20 setembro 2013

tenho um heterónimo surreal



Com piano e fruta faço Poesia. Com tons suaves e que dão força. Ideias. Imagens. Espaços. Selvagens e citadinos. O mar. A falésia. A voz cantada. Som. Melodia. Pintura. Traço. Raio de sol que nasce. Vento. Festa. Luz. Amigos. Amor. Chuva. A vida é possibilidade! A maior das possibilidades! De ir. De voltar. De rir. De gritar. De chorar. De mergulhar. De escolher ficar. E no fundo do lago ouve-se o silêncio, ecoa lento devagar, explode e agita murmúrios. Música. Pão. Gargalhada à solta. Pânico, e mais.

Venho aqui trazer um momento de paz e prazer. Recebam-me. Do que estão à espera!?

Mexam-se! Rápido. Porque esperam!? Calma! Não me vou embora. Das coisas boas deste texto é que pede para ser vosso! cuidem dele!
A fruta é fresca e doce, suave como se desfaz na boca. Também pode ser azeda. Água. Menos. Sangria. Mais. Animação. Uma cadeira de rodas desliza entre a multidão e palavras voam, frases. Discurso.

Monólogo interior. Em que queremos pensar em conjunto!? Não se pensa em conjunto. Felizmente. Vocês já viram a barulheira que era!? Não havia refúgio na escuridão.

Fiz uma pausa. Há que ser activos perante este texto. Ele é escrito por mim mas para vocês. Quero que tenha algum sumo ler-me. Que gostem de lê-lo. Que gostem muito de lê-lo. Que saboreiem cada sílaba, palavra, parágrafo, ideia. Que releiam e desçam devagar de novo.

O texto só é melhor se fizerem por isso.

Olha-me este!? Todos pedem coisas e responsabilidades.

NÃO posso ler, só ler e ter gosto no que leio!?

Podes mas é isso que te peço para fazeres: aprecia o texto, não leias só porque não tens mais nada que fazer, recebe esta prenda, estive a escrever para ti.

Leiam com gosto. Apreciem a leitura. Gozem ter-me para me lerem.

Tornem o texto vosso, peço-vos que sejam egoístas. Sejam exigentes. Não me agrada facilidades e desinteresse.

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