Ninguém percebe.
Não é natural!
É um privilégio que só
passando por ele se
ganha e sente!
É daqueles prazeres
únicos que são
individuais mas que
têm mais gosto quando
são partilhados.
Que merecem entrega
do primeiro ao último
minuto
porque queremos
ganhar, ser melhores
e rir no fim ao
lembrar jogadas bonitas.
Onze homens e/ou
mulheres, da mesma
idade (ou nem por isso)
vestidos com
equipamentos (uma
mesma farda colorida
com números) gostarem
de andar, atrás de
uma única mesma bola,
contra outra
equipa de
onze, equipados
de maneira diferente
aos
chutos e pontapés para
tentar enfiar a
bola entre os aros de
uma baliza adversária.
Como explicar isto a
alguém que não
conhece?
Fintar com os pés não é
óbvio,
É preciso alguma arte...
algum empenho!
Como explicar este
interesse?
Esta paixão?
Explicar que é por ser
complicado que tem
tanta piada,
por ser difícil, se fosse
fácil não tinha piada, ou
não tanta, pelo menos.
E por um jogo ser
sempre diferente,
jogado
da mesma forma, com as
mesmas regras, mas
sempre espantosamente
diferente: é a vida!
Porque há quem
desempenhe melhor
certas funções,
formas de treinar que
nos melhoram mais que
outras; e ganhamos um
certo carinho pela
equipa, pelos modos
de fazer diferente, pelos
olhares, pela forma
como estamos todos
juntos a tentar combater
um mesmo adversário.
E o cansaço liberta boa
disposição.
Os momentos vividos em
comum, mesmo os mais
banais como o vestir e
despir em conjunto, os
douches,, o entrar
nos campos juntos, a
cumplicidade e amizade
que ali se criam.
Há qualquer coisa na relação connosco mesmos que
nos obriga a sermos melhores unidos!
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