Ia ali pela rua paralela à escola do primária Mucifal com 6 anos, 3ª classe quando o gosto pela escrita estava de cócoras a rir, e foi paixão à primeira vista!
Agachei-me
para lhe dar um abraço, agarrámo-nos um ao outro e foi energético, nunca mais
nos largámos, nos perdemos de vista, daqueles infantis, de criança.
E
fundiu-se em mim, anda sempre comigo nas mais variadas formas em que ele surge,
cada vez há mais formas diversas de escrever e escritores; costumo dizer que
não saber escrever é uma forma de deficiência.
Tudo
terá surgido do privilégio de ter nascido num ninho único, tive muita sorte
onde e com quem me cruzei; não sei se o gosto, é diferente de qualquer outro
gosto; o gosto pela escrita.
Também
não sei como surgiram o gosto pela feijoada, pelas tostas mistas, pelos
carapaus assados, pelas sopas diversas, por um estilo de música, pelo futebol,
pelas animações, pelas ciências sociais ou terão várias razões, é a vida!
Escrever
não é sempre igual, terá várias formas e tempos.
Nem sei se é estanque, há
alturas em que gostamos mais de escrever, do que outras; há alturas em que o
quadro das experiências é largo, profundo, outras é mais plano e superficial.
O quadro que pintamos terá
vastas experiências, traços, tons, climas, densidades, levezas e cores a
pintar/escrever.
O tempo para escrever e
repousar na escrita também tem influência.
O meu? Terá obrigatoriamente de
ter vindo dos meus pais, esses gostos passam no dia a dia. São herdados e vêm
por hábitos. Por exemplo, o meu pai
fazia um jogo para passar o tempo no trânsito, encontrar palavras para as
letras do carro da frente.
Toda a gente, tem escritas
muito variadas; personalidades diferentes; mas escrever tem várias
personalidades e até não escrever diz muito sobre quem não o faz, normalmente é
mais expansiva noutros lados.
É uma maneira importante de
seres Comunicador, de te dares aos outros quando o fazes bem.
Vêm quase geneticamente e com
a convivência com eles, os teus pais.
Gostos similares, passam pela
experiência. No estar habituado a ler, saborear ideias por escrito.
Embora, nos últimos tempos
tenha lido menos que escrito, é a vida!
Tenho ideia de que o bem-dito
acidente e a perda da capacidade de falar facilitou e aprimorou o uso desta
alternativa, a terapia da fala ressente-se disso ou talvez não.
Não surge e é importante ir-se trabalhando esse gosto quando parece adormecido.
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