Era uma instalação que vertia sonhos, imaginações, voares, planares, e era formada através de pedidos largados em cafés, sociedades, clubes, espaços culturais, estações ferroviárias, aeroportos, onde houvesse gente; a colocar num espaço comum instalado na internet.
Era uma instalação social. Tinha uma introdução sempre igual: esta mensagem pede-te ajuda a
melhorarmos a tua vida individual e por consequência, a nossa
coletiva, responde ao pedido, por favor. Insere os teus dados em www.criar.comunidades.com agregados às
respostas a… (uma por mensagem) - O feitiço é ser feliz! Como? - Suplanta-te e encontra otimismos! Como a ferida forma crostas
que geram novas peles… - Como olhas para isto: Dados variados a avaliar; salientar as muitas melhorias que
existem no nosso pequeno mundo; Deficiências variadas (somos todos deficientes em parte, algo); Sexo/género (há formas de ser femininas e masculinas?); Idades: desde bebés a idosos?; Locais e formas de habitação; Número de pessoas por x zonas numa casa; Que mudarias no teu/nosso mundo? Porquê? Realiza-te! Que sentes importante para te realizares
individualmente ou num grupo (quais os teus!?) Estamos sempre a mudar! Como mudas e porquê? De onde vens? Para onde vais? Imagina um corpo plasticina, que sopra! Sente-te leve, cheio de
poderes que se inalam! Grita alto: Ternura e abraça-te a quem mais perto!
Abre os braços e atrai!
Sonha e imagina cores várias a saltar alegres! Arco iris que voam
claros e o que desejam? Entre pessoas nasces e entre pessoas vais deixar boas memórias.
Quais são as tuas? As que gostavas de deixar? O que desejas a uma vida que nasce? Que queres criar para todos nós partilharmos? O que queres? Porquê? AMOR É… ENERGIA É… Uma qualidade humana que dignifica a Pessoa? O que tens e gostas de ter? O que não tens e gostavas de ter? O que nunca fizeste e gostavas de fazer? Queremos todos melhorar mas isso não significa o mesmo para todos,
como criar espaços comuns melhores? Do que precisamos? O que gostarias de ter? Tinham o preço de se valerem muito da confiança; podiam não valer
nada ou ser convictos, dependiam de ti, se eras crente/descrente
no mundo de que fazias parte. Era muito simples tendo nisso um defeito e uma qualidade, só usava
palavras e eram inseridas num computador qualquer perto de ti. A instalação precisava de disponibilidade para dar e receber, de
cuidado. Era surpreendente, podia aparecer em qualquer lado, em qualquer
hora; quando aparecia era uma bênção, um extraordinário aproveitar
o tempo da vida. Todos sabiam que era uma regalia individual que os dotava de
capacidade de liderar, responsabilidade e aproximar dos outros. Eram palavras coloridas, sabedorias, eram sentimentos, invasões do
corpo, sons pensados, imaginados e musicados; serenidades e
meditações. Eram eficiências, só como limites do corpo, para provar que todo o
corpo tem a sua deficiência; todos os seres estão entre o nunca e
o sempre, o todo e o nada, o grande e o pequeno. Eram deficiências individuais que problematizavam e melhoravam o
todo. Eram silêncios ensinados, olhares aprendidos, esconderijos, gestos
novos que se tornavam hábitos, rotinas, repetições como andar ou
falar. Eram ontens, hojes, agoras e amanhãs, eram tempos. Aqui, ali e por aí, eram espaços.
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