31 janeiro 2010

o meu cúmplice e o sobrinho:



LINDOS!



NÃO É POR AÍ!!!

eles vivem e a vida pula e avança

Pedra Filosofal

Eles não sabem que o sonho

é uma constante da vida

tão concreta e definida

como outra coisa qualquer,

como esta pedra cinzenta

em que me sento e descanso,

como este ribeiro manso

em serenos sobressaltos,

como estes pinheiros altos

que em verde e oiro se agitam,

como estas aves que gritam

em bebedeiras de azul.



eles não sabem que o sonho

é vinho, é espuma, é fermento,

bichinho álacre e sedento,

de focinho pontiagudo,

que fossa através de tudo

num perpétuo movimento.



Eles não sabem que o sonho

é tela, é cor, é pincel,

base, fuste, capitel,

arco em ogiva, vitral,

pináculo de catedral,

contraponto, sinfonia,

máscara grega, magia,

que é retorta de alquimista,

mapa do mundo distante,

rosa-dos-ventos, Infante,

caravela quinhentista,

que é cabo da Boa Esperança,

ouro, canela, marfim,

florete de espadachim,

bastidor, passo de dança,

Colombina e Arlequim,

passarola voadora,

pára-raios, locomotiva,

barco de proa festiva,

alto-forno, geradora,

cisão do átomo, radar,

ultra-som, televisão,

desembarque em foguetão

na superfície lunar.



Eles não sabem, nem sonham,

que o sonho comanda a vida,

que sempre que um homem sonha

o mundo pula e avança

como bola colorida

entre as mãos de uma criança.

temas propostos:

o mundo muda e avança como uma bola colorida nas mãos de uma criança!

n devemos deixar q a pobreza de espiríto se arraste E EXPANDA!

e criamos a ternura cantada e pintada de ser e estar!

ela ensinou-nos a viver


uma força!

um exemplo!

uma MULHER!

elogia-nos a sua memória...

ACORDAI

Música: Fernando Lopes Graça
Letra: José Gomes Ferreira

Acordai
acordai
homens que dormis
a embalar a dor
dos silêncios vis
vinde no clamor
das almas viris
arrancar a flor
que dorme na raíz

Acordai
acordai
raios e tufões
que dormis no ar
e nas multidões
vinde incendiar
de astros e canções
as pedras do mar
o mundo e os corações

Acordai
acendei
de almas e de sóis
este mar sem cais
nem luz de faróis
e acordai depois
das lutas finais
os nossos heróis
que dormem nos covais
Acordai!

30 janeiro 2010

não estive à altura

http://www.youtube.com/watch?v=HP8znu3xc-M&feature=player_embedded#

Ela com pormenores pequenos (como esta música...) oferece-se!

É uma excelente companheira. Tenho saudades dela, dos caracóis...

criamos criaturas...

Não te dei face, nem lugar que te seja próprio, nem dom algum que te faça particular, ó Adão, a fim de que tua face, teu lugar e teus dons, tu os desveles, conquistes e possuas por ti mesmo.

Natureza definida de outras espécies em leis por mim estabelecidas.

Mas tu, a quem nenhum confim delimita, por teu próprio arbítrio, entre as mãos daquele que te colocou, tu te defines a ti mesmo.

Te pus no mundo a fim de que possas melhor contemplar o que contém o mundo.

Não te fiz celeste nem terrestre, mortal ou imortal, a fim de que tu mesmo, livremente, à maneira de um bom pintor ou de um hábil escultor, descubras a tua própria forma...

o haiti não é aqui

Os pecados do Haiti
por Eduardo Galeano

A democracia haitiana nasceu há um instante. No seu breve tempo de vida,
esta criatura faminta e doentia não recebeu senão bofetadas. Era uma
recém-nascida, nos dias de festa de 1991, quando foi assassinada pela
quartelada do general Raoul Cedras. Três anos mais tarde, ressuscitou.
Depois de haver posto e deposto tantos ditadores militares, os Estados
Unidos retiraram e puseram o presidente Jean-Bertrand Aristide, que havia
sido o primeiro governante eleito por voto popular em toda a história do
Haiti e que tivera a louca ideia de querer um país menos injusto.

O voto e o veto

Para apagar as pegadas da participação estado-unidense na ditadura sangrenta
do general Cedras, os fuzileiros navais levaram 160 mil
páginas dos arquivos secretos. Aristide regressou acorrentado. Deram-lhe
permissão para recuperar o governo, mas proibiram-lhe o
poder. O seu sucessor, René Préval, obteve quase 90 por cento dos votos, mas
mais poder do que Préval tem qualquer chefete de quarta categoria do Fundo
Monetário ou do Banco Mundial, ainda que o povo haitiano não o tenha eleito
nem sequer com um voto.

Mais do que o voto, pode o veto. Veto às reformas: cada vez que Préval, ou
algum dos seus ministros, pede créditos internacionais para dar pão aos
famintos, letras aos analfabetos ou terra aos camponeses, não recebe
resposta, ou respondem ordenando-lhe:
ˆ Recite a lição.
E como o governo haitiano não acaba de aprender que é preciso desmantelar os
poucos serviços públicos que restam, últimos pobres amparos para um dos
povos mais desamparados do mundo, os professores dão o exame por perdido.

O álibi demográfico

Em fins do ano passado, quatro deputados alemães visitaram o Haiti. Mal
chegaram, a miséria do povo feriu-lhes os olhos. Então o
embaixador da Alemanha explicou-lhe, em Port-au-Prince, qual é o problema:
ˆ Este é um país superpovoado, disse ele. A mulher haitiana sempre quer e o
homem haitiano sempre pode.
E riu. Os deputados calaram-se. Nessa noite, um deles, Winfried Wolf,
consultou os números. E comprovou que o Haiti é, com El Salvador, o país
mais sobrepovoado das Américas, mas está tão sobrepovoado quanto a Alemanha:
tem quase a mesma quantidade de habitantes por quilómetro quadrado.

Durante os seus dias no Haiti, o deputado Wolf não só foi golpeado pela
miséria como também foi deslumbrado pela capacidade de beleza dos pintores
populares. E chegou à conclusão de que o Haiti está sobrepovoado... de
artistas.

Na realidade, o álibi demográfico é mais ou menos recente. Até há alguns
anos, as potências ocidentais falavam mais claro.

A tradição racista

Os Estados Unidos invadiram o Haiti em 1915 e governaram o país até 1934.
Retiraram-se quando conseguiram os seus dois objectivos: cobrar as dívidas
do City Bank e abolir o artigo constitucional que proibia vender plantações
aos estrangeiros. Então Robert Lansing, secretário de Estado, justificou a
longa e feroz ocupação militar explicando que a raça negra é incapaz de
governar-se a si própria, que tem "uma tendência inerente à vida selvagem e
uma incapacidade física de civilização". Um dos responsáveis da invasão,
William Philips, havia incubado tempos antes a ideia sagaz:
"Este é um povo inferior, incapaz de conservar a civilização que haviam
deixado os franceses".

'A reunião', de Aland Estime.

O Haiti fora a pérola da coroa, a colónia mais rica da França: uma grande
plantação de açúcar, com mão-de-obra escrava. No Espírito das leis,
Montesquieu havia explicado sem papas na língua:
"O açúcar seria demasiado caro se os escravos não trabalhassem na sua
produção. Os referidos escravos são negros desde os pés até à cabeça e têm o
nariz tão achatado que é quase impossível deles ter pena. Torna-se
impensável que Deus, que é um ser muito sábio, tenha posto uma alma, e
sobretudo uma alma boa, num corpo
inteiramente negro".

Em contrapartida, Deus havia posto um açoite na mão do capataz. Os escravos
não se distinguiam pela sua vontade de trabalhar. Os negros eram escravos
por natureza e vagos também por natureza, e a natureza, cúmplice da ordem
social, era obra de Deus: o escravo devia servir o amo e o amo devia
castigar o escravo, que não mostrava o menor entusiasmo na hora de cumprir
com o desígnio divino. Karl von Linneo, contemporâneo de Montesquieu, havia
retratado o negro com precisão científica:
"Vagabundo, preguiçoso, negligente, indolente e de costumes dissolutos".
Mais generosamente, outro contemporâneo, David Hume, havia comprovado que o
negro
"pode desenvolver certas habilidades humanas, tal como o papagaio que fala
algumas palavras".

A humilhação imperdoável

Em 1803 os negros do Haiti deram uma tremenda sova nas tropas de Napoleão
Bonaparte e a Europa jamais perdoou esta humilhação infligida à raça branca.
O Haiti foi o primeiro país livre das Américas. Os Estados Unidos haviam
conquistado antes a sua independência, mas tinha meio milhão de escravos a
trabalhar nas plantações de algodão e de tabaco. Jefferson, que era dono de
escravos, dizia que todos os homens são iguais, mas também dizia que os
negros foram, são e serão inferiores.

'Lavadeiras', Watson Etienne.

A bandeira dos homens livres levantou-se sobre as ruínas. A terra haitiana
fora devastada pela monocultura do açúcar e arrasada pelas calamidades da
guerra contra a França, e um terço da população havia caído no combate.
Então começou o bloqueio. A nação recém-nascida foi condenada à solidão.
Ninguém lhe comprava, ninguém lhe vendia, ninguém a reconhecia.

O delito da dignidade

Nem sequer Simón Bolívar, que tão valente soube ser, teve a coragem de
firmar o reconhecimento diplomático do país negro. Bolívar havia podido
reiniciar a sua luta pela independência americana, quando a Espanha já o
havia derrotado, graças ao apoio do Haiti. O governo haitiano havia-lhe
entregue sete naves e muitas armas e soldados, com a única condição de que
Bolívar libertasse os escravos; uma ideia que não havia ocorrido ao
Libertador. Bolívar cumpriu com este compromisso, mas depois da sua vitória,
quando já governava a Grande Colômbia, virou as costas ao país que o havia
salvo. E quando convocou as nações americanas à reunião do Panamá, não
convidou o Haiti mas convidou a Inglaterra.

Os Estados Unidos reconheceram o Haiti apenas sessenta anos depois do fim da
guerra de independência; enquanto Etienne Serres, um génio francês da
anatomia, descobria em Paris que os negros são primitivos porque têm pouca
distância entre o umbigo e o pénis. Por essa altura, o Haiti já estava em
mãos de ditaduras militares carniceiras, que destinavam os famélicos
recursos do país ao pagamento da dívida francesa. A Europa havia imposto ao
Haiti a obrigação de pagar à França uma indemnização gigantesca, a modo de
perdão por haver cometido o delito da dignidade.

A história do assédio contra o Haiti, que nos nossos dias tem dimensões de
tragédia, é também uma história do racismo na civilização
ocidental.

18/Janeiro/2010
O original encontra-se em www.resumenlatinoamericano.org, Nº 2146


E o venerável cardeal disser que vê tanto espírito no feto
E nenhum no marginal
E se, ao furar o sinal, o velho sinal vermelho habitual
Notar um homem mijando na esquina da rua sobre um saco
Brilhante de lixo do Leblon
E quando ouvir o silêncio sorridente de São Paulo
Diante da chacina
111 presos indefesos, mas presos são quase todos pretos
Ou quase pretos, ou quase brancos quase pretos de tão pobres
E pobres são como podres e todos sabem como se tratam os pretos
E quando você for dar uma volta no Caribe
E quando for trepar sem camisinha
E apresentar sua participação inteligente no bloqueio a Cuba
Pense no Haiti, reze pelo Haiti
O Haiti é aqui'

Assim termina a música "Haiti" de Caetano Veloso e Gilberto Gil.


Sempre ouvi falar do HAITI como um qualquer sítio que imaginei paradisíaco e de palmeiras, chega-nos agora aos jornais por um sismo... provalvemente perdurará o esquecimento até novo sismo, o HAITI que nos foi agora apresentado não lembra miami, é uma revolta que diz que há povos esquecidos no GLOBO... ficarão até...?

28 janeiro 2010

as relações

Habituar mal não se admite na amizade que é amor afinal.

Ele é das melhores pessoas que eu conheço...

27 janeiro 2010

A Brincar blog, A Brincar blog...

dizia o Hemingway sobre escrever:

COMEÇAR com uma frase sincera.

um PAI fez anos...

Meu bom pai,

Caminho e dás-me a mão. Caminhamos nesta terra batida, gostamos um do
outro e nesta
batalha, que vai a meio, já ganhámos em cumplicidade e bem-estar,
ganhamos todos os dias,
um terreiro castanho com muita ervinha a crescer respira e enche-se do
ar fresco que corre e
sopra. Pulmão! É a terra que atravessa o pinhal e vai até a clareira
doutros tempos.

Setenta e seis menos vinte e oito são ou eram quarenta e oito, bocado
de vida longo, parte de
um sonho, começo de uma imagem, fim da quimera ou aurora, palavras bonitas.
Fui criança, jovem, a minha barba cresceu, ajeitou-se a ti. Parcial.

Dizes que estás em fase descendente, vens para mim, re-ascendemos juntos.
Uma longa estrada te falta, ela merece que lhe dês tanto de ti como
sempre. Ainda não acabou
filme. A gente vai continuar. Ontem olhei para ti do alto do cavalo,
fizeste sinal para levantar a
cabeça, levantei, assim na vida ensinas-me a levantar a cabeça! Nos
escuteiros havia uma placa
a mostrar um homem a chutar o im do impossível tornando POSSÍVEL...

26 janeiro 2010

CRIANÇA



A este BLOG falta-lhe IMAG(inação)ENS. Dizem que destroça a mensagem, quero lá saber...

MERDA PARA O ACIDENTE!!!

"O sucesso pertence aqueles que acreditam nos seus sonhos" Eleanor Roosevelt

Eu, caçador de mim

Por tanto amor, por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz, manso ou feroz
Eu, caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar longe do meu lugar
Eu, caçador de mim

Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Longe se vai sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim

Nada a temer
Senão o correr da luta
Nada a fazer
Senão esquecer o medo
Abrir o peito à força
Numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura

Vou descobrir o que me faz sentir
Eu, caçador de mim

(MILTON NASCIMENTO)


Fase da procura de mim, do EU, do NÓS (pode ser gigante)... ando a ver se me encontro desde pequerruxo... dou uma trabalheira!

O meu BELO PAI, apoderado!, mesmo na doença dá saúde...

gosto tanto dele!, jovem, és ritmo em força de uma procura, cá te acolho e ajudo a crescer... és SAÚDE, tens sido!

Não me assustes que não gosto, à procura do saber andamos, és uma MOCA e das melhores e já provei muitas...

24 janeiro 2010

ser melhor na vida

O nível de exigência... essa bandida!!! Coisas boas fazemos porque crescemos direitos... e a paz, calma e suave, podre!

Quero agitar-me. Ser melhor... porque habituei os outros ao melhor!

VEM POR AQUI

Cântico Negro

"Vem por aqui" - dizem-me alguns com os olhos doces
Estendendo-me os braços, e seguros
De que seria bom que eu os ouvisse
Quando me dizem: "vem por aqui!"
Eu olho-os com olhos lassos,
(Há, nos olhos meus, ironias e cansaços)
E cruzo os braços,
E nunca vou por ali...

A minha glória é esta:
Criar desumanidade!
Não acompanhar ninguém.
- Que eu vivo com o mesmo sem-vontade
Com que rasguei o ventre à minha mãe

Não, não vou por aí! Só vou por onde
Me levam meus próprios passos...

Se ao que busco saber nenhum de vós responde
Por que me repetis: "vem por aqui!"?

Prefiro escorregar nos becos lamacentos,
Redemoinhar aos ventos,
Como farrapos, arrastar os pés sangrentos,
A ir por aí...

Se vim ao mundo, foi
Só para desflorar florestas virgens,
E desenhar meus próprios pés na areia inexplorada!
O mais que faço não vale nada.

Como, pois sereis vós
Que me dareis impulsos, ferramentas e coragem
Para eu derrubar os meus obstáculos?...
Corre, nas vossas veias, sangue velho dos avós,
E vós amais o que é fácil!
Eu amo o Longe e a Miragem,
Amo os abismos, as torrentes, os desertos...

Ide! Tendes estradas,
Tendes jardins, tendes canteiros,
Tendes pátria, tendes tectos,
E tendes regras, e tratados, e filósofos, e sábios...
Eu tenho a minha Loucura !
Levanto-a, como um facho, a arder na noite escura,
E sinto espuma, e sangue, e cânticos nos lábios...

Deus e o Diabo é que guiam, mais ninguém.
Todos tiveram pai, todos tiveram mãe;
Mas eu, que nunca principio nem acabo,
Nasci do amor que há entre Deus e o Diabo.

Ah, que ninguém me dê piedosas intenções!
Ninguém me peça definições!
Ninguém me diga: "vem por aqui"!
A minha vida é um vendaval que se soltou.
É uma onda que se alevantou.
É um átomo a mais que se animou...
Não sei por onde vou,
Não sei para onde vou
- Sei que não vou por aí!

21 janeiro 2010

MARÉ ALTA

Quando o mar está calmo as gentes aproximam-se como no mar em SÃO LOURENÇO. É fácil ficar-se, sermos amigos.

Começando a crescer e ficam os AMIGOS. Aproxima-se gente e afastam-se os menores.

Passa-se a rebentação e ao naufrágio juntam-se os BONS, aqueles da vida, que querem ficar nela... afasta-se um resto... NAVEGAR É PRECISO! VIVER NÃO É PRECISO!!!

sua sra. el pequenote:

Domingo, dia 31...21h na SIC...quem morde assim tem o intestino imortal.

Uma NOVELA!!!O coração vermelho sangra!!!

http://luavermelha.org/

Em horário nobre, prime-share!

sua exa, o futuro do cinema nacional: el manuel PUREZA!

http://www.luavermelha.co.cc/

20 janeiro 2010

PASSADO foi-se!

Torna-se grave quando não podemos falhar.

Quando nos pomos em causa!

Quando lidamos com limites vagos, tão vagos como a vida...

Achar-se encalhado é uma passagem para o DESENCALHADO...

Volátil menina, não sabes da vida como fazes crer.

És frágil, tanto que angustia.

19 janeiro 2010

Um fim é um recomeço.

Resolvi ser mal educado... Digo que coisas destas não serão próprias de uma prisão, isto enaltece quem o escreveu, sem dúvida que o admiro e amo.

É um JOSÉ M e que não fosse: a vulso porque não é de grupos.

Todos serão a vulso à partida, poucos saberão reservar-se/proteger-se.

Ele ouvia DVORAK e RACHMANINOV, em RERIZ acordávamos todos com MANU CHAO: king of the bongo!

Fizemos uma viagem em que ele pareceu tentar educar-me, acabou estirado na praia das maçãs depois de ter fumado um cigarro...

E assim tornou-se o zm em a vulso! Esperemos por ele com calma, serenidade brava e suavidade... Ainda está a EDUCAR-ME!

Afinal, a princípio é simples, anda-se sozinho!

Mal-Educado porque não peço, ele provavelmente deixaria...


O VINHO BEBE-SE DA GARRAFA

No outro dia falava com o zm sobre o facto de ele ser um bom vinho; só a garrafa ligeiramente danificada no seguimento de uma queda aquando de uma viagem fora da garrafeira.

Gargalo e base danificados: não se aguentava em pé, o gargalo e a garrafa qase fechados.

Mas, a qualidade do vinho, essa, intacta; e o vinho amadurecendo graças a um estágio em barricadas de carvalho vital, ESTÁGIO DE VIDA. Mantendo a sua personalidade, o vinho encorpou, ganhou novos aromas enquanto outros perderam a sua intensidade, ou talvez os aromas ganharam em nitidez e alguma confusão se tenha dissipado.

Os longos períodos em silêncio foram lentamente abrindo o gargalo, paradoxalmente deixando antever sentimentos fortes na boca.

Que prazer, que alegria nos esperam!

O gargalo e a base foram sendo restaurados graças a um esforço lento de várias partes:

Especialistas e leigos em vidro e aromas e outras áreas do saber.

Principalmente a familía intíma , que descobriu que sabia restaurar vidro, mantendo e fortalecendo o vinho.

Mas se não há estágio, não há vida que se faria bem sem a vontade de ser vinho, sem a consciência de que sem garrafa não há vinho; apenas a memoria dele.

Mas também que garrafas danificadas, se restauradas, podem conter, ser os melhores vinhos.

Não há melhores vinhos do que aqueles que, enquanto estagiam, estudam enologia.

18 janeiro 2010

favourite things

Raindrops on roses and whiskers on kittens
Bright copper kettles and warm woolen mittens
Brown paper packages tied up with string
These are a few of my favourite things!

Cream colored ponies and crisp apple strudels
Doorbells and slay bells and schnitzel with noodles
Wild gees that fly with the moon en their wings
These are a few of my favourite things!

Girls in white dresses with blue satin sashes
Snowflakes that stay on my nose and eye lashes
Silver white winters that melt into spring
These are a few of my favourite things!

When the dog bites, when the bee stings
When I'm feeling sad, I simply remember
my favourite things!
and then I don't feel so bad!



http://www.youtube.com/watch?v=OvYZMqQffQE&NR=1

16 janeiro 2010

quem és tu - eu - de novo?

jorginho das palmas - http://www.youtube.com/watch?v=0GNMYi0kNtM&NR=1

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

Quando o teu cheiro me leva às esquinas do vislumbre
E toda a verdade em ti é coisa incerta e tão vasta
Quem sou eu para negar que a tua presença me arrasta?
Quem és tu, na imensidão do deslumbre?

As redes são passageiras, as arquitecturas da fuga
De toda a água que corre, de todo o vento que passa
Quando uma teia se rasga ergo à lua a minha taça
E vejo nascer no espelho mais uma ruga

Quando o tecto se escancara e se confunde com a lua
A apontar-me o caminho melhor do que qualquer estrela
Ninguém me faz duvidar que foste sempre a mais bela
Por favor, diz-me que és alguém, de novo?

Quando a janela se fecha e se transforma num ovo
Ou se desfaz em estilhaços de céu azul e magenta
E o meu olhar tem razões que o coração não frequenta
Por favor diz-me quem és tu, de novo?

isto já esteve muito pior!

Quem perdeu há de ter mais cartas para dar... já estive em COMA (palavra grave que nunca se diz com ânimo leve...).

Mudar de espaço far-me-á bem, longe se procura a SAÚDE (palavra tão distante...)!

15 janeiro 2010

(plural real) A GENTE vai continuar

http://www.youtube.com/watch?v=O8HyLrokZko


Tira a mão do queixo, não penses mais nisso
O que lá vai já deu o que tinha a dar
Quem ganhou, ganhou e usou-se disso
Quem perdeu há-de ter mais cartas para dar
E enquanto alguns fazem figura
Outros sucumbem à batota
Chega aonde tu quiseres

Mas goza bem a TUA rota

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar
Enquanto houver ventos e mar
A GENTE NÃO VAI PARAR
Enquanto houver ventos e mar

Todos nós pagamos por tudo o que usamos
O sistema é antigo e não poupa ninguém, não
Somos todos escravos do que precisamos
Reduz as necessidades se queres passar bem
Que a dependência é uma besta
Que dá cabo do desejo
E A LIBERDADE É UMA MALUCA
QUE SABE QUANTO VALE UM BEIJO

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar

Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
Enquanto houver ventos e mar

Enquanto houver estrada para andar
A gente vai continuar
Enquanto houver estrada para andar

Enquanto houver ventos e mar
A gente não vai parar
ENQUANTO HOUVER VENTOS E MAR
1982 - letra e música de Jorge Palma

Take II:

eu pedi p estar c o miguel pq vi o filme e li uma entrevista c ele e axo q o caso dele pode ter paralelo c o meu, acho q nos formamos por estes encontros, crescemos c as pessoas fortes e momentos de força destes
o miguel parece uma pessoa de olhar sincero e frontal...
vejo neste encontro através de alguma envolvência numa mesa uma possibilidade algo assimétrica:
- tu terás + para dar em troca;
- tu falas;
- tens + tempo de experiência enquanto deficiente (é-se menos eficiente, ninguém se julgará deficiente...);
- talvez maior saber de como experiências destas funcionam...

c estas pessoas nos fazemos!!!

14 janeiro 2010

fez-se vida, far-se-á melhor? CLARO!!!

O tempo passa e em nós
Não nos deixa satisfazer
De comboio de autocarro
Pr’á chamusca eu vou a correr

Com as pedras no caminho
Uma família vão construir
Conhecendo nos aos poucos
Começamos a sorrir

Posso gritar Jeremias
Posso comer melancias
Posso reinar por uns das
Mas não me esqueço de ti, meu amor

Ditaduras e governos
Até reis vimos aparecer
A lembrança fica em nos
De um bom campo que aconteceu

Passa o tempo e entre nos
Algo fica por dizer
As palavras, os abraços
Que jamais vamos esquecer

13 janeiro 2010

estudo errado - gabriel, o pensador! talvez esteja repetido mas um mau estudante por muito que estude...

Eu tô aqui Pra quê?
Será que é pra aprender?
Ou será que é pra aceitar, me acomodar e obedecer?
Tô tentando passar de ano pro meu pai não me bater
Sem recreio de saco cheio porque eu não fiz o dever
A professora já tá de marcação porque sempre me pega
Disfarçando espiando colando toda prova dos colegas
E ela esfrega na minha cara um zero bem redondo
E quando chega o boletim lá em casa eu me escondo
Eu quero jogar botão, vídeo-game, bola de gude
Mas meus pais só querem que eu "vá pra aula!" e "estude!"
Então dessa vez eu vou estudar até decorar cumpádi
Pra me dar bem e minha mãe deixar ficar acordado até mais tarde
Ou quem sabe aumentar minha mesada
Pra eu comprar mais revistinha (do Cascão?)
Não. De mulher pelada
A diversão é limitada e o meu pai não tem tempo pra nada
E a entrada no cinema é censurada (vai pra casa pirralhada!)
A rua é perigosa então eu vejo televisão
(Tá lá mais um corpo estendido no chão)
Na hora do jornal eu desligo porque eu nem sei nem o que é inflação
- Ué não te ensinaram?
- Não. A maioria das matérias que eles dão eu acho inútil
Em vão, pouco interessantes, eu fico pu..
Tô cansado de estudar, de madrugar, que sacrilégio
(Vai pro colégio!!)
Então eu fui relendo tudo até a prova começar
Voltei louco pra contar:

Manhê! Tirei um dez na prova
Me dei bem tirei um cem e eu quero ver quem me reprova
Decorei toda lição
Não errei nenhuma questão
Não aprendi nada de bom
Mas tirei dez (boa filhão!)
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Quase tudo que aprendi, amanhã eu já esqueci
Decorei, copiei, memorizei, mas não entendi
Decoreba: esse é o método de ensino
Eles me tratam como ameba e assim eu num raciocino
Não aprendo as causas e conseqüências só decoro os fatos
Desse jeito até história fica chato
Mas os velhos me disseram que o "porque" é o segredo
Então quando eu num entendo nada, eu levanto o dedo
Porque eu quero usar a mente pra ficar inteligente
Eu sei que ainda num sou gente grande, mas eu já sou gente
E sei que o estudo é uma coisa boa
O problema é que sem motivação a gente enjoa
O sistema bota um monte de abobrinha no programa
Mas pra aprender a ser um ingonorante (...)
Ah, um ignorante, por mim eu nem saía da minha cama (Ah, deixa eu dormir)
Eu gosto dos professores e eu preciso de um mestre
Mas eu prefiro que eles me ensinem alguma coisa que preste
- O que é corrupção? Pra que serve um deputado?
Não me diga que o Brasil foi descoberto por acaso!
Ou que a minhoca é hermafrodita
Ou sobre a tênia solitária.
Não me faça decorar as capitanias hereditárias!! (...)
Vamos fugir dessa jaula!
"Hoje eu tô feliz" (matou o presidente?)
Não. A aula
Matei a aula porque num dava
Eu não agüentava mais
E fui escutar o Pensador escondido dos meus pais
Mas se eles fossem da minha idade eles entenderiam
(Esse num é o valor que um aluno merecia!)
Íííh... Sujô (Hein?)
O inspetor!
(Acabou a farra, já pra sala do coordenador!)
Achei que ia ser suspenso mas era só pra conversar
E me disseram que a escola era meu segundo lar
E é verdade, eu aprendo muita coisa realmente
Faço amigos, conheço gente, mas não quero estudar pra sempre!
Então eu vou passar de ano
Não tenho outra saída
Mas o ideal é que a escola me prepare pra vida
Discutindo e ensinando os problemas atuais
E não me dando as mesmas aulas que eles deram pros meus pais
Com matérias das quais eles não lembram mais nada
E quando eu tiro dez é sempre a mesma palhaçada

Refrão

Encarem as crianças com mais seriedade
Pois na escola é onde formamos nossa personalidade
Vocês tratam a educação como um negócio onde a ganância a exploração e a indiferença são sócios
Quem devia lucrar só é prejudicado
Assim cês vão criar uma geração de revoltados
Tá tudo errado e eu já tou de saco cheio
Agora me dá minha bola e deixa eu ir embora pro recreio...

ela muda o mundo dela e o nosso

www.themadalchemist.blogspot.com

The mad alchemist comes from the most western point of Portugal, Cascais, where he wonders about life, people, feelings, travels and friends. His search consists on reaching the end of the rainbow where he could find true happiness and all the great richness of the world- LOVE. His thoughts flow around deep considerations and light moods. The first step is to find the secret for keeping the true smile and a peaceful state of mind. The first step seems infinite!...

conversa a priori

MIGUEL (SEABRA),

coragem e paciência! dos fracos n reza a historia!

dos grandes exemplos nos criamos, esta conversa servirá para colhermos energia e um fluxo de ideias. mascarar-me do outro, pisarmos novas vidas, criarmos vontade de mudar, criar revoluções.

nunca quis vida fácil, o acidente serve p me pôr à prova, n me tenho saído mal... exigência? sempre lidaram cmg com exigência

há males q vêm por bem, tornou-se lema, tal como q redescobri o optimismo... é irritante o EU... arranjei um doce trabalho no meu ESTÁGIO DE VIDA... trabalhar p viver...

do BARHEIN à PATAGÓNIA



Crê-se numa progressão.

Passaram de Camelos a Guanacos. É um bicho mais reservado e que se coaduna mais com a majestosa beleza dos ditos.

Não sei bem como é que os GUANACOS podem ser CAPRICÓRNIOS (esse virtuoso atributo...) mas são!!!!!

Encontros e Despedidas

Maria Rita canta

Mande notícias do mundo de lá
Diz quem fica
Me dê um abraço
Venha me apertar
Tô chegando
Coisa que gosto é poder partir
Sem ter planos
Melhor ainda é poder voltar
Quando quero


Todos os dias é um vai-e-vem
A vida se repete na estação
Tem gente que chega pra ficar
Tem gente que vai pra nunca mais
Tem gente que vem e quer voltar
Tem gente que vai e quer ficar
Tem gente que veio só olhar
Tem gente a sorrir e a chorar


E assim, chegar e partir
São só dois lados
Da mesma viagem
O trem que chega
É o mesmo trem da partida
A hora do encontro
É também despedida
A plataforma dessa estação
É a vida desse meu lugar
É a vida desse meu lugar
É a vida

( Milton Nascimento / Fernando Brant )

12 janeiro 2010

FUI À BEIRA DO MAR - JOSÉ Afonso

Fui à beira do mar
Ver a que lá havia
Ouvi uma voz cantar
Que ao lange me dizia

Ó cantador alegre
Que é da tua alegria
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria

Desde então a lavrar
No meu peito a Alegria
Ouço alguém a bradar
Aproveita que é dia

Sentei-me a descansar
Enquanto amanhecia
Entre o céu e o mar
Uma proa rompia

Desde então a bater
No meu peito em segredo
Sinto uma voz dizer
Teima, teima sem medo

BOM ANO!!!

Foi assim:

2009 a chegar ao fim... dia 29, 30, 31... bhrlumpf... 2010, JANEIRO!, e por aí se seguiu a vida com o já sabido... FEVEREIRO, MARÇO...

A principío é simples anda-se sozinho!

analisando o tempo e o espaço

Há amigos do peito e do peido.

Pessoas que acham que sabem como funciona uma relação e não supõem mudanças, pessoas... bhrlgh... canalha! É gorda e feia ou pouco atraente... genes enganados!

Podem cantar invejas ao MIMADO...

Esta é a fase do visitar lá longe e não comseguir vir ver-me cá. De ir a CUBA e aparecer por favor sem dar um pouco de si.

De receber uma mensagem e a aguentar até poder esfregá-la na cara.

Dos PARABÉNS esquecidos que foram numa carta....

09 janeiro 2010

o grande truque da vitória é a motivação

Uma estrada, um caminho deve fazer-se aproveitando cada pedra do caminho, faz-se vendo o passeio que circunda a rua, não se pode ter a ideia de um fim: o longe depois do perto...

Estar motivado é um precioso apreciar a vida.

Tenho 29 anos, não me parece provável que passe o resto da vida em cadeira de rodas...

eu quero aproximar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela ALEGRIA no mundo

Um processo, estou num caminho, fins? andar, falar, amar, escrever...

Tenho equitação, natação, falta-me esgrima para potencializar uma vida no jet set!

Ser mimado é um dom, perceber como potencializar factores da mudança...

Para grandes pessoas, desafios dificeís, ultrapassar metas...

uma alle(n)lluia fez anos

somos filhos da madrugada...

menina.

ensinaste-me a ter presente a ideia de 'revolução.

ensinas-me a gritar.

a viver em desassossego.

q velhos são os trapos.

tens imensa genica cota! trazes inveja aqui ao chico!

para o bem vieste!

dá-me a mão. leva-me a passear!

06 janeiro 2010

Primeiro as primeiras coisas.

nascer.
amar.
a familía.
os amigos.
andar.
falar.
respirar.
sorrir.
olhar.
conversar.
ouvir.
receber.
ler.
oferecer.
morrer.
viver!

Mais um dia mais...

Na equitação (hipoterapia) peguei nas rédeas... conduzo o GAIATO!

'Na piscina há 2 meses não faria aquilo', disse a ANDREIA... andar agarrado às cordas, são pequenos progressos num bolo... ainda vou correr!!!

05 janeiro 2010

menino jesus

Num meio-dia de fim de Primavera
Tive um sonho como uma fotografia.
Vi Jesus Cristo descer à terra.
Veio pela encosta de um monte
Tornado outra vez menino,
A correr e a rolar-se pela erva
E a arrancar flores para as deitar fora
E a rir de modo a ouvir-se de longe.

Tinha fugido do céu.
Era nosso demais para fingir
De segunda pessoa da Trindade.
No céu tudo era falso, tudo em desacordo
Com flores e árvores e pedras.
No céu tinha que estar sempre sério
E de vez em quando de se tornar outra vez homem
E subir para a cruz, e estar sempre a morrer
Com uma coroa toda à roda de espinhos
E os pés espetados por um prego com cabeça,
E até com um trapo à roda da cintura
Como os pretos nas ilustrações.
Nem sequer o deixavam ter pai e mãe
Como as outras crianças.
O seu pai era duas pessoas -
Um velho chamado José, que era carpinteiro,
E que não era pai dele;
E o outro pai era uma pomba estúpida,
A única pomba feia do mundo
Porque nem era do mundo nem era pomba.
E a sua mãe não tinha amado antes de o ter.
Não era mulher: era uma mala
Em que ele tinha vindo do céu.
E queriam que ele, que só nascera da mãe,
E que nunca tivera pai para amar com respeito,
Pregasse a bondade e a justiça!

Um dia que Deus estava a dormir
E o Espírito Santo andava a voar,
Ele foi à caixa dos milagres e roubou três.
Com o primeiro fez que ninguém soubesse que ele tinha fugido.
Com o segundo criou-se eternamente humano e menino.
Com o terceiro criou um Cristo eternamente na cruz
E deixou-o pregado na cruz que há no céu
E serve de modelo às outras.
Depois fugiu para o Sol
E desceu no primeiro raio que apanhou.
Hoje vive na minha aldeia comigo.
É uma criança bonita de riso e natural.
Limpa o nariz ao braço direito,
Chapinha nas poças de água,
Colhe as flores e gosta delas e esquece-as.
Atira pedras aos burros,
Rouba a fruta dos pomares
E foge a chorar e a gritar dos cães.
E, porque sabe que elas não gostam
E que toda a gente acha graça,
Corre atrás das raparigas
Que vão em ranchos pelas estradas
Com as bilhas às cabeças
E levanta-lhes as saias.

A mim ensinou-me tudo.
Ensinou-me a olhar para as coisas.
Aponta-me todas as coisas que há nas flores.
Mostra-me como as pedras são engraçadas
Quando a gente as tem na mão
E olha devagar para elas.

Diz-me muito mal de Deus.
Diz que ele é um velho estúpido e doente,
Sempre a escarrar para o chão
E a dizer indecências.
A Virgem Maria leva as tardes da eternidade a fazer meia.
E o Espírito Santo coça-se com o bico
E empoleira-se nas cadeiras e suja-as.
Tudo no céu é estúpido como a Igreja Católica.
Diz-me que Deus não percebe nada
Das coisas que criou -
"Se é que ele as criou, do que duvido." -
"Ele diz por exemplo, que os seres cantam a sua glória,
Mas os seres não cantam nada.
Se cantassem seriam cantores.
Os seres existem e mais nada,
E por isso se chamam seres."
E depois, cansado de dizer mal de Deus,
O Menino Jesus adormece nos meus braços
E eu levo-o ao colo para casa.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Ele mora comigo na minha casa a meio do outeiro.
Ele é a Eterna Criança, o deus que faltava.
Ele é o humano que é natural.
Ele é o divino que sorri e que brinca.
E por isso é que eu sei com toda a certeza
Que ele é o Menino Jesus verdadeiro.

E a criança tão humana que é divina
É esta minha quotidiana vida de poeta,
E é por que ele anda sempre comigo que eu sou poeta sempre.
E que o meu mínimo olhar
Me enche de sensação,
E o mais pequeno som, seja do que for,
Parece falar comigo.

A Criança Nova que habita onde vivo
Dá-me uma mão a mim
E outra a tudo que existe
E assim vamos os três pelo caminho que houver,
Saltando e cantando e rindo
E gozando o nosso segredo comum
Que é saber por toda a parte
Que não há mistério no mundo
E que tudo vale a pena.

A Criança Eterna acompanha-me sempre.
A direcção do meu olhar é o seu dedo apontado.
O meu ouvido atento alegremente a todos os sons
São as cócegas que ele me faz, brincando, nas orelhas.

Damo-nos tão bem um com o outro
Na companhia de tudo
Que nunca pensamos um no outro,
Mas vivemos juntos e dois
Com um acordo íntimo
Como a mão direita e a esquerda.

Ao anoitecer brincamos as cinco pedrinhas
No degrau da porta de casa,
Graves como convém a um deus e a um poeta,
E como se cada pedra
Fosse todo o universo
E fosse por isso um grande perigo para ela
Deixá-la cair no chão.

Depois eu conto-lhe histórias das coisas só dos homens
E ele sorri porque tudo é incrível.
Ri dos reis e dos que não são reis,
E tem pena de ouvir falar das guerras,
E dos comércios, e dos navios
Que ficam fumo no ar dos altos mares.
Porque ele sabe que tudo isso falta àquela verdade
Que uma flor tem ao florescer
E que anda com a luz do Sol
A variar os montes e os vales
E a fazer doer aos olhos dos muros caiados.

Depois ele adormece e eu deito-o.
Levo-o ao colo para dentro de casa
E deito-o, despindo-o lentamente
E como seguindo um ritual muito limpo
E todo materno até ele estar nu.

Ele dorme dentro da minha alma
E às vezes acorda de noite
E brinca com os meus sonhos.
Vira uns de pernas para o ar,
Põe uns em cima dos outros
E bate palmas sozinho
Sorrindo para o meu sono.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Quando eu morrer, filhinho,
Seja eu a criança, o mais pequeno.
Pega-me tu ao colo
E leva-me para dentro da tua casa.
Despe o meu ser cansado e humano
E deita-me na tua cama.
E conta-me histórias, caso eu acorde,
Para eu tornar a adormecer.
E dá-me sonhos teus para eu brincar
Até que nasça qualquer dia
Que tu sabes qual é.

... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ... ...

Esta é a história do meu Menino Jesus.
Por que razão que se perceba
Não há-de ser ela mais verdadeira
Que tudo quanto os filósofos pensam
E tudo quanto as religiões ensinam ?

Alberto Caeiro

Venho aqui deixar um conselho: oiçam isto lido pela MARIA BETHÂNIA, ok?

Quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não!

Como dizia o Poeta
Toquinho
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes
Quem já passou por essa vida e não viveu,
Pode ser mais mas sabe menos do que eu.
Porque a vida só se dá pra quem se deu,
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não.

Não há mal pior do que a descrença,
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão.

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair.
Pra que somar se a gente pode dividir.
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer.

Ai de quem não rasga o coração,
Esse não vai ter perdão.
Quem nunca curtiu uma paixão,
Nunca vai ter nada, não.

Quem nunca curtiu uma paixão nunca vai ter nada, não!

Como dizia o Poeta
Toquinho
Composição: Toquinho / Vinicius de Moraes
Quem já passou por essa vida e não viveu,
Pode ser mais mas sabe menos do que eu.
Porque a vida só se dá pra quem se deu,
Pra quem amou, pra quem chorou, pra quem sofreu.

Quem nunca curtiu uma paixão
Nunca vai ter nada, não.

Não há mal pior do que a descrença,
Mesmo o amor que não compensa
É melhor que a solidão.

Abre os teus braços, meu irmão, deixa cair.
Pra que somar se a gente pode dividir.
Eu francamente já não quero nem saber
De quem não vai porque tem medo de sofrer.

Ai de quem não rasga o coração,
Esse não vai ter perdão.
Quem nunca curtiu uma paixão,
Nunca vai ter nada, não.

04 janeiro 2010

2004 - Conversar em silêncio faz as mãos maiores!

2004 - Conversar em silêncio faz as mãos maiores.


muito maiores, pensamos em tudo o q elas podiam fazer e n fazem com ele.

ssssssssssssssssssssshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.

poisa um clima de confiança, levanta o triste vértice do polegar q cresce.

cai a noite sobre nós cresce uma tarde grande, é manhã...

brisa no sino, natureza suspira o verde.

2004 - Conversar em silêncio faz as mãos maiores!

os olhos indagam, perguntam... qd lá estávamos no terreno ela parou, sorriu, começou a acarinhar-me as mãos, abriu a boca... engoliu em seco! continuou a brincar com as mãos....

olho nos olhos fundo...

suspiro, olho para as palmas das mãos, suspiro, levanto a cabeça, vou falar, engulo em seco, olho-a nos olhos, dentro, escuro, penso em nós, no acabar... nese canto páro, vibram as pestanas, franzo a testa... MEDO!

03 janeiro 2010

em CARNIDE...

...Quem luta nem sempre ganha, mas quem não luta já perdeu!

sacaninha

1999 - Virá o tempo de chegar: por agora, caminhamos.

1, 2, 3 partida!

era uma vez uma estrada, um caminho longo até perder de vista... perto de uma clareira subindo até ao cume donde se podia olhar, ver um destino. mão na testa, água!, um rio ou lago, nunca mais se podia esquecer do último troço do caminho qd trincara a maçã.

era longa a rua, perdia-se a luz no terreno, era um destino q só correndo seria ultrapassado. implicava cuidado. pé ante pé devagar splosh, splash, friooo. calor longe, quenteee.

e terminava a rua no centeio.


2000 - São fundamentais duas ou três imagens simples e grandes para as quais o coração se abre pela primeira vez. É como abeirar-se de um vulcão.


sentir o q vimos...
vê-lo uma outra vez...
olhar...
caçar...
a lava circunda um abismo...
a canção...
o teatro...
a música...
o texto...
o coração procura no caos um sopro...
respira o sugado, expira o ontem, hoje e o amanhã...
...
quero dobrar-me e olhar um pêssego, uma nêspera, uma pera, uma laranja , uma banana...


2001 - Primeiro as primeiras coisas.

primeiro levantar, lavar os dentes, esperar na fila, pedir pasta ao animador, esperar na fila, levei um caldo, 'hey, bom dia', estica os punhos, 'olha q levas', preparar a toalha, 'depois sou eu... dás-me banho? sim, com esse balde, devagaaar, issooo, já está! boa, obrigado!', mãozada, levanta o braço, 'olha o sovaco, snif snif', 'porcoooooooooo', 'n! estou limpo, olha o cheiro'.

reunião de equipa.

'animadooooooooooooor, pensei num sketch, entramos em fila e começamos a andar à volta, e a apontar com lanternas a chamar pi-lo-toooooooooo, pi-lo-toooooooooo, e entras tu (aponta) e nós 'pilotooo', começamos às festinhas, sentaaa, 'boa cão', e despedimo-nos em festas... ali deixando o animal!


2002 - Crescer leva tempo a acontecer.

caminho a pequenos passos pacientes palpando o caminho na subida uma descida. e pelo meio um degrau, outro, subo, mais alto, aprecio essa estrada, caminho, ruela, beco, sopé, montanha, cume, vale. o tempo q fiz foi da amizade, rio, baía, enseada, mar, água, fogo terra, água, cinzeno, laranja, amarelo, cor manchada, poça azulada. terreno fértil. lançar vivas, dançar, ganhar.

foi hoje q resolvi festejar o amanhã, ontem li um texto pequenino.


2003 - Quando retomarmos a casa, quero que admires as flores ao longo do caminho.

na volta já n há pressa.

longe o percurso e longo com girassóis e malmequeres.

fui solto, vegetal, azul, fecho o dia.

abro a noite.


2004 - Conversar em silêncio faz as mãos maiores.

muito maiores, pensamos em tudo o q elas podiam fazer e n fazem com ele.

ssssssssssssssssssssshhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.

poisa um clima de confiança, levanta o triste vértice do polegar q cresce.

cai a noite sobre nós cresce uma tarde grande, é manhã...

brisa no sino, natureza suspira o verde.


2005 – Dancemos! E o nada deve acabar-se como todas as coisas.

nada foi lá longe, tudo é falua, boia uma bóia para o crescer

dancemos no lento e triste signo.

bailemos este ritmo.

a manha é cipreste.

coitada da lenta fábula.

outono.

acaba a nadar, bruços, crawll, costas.


2006 – Pedras no caminho? Guardo-as todas. Um dia vou construir um castelo.

construir com o q vibrar.

às pedras direi 'sei lá!'.

telhado...

vivenda...

casa...

quinta...

tijolo sobre tijolo

cegonha...

rouxinol...

pardal...

piu piu


2007 – O importante não é a casa onde moramos. Mas onde, em nós, a casa mora.

importa saber se mora em nós alguma casa... onde?

guardamos riachos aqui.

era um longo caminho, algo doido, bonacheirão.

chegar é ver o ontem, parar, olhar, abrigarmo-nos do hoje, fecharmo-nos nos braços o peito, rebuscar o vento.

cai uma brisa.

sol.

telhado, sótão, vento, caruma, poço, alpendre, parede...


2008 – É loucura estarmos juntos.

desde q comecei a viver juntei amigos.

gente boa, companhia.

endoideci.

junção de corpos no caminho...

pedra.

poste.

cigarro, dá-me uma passa, está morto, olha o fumo...


2009 – Oh mãe, deixa-me fazer o pino.

mãe, vou para o mocamfe!
o q é isso?
é uns acampamentos com gente jovem, música, é divertido!
e pq?
oh! pq o meu amigo douglas vai e a mafalda também...
aaaaaah a MAFALDAAA também vai, logo viiiiiiiiiiiiii!
fogo n é isso, oh mãe, pronto tb é!
o teu primo fala daquilo com a boca cheia, diz q o melhorou imenso para melhor.. veio fascinado: 'no MOCAMFE fiz amigos à séria, a valer, dos q ficam na vida...' acho q te vai fazer bem! ah, e claro q vais ter sucesso com a mafalda!
'oh mãe, fogoo...' (mãos à ilharga, pontapé nas pedras...)

02 janeiro 2010

yoggi pijama

Corri e vejo um trajecto.

Em pequenos passos já fiz várias maratonas, adquiro a paciência do fazer o caminho... vou curtindo a estrada!