Amigo
Mal
nos conhecemos
Inaugurámos a palavra «amigo».
«Amigo»
é um sorriso
De boca em boca,
Um olhar bem limpo,
Uma
casa, mesmo modesta, que se oferece,
Um coração pronto a
pulsar
Na nossa mão!
«Amigo» (recordam-se, vocês
aí,
Escrupulosos detritos?)
«Amigo» é o contrário de
inimigo!
«Amigo» é o erro corrigido,
Não o erro
perseguido, explorado,
É a verdade partilhada,
praticada.
«Amigo» é a solidão derrotada!
«Amigo»
é uma grande tarefa,
Um trabalho sem fim,
Um espaço útil,
um tempo fértil,
«Amigo» vai ser, é já uma grande
festa!
Alexandre
O'Neill, in 'No Reino da Dinamarca'
“Em cada vida, incessantemente, há uma aposta que não é a
vida (aquela vida que a morte ameaça e a dor derruba), que
nem sequer é felicidade, mas a posse de uma graça sem a
qual nem a vida nem a felicidade valem ”
(Georges Bataille)
Tenho tido um grande chapadão (que não é uma conversa de
coitadinho) do que vale a amizade pela falta de mobilidade e
acessibilidade na comunicação, tenho ganho GRANDES
amigos terapeutas pela proximidade forçada e
encontram-se novas comunicações/falas geniais.
Estou vaidoso dos meus amigos!
Quando tive o acidente a 18.11.2006, na outra vida, apareceu
toda a gente porque ia morrer e queriam despedir-se…
desaparecer toda a gente é bom sinal, não andamos em turmas
de amigos pela vida, felizmente. Todos precisamos do nosso
cantinho intimo.
Tenho posto à prova forças e facilidades nos interesses pela
óbvia adaptação complicada ao meu novo EU; morar longe do
centro, em Sintra, não é compensada pela minha perca de
condução própria.
Por outro lado, morar num sítio bonito e romântico ganha
gente que procura bem estar.
Tenho admirado o valor e força da amizade!
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