Wittgenstein, que «os limites da minha linguagem são os limites do meu mundo», Camões desconfinou Portugal. A quem tivesse dúvidas sobre o papel central da cultura, das artes ou do pensamento na construção de um país bastaria recordar isso. Camões desconfinou Portugal no século XVI e continua a ser para a nossa época um preclaro mestre da arte do desconfinamento. Porque desconfinar não é simplesmente voltar a ocupar o espaço comunitário, mas é poder, sim, habitá-lo plenamente; poder modelá-lo de forma criativa, com forças e intensidades novas, como um exercício deliberado e comprometido de cidadania. Desconfinar é sentir-se protagonista e participante de um projeto mais amplo e em construção, que a todos diz respeito. É não conformar-se com os limites da linguagem, das ideias, dos modelos e do próprio tempo. Numa estação de tetos baixos, Camões é uma inspiração para ousar sonhos grandes. E isso é tanto mais decisivo numa época que não apenas nos confronta com múltiplas mudanças, mas sobretudo nos coloca no interior turbulento de uma mudança de época.
Que a crise nos encontre unidos
Gostaria de recordar aqui uma passagem do Canto Sexto d’Os Lusíadas, que celebra a chegada da expedição portuguesa à India. Os marinheiros, dependurados na gávea, avistam finalmente «terra alta pela proa» e passam notícia ao piloto que, por sua vez, a anuncia vibrante a Vasco da Gama. O objetivo da missão está assim cumprido. Mas o Canto Sexto tem uma exigente composição em antítese, à qual não podemos não prestar atenção. É que à visão do sonho concretizado não se chega sem atravessar uma dura experiência de crise, provocada por uma tempestade marítima que Camões sabiamente se empenha em descrever, com impressiva força plástica. Digo sabiamente, porque não há viagem sem tempestades. Não há demandas que não enfrentem a sua própria complexificação. Não há itinerário histórico sem crises. Isso vem-nos dito n’Os Lusíadas de Camões, mas também nas Metamorfoses de Ovídio, na Eneida de Virgílio, na Odisseia de Homero ou nos Evangelhos cristãos.
No itinerário de um país, cada geração é chamada a viver tempos bons e maus, épocas de fortuna e infelizmente também de infortúnio, horas de calmaria e travessias borrascosas. A história não é um continuum, mas é feita de maturações, deslocações, ruturas e recomeços. O importante a salvaguardar é que, como comunidade, nos encontremos unidos em torno à atualização dos valores humanos essenciais e capazes de lutar por eles.
Mas à observação realística que Camões faz da tempestade, gostaria de ir buscar um detalhe, na verdade uma palavra, para a reflexão que proponho: a palavra «raízes». Na estância 79, falando dos efeitos devastadores do vento, o poeta diz: «Quantas árvores velhas arrancaram/ Do vento bravo as fúrias indignadas/ As forçosas raízes não cuidaram/Que nunca para o Céu fossem viradas». A leitura da imagem em jogo é imediata: as velhas árvores reviradas ao contrário, arrancadas com violência ao solo, expõem dramaticamente, a céu aberto, as próprias raízes. A tempestade descrita por Camões recorda-nos, assim, a vulnerabilidade, com a qual temos sempre de fazer conta. As raízes, que julgamos inabaláveis, são também frágeis, sofrem os efeitos da turbulência da máquina do mundo. Não há super-países, como não há super-homens. Todos somos chamados a perseverar com realismo e diligência nas nossas forças e a tratar com sabedoria das nossas feridas, pois essa é a condição de tudo o que está sobre este mundo.
O que é amar um país
O Dia de Portugal, e este Dia de Portugal de 2020 em concreto, oferece-nos a oportunidade de nos perguntarmos o que significa amar um país. A pensadora europeia Simone Weil, num instigante ensaio destinado a inspirar o renascimento da Europa sob os escombros da Segunda Grande Guerra, de cujo desfecho estamos agora a celebrar o 75º aniversário, escreveu o seguinte: um país pode ser amado por duas razões, e estas constituem, na verdade, dois amores distintos. Podemos amar um país idealmente, emoldurando-o para que permaneça fixo numa imagem de glória, e desejando que esta não se modifique jamais. Ou podemos amar um país como algo que, precisamente por estar colocado dentro da história, sujeito aos seus solavancos, está exposto a tantos riscos. São dois amores diferentes. Podemos amar pela força ou amar pela fragilidade. Mas, explica Simone Weil, quando é o reconhecimento da fragilidade a inflamar o nosso amor, a chama deste é muito mais pura.
O amor a um país, ao nosso país, pede-nos que coloquemos em prática a compaixão – no seu sentido mais nobre - e que essa seja vivida como exercício efetivo da fraternidade. Compaixão e fraternidade não são flores ocasionais. Compaixão e fraternidade são permanentes e necessárias raízes de que nos orgulhamos, não só em relação à história passada de Portugal, mas também àquela hodierna, que o nosso presente escreve. E é nesse chão que precisamos, como comunidade nacional, de fincar ainda novas raízes.
Nestes últimos meses abateu-se sobre nós uma imprevista tempestade global que condicionou radicalmente as nossas vidas e cujas consequências estamos ainda longe de mensurar. A pandemia que principiou como uma crise sanitária tornou-se uma crise poliédrica, de amplo espetro, atingindo todos os domínios da nossa vida comum. Sabendo que não regressaremos ao ponto em que estávamos quando esta tempestade rebentou, é importante, porém, que, como sociedade, saibamos para onde queremos ir. No Canto Sexto d’Os Lusíadas a tempestade não suspendeu a viagem, mas ofereceu a oportunidade para redescobrir o que significa estarmos no mesmo barco.
Reabilitar o pacto comunitário
O que significa estar no mesmo barco? Permitam-me pegar numa parábola. Circula há anos, atribuída à antropóloga Margaret Mead, a seguinte história. Um estudante ter-lhe-ia perguntado qual seria para ela o primeiro sinal de civilização. E a expectativa geral é que nomeasse, por exemplo, os primeiríssimos instrumentos de caça, as pedras de amolar ou os ancestrais recipientes de barro. Mas a antropóloga surpreendeu a todos, identificando como primeiro vestígio de civilização um fémur quebrado e cicatrizado. No reino animal, um ser ferido está automaticamente condenado à morte, pois fica fatalmente desprotegido face aos perigos e deixa de se poder alimentar a si próprio. Que um fémur humano se tenha quebrado e restabelecido documenta a emergência de um momento completamente novo: quer dizer que uma pessoa não foi deixada para trás, sozinha; que alguém a acompanhou na sua fragilidade, dedicou-se a ela, oferecendo-lhe o cuidado necessário e garantindo a sua segurança, até que recuperasse. A raiz da civilização é, por isso, a comunidade. É na comunidade que a nossa história começa. Quando do eu fomos capazes de passar ao nós e de dar a este uma determinada configuração histórica, espiritual e ética.
É interessante escutar o que diz a etimologia latina da palavra comunidade (communitas). Associando dois termos, cum e munus, ela explica que os membros de uma comunidade – e também de uma comunidade nacional – não estão unidos por uma raiz ocasional qualquer. Estão ligados sim por um múnus, isto é, por um comum dever, por uma tarefa partilhada. Que tarefa é essa? Qual é a primeira tarefa de uma comunidade? Cuidar da vida. Não há missão mais grandiosa, mais humilde, mais criativa ou mais atual.
Celebrar o Dia de Portugal significa, portanto, reabilitar o pacto comunitário que é a nossa raiz. Sentir que fazemos parte uns dos outros, empenharmo-nos na qualificação fraterna da vida comum, ultrapassando a cultura da indiferença e do descarte. Uma comunidade desvitaliza-se quando perde a dimensão humana, quando deixa de colocar a pessoa humana no centro, quando não se empenha em tornar concreta a justiça social, quando desiste de corrigir as drásticas assimetrias que nos desirmanam, quando, com os olhos postos naqueles que se podem posicionar como primeiros, se esquece daqueles que são os últimos. Não podemos esquecer a multidão dos nossos concidadãos para quem o Covid19 ficará como sinónimo de desemprego, de diminuição de condições de vida, de empobrecimento radical e mesmo de fome. Esta tem de ser uma hora de solidariedade. No contexto do surto pandémico, foi, por exemplo, um sinal humanitário importante a regularização dos imigrantes com pedidos de autorização de residência, pendentes no Serviço de Estrangeiros e Fronteiras. O desafio da integração é, porém, como sabemos, imenso, porque se trata de ajudar a construir raízes. E essas não se improvisam: são lentas, requerem tempo, políticas apropriadas e uma participação do conjunto da sociedade. Lembro-me de um diálogo do filme do cineasta Pedro Costa, «Vitalina Varela», onde se diz a alguém que chega ao nosso país: «chegaste atrasada, aqui em Portugal não há nada para ti». Sem compaixão e fraternidade fortalecem-se apenas os muros e aliena-se a possibilidade de lançar raízes.
Fortalecer o pacto intergeracional
Reabilitar o pacto comunitário implica robustecer, entre nós, o pacto intergeracional. O pior que nos poderia acontecer seria arrumarmos a sociedade em faixas etárias, resignando-nos a uma visão desagregada e desigual, como se não fossemos a cada momento um todo inseparável: velhos e jovens, reformados e jovens à procura do primeiro emprego, avós e netos, crianças e adultos no auge do seu percurso laboral. Precisamos, por isso, de uma visão mais inclusiva do contributo das diversas gerações. É um erro pensar ou representar uma geração como um peso, pois não poderíamos viver uns sem os outros.
A tempestade provocada pelo Covid19 obriga-nos como comunidade, a refletir sobre a situação dos idosos em Portugal e nesta Europa da qual somos parte. Por um lado, eles têm sido as principais vítimas da pandemia, e precisamos chorar essas perdas, dando a essas lágrimas uma dignidade e um tempo que porventura ainda não nos concedemos, pois o luto de uma geração não é uma questão privada. Por outro, temos de rejeitar firmemente a tese de que uma esperança de vida mais breve determine uma diminuição do seu valor. A vida é um valor sem variações. Uma raiz de futuro em Portugal será, pelo contrário, aprofundar a contribuição dos seus idosos, ajudá-los a viver e a assumir-se como mediadores de vida para as novas gerações. Quando tomei posse como arquivista e bibliotecário da Santa Sé, uma das referências que quis evocar nesse momento foi a da minha avó materna, uma mulher analfabeta, mas que foi para mim a primeira biblioteca. Quando era criança, pensava que as histórias que ela contava, ou as cantilenas com que entretinha os netos, eram coisas de circunstância, inventadas por ela. Depois descobri que faziam parte do romanceiro oral da tradição portuguesa. E que afinal aquela avó analfabeta estava, sem que nós soubéssemos, e provavelmente sem que ela própria o soubesse, a mediar o nosso primeiro encontro com os tesouros da nossa cultura.
Robustecer o pacto intergeracional é também olhar seriamente para uma das nossas gerações mais vulneráveis, que é a dos jovens adultos, abaixo dos 35 anos; geração que, praticamente numa década, vê abater-se sobre as suas aspirações, uma segunda crise económica grave. Jovens adultos, muitos deles com uma alta qualificação escolar, remetidos para uma experiência interminável de trabalho precário ou de atividades informais que os obrigam sucessivamente a adiar os legítimos sonhos de autonomia pessoal, de lançar raízes familiares, de ter filhos e de se realizarem.
Implementar um novo pacto ambiental
A pandemia veio, por fim, expor a urgência de um novo pacto ambiental. Hoje é impossível não ver a dimensão do problema ecológico e climático, que têm uma clara raiz sistémica. Não podemos continuar a chamar progresso àquilo que para as frágeis condições do planeta, ou para a existência dos outros seres vivos, tem sido uma evidente regressão. Num dos textos centrais deste século XXI, a Encíclica Laudato Sii’, o Papa Francisco exorta a uma «ecologia integral», onde o presente e o futuro da nossa humanidade se pense a par do presente e do futuro da grande casa comum. Está tudo conectado. Precisamos de construir uma ecologia do mundo, onde em vez de senhores despóticos apareçamos como cuidadores sensatos, praticando uma ética da criação, que tenha expressão jurídica efetiva nos tratados transnacionais, mas também nos estilos de vida, nas escolhas e nas expressões mais domésticas do nosso quotidiano.
Uma viagem que fazemos juntos
Camões n’Os Lusíadas não apenas documentou um país em viagem, mas foi mais longe: representou o próprio país como viagem. Portugal é uma viagem que fazemos juntos há quase nove séculos. E o maior tesouro que esta nos tem dado é a possibilidade de ser-em-comum, esta tarefa apaixonante e sempre inacabada de plasmar uma comunidade aberta e justa, de mulheres e homens livres, onde todos são necessários, onde todos se sentem - e efetivamente são - corresponsáveis pelo incessante trânsito que liga a multiplicidade das raízes à composição ampla e esperançosa do futuro. Portugal é e será, por isso, uma viagem que fazemos juntos. E uma grande viagem é como um grande amor. Uma viagem assim - explica Maria Gabriela Llansol, uma das vozes mais límpidas da nossa contemporaneidade -, não se esgota, nem cancela na fugaz temporalidade da história, mas constitui uma espécie de «rasto do fulgor» que exprime a ardente natureza do sentido que interrogamos.
Cardeal José Tolentino de Mendonça
Mosteiro dos Jerónimos, Lisboa, 10 de junho de 2020

08 junho 2020

Uma questão blogue: podes ser imortal!?


«Quando for grande, não quero ser médico, engenheiro ou professor.
Não quero trabalhar de manhã à noite, seja no que for.
Quero brincar de manhã à noite, seja no que for.
Quando for grande, quero ser um brincador.
Ficam, portanto, a saber: não vou para a escola aprender a ser um médico, um engenheiro ou um professor.
Tenho mais em que pensar e muito mais que fazer.
Tenho tanto que brincar, como brinca um brincador, muito mais o que sonhar, como sonha um sonhador, e também que imaginar, como imagina um imaginador...
A mãe diz que não pode ser, que não é profissão de gente crescida. E depois acrescenta, a suspirar: “é assim a vida”. Custa tanto a acreditar. Pessoas que são capazes, que um dia também foram raparigas e rapazes, mas já não podem brincar.
A vida é assim? Não para mim.
Quando for grande, quero ser brincador. Brincar e crescer, crescer e brincar, até a morte vir bater à minha porta.
Na minha sepultura, vão escrever: “Aqui jaz um brincador. Era um homem simples e dedicado, muito dado, que se levantava cedo todas as manhãs para ir brincar com as palavras.»

Álvaro Magalhães, in O Brincador

memória anti coitadinhos.


Acho que vão gostar destas histórias: https://fumaca.pt/a-resistencia/ 

Vale mesmo muito a pena ouvir e pensar nisto do estar vivo e no privilégio que temos.

07 junho 2020

é a vida...


vida diária e morte única

... diz-se para aí muito como se a tivéssemos que a suportar, a sofrer como um fardo que os deuses tivessem desenhado com tons escuros e pesados horrorosos.

Estranhamente, tudo é a vida mas só se utiliza esta expressão quando alguma coisa corre mal e, apesar dos vírus, há muitos mais coisas boas que más nesta nossa vida mas nunca dizemos depois de um almoço maravilhoso que olha, foi a vida!

TODOS nós andamos a tentar viver o melhor que sabemos e, apesar de tudo, muitas vezes conseguimos.

Talvez seja uma forma de nos protegermos que a vida tem seus enganos; sinceramente, não percebo, que não alimentamos a alegria de estar vivo.

A verdade é que nunca oiço o estou com uma barriga maior dito com prazer: estás a ver como tenho aproveitado a quarentena para me tratar bem!?

Ir ver o mar é sempre imaginar mundos para lá do horizontes e é maravilhoso e cada viagem é diferente mesmo que repitas locais.

Escrever é construção fabulosa do ser humanos; pensar. imaginar, criarmos desafios, recordarmos, futurarmos, imaginarmos.

Ouvir música de sítios diferentes, de épocas diferentes passadas e futuras, já para não falar de criar artes. 

Falar, andar, ver, ouvir, cheirar, sentir, tocar, dançar, beijar, abraçar e amar: coisas tão simples e tão raras!

05 junho 2020

ensina vida! (sou fã!)





Tira a mão do queixo, não penses mais nisso JORGINHO!

Como é que Jorge Palma festejou os 70 anos? Tocou uma canção nova

“Vou entrar numa nova década na minha vida. Os 70. Dizem que é das melhores”. Um dia depois ter feito 70 anos, Jorge Palma mostra “um pequeno esboço de uma canção do meu próximo álbum”. Chama-se 'Espécie de Altar'

Ler mais: https://blitz.pt/principal/update/2020-06-05-Como-e-que-Jorge-Palma-festejou-os-70-anos--Tocou-uma-cancao-nova

04 junho 2020

Pausa para respirar

O texto (link) que eu gostava de ter escrito dota-nos de um outro olhar sobre os acontecimentos.

As coisas voltam a um outro normal menos ansioso e apressado.

Ou, pelo menos queremos que assim seja.

Já muito se disse sobre o Corona VIRUS, sobre vir ao de cima os extremos: o melhor e o pior da vida!

A Natureza/o ambiente sabe de coisas, têm magia e já existiam antes da apropriação humana.

Aproveitar os benefícios que nos trouxe e fazê-los prevalecer sobre o querer voltar ao normal é o nosso desafio.