21 agosto 2021

oficina dois: "Diálogo(s) e Deficiência(s): A construção de narrativas para a inclusão"


 Era uma instalação que vertia sonhos, imaginações, voares, planares, e era formada através de pedidos largados em cafés, sociedades, clubes, espaços culturais, estações ferroviárias, aeroportos, onde houvesse gente; a colocar num espaço comum instalado na internet.
Era uma instalação social.

Tinha uma introdução sempre igual: esta mensagem pede-te ajuda a 
melhorarmos a tua vida individual e por consequência, a nossa 
coletiva, responde ao pedido, por favor. 

Insere os teus dados em www.criar.comunidades.com agregados às 
respostas a… (uma por mensagem)


- O feitiço é ser feliz! Como?

- Suplanta-te e encontra otimismos! Como a ferida forma crostas 
que geram novas peles… 

- Como olhas para isto: 

Dados variados a avaliar; salientar as muitas melhorias que 
existem no nosso pequeno mundo;

Deficiências variadas (somos todos deficientes em parte, algo);

Sexo/género (há formas de ser femininas e masculinas?);

Idades: desde bebés a idosos?;

Locais e formas de habitação;

Número de pessoas por x zonas numa casa;

Que mudarias no teu/nosso mundo? Porquê?

Realiza-te! Que sentes importante para te realizares 
individualmente ou num grupo (quais os teus!?)

Estamos sempre a mudar! Como mudas e porquê?

De onde vens? Para onde vais?

Imagina um corpo plasticina, que sopra! Sente-te leve, cheio de 
poderes que se inalam!

Grita alto: Ternura e abraça-te a quem mais perto!
Abre os braços e atrai!
Sonha e imagina cores várias a saltar alegres! Arco iris que voam
claros e o que desejam?
 
Entre pessoas nasces e entre pessoas vais deixar boas memórias. 
Quais são as tuas? As que gostavas de deixar?

O que desejas a uma vida que nasce?

Que  queres criar para todos nós partilharmos?

O que queres? Porquê?

AMOR É…

ENERGIA É…

Uma qualidade humana que dignifica a Pessoa?

O que tens e gostas de ter?

O que não tens e gostavas de ter?

O que nunca fizeste e gostavas de fazer?
 
Queremos todos melhorar mas isso não significa o mesmo para todos,
como criar espaços comuns melhores? 

Do que precisamos? O que gostarias de ter?


Tinham o preço de se valerem muito da confiança; podiam não valer 
nada ou ser convictos, dependiam de ti, se eras crente/descrente 
no mundo de que fazias parte.

Era muito simples tendo nisso um defeito e uma qualidade, só usava
 palavras e eram inseridas num computador qualquer perto de ti.

A instalação precisava de disponibilidade para dar e receber, de 
cuidado. 

Era surpreendente, podia aparecer em qualquer lado, em qualquer 
hora; quando aparecia era uma bênção, um extraordinário aproveitar 
o tempo da vida.

Todos sabiam que era uma regalia individual que os dotava de 
capacidade de liderar, responsabilidade e aproximar dos outros.

Eram palavras coloridas, sabedorias, eram sentimentos, invasões do
 corpo, sons pensados, imaginados e musicados; serenidades e 
meditações.

Eram eficiências, só como limites do corpo, para provar que todo o
 corpo tem a sua deficiência; todos os seres estão entre o nunca e
 o sempre, o todo e o nada, o grande e o pequeno.

Eram deficiências individuais que problematizavam e melhoravam o 
todo.

Eram silêncios ensinados, olhares aprendidos, esconderijos, gestos
 novos que se tornavam hábitos, rotinas, repetições como andar ou 
falar.

Eram ontens, hojes, agoras e amanhãs, eram tempos.

Aqui, ali e por aí, eram espaços.

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