06 dezembro 2018

leituras de um homem bom que fica!!!


Comentário da Amiga Maria Vitória Vaz Pato: 

O Luis Miguel Cintra com quem tive honra de trabalhar numa peça para não actores no teatro da Cornucópia, tornado-nos amigos nessa altura  falamos por acaso de um amigo comum o Fernando Belo  a quem não conseguira convencer vir ver a nossa peça. então oLuis Miguel contou como o FB jovem padre se via com os adolescentes provocadores nas aulas de moral no Liceu . Mas que ele guardava dele grande amizade e que gostaria de voltar  a estar com ele. Organizei um almoço e o teu pai veio a minha casa e encontrara-se  julgo que  em 2018e ficaram os dois muito continentes e julgo o teu enviou-lhe textos depois desse encontro

"De desassombro de amor a alegria  a generosidade a formar um ser humano . Entre mim e ele houve uma cumplicidade que assentou na amizade pelo meu pai (Luis Lindley Cintra) ficou no cemitério minha espera  quando todos sairam no fim do funeral.
 
 Que pena não vou ir a Lisboa estou no Porto e seria muito duro. desculpa não estar mas mando um abraço muito triste”


De Luís Miguel Cintra lido por Maria Vitória Vaz Pato

Sobre a curiosidade, a alegria e a sorte


A curiosidade no pai é cativante e contagiante: constrói como pessoa e como mulher. Leva por caminhos que nunca pensei seguir e faz crescer cada vez mais. As conversas que tínhamos levavam a levantar questões e ajudaram a seguir o que segui. Pelas questões que cresceram. 

Quando ele dizia após uma conversa, que tinha que ler um determinado livro, por vezes, ficava zangada: por já não ter que procurar e descobrir  o livro. De certa forma cortava a pesquisa, principalmente quando eram sobre Biologia. Mas depois percebi que tinha a sorte enorme de ter acesso a tanta coisa, que se calhar de outra forma não descobria. E passei a aproveitar disso e até descobri outros livros. 

Também percebi ao ler os mesmos livros que ele que descobria coisas de que ele não tinha falado, que não tinha descoberto ou dado atenção.

A alegria é outra coisa contagiante, que se alia também à sorte que teve na vida - à custa de muito trabalho é certo - mas também à custa dos riscos que correu e do caminho que fez. Um caminho de que se orgulha, pois fez dele o que é hoje, tendo sido tão diversificado e tão rico que chega a ser comovente. 

Comove-me ser tua filha, pai!


(escrito pela mana Clara para os 85 anos do pai, feitos em dia 30-10.2018)


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