"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
31 outubro 2012
escreve-se mais mas não melhor
o jornalismo como tudo também sofre austeridade.
fala-se em gerações, em net, em sms, em livros, em jornais.
tudo rápido porque não se tem tempo para estar quanto mais ler.
escrever implica tempo que para parecer interessante não podes ter.
a culpa tem que ter sido das gerações anteriores ou do facebook... :)
o português é como passos de coelho como a merkohl representa os alemães.
tiveram o nazismo e o hitler como nós o fascismo e o salazar. só são mais marcantes, só!
antes, também pensava como vocês, depois vivi em berlim e é um povo limpo.
30 outubro 2012
foi a tarde no mar ao sol que deu isto:
” A Sophia de Mello Breyner Andresen
Enviando-lhe Um Exemplar De
“Pedra Filosofal”
Filhos e versos, como os dás ao mundo?
Como na praia te conversam sombras de corais?
Como de angústia anoitecer profundo?
Como quem se reparte?
Como quem pode matar-te?
Ou como quem a ti não volta mais?
1950″
Filhos e versos, como os dás ao mundo?
Como na praia te conversam sombras de corais?
Como de angústia anoitecer profundo?
Como quem se reparte?
Como quem pode matar-te?
Ou como quem a ti não volta mais?
1950″
a ondina
o jardim da estrela era onde passeava mais novo, quando era criança.
queria colocar uma foto dos senhores a jogar à sueca enquanto observava com o ar honesto o avô.
quando tudo faz sentido.
talvez seja bom só estar reservada à minha memória.
hoje ganhei forças ao reconhecer a sua voz ao longe.
'ela tem uma voz jovem' (pai)
olhei para uma foto que tenho minha e da avó abraçados e de novo fez sentido.
são pequenos privilégios destes que dão força ao existir!
manhã de vida: o pai faz 80-1 anos, 79 anos.
gerações seguem-se, a mãe da minha mãe e tia são filhas da minha avó que é amiga, quase mana, da ondina.
'tens os olhos a brilhar', diz o pai. 'e isso é bom!?', pergunto eu.
ele ri-se também com os olhos a brilhar:
'é um esplendor'.
'porquê!?', pergunto eu,
'então lá se explica porque é um esplendor!?', diz ele com o ar de miúdo pequeno.
as gerações sucedem-se, o meu pai é marido da teresa.
espanto. depois o meu pai contou que a catarina, filha do andré e neta dele, perguntou no outro dia 'o que era filosofia?', o andré disse-lhe que tinha que perguntar ao avô fernando, meu pai!
rennes-sintra-rennes.
o avô fernando contou que a filosofia era andar espantado com as coisas.
ora, das pessoas que conheço que imagem mais forte me deixaram de andar espantadas com o mundo que me mostravam foram com calma e ternura a ondina e a avó carolina.
vocês não sabem mas são preciosas filósofas!
hoje o teu cantar deu-me força, ondina!
29 outubro 2012
o gosto de ti
talvez o 'gosto de ti' não deva ser tornado banal. deve ser especial! é bom dizer, é bom ouvir mas porque é raro.
28 outubro 2012
o tempo é da nossa invenção
o tempo não sabe nada
o tempo não tem razão
o tempo nunca existiu
é da nossa invenção (jorge palma)
queria escrever algo muito elevado sobre 'o tempo' mas já se disse tudo sobre o tempo, desde o principío do tempo que há gente (muito mais inteligente do que eu...) a pensar sobre o tempo, 'time' em linguagem moderna ou inglesa.
veio sua exa e disse que em inglês há uma distinção entre os tempos:
'time' e 'weather'.
tempo-duração e tempo-clima...
'não tenho tempo' é a forma actual de parecer interessante, adoro estar rodeado por gente que não tem tempo nenhum, para nada.
vai ao ponto de fazer esforços para parecer interessante a escrever posts sobre 'tempo'.
esta semana tive uma semana muito interessante: 'vê lá tu que fui internado num hospital ortopédico e, entre o passos isto e aquilo e a situação desde 74 que não estava tão mal, estamos num gaspar!, fui operado ao calcanhar esquerdo, nunca tinha tido o pé engessado... vê lá tu o tempo em novembro de 2012!'
26 outubro 2012
porque o muito ouvido tem seguranças a demonstrar quando ganha tons
é bom que hajam dúvidas!!!
e bailar, e bailar tudo depende mas há segurança e confiança no que ontem já vivido para que surjam amanhãs melhores.
hj acordei a pensar em confiança e segurança, desconfio que a vida é boa pq não há certezas, nem seguranças.
e vou inseguro com imensa confiança, vou vencer, vens comigo?
ANDA!
acredito mais em quem não tem certezas na vida, a dúvida é mais certa!
nova fase: entre o nada e o infinito
este post (txt na blogolândia) está confuso, para ajudar a trampa do blogger está a amontoar tudo, é a austeridade zé, mesmo nos states está uma ventania.
há gente da melhor a trabalhar nesta m... trampa há mais de um mês e continua tudo amontoado, já o nosso, vosso, primeiro-ministro (nas alturas mais malvadas temos que ser solidários, toma lá um abraço AMIGALHAÇO Passos Coelho - se perguntarem se somos amigos eu desminto - depois deste (des)governo ninguém vai querer brincar contigo), fala na AUSTERIDADE (não é fácil ir ver o mar de cavalo com loiraças, pois não... :)
a ideia (como é que este país há-de ir/voar a qualquer lado se os génios andam a construir posts da tanga!?), que já veio de trás, agora já estou f... chateado com esta m... trampa toda; mas a ideia era, já nem sei bem o que era (eu penso muito, quase sempre bem, já pensei que a nova sociedade portuguesa devia ter aulas na primária de 'iniciação à vida do zé maria'; 'zé maria I, II, III, IV e por aí fora até chegar a 'zé maria XXXI' com anexos: 'introdução à vida de um mito', 'o zé maria como religião', 'o tce na vida do zé maria', etc; dava um curso) mas a ideia deste post era elogiar as pessoas do hospital santana, sente-se bom ambiente e percepção do estar ali para o outro.
Boas coisas nos esperam, ha confianca
(Fernando Belo)
Olha que a vida não,
Não é nem deve ser
Como um castigo que
Terás que viver
Olha que a vida não,
Não é nem deve ser
Como um castigo que
Terás que viver
Caminhando contra o vento
Sem lenço e sem documento
No sol de quase dezembro
Eu vou... (caetano veloso)
criei uma fase.
todas as fases foram criadas.
é fixe ter a perna engessada, é a minha 1ª vez!
eu tenho tanto charme calado, chega a ser preocupante o estima que crio nas pessoas a todo o lado onde vou; que tenho medo de começar a falar e desaparecerem todos.
entender-me não é fácil e tenho notado mais facilidade nas pessoas mais inteligentes, também são as pessoas mais inteligentes as que me dão mais tempo.
a caminho da verticalidade vou.
não sei se há um momento especial para isso, eu já ando em pé, mas... EU VOU!
23 outubro 2012
The Crystal Ship
Before you slip into unconsciousness, I'd like to have another kiss, Another flashing chance at bliss, Another kiss. Another kiss.
The days are bright and filled with pain. Enclose me in your gentle rain.The time you ran was too insane. We'll meet again. We'll meet again.
Oh, tell me where your freedom lies. The streets are fields that never die.Deliver me from reasons why. You'd rather cry. I'd rather fly.
The crystal ship is being filled.A thousand girls. A thousand thrills.A million ways to spend your time. When we get back, I'll drop a line.
vou à beira do mar aproveitar que é dia
Fui à beira do mar
Ver a que lá havia
Ouvi uma voz cantar
Que ao lange me dizia
Ó cantador alegre
Que é da tua alegria
Tens tanto para andar
E a noite está tão fria
Desde então a lavrar
No meu peito a Alegria
Ouço alguém a bradar
Aproveita que é dia
Sentei-me a descansar
Enquanto amanhecia
Entre o céu e o mar
Uma proa rompia
Desde então a bater
No meu peito em segredo
Sinto uma voz dizer
Teima, teima sem medo
(josé afonso)
22 outubro 2012
internamente vou ser operado
(dou-vos boa onda... música dos jotas)
'cada um é que sente e pensa o que sente/pensa.' (ZM)
o espaço e o tempo.
banzão, blog às 19h45 de segunda-feira, 22 de outubro de 2012, aqui e agora existo!
amanhã será um ontem fortalecido.
o amor, 'vai surgir assim ou de outra forma mas vai surgir!'
sinto que o bem dito acidente foi como 'um BOM DIA mundo' (de que andava distraído) 'há males que vêm por bem' pois há.
24 de outubro me transformo e mudo o meu mundo :)
20 outubro 2012
sbs que o mar está sempre a bater na praia, na areia?
quando penso na água do mar a bater, repetidamente, na areia, splash, splash... a ideia que vem é de que é certo novos mergulhos, eu vou (para onde vou não sei mas tb n quero saber) mas VOU.
ainda vou comer sopa!
yes, we can! passo a passo vou!
18 outubro 2012
mais um passo para correr... a esperança
a caminho do vertical ando. dia 24, quarta feira, de outubro vou ser operado no hospital de Santana, na Parede
'SÓ PODE CORRER BEM', diria eu dificilmente, correrá mal, diria alguém
é o hospital melhor para isto do país e ver-se-á quem vibrará ali
toda uma alma e vontade se investirá em torno de um calcanhar que insiste em não pousar bem
pousarás bem melhor, meu querido!
ah, pois pousarás!!!!
todo eu vou melhorar depois
e tudo me faz acreditar hoje no amanhã aqui
tudo ganhará depois, vou sorrir mais (não sorrio pouco mas vou sorrir mais) a todos vocês e canta-se 'BOA SORTE!'
Na terra dos sonhos, podes ser quem tu és, ninguém te leva a mal e ANDAR, ANDAR, ANDAR a pé, em pé, pelo teu pé, pelo meu pé!
17 outubro 2012
para viver um grande amor (Vinicius de Moraes)
Para viver um grande amor, preciso é muita concentração e muito siso, muita seriedade e pouco riso — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, mister é ser um homem de uma só mulher; pois ser de muitas, poxa! é de colher... — não tem nenhum valor.
Para viver um grande amor, primeiro é preciso sagrar-se cavalheiro e ser de sua dama por inteiro — seja lá como for. Há que fazer do corpo uma morada onde clausure-se a mulher amada e postar-se de fora com uma espada — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor, vos digo, é preciso atenção como o "velho amigo", que porque é só vos quer sempre consigo para iludir o grande amor. É preciso muitíssimo cuidado com quem quer que não esteja apaixonado, pois quem não está, está sempre preparado pra chatear o grande amor.
Para viver um amor, na realidade, há que compenetrar-se da verdade de que não existe amor sem fidelidade — para viver um grande amor. Pois quem trai seu amor por vanidade é um desconhecedor da liberdade, dessa imensa, indizível liberdade que traz um só amor.
Para viver um grande amor, il faut além de fiel, ser bem conhecedor de arte culinária e de judô — para viver um grande amor.
Para viver um grande amor perfeito, não basta ser apenas bom sujeito; é preciso também ter muito peito — peito de remador. É preciso olhar sempre a bem-amada como a sua primeira namorada e sua viúva também, amortalhada no seu finado amor.
É muito necessário ter em vista um crédito de rosas no florista — muito mais, muito mais que na modista! — para aprazer ao grande amor. Pois do que o grande amor quer saber mesmo, é de amor, é de amor, de amor a esmo; depois, um tutuzinho com torresmo conta ponto a favor...
Conta ponto saber fazer coisinhas: ovos mexidos, camarões, sopinhas, molhos, strogonoffs — comidinhas para depois do amor. E o que há de melhor que ir pra cozinha e preparar com amor uma galinha com uma rica e gostosa farofinha, para o seu grande amor?
Para viver um grande amor é muito, muito importante viver sempre junto e até ser, se possível, um só defunto — pra não morrer de dor. É preciso um cuidado permanente não só com o corpo mas também com a mente, pois qualquer "baixo" seu, a amada sente — e esfria um pouco o amor. Há que ser bem cortês sem cortesia; doce e conciliador sem covardia; saber ganhar dinheiro com poesia — para viver um grande amor.
É preciso saber tomar uísque (com o mau bebedor nunca se arrisque!) e ser impermeável ao diz-que-diz-que — que não quer nada com o amor.
Mas tudo isso não adianta nada, se nesta selva oscura e desvairada não se souber achar a bem-amada — para viver um grande amor.
15 outubro 2012
pelo sonho é que vamos
'Que tal se delirarmos por um tempinho
Que tal fixarmos nossos olhos mais além da infâmia
Para imaginar outro mundo possível?
O ar estará mais limpo de todo o veneno que
Não provenha dos medos humanos e das humanas paixões.
Nas ruas, os carros serão esmagados pelos cães.
As pessoas não serão dirigidas pelos carros.
Nem serão programadas pelo computador.
Nem serão compradas pelos supermercados
Nem serão assistidas pela TV,
A TV deixará de ser o membro mais importante da família,
Será tratada como um ferro de passar roupa
Ou uma máquina de lavar.
Será incorporado aos códigos penais
O crime da estupidez para aqueles que a cometem
Por viver só para ter o que ganhar
Ao invés de viver simplesmente
Como canta o pássaro sem saber que canta
E como brinca a criança sem saber que brinca.
Em nenhum país serão presos os jovens
Que se recusem ao serviço militar
Senão aqueles que queiram servi-lo.
Ninguém viverá para trabalhar.
Mas todos trabalharemos para viver.
Os economistas não chamarão mais
De nível de vida o nível de consumo
E nem chamarão a qualidade de vida
A quantidade de coisas.
Os cozinheiros não mais acreditarão
que as lagostas gostam de ser fervidas vivas.
Os historiadores não acreditarão que os países adoram ser invadidos.
Os políticos não acreditarão que os pobres
Se encantam em comer promessas.
A solenidade deixará de acreditar que é uma virtude,
E ninguém, ninguém levará a sério alguém que não seja capaz de rir de si mesmo.
A morte e o dinheiro perderão seus mágicos poderes
E nem por falecimento e nem por fortuna
Se tornará o canalha em virtuoso cavalheiro.
A comida não será uma mercadoria
Nem a comunicação um negócio
Porque a comida e a comunicação são direitos humanos.
Ninguém morrerá de fome.
Porque ninguém morrerá de indigestão.
As crianças de ruas não serão tratadas como se fossem lixo
Porque não existirão crianças de rua.
As crianças ricas não serão como se fossem dinheiro
Porque não haverá crianças ricas.
A educação não será privilégio daqueles que podem pagá-la
E a polícia não será a maldição daqueles que podem comprá-la
A justiça e a liberdade, irmãs siamesas
Condenadas a viver separadas
Voltarão a juntar-se, bem agarradinhas,
Costas com costas.
Na Argentina, as loucas da Plaza de Mayo
Serão um exemplo de saúde mental
Porque elas se negaram a esquecer
Os tempos da amnésia obrigatória.
A Santa Madre Igreja corrigirá
Algumas erratas das Taboas de Moisés,
E o sexto mandamento mandará festejar o corpo.
A Igreja ditará outro mandamento que Deus havia esquecido:
“ Amarás a natureza, da qual fazes parte”
Serão reflorestados os desertos do mundo
E os desertos da alma
Os desesperados serão esperados
E os perdidos serão encontrados
Porque eles são os que se desesperaram por muito esperar
E eles se perderam por tanto buscar.
Seremos compatriotas e contemporâneos
De todos o que tenham
A vontade de beleza e vontade de justiça
Tenham nascido quando tenham nascido
Tenham vivido onde tenham vivido
Sem importarem nem um pouquinho
As fronteiras do mapa e do tempo.
Seremos imperfeitos
Porque a perfeição continuará sendo o aborrecido privilégios dos deuses
Mas neste mundo, trapalhão e fodido,
Seremos capazes
De viver cada dia como se fosse o primeiro,
E cada noite como se fosse a última.'
-------------------------------------------------------------------------------------
A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.'
-------------------------------------------------------------------------------------
hoje tenho esperança, mais esperança e acreditar num futuro mais reto, a palavra sai melhor erguido, direito, reto.
e tudo melhora...
13 outubro 2012
as pataniscas da minha mãe
Hoje renovei-me…
Foi simples: um amigo e alguma comoção.
Ouvi o óbvio: todos temos momentos de falha sempre.
Enquanto estamos a construir-nos.
Nunca acaba o processo.
Tens sempre melhorado e se olhares para a estrada tem sido uma evolução lenta mas sempre positiva.
O menino vai ser pai.
Tem um discurso de quem lê no olhar alguma intimidade.
Hoje renovaste-me!
Soltou-se algo, senti leveza.
Tudo não será mais dificíl do que tem sido.
Igual já basta para quem gosta de desafios... vamos!
bora!
Sábado de sol
(Mamonas Assassinas)
Sábado de sol
Aluguei um caminhão
Prá levar a galera
Prá comer feijão
Chegando lá
Mas que vergonha
Só tinha maconha
Os maconheiros tava doidão
Querendo o meu feijão
Sábado de sol
Aluguei um caminhão
Prá levar a galera
Pra comer feijão
Chegando lá
Mas que vergonha
Só tinha maconha
Os maconheiros tava doidão
Querendo o meu feijão
(Porra, meu! Não dou mesmo.)
banal vs raro
Qd era miúdo e ia ao restaurante, fosse ele qual fosse, pedia um bitoque.
Mais tarde comecei a perceber que o de vaca era mais raro e melhor que o de porco.
Dps cresci, envelheci, amadureci e comecei a perceber que andava a perder piteus.
Bitoque era banal, havia em todo o lado.
Aqui na zona, por exemplo, perto do mar, era inteligente provar o peixe, que era bom.
Havia certas coisas especiais.
Não se vai aos pastéis de belém comer bolas de berlim.
Bolas de berlim há em todo o lado, pastéis de nata de belém só em belém.
Talvez importe salientar/dar importância ao que é raro e aproveitar isso.
Diferencia-lo do banal.
Ter pais todos temos, é banal ter um pai e uma mãe mas todos achamos especiais os nossos pais, são raros.
sabe bem quem já não tem pais do que falo.
Há expressões que pq gostamos mt de dizer e ouvir, sentir devemos tornar raras.
Não dizer 'amo-te' a non importe qui.
Dizemos amo-te de forma rara e não de cada vez que entramos num café: 'ola, bom dia, amo-te' ao empregado do bar.
Tenho tido uma má experiência com o dizer gosto de ti a alguém, perde valor banalizar uma expressão que não deve ser fácil de empregar.
gostar de muita gente é bom, ser gostado também.
o 'com o mal dos outros posso eu bem' é das piores formas de existir, vivemos com o outro e devemos ter interesse em fazer nascer sorrisos neles.
é das melhores formas de egoísmo, o altruísmo.
É especial qd fazem por nós algo raro.
Perde valor qd descobrimos que é banal o gesto e não somos especiais.
fazermos especial o outro faz-nos bem, torna-nos especiais, somos raros e não banais, talvez quando seja banal fazer o bem perca interesse, não sei, vamos ver!
11 outubro 2012
POST EM FORMA DE PERGUNTA - ?
estas músicas dão-me bom sentimento.
por sorte, tenho muitas perguntas, por sorte, tenho poucas respostas, acho que o 'porquê' foi herdado, philosopher daughter!
a autonomia quando chega!?
quando posso andar sozinho!?
'Deus me fez um cara fraco, desdentado e feio
Pele e osso simplesmente, quase sem recheio
Mas se alguém me desafia e bota a mãe no meio
Dou pernada três por quatro, e nem me despenteio
que eu já tô de saco cheio.'
e agora, mais premente: 'quando é a porra da operação ao calcanhar esquerdo?'
estou ansioso...
tudo é muito lento (já sabes, 'devagar se vai ao longe' e 'devagar que tenho pressa' mas aproveita o caminho, saboreia a rua!
hoje, em 2012, e aqui no banzão, vive-se com alma :)
10 outubro 2012
virá que eu vi
Um índio descerá de uma estrela colorida e brilhante
De uma estrela que virá numa velocidade estonteante
E pousará no coração do hemisfério sul, na América, num claro instante
Depois de exterminada a última nação indígena
E o espírito dos pássaros das fontes de água límpida
Mais avançado que a mais avançada das mais avançadas das tecnologias
Virá, impávido que nem Muhammed Ali, virá que eu vi
Apaixonadamente como Peri, virá que eu vi
Tranqüilo e infalível como Bruce Lee, virá que eu vi
O axé do afoxé, filhos de Ghandi, virá
Um índio preservado em pleno corpo físico
Em todo sólido, todo gás e todo líquido
Em átomos, palavras, alma, cor, em gesto e cheiro
Em sombra, em luz, em som magnífico
Num ponto equidistante entre o Atlântico e o Pacífico
Do objeto, sim, resplandecente descerá o índio
E as coisas que eu sei que ele dirá, fará, não sei dizer
Assim, de um modo explícito
(Refrão)
E aquilo que nesse momento se revelará aos povos
Surpreenderá a todos, não por ser exótico
Mas pelo fato de poder ter sempre estado oculto
Quando terá sido o óbvio
um momento ou dois
Por tanto amor
Por tanta emoção
A vida me fez assim
Doce ou atroz
Manso ou feroz
Eu caçador de mim
Preso a canções
Entregue a paixões
Que nunca tiveram fim
Vou me encontrar
Longe do meu lugar
Eu, caçador de mim
Nada a temer senão o correr da luta
Nada a fazer senão esquecer o medo
Abrir o peito a força, numa procura
Fugir às armadilhas da mata escura
Longe se vai
Sonhando demais
Mas onde se chega assim
Vou descobrir
O que me faz sentir
Eu, caçador de mim
Nos Bailes da Vida
Foi nos bailes da vida ou num bar
Em troca de pão
Que muita gente boa pôs o pé na profissão
De tocar um instrumento e de cantar
Não importando se quem pagou quis ouvir
Foi assim
Cantar era buscar o caminho
Que vai dar no sol
Tenho comigo as lembranças do que eu era
Para cantar nada era longe tudo tão bom
Até a estrada de terra na boléia de caminhão
Era assim
Com a roupa encharcada e a alma
Repleta de chão
Todo artista tem de ir aonde o povo está
Se for assim, assim será
Cantando me disfarço e não me canso
de viver nem de cantar
-------------------------------------------------------------------------------------
estas músicas são hinos ao gosto em viver bem.
com desafios, a vida fácil não tem piada!
ouvia antes de um estágio na minha vida, resolvi vir perceber que a vida merece entrega.
não falo bem mas vou gritar, cantar, berrar!
não ando bem mas vou correr, pular e dançar!
gds desafios e a forma como correspondes a eles formam o teu carácter.
afinal, encontrei, comecei a correr e pumba:
ainda não sei o que que queria dizer: aconselho a verem com tempo! era isto, em silêncio!
09 outubro 2012
não vou repetir, SIGAM-ME!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
andei praqui há procura do documentário dos 'doces bárbaros' mas não encontrei, só encontrei o original... :)
dps, acho msm q com o acidente fiquei mais sensível, comecei a pensar a quem gostava de mandar isto e não paravam de aparecer pessoas a quem quero bem, mts faltam mas gosto de não agradar a toda a gente.
sp são alguns que têm que se esforçar mais.
n temos tempo para dizer tudo o que temos para dizer.
nem para estar, apressámos muito o mundo.
ficar calado n resulta, vamos fazer barulho!
silêncio, tenho pressa!
vou falar a correr, sigam-me!
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Porque mistério sempre há de pintar por aí
Pessoas até muito mais vão lhe amar
Até muito mais difíceis que eu pra você
Que eu, que dois, que dez, que dez milhões
Todos iguais
Até que nem tanto esotérico assim
Se eu sou algo incompreensível
Meu Deus é mais
Mistério sempre há de pintar por aí
Não adianta nem me abandonar
Nem ficar tão apaixonada, que nada!
Que não sabe nadar
Que morre afogada por mim.
Preparamos a invasão
Com amor no coração
Preparamos a invasão
Cheios de felicidade
Entramos na cidade amada
Peixe Espada, peixe luz
Doce bárbaro Jesus
Sabe quem é otário
Peixe no aquário nada
Alto astral, altas transas, lindas canções
Afoxés, astronaves, aves, cordões
Avançando através dos grossos portões
Nossos planos são muito bons
Com a espada de Ogum
E a benção de Olorum
Como num raio de Iansã
Rasgamos a manhã vermelha
Tudo ainda é tal e qual
E no entanto nada é igual
Nós cantamos de verdade
E é sempre outra cidade velha
08 outubro 2012
78 anos de idade
Leonard Norman Cohen (Montreal, 21 de setembro de 1934) é um cantor, compositor, poeta e escritor canadiano.
este senhor cria/criou inveja a estas gerações novas que aí andam e a mim em três horas e meia de espectáculo bem disposto e com muita qualidade, muito forte!
assusta tanta juventude, assusta de admiração e não dá medo.
dá vontade de seguir o exemplo.
um charme no seu chapéu and dance me to the end of love leonard!
assim vale a pena existir!
07 outubro 2012
sempre divertido, e não é rir porque carregam num botão e hahaha
é-se inteligente sem querer, acho que qualquer pessoa, até eu, se sentiria inteligente a ver o 'roma, com amor'.
deslumbrante a personagem que goza com o EU reconhecido hoje em dia, belas discussões que daria um governo sombra sobre o pequeno almoço do passos de coelho.
fiqueo com vontade de rever o filme...
06 outubro 2012
porque hoje me apetece
ir ali e já voltar.
DAR UM ABRAÇO EM PÉ AOS MEUS PAIS.
passear sozinho.
PENSAR MUITO MAS NÃO TANTO
receber uma lambidela na cara da ginja.
COLOCAR UM POEMA DO CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE SOBRE VENTO (pus no google carlos drummond de andrade e sobre vento e saíu esta maravilha):
As coisas que amamos,
as pessoas que amamos
são eternas até certo ponto.
Duram o infinito variável
no limite de nosso poder
…de respirar a eternidade.
Pensá-las é pensar que não acabam nunca,
dar-lhes moldura de granito.
De outra matéria se tornam, absoluta,
numa outra (maior) realidade.
Começam a esmaecer quando nos cansamos,
e todos nós cansamos, por um outro itinerário,
de aspirar a resina do eterno.
Já não pretendemos que sejam imperecíveis.
Restituímos cada ser e coisa à condição precária,
rebaixamos o amor ao estado de utilidade.
Do sonho de eterno fica esse gosto ocre
na boca ou na mente, sei lá, talvez no ar.
*Carlos Drummond de Andrade
-------------------------------------------------------------------------------------
ESCREVER UM TEXTO SOBRE ÁGUA (talvez poema seja mais simples... poesia temos sempre o truque de deixar palavras e todos acreditam que pensámos/imaginámos coisas sublimes e somos fascinantes. H DOIS O, SEDE, água... :) é sábado e não me apetece pensar... 'PENSAR MUITO MAS NÃO TANTO', pois todos os dias são bons para ser preguiçoso se fosse mas não sou, não :)
gotas caem
PLOP
PLOP
PLOP
onda
maré
vai e vem
splash
PLOP
PLOP
PLOP
enseada
areia
nevoeiro
chuva
PLOP
PLOP
PLOP
barco a remos
amigo
rio
ilha das amoras
PLOP
PLOP
PLOP
kayak
dureza
fonte
PLOP PLOP PLOP
acabou
sorrir a olhar para os dedos caírem sobre o teclado
gritar
ouvir o silêncio, não me diz nada
imaginar-me a andar
dps vou ter sempre muito tempo para conversar, depois... agora não
O BLOGGER IRRITA-ME, AGRUPA TUDO, HRUMPF, GRRRRRRRRRRRRR
05 outubro 2012
:) what a wonderful world this could be
Don't know much about history
Don't know much biology
Don't know much about a science book
Don't know much about the French I took
But I do know that I love you
And I know that if you love me too
What a wonderful world this would be
Don't know much about geography
Don't know much trigonomitry
Don't know much about algebra
Don't know what a slide rule is for
But I do know one and one is two
And if this one could be with you
What a wonderful world this would be
Now I don't claim, to be an A-student
But I'm trying to be
For maybe by being an A-student, baby
I could win your love for me
Don't know much about history
Don't know much biology
Don't know much about a science book
Don't know much about the French I took
But I do know that I love you
And I know that if you love me too
What a wonderful world this would be
[Wholatatata]
But I do know that I love you
And I know that if you love me too
What a wonderful world this would be
-------------------------------------------------------------------------------------
lembra-me um filme sobre a primeira vez que ouvi falar em 'amish' com o harrison ford e como me sabe bem esta sensação de paz.
hoje vi um documentário sobre 'amish' e ...
garanto bons senhorios
envio o blog dos meus queridos afilhados com fotografias e informações sobre o T1 deles que está para arrendar! (tão crescidos: já arrendam apartamentos e têm filhos, um filho/a :)
http://t1braamcampfreire.blogspot.com/
contactem: mmmariaemiguel@gmail.com
02 outubro 2012
'escolhi viver, escolhi a vida' (teresa belo)
estas palavras da mãe do aniversariante, el beto mais alternativo que eu conheço, surgiram da boca do meu pai hj ao almoço.
foi como uma prenda para mim.
não sei se notaram os meus primos.
é como uma ALMA a respirar, só algo muito forte diz isto.
tb escolhi a vida tia e levo no olhar a ternura de um pai, mano, a lembrar a mana.
01 outubro 2012
bum
a falha.
não ser o centro do mundo.
filho.
neto.
e depois virá outra gente.
errar.
melhorar.
encontrar nas falhas forças.
já vieram muitos antes de nós.
agora.
2012.
2013.
é tudo 'não tenho tempo'.
tudo curto.
tudo rápido.
a merda do blogger não está bom.
a trampa do texto precisa de espaço pah.
mesmo, ou sobretudo em outubro de 2012.
é óbvio que não me querem bem ou nem querem saber de mim, bah...
Subscrever:
Mensagens (Atom)