06 janeiro 2012

qd a cabeça n tem juízo o corpo é que paga

meu menino,

Sinceramente, não era esta a carta que gostava de te escrever.

Meu miúdo, não cresceste para mim, meu puto, fizeste asneira, todos nós ou muitos podíamos fazer/ter feito mas importa tirar forças deste disparate de que sobreviveste e com um sorriso lindo cresceres para uma nova vida, como uma semente que renasce.

Provar a nós todos que tens uma alma forte aí dentro, que és bem inteligente (como sempre achei que eras), provar que ‘dos fracos não reza a história’; sabes que ‘grandes pessoas sofrem grandes desafios para provar que a vida vale a pena’? Reaparecer a sorrir ainda com teu olhar mais atrevido e irritante, gozão, grrrrrrrr! olhando como quem diz: ‘pois é miúdos, ainda existo!’.

Foi só uma queda na corrida, continuas a saborear o prazer de estar vivo, foste ver e entender como não fazer! Prossegues a corrida da vida! Força capricórnio, é como um mergulho de chapão na piscina que correu mal!

Sinceramente, não sei q tom devo pôr na carta, não quero passar-te paninhos quentes, foste otário (Sabes disso!? Melhor que eu, certamente) mas nem tratar-te mal, já deves ter passado por tanto.

Queria escrever-te a carta de irmão mais velho que gostava que me escrevessem numa mesma situação.

‘Gostas sempre de correr perigos mas vês que o tempo vai mudar’ (Sérgio Godinho)

O beijo que quero dar-te, tenho saudades desse teu olhar vivo! Força , daqui para a frente faz porque corra tudo melhor.

Não deixes que te tratem mal, levanta o queixo, todos erramos, mas inteligente é quem sabe dar a volta por cima. ‘Tô contigo e não abro!’.

qd há quedas as pessoas levantam-se.

Um teu amigo,

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