A ideia de estar numa prisão assusta porque estamos fechados
de um mundo e dos outros, e de nós, de um certo modo, neste canto da sala
vejo ao longe pela fresta da janela aberta: verde e sol-liberdade!
Ergo um punho sozinho fazendo atenção à sombra, sei que voltaremos ao
mundo, não fomos feito para estar presos, e disto/nisto ganharemos valor.
Vejo as grades e penso loucamente 'espera mais um pouco!'
As coisas começam e acabam: paciência!
Deste malmequer (tanto mal) vem o cheiro e o som de
derrocada.
E foi num feliz momento em que alma foi quebrada.
E a história quando acaba e marcho direito ao precipício
pronto para saltar e quebrar correntes, preso me soltarei.
Hoje e agora:
Numa batalha viral o mundo tem enormes baixas e entram vários
(a maioria) países em quarentena.
Há quem pense fora da caixa e ache a quarentena dispensável...
É sabido que o sol/calor mata o bicho mau mas que o contacto
entre as pessoas é perigoso.
Há quem nunca tenha lavado tanto as mãos como agora.
Não sei qual o resultado que praias cheias de gente,
sol e água vão
ter mas vem aí o verão, talvez não hajam como normalmente.
Há quem acredite que a natureza sabe de coisas e queira pedir
calma a um mundo demasiado apressado: lirismos...
Como não sabemos o melhor é melhor acatar estados de
emergência e aproveitar as qualidades humanas que este
estado está a potenciar, é a vida sempre inesperada e isso é
o melhor que ela tem: não se saber o futuro!
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