18 fevereiro 2012

ideias soltas

Acessibilidade e mobilidade

São dois termos que como reaprendi pelo uso da cadeira de rodas.

Acessibilidade nas conversas, na escolha das palavras, devo usar as mesmas como democrata ou ir mudando de registro consoante com quem estou?

Acessibilidade e mobilidade... raramente dei por isto.

Sempre fui ineficiente ou incapaz.

Se o chão é areia ou mais rijo, se é mais largo ou curto, se há rampas ou degraus; wc’s para gente com limitações; tenho reparado que nos centros comerciais há sempre três: masculino, feminino e deficiente; nos concertos também há.

Acessibilidade ao outro, espaços para estar com o outro; se há mais cuidados com o espaço do que em qualquer outro tempo, há poucos, olhamos pouco para os outros, conversa-se pouco.

Desconfio que o mais geral é comer sozinho, comer rápido e apressado porque ‘tempo é dinheiro’.

Acessos ao estudo.

Acessibilidades e mobilidade.

São dois conceitos modernos.

Ou talvez não mas pensados por mais gente que nunca e de outra forma.

Os automóveis evoluem.

As casas tb.

As pessoas.

O espaço e o tempo.

Venham dar uma volta em cadeira de rodas cmg e estou certo que deparará com problemas nunca pensados.

A cor.

A largura.

A altura.

O som.

Há mais espaços comuns que nunca mas ou somos rápidos ou apressados.

Cada espaço tem seu tempo e tudo é relativo.

Duas pessoas parecidas e vizinhas com o msm curso, idade, gênero, nome, têm gostos diferentes.

Eu acho que pouco olhamos para o outro.

Pouco sentimos o outro.

Talvez não haja nenhuma ciência a dizer isto nem nenhum estudo.

Tenho ideia que tudo já foi mais lento ou que os velhos vivem com mais calma talvez alguns sim outros não.

Talvez...

Uma cidade deve ter muitos espaços de lazer, espaço, jardins para disfrutar estar juntos, viver, andar de bicicleta, jogar futebol, jogar cartas, xadrez, jogar muito, escrever, fazer piqueniques, dançar, ler, espaços onde viver sozinho e com o outro seja natural, esplanadas, lagos, rios.

Deve ter ruas largas e compridas, com montras e lojas, gente a passear na rua mas também bairros velhos como o bairro alto, uma cidade só passa a ser cidade quando é vivida.

'muito fixe mesmo! cada vez mais me faz sentido pensar desde o início ao detalhe toda esta questao, que é super importante, para todos... o texto revela esse sentimento, a possibilidade de muito mais pessoas poderem estar num espaço em que trocam experiencias diferentes, e cada vez mais diversas, é aí que também encontro a riqueza...'

só o juntares gente para pensar ou conversar sobre um assunto não é uma coisa a q se esteja habituado.

há um conjunto de formas de estar e fazer naturais desde pequeninos para mim e para ti mas n para toda a gente

claro, mas será assim tão distante das pessoas em geral, especialmente em portugal?

tenho a sensacao que nao

no fundo é uma investigacao sobre isso...

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