22 fevereiro 2020

porque é que a Eutanásia NÃO deve ser Referendada?

Não supõe que haja mais gente a querer morrer, só que temos essa opção em casos extremos; não estaremos a sobreviver em estado vegetal ad eternum (para sempre)!

O voto por referendo (ainda mais numa altura em que a abstenção está pelas horas da morte...) é anti democrático: era bem provável que em nome dos valores da igreja católica se votasse por prolongar a vida em condições sobre humanas porque só Deus

Os deputados são quem é eleito para nos representar, e a eles devemos essa responsabilidade; têm plenas condições para votar por nós; tirá-la porque e quando é importante é como não acreditar na DEMOCRACIA.

Não se morrerá só porque sim, por ser mais fácil.

Com esta votação aprovada a favor da Eutanásia as pessoas têm mais respeito e maior dignidade pela vida e pela forma de morrer.

Cada caso é um caso tem aqui maior relevância.


De Bruno Nogueira (link): (surpreende quando diz coisas inteligentes sem tempo para pensar, vejam vídeo)

"A lei que foi hoje aprovada na assembleia sobre a despenalização da eutanásia é um grito importante da liberdade individual de cada ser humano. Ainda falta muito caminho, mas a noite fez-se mais clara. Os que são a favor hão de poder, finalmente, tomar essa decisão, que só diz respeito a quem a toma, e os que são contra podem tomar a decisão de optar por um fim diferente para a vida, se assim o entenderem.
É uma lei bonita em que ninguém sai a perder, e é isso que custa a entender nos adeptos fervorosos do não: a incapacidade de perceberem que o melhor para eles não serve toda a gente. Que a vitória do sim não os obriga a escolherem a eutanásia como solução final. Que a ideia de corpo decomposto e em dor física ou psicológica até um final divino é uma ideia que pode servir uns e revoltar outros. Que sofram os que querem esse caminho (não há julgamentos morais), e que partam com hora marcada os que querem dar por findo o capítulo.
Cuidar da vida é também deixá-la quando ela nos trai. Negar a morte a alguém não pode ser assunto de quem vive com o corpo todo. Hoje ganhou a liberdade de escolha, para o sim e para o não.
Será que uma vida só termina quando o coração se demite das suas funções? Um dia também eu terei essa pergunta por perto. E felizmente, se tudo correr bem, poderei ser eu a escolher a minha resposta", concluiu"

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