Andava com a ideia que esta desaceleração do mundo tem o seu lado positivo: tenho esta doença de ter um um coté optimista em demasia.
Pelo menos para os que já saboreavam este ritmo mais lento e não abrandaram.
O Amigo Eduardo Jorge (link), cúmplice neste gosto pela calma, deu-me neste texto razão e a normalização que o vírus trouxe traz tempo que não respeitávamos...
Tempo para viver com calma e apreciar os silêncios calmos dos pianos e violinos.
Lembra-me que, há bem pouco tempo, contestar falar sobre noticias nos telejornais pesadas e agora com o vírus tudo parece ultrapassado e as coisas boas que surgem são imensas como óperas à varanda e online (teatros, cinemas, concertos).
Talvez não seja igual para todos os lares esta paragem, certamente não é; viver 8 pessoas num cubículo será diferente de duas numa vivenda enorme mas não piorou por se verem mais, olharem sorrindo melhor.
Permite constatar que em geral temos uma vida óptima e com acesso a muita coisa à distância; a falta de contacto (abraços e beijos) saberá melhor pelo acarinhar desta saudade.
Estamos a viver em ralenti, em pause mas depois o play saberá melhor cada coisa que foi interrompida ou o facto é que ganha sabor as pequenas coisas.
Viver lento não é de todo um defeito!
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