Não é sorte.
Ou, talvez seja, encontrar tal pessoa X em dado lugar Y em Z
tempo possa ser acaso, mas manter a relação já implica gostares, necessitares
algo nela.
A necessidade fica aquém do grau de amor que uma amizade
precisa.
Há gente com muita qualidade a manter amizades, nunca uma
amizade é mantida apenas por uma pessoa, no entanto: ‘eu não tenho amigos
porque amigos me não têm!’
Um conhecido que vês uma vez ou duas não se pode chamar de
amigo, é provável que nunca mais se vejam se não fizerem por isso.
Nem sempre estamos abertos para a amizade, nem sempre temos
vontade de estar com essas pessoas.
A amizade é mais dada às pessoas que são extrovertidas, pouco
introvertidas.
Fazem mais facilmente amigos, as pessoas que saem da caixa
constantemente.
Talvez não: há vários tipos de amizades.
É individual, mas há quem só a conheça em grupo.
Há pessoas e profissões que sabem ser amigas, profissões da
saúde e do cuidado onde és melhor por tratares bem do outro.
Pode praticar-se a amizade: o bem receber e acolher num
sorriso.
Que têm na sua personalidade ser amigas.
Em grupos que se encontram habitualmente há sempre rotinas da
amizade a que sabe bem regressar e reencontrar porque sabe bem-estar com
aquelas pessoas.
Adoça-te a alma, gostas de pensar nelas.
Diariamente,
Semanalmente,
Mensalmente,
Anualmente.
Só no telemóvel ou por email.
Só por escrito ou por voz.
Conservar amigos implica vontade, trabalhar para isso.
Não é certa, a amizade, é preciso sabermos cuidar dela.
Não é constante.
Deixá-la respirar.
Quando andas em grupo e tens atividades parece mais óbvio.
Quando és calado, isolado, introvertido talvez prefiras estar
longe dos amigos.
O tempo e o espaço são dois padrões, limites.
Não há regras para a amizade, é daquelas magias humanas e
sociais que cada um utiliza como, quando e onde quer.
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