12 dezembro 2023

1) Como surgiu o teu gosto pela escrita?


Ia ali pela rua paralela à escola do primária Mucifal com 6 anos, 3ª classe quando o gosto pela escrita estava de cócoras a rir, e foi paixão à primeira vista!

Agachei-me para lhe dar um abraço, agarrámo-nos um ao outro e foi energético, nunca mais nos largámos, nos perdemos de vista, daqueles infantis, de criança.

E fundiu-se em mim, anda sempre comigo nas mais variadas formas em que ele surge, cada vez há mais formas diversas de escrever e escritores; costumo dizer que não saber escrever é uma forma de deficiência.

Tudo terá surgido do privilégio de ter nascido num ninho único, tive muita sorte onde e com quem me cruzei; não sei se o gosto, é diferente de qualquer outro gosto; o gosto pela escrita.

Também não sei como surgiram o gosto pela feijoada, pelas tostas mistas, pelos carapaus assados, pelas sopas diversas, por um estilo de música, pelo futebol, pelas animações, pelas ciências sociais ou terão várias razões, é a vida!

Escrever não é sempre igual, terá várias formas e tempos.

Nem sei se é estanque, há alturas em que gostamos mais de escrever, do que outras; há alturas em que o quadro das experiências é largo, profundo, outras é mais plano e superficial.

O quadro que pintamos terá vastas experiências, traços, tons, climas, densidades, levezas e cores a pintar/escrever.

O tempo para escrever e repousar na escrita também tem influência.

O meu? Terá obrigatoriamente de ter vindo dos meus pais, esses gostos passam no dia a dia. São herdados e vêm por hábitos.  Por exemplo, o meu pai fazia um jogo para passar o tempo no trânsito, encontrar palavras para as letras do carro da frente.

Toda a gente, tem escritas muito variadas; personalidades diferentes; mas escrever tem várias personalidades e até não escrever diz muito sobre quem não o faz, normalmente é mais expansiva noutros lados.

É uma maneira importante de seres Comunicador, de te dares aos outros quando o fazes bem.

Vêm quase geneticamente e com a convivência com eles, os teus pais.

Gostos similares, passam pela experiência. No estar habituado a ler, saborear ideias por escrito.

Embora, nos últimos tempos tenha lido menos que escrito, é a vida!

Tenho ideia de que o bem-dito acidente e a perda da capacidade de falar facilitou e aprimorou o uso desta alternativa, a terapia da fala ressente-se disso ou talvez não.

Não surge e é importante ir-se trabalhando esse gosto quando parece adormecido.



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