Instalámo-nos para passar a noite. Desembarcamos cinco ou seis caixotes, colocando-os em círculo, vazios como guaritas. E, dentro de cada um, uma vela acesa, mal protegida contra o vento. Assim em pleno deserto, sobre a crosta nua do planeta,num isolamento dos primeiros dias do mundo Nós CONSTRUIMOS UMA PEQUENA ALDEIA DE HOMENS
Agrupados para a noite, nesta grande praça da nossa aldeia, neste farrapo de areia em que os caixotes lançavam um luar trémulo Nós ESPERAMOS…
Esperámos a madrugada, a madrugada que nos salvaria ou nos entregaria aos mouros…EU NÃO SEI O QUE DAVA A ESTA NOITE UM GOSTO DE NATAL…
Contávamos as nossas recordações, riamos e cantávamos sentíamos a mesma alegria leve Que SE SENTE NUMA FESTA BEM PREPARADA…
Contudo éramos infinitamente pobres. Vento…Areia…Estrelas…UM ESTILO DURO ATÉ PARA TRAPISTAS…
Mas sobre esta toalha de areia mal iluminada,seis ou sete homens que não possuíam mais nada no mundo alem das suas recordações…PARTILHAVAM ENTRE SI INVISÍVEIS RIQUEZAS
(Antoine Saint Éxupery)
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