Terça-feira, 21 de Setembro de 2021
Mudo o género que nestas coisas da qualidade vocês estão
em maioria.
Sei que foi intensa a dança e deixa vontade de continuar
porque ainda é só o começo… sei porque experimentei e os
vossos olhares não mentiam.
Nos momentos de grupo disputava-se a Alegria, que digo (!?),
a Alegria foi sempre partilhada, em todos os momentos, do
melhor e Assim vale a pena.
Naqueles momentos individuais em que cada um tinha no
interior a sua missão sussurrada e entre o escondida e o dá
nas vistas, introversões versus expansões; nas parelhas e
(raramente) a solo.
Estes dois dias foram uma constante descoberta, assim é a
vida, renova-se no dia a dia, fui a única a ficar cansado?
Um cansaço bom, de energia bem gasta?
O cansaço ajuda na entrega
que aprendíamos e construíamos,
estimulávamos.
Apoiou-se muito no olhar, e CIMpaticamente desejo que
continue, quase que por magia e desejo
no egoísmo que tenho em ver-vos sorrir.
Na roda gigante (30 pessoas), 4/5 cadeira de rodas a desafiar
novas formas de dançar havia muitas brasileiras, mexicanas,
colombianas, argentinas, chilenas, tripeiro, leiriense, doutros
espaços, poucas deviam ser de Lisboa.
E eram todas diferentes, mais altas e/ou mais baixas, mais
e/ou menos elegantes, mais e/ou menos expansivas, só ⅔
mais velhas que os 40, todas (era unânime) com um sorriso
transbordante que passavam novas vontades irradiava beleza
e novas energias.
Fizeram-se coisas bonitas nas construções daqueles espaços,
velocidades, arquiteturas, a solo, a par ou em grupo,
movimentos e alturas, silêncios e falados; dançados.
Criámos alguma intimidade no reconhecimento dos olhares,
algum contato na criatividade, criámos (pasme-se!?) algum
amor: com os três olhares de qualidade das formadoras Ana
Rita Barata, Mara Pacheco e Bruno Rodrigues (que privilégio…)
a indicarem limites, mundos, imaginações e visões.
A Mara não se dá muito por ela mas é garantia de as coisas
serem melhor feitas, é muito discreta e MARAvilhosa.
O Bruno sabe que há vezes em que entramos no palco com
uma ideia/um objetivo mas que ele pode (é provável) que mude
antes de lá chegares: o espaço e o corpo mudam tanto, o
Bruno é vidente.
A Ana Rita disse logo no início que o CIM gosta de pessoas;
comprovo e a dança melhora as pessoas, facilita bem estar no
corpo.
Não se vai para ali sem vontade ou se vais, desafio-te a manter
a inatividade muto tempo, boa sorte!
A CIM é conhecida por ser inclusiva, e isso implica não excluir
ninguém; vem fazer parte para contigo sermos mais fortes;
aprendi que todos sabemos dançar, não é nenhuma ciência,
cada uma o faz voando ao seu gosto e leveza; se o voo é mais
lento, baixo, terá outras virtudes.