Meu bom pai,
Caminho e dás-me a mão. Caminhamos nesta terra batida, gostamos um do
outro e nesta
batalha, que vai a meio, já ganhámos em cumplicidade e bem-estar,
ganhamos todos os dias,
um terreiro castanho com muita ervinha a crescer respira e enche-se do
ar fresco que corre e
sopra. Pulmão! É a terra que atravessa o pinhal e vai até a clareira
doutros tempos.
Setenta e seis menos vinte e oito são ou eram quarenta e oito, bocado
de vida longo, parte de
um sonho, começo de uma imagem, fim da quimera ou aurora, palavras bonitas.
Fui criança, jovem, a minha barba cresceu, ajeitou-se a ti. Parcial.
Dizes que estás em fase descendente, vens para mim, re-ascendemos juntos.
Uma longa estrada te falta, ela merece que lhe dês tanto de ti como
sempre. Ainda não acabou
filme. A gente vai continuar. Ontem olhei para ti do alto do cavalo,
fizeste sinal para levantar a
cabeça, levantei, assim na vida ensinas-me a levantar a cabeça! Nos
escuteiros havia uma placa
a mostrar um homem a chutar o im do impossível tornando POSSÍVEL...
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