O OUTRO DIA pode ser já o próximo.
Era um café de bairro chamado Beatnik aludindo à juventude inconformista que
nascera nos Estados Unidos da América.
Os beatniks foram artistas, escritores, poetas,
músicos, entre outros, que participaram do movimento beat nos anos 50 do século XX e
princípios dos anos 60 que subscreveram um estilo de vida anti materialista, na
sequência da 2.ª Guerra Mundial.
Semanalmente um grupo de amigas artistas e produtoras as que eram também
consumidoras e tinham experiências diferentes que partilhavam, a Teresa, a Mónica, a
Sylvia e a Cristina encontravam-se no Beatnik.
Tinham criado aquele grupo de forma
bastante informal e sem querer nada mais do que partilhar tempo juntas. Tinham
descoberto o gosto da escrita e da leitura casualmente. Reuniam-se, com gosto,
semanalmente. O espaço e tempo não eram indiferentes, tinham sido colegas de turma
na faculdade em Lisboa e procuravam o primeiro emprego. Eram alentejanas convictas.
Tinham ganho o hábito de trocar experiências que tinham vivido isoladamente e
animavam o grupo. Eram assim como um esboço, rascunho de vida futura que criam
criar em conjunto. Estavam abertas a novas ideias e o local ser o Café Beatnik vinha a
propósito.
Mónica: hoje começo eu rápido porque a vida chama por nós, não temos tempo a
perder, vi ontem um filme muito giro com a Juliette Binoche chamado O sabor da vida:
é de 2024.
O SABOR DA VIDA
É um filme de drama romântico histórico francês, ambientado em 1885 que
retrata os prazeres de fazer refeições e interliga-se com relações entre as personagens,
muito engraçado. É um filme que explora os sentidos: as imagens, as cores, o gosto,
tanto requinte leva-nos a saborear.
Teresa: comecei a escrever, um pequeno texto sobre como o escritor pode levar o leitor
a sentir experiências e parece-me que esse filme vai nessa onda, vou procurar O sabor
da vida deu ontem na RTP 2. Já vai acrescentar ao pequeno rascunho, esboço que
comecei.
Sylvia: ontem vi também na RTP 2 um filme espetáculo Loop(ing), música eletrónica
passado em 2022 em Lyon.
Rone, Dirk Brossé, Orchestre national de Lyon - Bora Vocal (Looping)
Era outra coisa, outra época, mais atual, mais dançado, mas
fez-me sentir os 5 sentidos, como se estivessem interligados, também devias ver Teresa e vocês todas, é muito bom.
Cristina: ótimo, vou daqui sempre com muita coisa para ver destes encontros, a televisão agora é
genial, assombrosa. Podemos ir ao passado, gravar do futuro, dos 2 RTP, passámos aos
4 coma SIC e TVI e na altura, já era o futuro…
Teresa: Engraçado como precisamos de experiência para criar mundo e procuramos
experiência noutras Artes: cinema, pintura, música, museus, filmes, desportos vidas.
Mónica: dizia Santo Agostinho que a felicidade é continuar a desejar o que já se tem. É
uma rica experiência que nos passa, se conseguirmos viver segundo esta frase à procura
da felicidade. Tantos séculos a viver segundo os homens, fazem falta, mas nada que um
vibrador não resolva.
Cristina interrompe a rir: não é assim tão verdade, os homens não são só sexo, pelo
menos o André não é. Tenho conversas e segredos com ele que não vos lembra a vocês,
muito inteligentes, aprendo imenso com ele.
Sylvia: é curioso como todos temos novas experiências do que somos, fazemos e
queremos nas nossas vidas. Cada leitor lê o seu texto do mesmo livro de acordo com o
tempo e o espaço onde lê.
Cristina: mais essa, estou muito otimista acerca do mundo que virá com novos livros
que formarão o muitas ideias novas que irão criar espaços fabulosos, fantásticos por
descobrir, mas temos de fazer por eles, por nós. A vida chama por nós, até para a
semana e levanta-se em despedidas… (num dia moderno as 24h eram cada vez
menos… mais curtas)
Um OUTRO DIA virá!?

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