13 fevereiro 2011

hinos



'não gosto da clivagem geracional que o hino dos deolinda celebra. não gosto muito das expectativas que traduz mas tem coisas giras: ter-se tornado um fenómeno; ser escrito por uma deolinda eheh.'

Sou da geração sem remuneração
E não me incomoda esta condição
Que parva que eu sou
Porque isto está mal e vai continuar
Já é uma sorte eu poder estagiar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "casinha dos pais"
Se já tenho tudo, pra quê querer mais?
Que parva que eu sou
Filhos, maridos, estou sempre a adiar
E ainda me falta o carro pagar
Que parva que eu sou
E fico a pensar
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar

Sou da geração "vou queixar-me pra quê?"
Há alguém bem pior do que eu na TV
Que parva que eu sou
Sou da geração "eu já não posso mais!"
Que esta situação dura há tempo demais
E parva não sou
E fico a pensar,
Que mundo tão parvo
Onde para ser escravo é preciso estudar



o meu HINO seria mais este: (veio pela LEO gruarrrrrrrr)



"Cidade / Sem muros nem ameias / Gente igual por dentro / gente igual por fora / Onde a folha da palma / afaga a cantaria / Cidade do homem / Não do lobo mas irmão

Capital da alegria / Braço que dormes / nos braços do rio / Toma o fruto da terra / É teu a ti o deves / lança o teu / desafio

Homem que olhas nos olhos / que não negas / o sorriso a palavra forte e justa / Homem para quem / o nada disto custa / Será que existe / lá para os lados do oriente / Este rio este rumo esta gaivota / Que outro rumo deverei seguir / na minha rota?"

1 comentário:

Rute disse...

Zeca é Zeca, mas os Deolinda têm feito um excelente trabalho e esta é uma grande canção!