26 janeiro 2016

temos PR!!!



A primeira boa noticia é que Cavaco vai passar a terceira idade para Boliqueime (má notícia para os de lá): alguma culpa hão-de ter na formação de tão caricata figura/personagem.

Marcelo teve um espaço de campanha pago e de luxo; gostei do discurso dele na Faculdade de Direito; vai ser o suporte (sendo de direita) que a esquerda precisa.

10 anos sem PR ou com um mau PR: já era tempo de mudarmos... ;)

21 janeiro 2016

Era uma vez…






 ... uma experiência Forte

Desde o dia 01 de Outubro de 2015 que comecei um estágio profissional no Centro Social e Paroquial de Carcavelos três dias por semana e todos os elogios que tenho a fazer aquelas pessoas serão poucos. Sabia, sentia, haver um ninho/nicho onde ajudar a melhorar e o CCPC tem sido uma descoberta diária desafiante.

Na cadeira de rodas ou no tripé transito do pavilhão mais antigo, já com rampas, para o mais moderno do refeitório, já com elevador, sabendo estar entre Amigos.
Circular em cadeira de rodas muda o tempo e espaço e tanta gente boa o CCPC tem que não consigo elogiar tantos (são mesmo muitos) que merecem. Tenho o desejo confidencial de subir lá acima, ao primeiro andar, no edifício antigo, durante o ano de 2016, que já avança,

Viver com gente forte melhora-nos e a palavra ‘trabalho’ tem qualquer coisa ali que imprime bem-estar. Ao ver aquelas pessoas trabalhar melhoro a minha experiência de estudante na área social.

A São da direcção do CCPC sempre com uma palavra ou olhar amigo de quem sabe receber. O Mauro e a Zulmira transmitem paz, segurança e confiança; a Rita do GIP (Gabinete de Inserção Profissional) passa boa energia e atividade nos sorrisos bonitos; a Susana é um luxo de ver pensar nas sessões à quarta-feira a coordenar/conduzir as reuniões com as auxiliares de apoio domiciliário: 5 Mulheres com M maiúsculo: Josefina, Rute, Maria José, Vanessa e Tânia.

Falam sempre sobre alguns casos mais importantes, durante algum tempo achei que era muito pesado; depois percebi que brincava-se e tornava-se leve o ambiente, de vez em quando, mas aquilo é sério e ‘não se faz este trabalho sem ser por gosto’ (Mª José)

Aquele escritório no pavilhão mais antigo convivo e aprendo com quatro profissionais muito diferentes mas em que a competência e qualidade são unânimes. Assisto a atendimentos, a pessoas que vida difícil será o mínimo a adjectivar, com cuidados que elogiam o Ser e Existir. 

O Lean é um projeto inovador vindo do Japão e ajuda-nos a pensar para além do aqui e agora no nosso umbigo: estamos prontos a ser melhores e a acreditar num Presente que tenta recuperar passados tendo em vista um futuro melhor.

A creche, e pessoal que educa, aparece vincando esperança no futuro. Vivendo ao lado das reuniões da direcção de idosos todas as quintas feiras, com a Isabel a caminhar ao lado com eles, com olhares vincando uma meninice escondida pela idade. Teatro e foclore são outras energias mais vividas na prática a que o Beto e o Agostinho dão talento.

Uma palavra final para o Bernardo que cuida e apoia como vocação e ajuda a aprender a viver. O Luís sempre revigorante, no olhar vivo e conversa acesa, como o café que serve.

E muito ficará por contar e elogiar: tem sido Fascinante: ‘a gente vai continuar’ (J. Palma)

18 janeiro 2016

Marisa Matias a Presidente!!!








39 anos

Socióloga

foi eurodeputada

inteligente

já vai sendo tempo de termos uma mulher como PR

Boa comunicadora

de esquerda

ganhou o meu voto!!!

É altura de provar que estão errados.

O Ninguém e o Toda a Gente

Diz um amigo: "há dois gajos que nunca me apresentaram — o Ninguém e o Toda a Gente". E, no entanto, continua, "passam a vida a falar-me deles: “Ninguém gosta disto”, “Toda a gente diz que é assim”. E eu insisto: apresentem-me esses gajos! Quem é o Ninguém que não gosta disto? Quem é o Toda a Gente que não quer saber daquilo?". Enquanto não os conhecer, sugere ele, não acredita nas opiniões que são apresentadas em nome deles.

O "Ninguém" e o "Toda a Gente" são as personagens preferidas de quem não tem a coragem de dizer o que pensa ou não deseja assumir a sua falta de convicção. Inventam-se então estas testas-de-ferro imaginárias para, como ventríloquos ao contrário, exprimirmos os preconceitos que são supostamente deles.

Lembrei-me muitas vezes do Ninguém e do Toda a Gente durante o fim-de-semana, enquanto ouvia os comentários televisivos às eleições presidenciais. A classe comentadeira já tirou há muito a conclusão de que estas eleições presidenciais não têm interesse; já estavam convencidos disso bem antes das eleições começarem. Não porque o achassem verdadeiramente (se é que ainda acham alguma coisa), mas porque lhes dá mais jeito assim: por um lado, dá menos trabalho, por outro, fazem-se a si mesmos, por comparação, mais interessantes do que o resto.
Como é natural, o Ninguém e o Toda a Gente foram convocados. "Ninguém está interessado em saber quais são as diferenças entre os candidatos". "Toda a gente se desinteressou destas eleições".  E eu ouço a voz do meu amigo: mas qual Ninguém? A prima, a tia, o canário? Qual Toda a Gente? Toda a gente mesmo ou só aquela que comenta nas TVs?

Se perderam a noção da importância das eleições presidenciais, tenham a coragem de o dizer. Se acham que elas são, naturalmente, muito menos importantes do que vocês, admitam-no. Mas não cometam a cobardia de endossar as vossas preguiças e indiferenças a todo um povo.
Vou dar-vos uma novidade. Os comentários televisivos, quando são vistos por bastante gente, chegam a trezentas mil pessoas. É muito. Mas é bastante menos do que os debates televisivos entre candidato presidenciais: o Sampaio da Nóvoa Vs. Marcelo chegou a um milhão e quatrocentos mil espectadores. Há muita gente interessada.

Mas há também, ainda é sempre, um esforço em curso para adormecer o país, esbater as diferenças e desvalorizar as suas escolhas. É fácil de fazer: basta não mencionar os programas políticos dos candidatos, quando os há, e selecionar as imagens mais fúteis e os comentários mais inúteis. No fim, embrulhar e proclamar que a culpa é do povo, que supostamente não se interessou.

Este processo, que convém muito ao tipo de elitismo egoísta vigente em Portugal — aquele elitismo que consiste em empurrar o resto da população para baixo em vez de a puxar para cima — esvazia a democracia e atrasa o país.

Gostaria de dizer que, quando Ninguém se preocupa com isto, Toda a Gente se prejudica. Mas é mais complexo do que isso. Alguns sofrem com este estado de coisas. Outros beneficiam.

13 janeiro 2016

Tenhamos piedade de Marcelo (Henrique Raposo, in Expresso, 09/01/2016)




marcelo

(Nota Introdutória - Nunca imaginei que alguma vez iria publicar um texto de um dos mais radicais plumitivos da Direita que opina com regularidade no espaço público, a saber, Henrique Raposo. Mas, perdoem-me os que me leem e seguem, não resisti. É que o escriba, tem jeito e o retrato que faz de Marcelo é arrasador. E mais, é insuspeito por vir de quem vêm. Provavelmente retrata aquilo que alguns sectores de Direita pensam de Marcelo. Contudo, eles são pragmáticos. No dia das eleições lá colocarão a cruz. E talvez nem precisem de tapar os olhos e engolir sapos como tiveram os comunistas que fazer em 1986 quando votaram em Mário Soares contra Freitas do Amaral a conselho do próprio Álvaro Cunhal. - Estátua de Sal, 09/01/2016)

​Leiam:​

Marcelo Rebelo de Sousa costumava passar o Ano Novo no Brasil com o amigo Ricardo Salgado. Contudo, Marcelo não apanhava sol à beira da piscina ou mar. Não queria chegar ao Portugal invernoso com um brutal bronzeado, porque achava que o público da TVI iria ficar enraivecido com aquele sinal de riqueza. Este episódio (descrito há tempos por Pedro Santos Guerreiro) diz-nos quase tudo sobre a cobardia intrínseca desta personagem. Um homem que recusa apanhar sol no Brasil só porque isso pode parecer mal ao povo é uma pessoa tão calculista que não pode merecer confiança. Há qualquer coisa de Dâmaso Salcede em Marcelo. É uma cabeça pequenina, escorregadia, que sobrevive pela lisonja. O curioso é que, ao contrário do Salcede original, a cópia marcelista tem boa imprensa. Porquê? Nasceu no topo social de Lisboa. Se passassem férias no Brasil com um amigo banqueiro, Passos, Cavaco ou Seguro nem sequer teriam arrancado como políticos, teriam sido destruídos à nascença. E, se tivessem protagonizado a cómica cena brasileira (recusar apanhar sol), seriam ridicularizados todos os dias. Marcelo pode quase tudo, porque é do círculo social certo. Passos, Cavaco e Seguro não podem quase nada, porque vêm de sítios com marquises.

A questão Ricardo Salgado vai muito além deste episódio brasileiro. Durante um ano, o Marcelo-comentador falou sobre o caso BES como se o Marcelo-cidadão não fosse amigo de Salgado e como se a sua companheira ou ex-companheira não fizesse parte da administração do banco. Debaixo do silêncio crítico do tal meio lisboeta, Marcelo pôde assim defender as posições do amigo Ricardo como se fosse um agente neutral e arbitral, como se fosse um anjo caído dos céus. Ora, perante o descalabro do BES, Marcelo só tinha uma saída transparente: recusar comentar o caso. No entanto, o “professor” nunca mostrou esse respeito pelos espectadores e pela ideia de espaço público. O que não surpreende. Durante as últimas décadas, Marcelo foi o grande mordomo do regime e um dos responsáveis pela ausência de debate sério sobre os problemas de Portugal. Sim, Henrique Neto tem razão quando acusa Marcelo de ser um dos co-responsáveis pela situação do país. O ex-discípulo de Marcello Caetano foi o idiota útil dos donos do sistema, o fala-barato que encheu o ar com pólvora seca. Alguém se lembra de uma crítica forte de Marcelo aos Salgados e aos Sócrates? Nos milhares de horas gravadas por Marcelo, alguém consegue sacar uma ideia, uma causa, um projeto?

Esta falta de transparência está relacionada com a sua tibieza intrínseca, que está a ficar claríssima nesta campanha eleitoral. Marcelo não acredita em nada. É uma máquina discursiva sem nada lá dentro. E chega a ser patético ou até comovente, diga-se, a forma como ele procura agradar a toda a gente. Por exemplo, disse a Marisa Matias que não iria tocar na lei do aborto, mas, se tivesse pela frente um candidato católico a lutar pelo “não”, Marcelo teria dito o exato contrário ou, pelo menos, teria dito que é necessário mudar a lei (recorde-se que Marcelo defendeu o “não” há dez anos). Já senti repulsa por Marcelo, mas confesso que agora só sinto pena.

09 janeiro 2016

Sampaio da NÓVOA :)


Viste o debate dele com o Rebelo de Sousa?

Mudou completamente a minha opinião!

Pelo menos, mostrou que no Marcelo não se deve votar... fez parecer o Marcelo um menino de coro...

Conquistou o meu voto!!!

Marcelo é  gato por lebre: um fala barato!

Onde estava você quando EU apresentava livros (ler bem ocupa tempo...) em catadupa na TVI? (Marcelo R. Sousa)


Nem toda a gente teve o luxo de fazer campanha anos a fio... Passou a vida toda a falar sozinho e este homem vem  ajudar a mudar Portugal, como diz no site dele, onde podem ver a entrevista:


Cinco razões para votar Sampaio da Nóvoa

Tempos diferentes, como os que vivemos, exigem um Presidente independente e imparcial. Sampaio da Nóvoa é a pessoa certa para promover os entendimentos e compromissos que se esperam de um Presidente da República.

Os últimos anos demonstraram a importância do papel do Presidente. Sampaio da Nóvoa garante uma leitura prudente e uma intervenção determinada na defesa da Constituição, assegurando a estabilidade de que o país precisa. O apoio de Ramalho Eanes, Mário Soares e Jorge Sampaio é a melhor garantia desse compromisso.

O futuro de Portugal está na educação, na qualificação e na inovação. Não podemos desperdiçar os nossos jovens. Portugal precisa dos jovens para construir um país de oportunidades, mais justo e próspero. Sampaio da Nóvoa garante-nos que teremos um Presidente comprometido com o conhecimento e a educação.

Uma vida inteira dedicada ao serviço público pelo país. Outros ficariam confortavelmente no seu lugar de Reitor, mas Sampaio da Nóvoa derrubou velhos hábitos e rivalidades e avançou na união das universidades de Lisboa. Os resultados estão à vista. Uma Universidade que ultrapassou barreiras para ter dimensão internacional.

Sampaio da Nóvoa é o candidato que se compromete com a igualdade de oportunidades garantida pela escola pública, Serviço Nacional de Saúde e segurança social pública. Não há Estado Social sem Democracia, nem Democracia sem Estado Social.

03 janeiro 2016

A Quietude da Água (enredada) - aconselho!

Na ilha de Amami, os habitantes vivem em harmonia com a natureza, pensam que um deus habita em cada árvore, cada pedra e cada planta.


 Cartaz do Filme

A Quietude da Água

O adolescente Kaito vive na ilha de Amami Oshima, no Japão, onde ainda se acredita na importância da harmonia com todos os seres da natureza. Numa noite de lua cheia, ao passear junto à praia, o jovem encontra um cadáver a boiar nas águas. Aquele estranho evento deixa marcas profundas em Kaito, que se vê obcecado por perceber as razões do sucedido. Para isso, pede ajuda a Kyôko, a sua grande amiga. Juntos, lançam-se na missão de desvendar o enigma. Enquanto perseguem esse objectivo, Kaito e Kyôko vão descobrir outros mistérios ainda mais desconcertantes: os que se referem à vida, à morte ou ao amor...
Nomeado para a Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes, um filme sobre a entrada na idade adulta, com argumento e realização da japonesa Naomi Kawase.

02 janeiro 2016

Ano novo, tempo novo (de António Costa)






 
 

Ano novo, tempo novo

Mais crescimento, melhor emprego, maior igualdade. São estes os três desígnio que se reforçam mutuamente

O início do novo ano coincide com o primeiro mês do XXI Governo Constitucional. É, portanto, a altura ideal para uma primeira prestação de contas da governação e para o renovar dos compromissos que assumimos perante todos os portugueses na tomada de posse.

A prioridade foi marcar a mudança de rumo, concretizando o compromisso eleitoral da viragem da página da austeridade na realidade do quotidiano dos portugueses, através de um conjunto de medidas que vêm inaugurar um tempo novo para Portugal, alicerçado em mais crescimento, melhor emprego e maior igualdade.

Demos os primeiros passos neste caminho, com a aprovação de um conjunto de medidas que devolvem rendimentos às famílias e melhoram as condições de investimento nas empresas, condições que desde sempre assumimos como essenciais para o relançamento da economia portuguesa.

No ano que agora começa, as famílias portuguesas verão a sua vida melhorar, quebrando-se o ciclo de empobrecimento dos últimos anos. Essa melhoria é uma realidade no alívio fiscal das famílias, com a supressão ou a redução da sobretaxa de IRS já em Janeiro, para os quatro primeiros escalões, medida que beneficiará mais 1,6 milhões de famílias, e a sua eliminação integral a partir do próximo ano. Com o mesmo objetivo, foram já atualizadas mais de dois milhões de pensões.

Também os funcionários públicos verão os cortes nos seus vencimentos totalmente eliminados ao longo do ano 2016, sendo-lhes devolvidos 40% dessa redução já a partir deste mês.

Outro compromisso eleitoral já concretizado foi o aumento do salário mínimo nacional, que passou para os 530 euros, no mês que agora se inicia, abrangendo mais de 650 mil trabalhadores, primeiro passo do seu aumento progressivo ao longo da legislatura para os 600euro euros mensais

Essenciais para a melhoria da atividade económica e para a promoção e a criação de emprego, as medidas de recuperação de rendimentos das famílias revelam-se também fundamentais para alcançarmos maior igualdade e justiça social. Destaca-se a aprovação da reposição do valor do complemento solidário para idosos e do valor de referência do rendimento social de inserção, para um total de 440 mil portugueses, bem como o aumento dos três primeiros escalões do abono de família, beneficiando mais de um milhão de crianças.

Com estas medidas, aprovadas nos primeiros 20 dias de governação, procuramos interromper o caminho de empobrecimento e retrocesso social que as políticas de austeridade impuseram aos portugueses nos últimos anos e afirmar uma nova visão para o país, uma visão assente numa economia mais forte e sustentável. Contribuindo, desde logo, para que o crescimento da procura assente na melhoria do rendimento das famílias e não no seu endividamento, favorecendo a reorientação da política de financiamento bancário do rentismo do crédito ao consumo e à compra de casa própria para o financiamento do investimento produtivo.

O reforço do rendimento das famílias não basta para o relançamento da economia. Precisamos de empresas fortes, saudáveis e competitivas, o que passa, inevitavelmente, pela implementação de medidas que dêem resposta aos problemas de capitalização e financiamento. Medidas como aquelas que foram recentemente aprovadas e que vão permitir criar melhores condições de investimento das empresas, com o pagamento de cem milhões de euros de fundos comunitários nos primeiros cem dias de governo e a criação de uma estrutura de missão para a capitalização das empresas, encarregue da apresentação de propostas concretas de diversificação das fontes de financiamento e de incentivo da capitalização das empresas portuguesas.

Melhoria do rendimento disponível das famílias e criação das condições de investimento das empresas são os dois pilares em que assenta a estratégia de relançamento da economia. Daí a importância da estabilização do sistema financeiro, que com evitável dramatismo foi necessário enfrentar e que importa consolidar.

Também os direitos de igualdade e de cidadania saíram reforçados com a aprovação da lei de adoção de crianças por casais do mesmo sexo e a revogação da alteração à lei da interrupção voluntária de gravidez imposta pelo anterior executivo. Duas medidas que visam combater a discriminação e construir uma sociedade mais igual.

Mais crescimento, melhor emprego, maior igualdade. São estes três desígnios que se reforçam mutuamente e que, vistos no seu conjunto, permitirão uma consolidação sustentável das finanças públicas. Foi por aqui que começámos e é este o caminho que será prosseguido. No Orçamento do Estado para 2016, que apresentaremos nas próximas semanas, demonstraremos que é possível reverter o empobrecimento, cumprir a Constituição da República Portuguesa e garantir finanças públicas equilibradas.

O ano de 2016 é por isso marcado por este tempo da urgência de relançar a economia portuguesa e de recuperar as fraturas sociais da austeridade, de combate à precariedade. Mas a este tempo de urgência junta-se uma visão estratégica de reforço da cidadania, modernização da economia e do Estado, de desenvolvimento do país que assentará nos pilares do conhecimento: a cultura, a ciência e a educação. São estes os fatores-chave em que teremos de investir para afirmar a sociedade do conhecimento, para retomar o caminho do progresso e da igualdade e para preparar o nosso país para os desafios do século XXI.

Depois de quatro anos em que dominou a ideia de que a austeridade era a única solução, este governo e a nova maioria parlamentar provaram que é possível governar de forma diferente. E provaram ainda que é pela via do diálogo, da concertação e da transparência que poderemos atingir uma plataforma comum que responda aos exigentes desafios que se colocam ao nosso país.

Tal como no Parlamento foi possível derrubar barreiras, valorizar o pluralismo e alargar o quadro das soluções governativas, assim enriquecendo a democracia, também é necessário concretizar ao nível da concertação social um acordo de concertação estratégica, de par com o desbloqueamento da contratação coletiva, e investindo com ambição na governação a vários níveis com a ativa participação das regiões autónomas e das autarquias locais.

Esse é o compromisso que assumimos neste início de ano. Governar melhor, reforçando a transparência e valorizando o diálogo social e descentralizador, tendo em vista um país mais desenvolvido, uma economia mais justa e uma sociedade mais igual.

Este ano coincidem aniversários importantes de eventos que marcam a nossa identidade, democrática com os 40 anos da Constituição da República Portuguesa, europeia com os 30 anos ontem completados de adesão à CEE, lusófona com os 20 anos da constituição da CPLP.

O melhor tributo que podemos render à Constituição é a reposição da normalidade constitucional, que ontem se iniciou em cumprimento das decisões do Tribunal Constitucional.

É tempo de completar o bem-sucedido quadro de cooperação política e económica da CPLP com a afirmação de um pilar de cidadania, essencial para consolidar este espaço em percursos de vida, partilha de letras e de sonoridades, que uma comunidade de língua veicula.

Um novo impulso para a convergência é o maior desafio estratégico que se nos coloca no quadro da União Europeia, que partilhamos com vários outros Estados membros, condição de vencermos a longa estagnação que acompanha a nossa participação no euro e, também, condição de estabilização duradoura e sustentável da nossa moeda comum.

Em 1974, Sérgio Godinho, cantou que "a sede de uma espera só se estanca na torrente". Depois destes brutais anos de austeridade, temos de gerir com inteligência a torrente, transformando a sua força em energia e progressivamente ir alargando as margens, aplacando a velocidade a que corre o caudal, permitindo navegação tranquila e com rumo certo.

explorar o prazer como ganho

há por aí uma mania algo moralista a que respondo com este moralismo: dizer mal

do bem estar;

do descansar;

do não fazer nada;

do namorar;

do escrever no blogue;

a escrever sem ser no blogue;


demorar muito tempo em muitas festas: natal com a família A, B, C, D, E... Com os Amigos dali e daqui, com os infantários, as escolas, os do emprego A e B, o grupo de idosos., o ano novo, a Páscoa, o Carnaval, o grupo dos jogos de sueca, bridge, os do Alvor, do Porto, de Lisboa, do mundo, etc... etc... etc...

a ver televisão;

estar com os Amigos;

a jogar jogos;

a brincar;

a cuidar do Outro;


a ler;

a dar festinhas aos outros animais;

a tomar banho e tratar de nós;

a andar às compras;

a comer;

a passear;

a dançar;

a festejar;

a ir e estar na a night;

a jogar e ver futebol e fazer desportos;

a fazer amor;

a conversar;

a pensar;

a estar ao telefone/telemóvel (do outro lado estão outros);



a cheirar e a inspirar;

a sentir;

a escutar e ouvir;

a saborear;

a olhar e ver;

a beber;

a ter lazer;

a ouvir música;

a viajar;

a feriar;

a não fazer nada;


a encontrar a sua forma de ser;

A VIVER!!!

só fazer isto na vida é fazer imenso, não é não ter nada para fazer na vida!

uma inspiração neste início de tarde


Aconteceu, esta manhã, ler sobre a importância da alegria da nossa vida. Deixo-te um excerto:

"Na história (Os sapatos vermelhos), sabemos que a menina perde os sapatos vermelhos criados por si, aqueles que a faziam sentir-se rica à sua maneira. Ela era pobre, porém criativa. Estava a encontrar a sua forma de ser. Havia transitado da condição de não ter sapatos à de ter sapatos que lhe proporcionavam um sentido de força espiritual apesar das dificuldades da sua vida concreta. Os sapatinhos feitos à mão são símbolos da sua ascensão de uma existência psíquica insignificante para uma vida emotiva projectada por ela mesma. Os seus sapatos representam um passo enorme e literal no sentido da integração da sua engenhosa natureza feminina na rotina do seu dia-a-dia. Não importa que sua vida seja imperfeita. Ela tem a sua alegria. Ela irá evoluir".

Mulheres que correm com lobos, Clarissa Pinkola Estes

01 janeiro 2016

Só Pode ser um bom ano para todos nós



(Alegria Arnaldo Antunes: 'A tristeza é uma forma de  Egoísmo)

Todos temos vontade de fazermos melhor... demonstre-mo-la!!!!


Façamos por NÓS em 2016, hoje e aqui...

Bora lá!

vamos LÁ!!!

Desejo

 "Talvez se salvem as pessoas todas só porque o desejamos quando o desejamos tanto. Mesmo que elas não nos entendam, mesmo que ninguém nos entenda. Talvez o desejo seja um aviso para que as coisas boas aconteçam sem precisarem de explicações complexas."
Valter Hugo Mãe