"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
29 abril 2013
a ginja ou um dilema de um pai!!!
nunca nenhuma miúda me tratou assim... hrumpf
cadelaaa!!!
chegava eu da minha sessão de hipoterapia com a dude.
vinha cansado.
estafado.
arrasado!!!
necessitado de um mimo!!!
cheguei a casa.
'ginjaaa, ginjaaa, GINJAAA'.
estalido de dedos.
'ginjaa, ginjaaa, GINJAAA!'
Ela em frente a mim esfrega o focinho, vira-se de costas, deita-se no chão a esfregar-seee... :(
é dura a vida de um pai!!! :(
ELA É UMA VERDADEEEIRA CADEEELA!!!
da riqueza
foto à volta da piscina no facebook:
a mana emigrante comenta: 'rica vida!'
o ser da foto responde: 'nao é rica mas vai-se andado nas medidas dos possiveis'
ela nn se deixa ficar: 'é em sol, em bons momentos, boa disposiçao e boa companhia, que é o que mais conta. Ser rico e morar na Russia nao da com nada, mais vale ser pobre em Portugal'
José M. Belo vou pôr no meu blog este hino à vida austera do pobretanas, coitadinho, tu lá nas emigrações podes gozar, por cá é uma ralação, haja pão!
26 abril 2013
abril saíu para a rua e disse...
'uma manifestação é um ritual!'
gostei de sentir o momento, vi muita gente boa, senti carinho e estava soool!!!
já pensei em dizer algo contra a ideia de estarmos todos a gritar os mesmos refrões sempre iguais mas faz sentido estar ali tudo reunido a mostrar insatisfação.
faz sentido como comer e dormir diariamente às mesmas horas no mesmo sitío!
ganhar forças para continuar a viver com sorriso bom na cara (e tantos sorrisos vi eu onntem...)!
o homem é um ser social e político, qd parar de se chatear e calar, morder para dentro, estamos mal, afinal foi isto q o 25 de abril ganhou: a liberdade de vir para a rua com os filhos às costas e ao colo!
e que esperança há num pai e numa mãe com os filhos/as, qt esperança há em ver amigos/as cometendo o ser humano!
24 abril 2013
comum
comunidade,
comunicação,
comunhão.
social, união, polis, juntos, grupos, LIBERDADE, de mãos dadas, responsabilidade no que criamos, vamos sair para a rua.
1974 - 2013: 26 + 13 : 39 anos.
toda a gente com menos de 39 anos se viveu alguns ideais de democracia foi porque houve música e palavra passada, memória e história passada!
quero que os meus filhos e netos tenham alguma memória forte de um passado forte em solidariedade.
também no estrangeiro não se viveu isto dos cravos e vive-se bem!
não sei se 25 de abril de 1974 não existirão outros mas em 25 de abril de 2013 vou descer a avenida da liberdade em pé a andar, dobrar os joelhos, 1,82 mts, ah, pois vou!
não vale de nada queixarmo-nos se não aproveitamos a história!
de mãos dadas vamos!
a vida e um mundo
Comum, comunidade, comunicar; somos parte de um tempo (2013) e de um lugar (sintra), nascemos numa língua (português), numa familía, criámos laços; somos parte de uma sociedade, dum mundo, com escolas, turmas, hospitais, cafés, restaurantes, casas, piscinas, centros, universidades, lares, tudo!
Somos seres sociais.
Somos seres politícos.
Vivemos em grupos, raramente sozinhos, é preciso saber estar só para estar com o outro.
Somos bebés.
Somos crianças.
Somos adultos.
Somos idosos.
Somos asiáticos.
Somos americanos.
Somos europeus.
Somos africanos.
Somos oceânicos.
Somos terrestres.
Também não somos.
Fomos e seremos.
Somos muitos.
Somos alguns.
Somos nenhuns.
Somos Música.
Somos Textos.
Somos Livros.
Somos Teatro.
Somos Aqui.
Somos Ali.
Somos Por aí.
Ontem.
Hoje.
Amanhã.
E somos.
E existimos.
18 abril 2013
félix ron ron
um gato amarelo.
vai ser o FÉLIX, de felino e de felicidade. :)
implica cuidar :)
um gato tem personalidade.
SÓ PARA ENTENDEREM (Félix é um gato amarelo e não um fénix mas o X indica os dotes na personalidade... e gosto mais da letra L que do X):
"Na
Índia vive um pássaro que é único: a encantadora fênix tem um
bico extraordinariamente longo e muito duro, perfurado com uma
centena de orifícios, como uma flauta. Não tem fêmea, vive isolada
e seu reinado é absoluto. Cada abertura em seu bico produz um som
diferente, e cada um desses sons revela um segredo particular, sutil
e profundo. Quando ela faz ouvir essas notas plangentes, os pássaros
e os peixes agitam-se, as bestas mais ferozes entram em êxtase;
depois todos silenciam. Foi desse canto que um sábio aprendeu a
ciência da música. A fênix vive cerca de mil anos e conhece de
antemão a hora de sua morte. Quando ela sente aproximar-se o momento
de retirar o seu coração do mundo, e todos os indícios lhe
confirmam que deve partir, constrói uma pira reunindo ao redor de sí
lenha e folhas de palmeira. Em meio a essas folhas entoa tristes
melodias, e cada nota lamentosa que emite é uma evidência de sua
alma imaculada. Enquanto canta, a amarga dor da morte penetra seu
íntimo e ela treme como uma folha. Todos os pássaros e animais são
atraídos por seu canto, que soa agora como as trombetas do Último
Dia; todos aproximam-se para assistir o espetáculo de sua morte, e,
por seu exemplo, cada um deles determina-se a deixar o mundo para
trás e resigna-se a morrer. De fato, nesse dia um grande número de
animais morre com o coração ensanguentado diante da fênix, por
causa da tristeza de que a veem presa. É um dia extraordinário:
alguns soluçam em simpatia, outros perdem os sentidos, outros ainda
morrem ao ouvir seu lamento apaixonado. Quando lhe resta apenas um
sopro de vida, a fênix bate suas asas e agita suas plumas, e deste
movimento produz-se um fogo que transforma seu estado. Este fogo
espalha-se rapidamente para folhagens e madeira, que ardem
agradavelmente. Breve, madeira e pássaro tornam-se brasas vivas, e
então cinzas. Porém, quando a pira foi consumida e a última
centelha se extingue, uma pequena fênix desperta do leito de cinzas.
Aconteceu
alguma vez a alguém deste mundo renascer depois da morte? Mesmo que
te fosse concedida uma vida tão longa quanto a da fênix, terias de
morrer quando a medida de tua vida fosse preenchida. A fênix
permaneceu por mil anos completamente só, no lamento e na dor, sem
companheira nem progenitora. Não contraiu laços com ninguém neste
mundo, nenhuma criança alegrou sua idade e, ao final de sua vida,
quando teve de deixar de existir, lançou suas cinzas ao vento, a fim
de que saibas que ninguém pode escapar à morte, não importa que
astúcia empregue. Em todo o mundo não há ninguém que não morra.
Sabe, pelo milagre da fênix, que ninguém tem abrigo contra a morte.
Ainda que a morte seja dura e tirânica, é preciso conviver com ela,
e embora muitas provações caiam sobre nós, a morte permanece a
mais dura prova que o Caminho nos exigirá".
Uma
fênix é protagonistada novela "A Princesa da Babilónia"
de Voltaire.
Ele
faz a seguinte descrição desta ave fabulosa:
"Era
do talhe de uma águia, mas os seus olhos
eram
tão suaves e ternos quanto os da águia são altivos e ameaçadores.
Seu bico era
cor-de-rosa e parecia ter algo da linda boca de Formosante. Seu
pescoço reunia todas as cores
do
arco-irís, porém mais vivas e brilhantes. Em nuanças infinitas,
brilhava-lhe o ouro na plumagem. Seus pés
pareciam
uma mescla de prata e púrpura; e a cauda dos belos pássaros que
atrelaram depois ao carro de Juno
não
tinham comparação com a sua."
17 abril 2013
O ir e o chegar lá
http://escolalumiar.wordpress.com/2007/09/20/pequena-escola-de-liberdade/
http://culturaesustentabilidade.org/
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
(1888-1935)
"A Verdadeira Arte de Amar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali…
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"
( Mario Quintana )
Falho, falho de novo, volto a tentar, de cada vez que falho, falho melhor!
(Samuel Beckett)
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
(Samba da benção, Vinícius de Moraes e Baden Powel)
Canto de um Povo de um Lugar
Todo dia o sol levanta
E a gente canta
Ao sol de todo dia
Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde
Quando a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite
Madrugada, céu de estrelas
E a gente dorme
sonhando com elas.
(Caetano Veloso)
é perceber que o simples
o que está à volta
quem gostamos
os lugares que habitamos
o momento que vivemos
o resto é complexo e fútil
não existe
o que importa é simples (Jorge Gonçalves, economista)
'devagar se vai ao longe' (sabedoria popular)
'E entretanto o tempo fez cinza da brasa
E outra maré cheia virá da maré vaza' (Sérgio Godinho)
Não há grande medo, só pode correr bem, pensa bem que estamos aqui hoje para o mesmo!
Há esperança!
Conto com alguma descontracçao, conversa informal, a magia que pode haver em criar algo juntos.
Estive em múrcia e é brutal a diferença nos espaços comuns, nas wc's e rampas por exemplo; vê-se muita gente em cadeira de rodas e bicicleta, como se se abrissem portas!
Tenho basicamente uma ideia de esperança e confiança no futuro: com principíos da revolução francesa de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e ainda os conceitos modernos de mobilidade e de acessibilidade.
A ideia de espaço aberto, do mar, do silêncio, de uma folha por escrever, de dançar, de voar, soltar ideias, pensar, de andar, de música, de vento nos cabelos, de criar, de horizonte.
Queremos criar mundo e ir nele juntos, queremos ir!
http://culturaesustentabilidade.org/
Isto
Dizem que finjo ou minto
Tudo que escrevo. Não.
Eu simplesmente sinto
Com a imaginação.
Não uso o coração.
Tudo o que sonho ou passo,
O que me falha ou finda,
É como que um terraço
Sobre outra coisa ainda.
Essa coisa é que é linda.
Por isso escrevo em meio
Do que não está ao pé,
Livre do meu enleio,
Sério do que não é.
Sentir? Sinta quem lê!
Fernando Pessoa
(1888-1935)
"A Verdadeira Arte de Amar
A gente sempre deve sair à rua como quem foge de casa,
Como se estivessem abertos diante de nós todos os caminhos do mundo.
Não importa que os compromissos, as obrigações, estejam ali…
Chegamos de muito longe, de alma aberta e o coração cantando!"
( Mario Quintana )
Falho, falho de novo, volto a tentar, de cada vez que falho, falho melhor!
(Samuel Beckett)
É melhor ser alegre que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
É assim como a luz no coração
(Samba da benção, Vinícius de Moraes e Baden Powel)
Canto de um Povo de um Lugar
Todo dia o sol levanta
E a gente canta
Ao sol de todo dia
Fim da tarde a terra cora
E a gente chora
Porque finda a tarde
Quando a noite a lua mansa
E a gente dança
Venerando a noite
Madrugada, céu de estrelas
E a gente dorme
sonhando com elas.
(Caetano Veloso)
é perceber que o simples
o que está à volta
quem gostamos
os lugares que habitamos
o momento que vivemos
o resto é complexo e fútil
não existe
o que importa é simples (Jorge Gonçalves, economista)
'devagar se vai ao longe' (sabedoria popular)
'E entretanto o tempo fez cinza da brasa
E outra maré cheia virá da maré vaza' (Sérgio Godinho)
Não há grande medo, só pode correr bem, pensa bem que estamos aqui hoje para o mesmo!
Há esperança!
Conto com alguma descontracçao, conversa informal, a magia que pode haver em criar algo juntos.
Estive em múrcia e é brutal a diferença nos espaços comuns, nas wc's e rampas por exemplo; vê-se muita gente em cadeira de rodas e bicicleta, como se se abrissem portas!
Tenho basicamente uma ideia de esperança e confiança no futuro: com principíos da revolução francesa de "Liberdade, Igualdade e Fraternidade" e ainda os conceitos modernos de mobilidade e de acessibilidade.
A ideia de espaço aberto, do mar, do silêncio, de uma folha por escrever, de dançar, de voar, soltar ideias, pensar, de andar, de música, de vento nos cabelos, de criar, de horizonte.
Queremos criar mundo e ir nele juntos, queremos ir!
15 abril 2013
monólogo interior, STOP
Estás a parar para começar e paraste para te ouvir, riscaste, não há censuras. Foda-se! não consigo fazer isto, ouve-te, não faças barulho, o barulho do camião a passar ajudou-me a escrever: descrição, o silêncio da alma o que é que ela diz? se calhar não tenho nada para dizer como o texto do Tiago (colega de workshop), serão todos iguais ao meu, o frenesim de se ouvir, desconstruir, que raio sempre nos ensinaram o contrário. Autocarro, e se tentasses pensar num tema? Sair-me-ia qualquer coisa sobre sexo, não vou ler um texto de um pensamento meu sobre sexo, não vou ler, estou a escrever, vou ler, vou reler este texto. stop.
Há bichos na minha cabeça pequenos aos saltos, loucura, estou a endoidecer, não estou nada. Estas guerras entre mim e mim aborrecem-me, gostava de ser mais decidido, talvez não, ser decidido é chato, lá estás tu com as morais sobre o bom e o mau, pensas demais, foi o que ele (o formador) pediu, que pensasse, que escrevesse e eu quero, estou a ser capaz, tanto como qualquer outro que me ouvisse a mim, não me tenho ouvido muito, tenho feito coisas contra mim, ouvir-mo-nos é difícil e eu não sabia, ouvir-me confunde-me, o melhor é fazer orelhas moucas a mim, estou a baralhar-me. Espera, estás a dialogar, tu e tu outra vez? quantos eus? encontrar um eu, não existe, és muitos, tens que te ouvir a todos os eus. Esqueçam isso: se ouvir um dá trabalho, ouvir todos é endoidecer, a loucura outra vez, isto começou nos bichos aos saltos, serão os eus? estava consciente que queria ouvir-me, mas não era isto que estava a pensar. Será que o Freud fazia este exercício? o Freud... o Freud é que podia tentar ouvir-me e escrever-me, ou outra pessoa qualquer, alguém capaz, de que eu gostasse, se calhar não gostava de me ouvir. De loucos, pára com a paranóia da loucura! já parei mas vai voltar, tenho pensamentos a mais para a velocidade da caneta, não consigo por causa disso, estás a conseguir, não acreditas em ti, eu adoro-me, pronto não há censuras mas não devia ter escrito isto, que vaidade "eu adoro-me" ainda por cima não é verdade. Quem quer escrever verdades!? Que raio queres tu escrever? parei, é impossível não parar. Sala com as pessoas: também pararam vocês? ontem frases curtas, hoje tenho que me censurar a não meter pontuação... ele (o formador) dá connosco em doidos. A loucura outra vez, eu disse que ela ia voltar. Mas isto solta-nos, esvazia-nos, já me sinto mais livre, é do chá. Quanto estará o Benfica? toda a gente vai achar que és viciado em futebol, ontem futebol hoje futebol. E daí? gosto sim. Quando é que isto acaba? quando decidires? e quando é que dcido? agora? ainda não, deixa ir... todos nos bancos a escrever sozinhos. o que é que terão para dizer? não tem que fazer sentido, fabuloso, não há problema dizers seja o que seja, mas a minha cabeça será lida como sem sentido? e que sentido é que ela tem?! stop.
Um cigarro. Um cigarro enche-te a cabeça de fumo, mas relaxa ou as pessoas acham que sim, e se te esticasses como o Basile (colega de workshop)? olhavas para a lua, já acendeste o cigarro e não te podes esticar porque escreves. Então para quê a discussão? não sabia que discutia tanto, se calhar é agora, deu-lhe para isto a cabeça, sempre que a tentas ouvir ela vai discutir, ela não quer que a oiças. Bela ideia ir para o chão, foi o Basile, aí está um gajo descontraído ou bom fingidor, gostava de ser descontraído, tenho tentado, se calhar não somos o que queremos, somos e pronto. Tenho sido. stop.
(meu 20.10.2005)
no computador:
tenho vivido muito em monólogo interior, ups, talvez não, estar sem a fala correta não permite pensar mais nem melhor, dar mais valor à conversa, ao espaço, ao tempo, ao ruído, ao silêncio, ao olhar, stop.
(15 de abril de 2013)
ao cada caso ser um caso
não há ninguém como eu mas há muita gente que vive nesta aldeia com as mesmas sensações e segundo as mesmas regras/normas.
alguém que estudou ciências sociais procura responder e encontrar semelhanças entre as pessoas.
todos comemos, bebemos, dormimos.
já muitos viveram antes de nós e virão a seguir aqui para a aldeia.
estou confuso:
é bastante complicado responder a especificidades só nossas mas possível!?
o olhar terno
quando sais e entras lá há um sorriso bonito.
ela e eu, só nós dois, sabemos, que temos uma história, modéstia à parte, boa, muito boa, invejável.
ternura.
crescendo.
outro nós, diferente no sabor, queremos construir algo exigente, algo responsável, algo que crie vaidade/orgulho, só nosso.
calmo e cativante, giro o olhar!
'tás boa?' 'estou, obrigado, e tu?'
rio-me: 'obrigado!?'
de nada,'estou bem, obrigadooo!'
'gosto de ti!', olhar meigo!
'também gosto de ti!' :)
10 abril 2013
ao andar: viva!!!
hoje andei, não imaginam a sensação de liberdade.
tudo muito lento:
Anda pé de cada vez, desmonta-se o esqueleto a sentir, a anca, o joelho, a ponta do pé direito, depois esquerdo, 1,80 a cair em cima de um pulso que não sabe bem defender-se, caramba, se tenho medo!!!
partir o pulso não seria a melhor forma de quebrar a espasticidade.
e a cabeça? apanhar um TCE que anule este!
mais uma etapa que começa, e tudo melhora!
vou correr, esperem!
o peso no lado esquerdo, no lado direito, passado alguns passos já ando mais descontraído.
é cansativo andar, pensa-se imenso!
é libertador o horizonte.
tenho que pensar em tudo, como nenhum de vocês pensa.
não tenho apoios, para onde posso ir sozinho?
ter alguém é sempre uma segurança inibidora.
não arriscar vai contra mim.
se não tivesse sido tão teimoso não estaria a escrever sobre ter andado HOJE!
07 abril 2013
morte e vida!
Thelonius Monk:
Outro daqueles que nos fazem acreditar na vida como estrada onde ha sempre o q escrever, pintar, bailar, imaginar e sentir vida e ter orgasmos.
e pensar escrever e começar de forma algo louca inspirando vida, pela estrada fora palmilhar caminhos. (...)
resolvem transbordar a vida e fazem maravilhas daquelas, escutem o piano a cantar, dá alma...
preciso de alimento como água que vamos beber junto ao banco de suplentes (onde estão o treinador e os colegas) a meio do jogo!
transborda este tempo e vai e vem ao passado e ao futuro a dar e sacar prazer e gosto!
Pintar novas pinturas, escrever novos textos, pegar nos passados e reiventar!
ERA UMA VEZ, uma cachopa e seu gaiato, deambulavam pelo mundo, pela vida, encontravam-se, trocaram carinho e entrega, era bom confortarem-se um no outro, ali não havia maldade.
só receber e entregar, era simples receber no peito a cabeça tranquila e brincar com os meus dedos por sobre a cara, nariz, olhos, lábios, bochechas e apertar terno!
matinais os gestos, lembravam e futuravam!
flutuavam, falavam de ressonar!
antes:
Cachopa,
Vens ca hoje, quero ver se somos capazes de Pintar novos eus. Uma nova cachopa e um novo gaiato. E exigente. Fomos mt fortes Mais intimos. Agora e Pintar novas pinturas, escrever novos textos. O fundamental esta ca/la: gostarmos mt um do outro. Estou ansioso p entender como respondemos a responsabilidade da amizade. Ate ja
gaiato
depois, agora:
gosto de ti, miúda pirralha acachopada!
gosto muito! ;)
gaiato pirralho
Estás aí Zezinho?
Não te ouvimos
Como só a tua mãe pode sentir
Mas não nos digas nada, nós sentimos
O que pensas connosco, sem ouvir
No rio da vida vi-te corajoso
Intrépido e valente, carinhoso
Em tudo o que fizeste, por inteiro
Em ti a rebeldia a poesia
Em ti a ousadia de querer um Mundo novo e Justo, um novo dia
Que um dia acreditaste conhecer
Dorme meu filho e agora descansado vive ao nosso lado
Teu pai
(escrito no obituário d'O Público por um pai a um filho; há memórias que merecem ser vividas de gente que troca as voltas ao sentido de vir depois e partem)
Outro daqueles que nos fazem acreditar na vida como estrada onde ha sempre o q escrever, pintar, bailar, imaginar e sentir vida e ter orgasmos.
e pensar escrever e começar de forma algo louca inspirando vida, pela estrada fora palmilhar caminhos. (...)
resolvem transbordar a vida e fazem maravilhas daquelas, escutem o piano a cantar, dá alma...
preciso de alimento como água que vamos beber junto ao banco de suplentes (onde estão o treinador e os colegas) a meio do jogo!
transborda este tempo e vai e vem ao passado e ao futuro a dar e sacar prazer e gosto!
Pintar novas pinturas, escrever novos textos, pegar nos passados e reiventar!
ERA UMA VEZ, uma cachopa e seu gaiato, deambulavam pelo mundo, pela vida, encontravam-se, trocaram carinho e entrega, era bom confortarem-se um no outro, ali não havia maldade.
só receber e entregar, era simples receber no peito a cabeça tranquila e brincar com os meus dedos por sobre a cara, nariz, olhos, lábios, bochechas e apertar terno!
matinais os gestos, lembravam e futuravam!
flutuavam, falavam de ressonar!
antes:
Cachopa,
Vens ca hoje, quero ver se somos capazes de Pintar novos eus. Uma nova cachopa e um novo gaiato. E exigente. Fomos mt fortes Mais intimos. Agora e Pintar novas pinturas, escrever novos textos. O fundamental esta ca/la: gostarmos mt um do outro. Estou ansioso p entender como respondemos a responsabilidade da amizade. Ate ja
gaiato
depois, agora:
gosto de ti, miúda pirralha acachopada!
gosto muito! ;)
gaiato pirralho
Estás aí Zezinho?
Não te ouvimos
Como só a tua mãe pode sentir
Mas não nos digas nada, nós sentimos
O que pensas connosco, sem ouvir
No rio da vida vi-te corajoso
Intrépido e valente, carinhoso
Em tudo o que fizeste, por inteiro
Em ti a rebeldia a poesia
Em ti a ousadia de querer um Mundo novo e Justo, um novo dia
Que um dia acreditaste conhecer
Dorme meu filho e agora descansado vive ao nosso lado
Teu pai
(escrito no obituário d'O Público por um pai a um filho; há memórias que merecem ser vividas de gente que troca as voltas ao sentido de vir depois e partem)
06 abril 2013
crescimento
Idade?
32
há quanto tempo conheces a cercitop?
desde maio de 2008 qd entrei como utente lá.
Porque integras este
espaço? Causa?
porque sofri um acidente de carro e sofri um TCE, que se tornou meu intímo, nunca me larga, dorme
comigo sempre não ando e não falo bem, ou desde 18 de setembro de 2006 venho recuperando, tem
evoluindo de forma lenta mas sp positiva, estou agradecido por ter esta oportunidade de existir convosco!
integro este espaço para trabalhar o meu belo corpinho que ficou maltratado pelo acidente:
BUM plátano,
BUM plátano,
BUM vida!
Principais
diferenças por fazeres parte deste centro? Como entraste?
entrei de cadeira de rodas e agora entro de bastão, sinto que todos trabalham distribuindo sorrisos, tenho
conhecido gente muito forte, ninguém gosta de ter sofrido um acidente mas ali recupera-se bem.
estou a reviver, não morri, em pequenos gestos sinto-me solto!
em pequenas pessoas em novos passos!
estou a reviver, não morri, em pequenos gestos sinto-me solto!
em pequenas pessoas em novos passos!
Define a CERCITOP
numa palavra?
'entrega!'
'entrega!'
passado, presente, futuro, como descreves?
passado
- andava distraído da vida, ia para moçambique fazer voluntariado,
estava meio perdido, dps bum plátano, acordei, 'há males que vêem por
bem';
presente - recupero todos os
dias, estou a escrever esta tese de mestrado, tenho gente muito boa à
minha volta, sou o mais aparvalhado quanto ao 'optimismo';
futuro - autónomo, vou ser ou futebolista ou cantor, quero muito ter filhos, tenho muita esperança na vida!
segredo shhh
A Carolina
(Sérgio Godinho)
A Carolina
três mulheres num só
ar de menina
sapiência de avó
luz da mulher
que se quer levar pela noite dentro
abrigada do vento
rosa-dos-ventos, caravela veloz
Carolindeza
você vem na correnteza
enredar-se em mim
enamorar-se de mim
o nosso folhetim
segue no próximo episódio
Tanto episódio
que azedou no final
o amor e o ódio
a situação trivial
que se repete
e a si mesmo se imita e desdobra
quando já pouco sobra
mas oh Carolina
sobra tanto de ti
Carolindeza
você vem de surpresa
alongar-se na cama
enrodilhar-se na cama
o nosso programa
segue dentro de momentos
Amores, amores vão
amores, amores vêm
mas a Carolina
há-de ser mais além
imprescindível presença
que o fogo e a terra condensa
dito da forma mais simples
faz-me bem
A Carolina
diz: já sei, não se usa
mas tu para mim
mesmo homem és musa
fazes-me rir
e do gosto, do gosto em que rias
nascem sabedorias
mas oh Carolina
sei mais coisas de ti
Carolindeza
coisas da natureza
inundada de sumo
iluminada de sumo
dito em resumo
ri melhor quem com teu rir rir
Rimo-nos juntos
já não morremos hoje
fomos a assuntos
desses de "tocar e foge"
tocamos longe
no fundo da proximidade
para lá da verdade
mas oh Carolina
verdadeiro em você
Carolindeza
e o padrão de beleza
que eu, a ser ditador
gostaria de impor
pensando melhor
dou-te o meu reino por um beijo
Amores, amores vão...
E assim que vejas
que o amor nos escapa
peço que sejas
mais papista que o papa
papaguear
juramentos de amor e ternura
é fazer fraca figura
fraca figura já fizemos à vez
Carolindeza
você vem de certeza
para me açambarcar
para me assarapantar
pró seu lugar!
que a ordem tem de ser mantida
Ordem mantida
não ganhamos pró susto
fomos a vida
quase a mal, quase a custo
quero-te perto de mim
e sei que vice-versa
e tudo o mais é conversa
mais oh Carolina
vice-versa da luz
Carolindeza
você voltou em beleza
consentir-se no que há
compartilhar-se no que há
descobrimos já
as nossas sete diferenças
Amores, amores vão...
há gente que fica, que está nos pequenos gestos, que deixou cá filhas como que a dizer que isto do mundo não acaba nunca e assim fica...
...que sabe que há coisas só nossas.
...a dizer que melhora!
...o ir ao jardim da estrela dar pão aos patos.
...ir à missa a santa isabel.
...ir à praia da azarujinha de comboio depois de ir à padaria todo responsável nos seus 6/7/8/9 anos.
...beber leite às refeições, leite com mel antes de ir deitar (para adoçar os sonhos, ah, pois é!).
...fazer um arroz simples saber como uma coisa divinal!
...fazer tudo como se fôssemos merecedores de viver muito bem!
...ensinou-me que deus existe quando acreditamos.
...n acreditando ou acreditando não piora nem melhora.
...o pão à mesa deve ser cuidado porque lembra o privilégio de existir!
...o chão debaixo da mesa era dos netos!
juntos na terra, juntos no céu a olhar por nós, queridos Avós!
05 abril 2013
a parábola
ia a chegar ao hospital onde tenho terapia da fala!
saí do carro como é habitual segurando-me à porta do carro e chega-me um tripé às mãos.
começa a descida com o edificío hospitalar defronte de nós!
ergo a cabeça e vejo alguém a olhar para mim no inicío da rampa.
ele entra no edificío e volta a sair com uma cadeira de rodas.
negro, tenho que descobrir se nasceu cá e qual a origem dele!
desce a rampa, atravessa a rua, pára defronte de nós aí a um metro.
tinha ido buscar a cadeira para nós e oferecia para eu me sentar.
o olhar era terno.
ternurento.
grande e sorridio de quem oferece bem.
tinha uma imagem de uma planicíe africana nos olhos (dessas que só vemos nos filmes imaginada).
quase que me senti culpado de a negar.
'temos a cadeira no carro. ele vai a andar!'
senti força.
senti coragem.
eu vou a andar.
fui à terapia da fala no andar de cima a caminhar pé ante pé a olhar para a frente com ar de vencedor queixo erguido: 'eu vou a andar!'
o olhar terno despediu-se de mim sorrindo à saída, acho que fiz um amigo, quero perguntar-lhe o nome num prróximo dia à frente, perguntar viva voz!
hoje fui a pé, a andar, até à Meca (alguém que devemos conhecer para além dos problemas comunicacionais...) e almoçar a pé um prato recheado de fruta fresca e deliciosa (kiwi, melão, melancia, uvas, meloa, papaia, laranja) e uma carne assada tenrinha e aconchegante com um vinho paladar tempero ribatejano à frente da companhia tradicional arrasa tempos, o NAN!
parecia uma pintura!
hoje andei buéréré! ;)
'nem sempre o que parece é!'
saí do carro como é habitual segurando-me à porta do carro e chega-me um tripé às mãos.
começa a descida com o edificío hospitalar defronte de nós!
ergo a cabeça e vejo alguém a olhar para mim no inicío da rampa.
ele entra no edificío e volta a sair com uma cadeira de rodas.
negro, tenho que descobrir se nasceu cá e qual a origem dele!
desce a rampa, atravessa a rua, pára defronte de nós aí a um metro.
tinha ido buscar a cadeira para nós e oferecia para eu me sentar.
o olhar era terno.
ternurento.
grande e sorridio de quem oferece bem.
tinha uma imagem de uma planicíe africana nos olhos (dessas que só vemos nos filmes imaginada).
quase que me senti culpado de a negar.
'temos a cadeira no carro. ele vai a andar!'
senti força.
senti coragem.
eu vou a andar.
fui à terapia da fala no andar de cima a caminhar pé ante pé a olhar para a frente com ar de vencedor queixo erguido: 'eu vou a andar!'
o olhar terno despediu-se de mim sorrindo à saída, acho que fiz um amigo, quero perguntar-lhe o nome num prróximo dia à frente, perguntar viva voz!
hoje fui a pé, a andar, até à Meca (alguém que devemos conhecer para além dos problemas comunicacionais...) e almoçar a pé um prato recheado de fruta fresca e deliciosa (kiwi, melão, melancia, uvas, meloa, papaia, laranja) e uma carne assada tenrinha e aconchegante com um vinho paladar tempero ribatejano à frente da companhia tradicional arrasa tempos, o NAN!
parecia uma pintura!
hoje andei buéréré! ;)
'nem sempre o que parece é!'
03 abril 2013
da paternidade
esta semana uma mãe deu-me a noticía que el dom seu hijo tinha começado a andar e não sei se foi porque tenho problemas de mobilidade mas fiquei fascinado com a noticía!
um miúdo q começa a andar dá esperança, um mundo por descobrir aumenta!
e o miúdo pode sair ao pai, à mãe, a nenhum e ser ele próprio :) tanta possibilidade, bora lá!
Parto Sem Dor
Sérgio Godinho
E agora eu vou-me embora
e embora a dor
não queira ir já embora
agora eu vou-me embora
e parto sem dor
E parto dentro de momentos
apesar de haver momentos
em que dentro a dor
não parte sem dor
01 abril 2013
o plural
não é que não goste de companhia, gosto de grupos, sejamos muitos!!!
mas mão gosto de plurais.
nem os utentes, nem as mulheres e quando falam nos homens tenho dificuldade em me comparar com a metade.
seres humanos!?
há animais com coisas com que gosto mais de me parecer que muita gente por aí!
hoje na piscina:
- o dom DINIS começou a andar: podem nascer sorridentes, podem nascer asneirentos, podem sair ao pai, podem sair à mãe, podem n sair a ninguém e ser eles próprios. o dinis comecou andar Ha qlq coisa que dá esperança num miúdo começar a dar os primeiros passos. há qlq coisa de esperança num inicío... bom é querer ver e ter mundo nos olhos de uma criança...
a constança, irmã da matilde, é engraçadissíma, falou na familía inteira hoje na receção da piscina... dava gosto estar tudo ao mesmo, tudo a ouvir a pequenita constança!
mas mão gosto de plurais.
nem os utentes, nem as mulheres e quando falam nos homens tenho dificuldade em me comparar com a metade.
seres humanos!?
há animais com coisas com que gosto mais de me parecer que muita gente por aí!
hoje na piscina:
- o dom DINIS começou a andar: podem nascer sorridentes, podem nascer asneirentos, podem sair ao pai, podem sair à mãe, podem n sair a ninguém e ser eles próprios. o dinis comecou andar Ha qlq coisa que dá esperança num miúdo começar a dar os primeiros passos. há qlq coisa de esperança num inicío... bom é querer ver e ter mundo nos olhos de uma criança...
a constança, irmã da matilde, é engraçadissíma, falou na familía inteira hoje na receção da piscina... dava gosto estar tudo ao mesmo, tudo a ouvir a pequenita constança!
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