10 dezembro 2012

liberdade



hoje estava ali sentado na sala de espera a ler os 'capitães de areia'.

 e como que a imagem que se formou, na minha cabeça

(ao pensar no Sem Pernas naquela casa - outra das que iam roubar - em que se afeiçoara aos donos, mas ia contra as regras de ser capitão da areia ser adotado)

foi de liberdade e de que vou até o sopro cantar,


e como que a imagem que se formou, na minha cabeça,

era como a da brisa a cantar nos meus cabelos,

como o vento,

como fazer um filme,

como ver um filme,

como uma onda do mar que cai na areia da praia e splash,

a onda no corpo a cair é fria, é gelada!

era andar e correr.

e saber que vou cá estar amanhã e depois e depois, e estive ontem e hoje e anteontem.


e como que a imagem que se formou, na minha cabeça

era cor,

era som, era piano, era batuque, era viola, era voz, era água a cair no charco, a escorregar gotas,

era sentir um corpo nu de encontro a mim,

e conversavam alto, aos berros,

e bebíamos chá quente porque está frio,

e existir e ir longe e mais e mais e mais,

e sorri porque sopra e faz barulho,

e escrever!

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