Quando pela manhã
(manhã igual de todos os dias)
O olhar quebra a rotina da rota
Ergues-te vermelha trepadeira
No jardim ao meu encontro
Com o afeto de um amor solto
Solto sem dor flores do teu corpo
E com o cuidado que a alma
Sempre guarda o bom segredo
Caminhamos juntos para Oriente
Onde o rio cresce para o mar
Entre Anjos, Olaias e a chegada
(num Metro vivo imaginário
o livro cala o ruído à lagarta)
Vibram as pétalas floridas
Ao encontro da sua morada
Pousam secas como gelosias
Entre folhas de poemas lidos
Guardam a dor das linhas escritas
Marcadores de ocultas cifras
Nas teias bordadas pelas aporiasFino, Verão 2012/21
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