09 agosto 2013

assobiooo


Era uma vez um assobio.

Tiroliro piiiu piiiu piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiuuuu.

Este texto pretende pôr a assobiar toda a gente assobiar onde estiver.

Atrevam-se a solarem.

Está calor.

Agosto de 2013 nunca existiu, está por ser pintado.

Olha-me este gajo!!!

Deves pensar que nós temos a idade dele.

Que basta carregar num botão e clap clap: um assobio, pior:

pede as músicas e tudo.

Agosto de 13 está por falhar, desafinar:

‘Falho, falho de novo, volto a tentar, de cada vez que falho, falho melhor!’

 (Samuel Beckett, Dublin, 13 de Abril de 1906 — Paris, 22 de Dezembro de 1989, foi um dramaturgo e escritor irlandês)

A ideia de falha como ganho não é evidente, falhar não é bom se não pensares que todos falhamos e ‘falhar é humano’, ou a ideia de falha é como criar alicerces para erguer um edifício, a imagem de abrir um buraco onde vai nascer algo.

'curti a forma abissal como falhei ontem', ninguém diz isto mas... ninguém curte falhar, estou a tentar convencer-vos que falhar é a única forma de melhorar.

Falhar é forma de aprender.

Errar num ditado ou uma composição na escola primária ensina-nos a querer dar menos erros e a escrever melhor para compores os teus textos, em autonomia, sem a professora.

Ninguém falha um assobio, ainda por cima, sozinhos…

Todos começamos por não saber nada e o mais natural é quando tentamos errarmos, tentamos de novo, falhamos melhor e com menos erros, vamos aperfeiçoando.

E ao observar novas formas de falhar melhoramos enquanto sociedade, a história pretende funcionar como leitura do tempo, nos mais diferentes domínios (coisas tão diversas como exs.: a música, a pesca, a deficiência, em tudo há que encontrar novas formas de fazer e novas formas de falhar).

Neste texto há por certo erros, falhas.

Desde que nos lembramos cada um e cada povo e a ‘família humana’ tentamos ir tentando fazer coisas diferentes e melhorando. DO-RE-MI-FA-SOL-LA-SI-DOOO PIIIIUUU!

DÓravante vamos começar devagarinho e em crescendo o hino, mãos ao peito, levantem os queixos, ‘Heróis do maaar, piu piuuu’ um não está ninguém a ver e se estiver 2 mins de dueto… passa-se este gajooo!

REpito vamos assobiar, em assobio ninguém desafina e alivia a alma, experimenta/em!

MIstifico a ideia: uma Assovio ou assobio é a produção de som de altura definida a partir da expiração constante através da boca. O ar pode ser direcionado pela língua, lábios, dentes ou dedos para criar a turbulência necessária à geração do som. A boca serve como caixa-de-ressonância para reforçar o som resultante, atuando como um ressonador de Helmholtz. O assovio pode também ser produzido utilizando as mãos como caixa-de-ressonância. (in wikipedia no dia 09.08.13)

FAçam como eu, encho o peito de ar, as bochechas, lábios à frente, shhh… Não consigo assobiar. Acreditem que estava concentrado mas não tenho força, snif, snif, olha mais uma razão para assobiarem, eu quero e não consigo, vocês podem e conseguem… PIIIUUU!!!

SOLtem o ar, expirem, ‘as pombinhas da catrinaaa’.

LAmento não conseguir participar no concerto, SINTRA on fireee…

SIntam o ambiente…

DO corpo vosso instrumento.

 Tenho um TCE (Traumatismo Craneo-Encefálico) desde 18 de Novembro de 2006 e desde então ele tornou-se meu íntimo: não falo nem ando bem (ando de cadeira de rodas, tripé em distâncias mais curtas, mas vou correr, asseguro; não falo bem mas digo vogais de uma forma invejável e se estivermos atento, vocês e eu solta-se poesia… também não consigo assobiar…).

Outra música?

‘Grândola’?

‘Em cada esquina um amigo, em cada rosto igualdade!’ ‘piuuu piu piu piu! Piuuu piu piu!.

Parecem pássaros, desculpem a ideia mas achei giro imaginar um grupo ou alguém a solo a assobiar.

Eu achava giro que me pedissem para fazer disparates, isto é perigoso: vocês não me conhecem de lado nenhum, só sabem que um miúdo amigo da DUDE, é ela!!!, vos pede para assobiarem a ‘marcha nupcial’.

e é divertido... pensem no que quiserem e piriripiripipi...

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