23 setembro 2021

Audição: 20 e 21 de Novembro na CIM



Terça-feira, 21 de Setembro de 2021

Mudo o género que nestas coisas da qualidade vocês estão 
em maioria.

Sei que foi intensa a dança e deixa vontade de continuar 
porque ainda é só o começo… sei porque experimentei e os 
vossos olhares não mentiam.

Nos momentos de grupo disputava-se a Alegria, que digo (!?), 
a Alegria foi sempre partilhada, em todos os momentos, do 
melhor e Assim vale a pena.

Naqueles momentos individuais em que cada um tinha no 
interior a sua missão sussurrada e entre o escondida e o dá 
nas vistas, introversões versus expansões; nas parelhas e 
(raramente) a solo.

Estes dois dias foram uma constante descoberta, assim é a 
vida, renova-se no dia a dia, fui a única a ficar cansado?

Um cansaço bom, de energia bem gasta? 
O cansaço ajuda na entrega 
que aprendíamos e construíamos, 
estimulávamos.

Apoiou-se muito no olhar, e CIMpaticamente desejo que 
continue, quase que por magia e desejo 
no egoísmo que tenho em ver-vos sorrir.

Na roda gigante (30 pessoas), 4/5 cadeira de rodas a desafiar 
novas formas de dançar havia muitas  brasileiras, mexicanas, 
colombianas, argentinas, chilenas, tripeiro, leiriense, doutros 
espaços, poucas deviam ser de Lisboa. 

E eram todas diferentes, mais altas e/ou mais baixas, mais 
e/ou menos elegantes, mais e/ou menos expansivas, só ⅔ 
mais velhas que os 40, todas (era unânime) com um sorriso 
transbordante que passavam novas vontades irradiava beleza 
e novas energias.

Fizeram-se coisas bonitas nas construções daqueles espaços, 
velocidades, arquiteturas, a solo, a par ou em grupo, 
movimentos e alturas, silêncios e falados; dançados.

Criámos alguma intimidade no reconhecimento dos olhares, 
algum contato na criatividade, criámos (pasme-se!?) algum 
amor: com os três olhares de qualidade das formadoras Ana 
Rita Barata, Mara Pacheco e Bruno Rodrigues (que privilégio…)
 a indicarem limites, mundos, imaginações e visões.

A Mara não se dá muito por ela mas é garantia de as coisas 
serem melhor feitas, é muito discreta e MARAvilhosa.

O Bruno sabe que há vezes em que entramos no palco com 
uma ideia/um objetivo mas que ele pode (é provável) que mude
 antes de lá chegares: o espaço e o corpo mudam tanto, o 
Bruno é vidente.

A Ana Rita disse logo no início que o CIM gosta de pessoas; 
comprovo e a dança melhora as pessoas, facilita bem estar no 
corpo.

Não se vai para ali sem vontade ou se vais, desafio-te a manter
 a inatividade muto tempo, boa sorte!

A CIM é conhecida por ser inclusiva, e isso implica não excluir 
ninguém; vem fazer parte para contigo sermos mais fortes; 
aprendi que todos sabemos dançar, não é nenhuma ciência, 
cada uma o faz voando ao seu gosto e leveza; se o voo é mais 
lento, baixo, terá outras virtudes.

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