Nem ser.
Sem principio, nem fim, nem o durante, o meio, estava seguro.
Era um género menor, sem tempo, sem grande reflexão, podia ser escrita num
espaço qualquer…
O seu corpo curvado abandonava-se à idade sempre mais velha.
O texto era impreciso e num espaço longe dali.
Na cabeça de quem escrevia.
Tudo, todo e tanto menos.
Feminina, masculino, sem género.
Era indefinido.
Era desconhecido.
Por outro lado, ou agora pretendia dizer tudo aquela crónica.
Ser escrita.
Com inicio, fim e durante o meio dizer muitas coisas seguras.
Seria um género forte, por ser impessoal.
Com tempo: 01 de Junho de 2022. Filosófico.
Num quarto com vista para o verde fresco e suave. Vivo.
O seu corpo direito vivia dentro dela, introspetivo.
E malgrés tout, escrevia imaginações e memórias.
Horizontes, Larguras, Viagens, Certezas, Sonhos, Deslizares, Ventanias.
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