Os Nouvelle Vague escolheram Portugal para apresentarem em primeira mão o seu terceiro álbum, em dois concertos que estão já a criar grande expectativa, dado que o grupo anunciou a participação de duas novas vocalistas - Nadeah e Jody Stenberg (vocalista dos Morcheeba) – que se vão juntar aos já conhecidos Melanie, Phoebe e Gerald.
O Campo Pequeno, em Lisboa, no dia 7 de Novembro, e o Teatro Sá da Bandeira, no Porto, no dia 8, vão ser os palcos onde vão desfilar as versões reinventadas de clássicos pop, new wave ou punk que seduziram os fãs portugueses.
Os Nouvelle Vague têm, em Portugal, uma história recheada de sucessos desde a primeira visita ao Lux em 2005. A partir daí, e após uma passagem pelo Sudoeste, os espectáculos que deram no Cool Jazz Fest, na Aula Magna, no Teatro Sá da Bandeira, ou num after show acústico no Casino Estoril estiveram sempre absolutamente esgotados.
http://www.youtube.com/watch?v=Retl499FhEU&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=RqAPbFm4tXQ&feature=related
7 de novembro, é quando quero assistir... venham!
"Eu quero acompanhar o meu cantar vagabundo de todos aqueles que velam pela alegria no mundo" (caetano veloso)
31 maio 2009
29 maio 2009
As brincadeiras com deus. jesus, cmg e com a peg sucedem-se
Pede-me uma aDORAda, um bocado naba, que aponte aqui algo mais que o feito no aniversário do alcoitão (um ilustre desconhecido para mim antes de um plátano... )pois! Não tenho muito mais a dizer a não ser que como utente parece-me que as animadas merecem ser valorizadas pelo trabalho valoroso que fazem, e não é fácil quando a população-alvo deve estar acima dos 60/70.
'O dia terminou com uma visita a casa de um amigo muito especial... o Zé Maria... um menino rebelde... um vencedor todos os dias... a cada dia que passa é notável a sua recuperação... Ele queria conhecer a Matilde... ao inicio ela estava envergonhada, mas às tantas ja era a Matilde que todos nós conhecemos loool.... Foi um bocadinho muito bem passado, gostei muito!' (http://www.filipaccmorais.blogspot.com). impossível não me babar, né? É de uma humildade serena esta fipa, um bocado COTA, anda-me e ensina-me a amizade (que ando destreinado).
Quando estou cansado vêm-me uns humores... e estou um vaidoso: poucos terão uma capacidade de encaixe como o meu, and i look up to the better side of life.
expectactivas já não se fazem... bati todos os prognósticos mesmo os 'só quando o jogo acabar'.
26 maio 2009
ó trimmm, trimmm, trimmm, passear na rua!
Ergo uma barreirra para o ser. Nesta fase penso tanto e sem voz tenho comunicado como muitos com voz não o conseguem, não sabem! É bem discreta esta senhora, singela mãe de matilde: www.filipaccmorais.blogspot.com. As pavoíces abundam: fumos, copos e mulheres, génio do género problemático, algo maligno... 'os muros vão cair', dominó... e ergue-se um grito...
23 maio 2009
imaginem à noite, luzes!
Quem veio e atravessou o rio viu a chegarem-se perto casas sob um céu largo, claro, imenso mas sempre que Lisboa canta não sei se canta, não sei se reza, pois sempre que Lisboa canta, canta o fado com certeza sorrindo por dentro e sempre a crescer. Foi atravessando o Tejo que ali notei um nascer de algo, do mar, do deserto, de um gesto, de uma cidade, de pessoas. Num brilho notou-se o crepúsculo arroxeado ao longe, assim como um laranja pôr-do-sol a clarear para o azul claro esbranquiçado da melodia q soava em ritmos samba. No caminho lá fundo eu vi um mexer sério e duro acentuado.
lembro-me de estar no parque das naçoes e concerto de jorge palma cantar isto:
Tu És Um Lindo Rapaz
Tu és um lindo rapaz
Vê-se que foste educado
E tens boa apresentação
Conheci-te ainda há pouco
Mas já estou enfastiado
Não falo mais contigo
Nem para saber que horas são
Tu queres sorrir como o Steve McQueen
Falar como o Marlon Brando
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és
Tu és um lindo rapaz
Mesmo quando olhas de lado
Para ver se estás a ser notado
Gramo à brava o teu cabelo
É pena estar cheio de laca
Só espero que uma hora ao pé de ti
Não dê ressaca
Tu queres sorrir como o Steve McQueen
Falar como o Marlon Brando
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és
Tu queres sorrir como o Steve McQueen
Falar como o Marlon Brando
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és
Como o Steve McQueen
Como o ....
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és ...
Tu és um lindo rapaz
Vê-se que foste educado
E tens boa apresentação
Conheci-te ainda há pouco
Mas já estou enfastiado
Não falo mais contigo
Nem para saber que horas são
Tu queres sorrir como o Steve McQueen
Falar como o Marlon Brando
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és
Tu és um lindo rapaz
Mesmo quando olhas de lado
Para ver se estás a ser notado
Gramo à brava o teu cabelo
É pena estar cheio de laca
Só espero que uma hora ao pé de ti
Não dê ressaca
Tu queres sorrir como o Steve McQueen
Falar como o Marlon Brando
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és
Tu queres sorrir como o Steve McQueen
Falar como o Marlon Brando
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és
Como o Steve McQueen
Como o ....
E o teu olhar lembra-me o Valentino
Do Fred Astaire queres ter os pés
Cantar como o Sinatra
E eu não chego a saber quem tu és ...
18 maio 2009
um dia-a-dia inacessível
Pediram-me para escrever um pequeno texto que descreva o meu dia
> relativamente a acessibilidades. Começo a manhã por levar o meu filho
> à escolinha. Como vou a pé tento ir com segurança no passeio mas é
> impossivel. Com os carros estacionados indevidamente nos passeios sou
> eu que tenho que ir na estrada. Perto da escola existe uma curva
> muito apertada e como não tem visibilidade, peço ao meu filho, que
> vai no passeio com toda a segurança, e porque cabe entre os carros
> para avançar um pouco e ver se vêm carros para eu poder seguir. Ou
> teria um acidente. Depois de ele estar na escola, pego no meu carro e
> sigo para um dos meus voluntariados. A Junta, no Banco de
> voluntariado, onde não existe um lugar de estacionamento para pessoas
> com deficiência. Tenho que procurar um lugar favorável onde possa ter
> a total abertura de porta para que possa tirar a minha cadeira de
> rodas. A acessibilidade da Junta não existe pois era um edificio
> antigo onde não estava previsto trabalhar uma pessoa com deficiência.
> Se tiver que almoçar fora de casa tenho que procurar um restaurante ou
> café com acessibilidade e também, e mais importante com casa de banho
> adaptada, o que é deveras dificil. Ao fim da tarde apanho o meu filho
> e levo-o ao ginásio para a piscina ou karaté. Quanto ao ginásio não
> tenho nenhum problema, está todo acessivel. Mas não existe um
> rebaixamento de passeio à entrada e o passeio é muito alto para
> cavalinhos. Tenho que dar a volta ao quarteirão onde existe um
> rebaixamento e que me permite aceder ao passeio em segurança. Se
> durante o dia tenho que ir correios, supermercado, finanças, é uma
> aventura. Se existe lugar para estacionar, provavelmente está ocupado
> por pessoas não muito civilizadas e sem qualquer tipo de deficiência
> que o ocupam indevidamente. Se são finanças, sou recebida à porta
> pois existe lugar para estacionar mas na entrada só existem escadas. É
> assim como podem perceber: o meu dia é sempre uma aventura cheia de
> desafios a transpôr. Não impedem os mesmos que o sorriso se estabeleça
> na minha cara desde que me levanto até à hora de me deitar.
> relativamente a acessibilidades. Começo a manhã por levar o meu filho
> à escolinha. Como vou a pé tento ir com segurança no passeio mas é
> impossivel. Com os carros estacionados indevidamente nos passeios sou
> eu que tenho que ir na estrada. Perto da escola existe uma curva
> muito apertada e como não tem visibilidade, peço ao meu filho, que
> vai no passeio com toda a segurança, e porque cabe entre os carros
> para avançar um pouco e ver se vêm carros para eu poder seguir. Ou
> teria um acidente. Depois de ele estar na escola, pego no meu carro e
> sigo para um dos meus voluntariados. A Junta, no Banco de
> voluntariado, onde não existe um lugar de estacionamento para pessoas
> com deficiência. Tenho que procurar um lugar favorável onde possa ter
> a total abertura de porta para que possa tirar a minha cadeira de
> rodas. A acessibilidade da Junta não existe pois era um edificio
> antigo onde não estava previsto trabalhar uma pessoa com deficiência.
> Se tiver que almoçar fora de casa tenho que procurar um restaurante ou
> café com acessibilidade e também, e mais importante com casa de banho
> adaptada, o que é deveras dificil. Ao fim da tarde apanho o meu filho
> e levo-o ao ginásio para a piscina ou karaté. Quanto ao ginásio não
> tenho nenhum problema, está todo acessivel. Mas não existe um
> rebaixamento de passeio à entrada e o passeio é muito alto para
> cavalinhos. Tenho que dar a volta ao quarteirão onde existe um
> rebaixamento e que me permite aceder ao passeio em segurança. Se
> durante o dia tenho que ir correios, supermercado, finanças, é uma
> aventura. Se existe lugar para estacionar, provavelmente está ocupado
> por pessoas não muito civilizadas e sem qualquer tipo de deficiência
> que o ocupam indevidamente. Se são finanças, sou recebida à porta
> pois existe lugar para estacionar mas na entrada só existem escadas. É
> assim como podem perceber: o meu dia é sempre uma aventura cheia de
> desafios a transpôr. Não impedem os mesmos que o sorriso se estabeleça
> na minha cara desde que me levanto até à hora de me deitar.
bem vindos srs e sras...
Olá a todos,
Esta quarta-feira, continua a mostra independente de cinema organizada pela Uzi Filmes na Crew Hassan,
Rua das Portas de Sto. Antão, nº159 1º andar.
A partir das 22h esperamos por vocês.
Esta quarta-feira temos:
OS VIGILANTES, Portugal
DIAS ESCUROS, Portugal
BACHENI, Israel
Esperamos por vocês.
Uzi Filmes
Esta quarta-feira, continua a mostra independente de cinema organizada pela Uzi Filmes na Crew Hassan,
Rua das Portas de Sto. Antão, nº159 1º andar.
A partir das 22h esperamos por vocês.
Esta quarta-feira temos:
OS VIGILANTES, Portugal
DIAS ESCUROS, Portugal
BACHENI, Israel
Esperamos por vocês.
Uzi Filmes
17 maio 2009
deus em coimbra diz-se...
Uma comunidade comunga comuns estares em pão e favaios!
www.comunidadejoaoxxiii.blogspot.com
www.comunidadejoaoxxiii.blogspot.com
e a vida que não vivi
http://www.youtube.com/watch?v=wV5k3zjSifI
http://www.youtube.com/watch?v=aMKHMcS7X3g
http://www.youtube.com/watch?v=va3gMtfH1sE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=fPhC5j9ybwo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xxWIMsoKOjU&feature=related
Vou ter que reaprender a tocar viola e tocava tão bem e há imensas letras com acordes na net. what a pitty, pois vais! Movimentos finos...
http://www.youtube.com/watch?v=aMKHMcS7X3g
http://www.youtube.com/watch?v=va3gMtfH1sE&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=fPhC5j9ybwo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=xxWIMsoKOjU&feature=related
Vou ter que reaprender a tocar viola e tocava tão bem e há imensas letras com acordes na net. what a pitty, pois vais! Movimentos finos...
já sei que o meu espiríto não é grande coisa
"os homens de mais espírito, suponho que são os mais ousados, experimentam também de longe, as mais dolorosas tragédias; precisamente por isso honram a vida, porque esta lhes contrapõe o seu máximo antagonismo" (Nietzsche in "Crepúsculo dos Ídolos -Incursões de um extemporâneo, aforismo 17")
carnide no mapa
V Feira de Expressões Artísticas
Está a chegar mais uma edição da Feira de Expresões Artísticas de Carnide, um sonho que hoje é uma realidade transformada num marco cultural, educativo e social nao apenas na Freguesia de Carnide mas da Cidade de Lisboa, onde participam cerca de quatro dezenas de instituições.
Este ano a Feira terá de 28 a 31 de Maio e novamente no Jardim da Luz, onde é possível participar nas animações e nos atelieres programados.
Para mais informações, contactar os Serviços Sócio-Educativos da Junta de Freguesia de Carnide através de telefone 21 7121330.
Durante quatro dias, a Feira é um jardim transformado num espaço educativo e lúdico.
Visita, participa e divulga a Feira!
Está a chegar mais uma edição da Feira de Expresões Artísticas de Carnide, um sonho que hoje é uma realidade transformada num marco cultural, educativo e social nao apenas na Freguesia de Carnide mas da Cidade de Lisboa, onde participam cerca de quatro dezenas de instituições.
Este ano a Feira terá de 28 a 31 de Maio e novamente no Jardim da Luz, onde é possível participar nas animações e nos atelieres programados.
Para mais informações, contactar os Serviços Sócio-Educativos da Junta de Freguesia de Carnide através de telefone 21 7121330.
Durante quatro dias, a Feira é um jardim transformado num espaço educativo e lúdico.
Visita, participa e divulga a Feira!
16 maio 2009
e eu escrevo...
A princípio é simples. Foi na vida q se formou este prazer q amadureceu até ser vida, desejou-se um poder estar e desabafar. Foi uma melodia pintada e sonhada, o risco é bom, diziam, foi um ser feliz q aqui se instalou (zzzzzzzzzz) e bem amou a vida. Um silvar silencioso de sinos trinava e embalava a dança. Serviram celestes ventanias e terrestres brisas. No fim vem o próximo capítulo…
No dia em que o Zé bateu estávamos lá todos. Nem sempre conseguimos reunir-nos em festas de anos ou em reveillons... uns estão cansados outros chateados outros não têm dinheiro... mas no dia em que o Zé bateu estávamos lá todos e arranjámos maneira de nos juntarmos assim que a notícia nos gelou o sangue.
Eu e a Salomé estávamos numa reunião de fecho de edição de Dezembro: uma manhã de fim de semana em que nos apetecia tudo menos estar em Lisboa. Recebemos a chamada do Pires e pusemo-nos a correr para Belém.
Chegámos ao Bar do hospital e parecia que o Zé era cigano... a bem dizer acho que nem os ciganos arrastam tanta gente para os hospitais. Nem para o tribunal! A verdade é que ali éramos todos família! E sentíamo-nos todos com direito a notícias rapida e urgentemente. Bué de lágrimas secas nas caras, bué de abraços que te queríamos dar a ti e dávamos uns aos outros, a atirar para trás das costas qualquer diferença que tivesse surgido ao longo dos anos de amizade em torno de ti.
Porque a bem dizer, sabes que foste a cola que manteve o grupo unido sem merdas. Lembras-te quando estiveste na Alemanha? Pois a Salomé só dizia "deixa o Zé chegar que as cenas resolvem-se logo!". Não sei bem que cenas eram, nem que discórdias se geraram enquanto não estavas cá mas sabíamos que eras a solução.
Não sabíamos se íamos sequer voltar a abraçar-te, ou a falar contigo, ou a ver o teu sorriso despreocupado que ainda hoje se mantém, por mais que te preocupes com alguma coisa. E a verdade é que voltámos, e tu voltaste! E a certeza de que íamos voltar a ter-te foi melhor que a Carvalhesa na Festa do Avante! Yuhuuu!!!
Tás cá, tás fino e a melhorar como o vinho do porto, e lembro-me que acabaste o Jogo da Transformação antes do resto de nós ( o teu cartão de dom dizia qualquer coisa como "live your live, singing and laughing along the way").
Abraços cada vez mais de pé,
Eu e a Salomé estávamos numa reunião de fecho de edição de Dezembro: uma manhã de fim de semana em que nos apetecia tudo menos estar em Lisboa. Recebemos a chamada do Pires e pusemo-nos a correr para Belém.
Chegámos ao Bar do hospital e parecia que o Zé era cigano... a bem dizer acho que nem os ciganos arrastam tanta gente para os hospitais. Nem para o tribunal! A verdade é que ali éramos todos família! E sentíamo-nos todos com direito a notícias rapida e urgentemente. Bué de lágrimas secas nas caras, bué de abraços que te queríamos dar a ti e dávamos uns aos outros, a atirar para trás das costas qualquer diferença que tivesse surgido ao longo dos anos de amizade em torno de ti.
Porque a bem dizer, sabes que foste a cola que manteve o grupo unido sem merdas. Lembras-te quando estiveste na Alemanha? Pois a Salomé só dizia "deixa o Zé chegar que as cenas resolvem-se logo!". Não sei bem que cenas eram, nem que discórdias se geraram enquanto não estavas cá mas sabíamos que eras a solução.
Não sabíamos se íamos sequer voltar a abraçar-te, ou a falar contigo, ou a ver o teu sorriso despreocupado que ainda hoje se mantém, por mais que te preocupes com alguma coisa. E a verdade é que voltámos, e tu voltaste! E a certeza de que íamos voltar a ter-te foi melhor que a Carvalhesa na Festa do Avante! Yuhuuu!!!
Tás cá, tás fino e a melhorar como o vinho do porto, e lembro-me que acabaste o Jogo da Transformação antes do resto de nós ( o teu cartão de dom dizia qualquer coisa como "live your live, singing and laughing along the way").
Abraços cada vez mais de pé,
14 maio 2009
moca mfe
Os Campos
O MOCAMFE seria apenas mais um movimento de jovens que acampam regularmente, divertindo-se, se fosse apenas isso. Felizmente são OS CAMPOS.
Somos uma imensa minoria que ano após ano soma gerações de amigos. Com história e com estórias nos sítios mais imprevisíveis de Portugal e dele nada fazemos, felizmente, para que se saiba. O velho lema permanece: “tráz outro amigo também!” Temos, ferrete de estarmos juntos, uma marca invisível na pele, um olhar indelével altruísta, superior porque aos campos pertencemos, uma forma derradeira de fazer procissões de saudade aos sítios e antigos desejos, que apenas os nossos identificam e por ela participam anos a fio, somada a esse velho desassossego de nos continuarmos a procurar pela vida fora quando já pensas que não és.
Espera um pouco. Acerta as mãos com o melhor lado do vento. Ajeita o corpo. Anda. Não tenhas receio. Chega-te para aqui na pouca luz do costume. Sopra, isso. Vês, não custa nada, acendeste uma fogueira para os miúdos. Já está acesa. Espera agora o som da viola, isso. Vês a luz que nos fizeste? Sabes cantar sobre o som que agora ecoa? Consegues deitar-te no ombro do mais próximo a sussurrar a vida? Assim começa o fogo que nos arde para sempre.
OS CAMPOS são sítios onde levarás um dia os filhos, recordarás cartas e letras de músicas, rostos certos, amores perdidos e consumidos, cinzas de conversas, fios de água, sombras, estrelas e palhaços, espaço para abraços.
Mas é na derradeira imagem que guardaste na sombra dos dias, margem segura onde te encostas firme, feita de amigos que permanecem em torno do farol que uma noite nos iluminou os rostos que fariam sentido ao nosso futuro, que viverás conhecendo-nos. Sendo parte. Como se houvesse uma cartilha e um caminho que firmasse palavra e orientação, sabendo que o próximo passo é sempre o compromisso de vida assumido por cada um de nós!
Vem! Entra por esta porta grande - OS CAMPOS. Um dia, quando a água te cobrir a vida mais que o curso das lágrimas, limpa apenas os olhos e olha o farol. Vês? Cá estamos firmes como sempre a unirmo-nos por
O MOCAMFE seria apenas mais um movimento de jovens que acampam regularmente, divertindo-se, se fosse apenas isso. Felizmente são OS CAMPOS.
Somos uma imensa minoria que ano após ano soma gerações de amigos. Com história e com estórias nos sítios mais imprevisíveis de Portugal e dele nada fazemos, felizmente, para que se saiba. O velho lema permanece: “tráz outro amigo também!” Temos, ferrete de estarmos juntos, uma marca invisível na pele, um olhar indelével altruísta, superior porque aos campos pertencemos, uma forma derradeira de fazer procissões de saudade aos sítios e antigos desejos, que apenas os nossos identificam e por ela participam anos a fio, somada a esse velho desassossego de nos continuarmos a procurar pela vida fora quando já pensas que não és.
Espera um pouco. Acerta as mãos com o melhor lado do vento. Ajeita o corpo. Anda. Não tenhas receio. Chega-te para aqui na pouca luz do costume. Sopra, isso. Vês, não custa nada, acendeste uma fogueira para os miúdos. Já está acesa. Espera agora o som da viola, isso. Vês a luz que nos fizeste? Sabes cantar sobre o som que agora ecoa? Consegues deitar-te no ombro do mais próximo a sussurrar a vida? Assim começa o fogo que nos arde para sempre.
OS CAMPOS são sítios onde levarás um dia os filhos, recordarás cartas e letras de músicas, rostos certos, amores perdidos e consumidos, cinzas de conversas, fios de água, sombras, estrelas e palhaços, espaço para abraços.
Mas é na derradeira imagem que guardaste na sombra dos dias, margem segura onde te encostas firme, feita de amigos que permanecem em torno do farol que uma noite nos iluminou os rostos que fariam sentido ao nosso futuro, que viverás conhecendo-nos. Sendo parte. Como se houvesse uma cartilha e um caminho que firmasse palavra e orientação, sabendo que o próximo passo é sempre o compromisso de vida assumido por cada um de nós!
Vem! Entra por esta porta grande - OS CAMPOS. Um dia, quando a água te cobrir a vida mais que o curso das lágrimas, limpa apenas os olhos e olha o farol. Vês? Cá estamos firmes como sempre a unirmo-nos por
11 maio 2009
aconselho
"tudo o quanto penso, tudo o quanto sou
é grande, é imenso, é tudo o que dou
e ao dá-lo recebo e fico maior
do que sou quando me nego"
(São dias que passam, Hélder Ribeiro)
Tinha 18/19 anos e pouco sabia das maneiras diferentes de viver e pensar, estava confinado a um lugar muito bonito com Mar e Serra onde vivia e vivo: Colares, Sintra onde "a cultura é só paisagem".
Entrei nessa altura, desafiado pela minha irmã, para fazer o CIFA (curso intensivo de formação de animadores) na aldeia do Talasnal na serra da Lousã (merece uma visita para quem não conhece). Sem saber bem para o que ia. Começava assim para mim o Mocamfe.
Cresci imenso com ele. Fez-me pensar, gostar de pensar; ensinou-me a responsabilizar-me pelas coisas, pelos outros, pelos futuros; tornou-me exigente. Deu-me gosto em fazer coisas com/para os outros. Cozinhar, montar tendas, dar banhos, dormir pouco mas "porque os miúdos estão à espera de um amanhã grandioso"; ganhei consciência política.
Continuo com ele porque tenho a certeza que é algo raro, que vale muito a pena, e como agradecimento ao privilégio que tive que quero que os outros também o possam ter.
Continuo com ele porque há partilha de ideias e vontades, porque lá entendo outros ritmos/tempos/espaços, e porque, nas palavras de João Keating, há "(...) espaço para as pessoas se aperceberem o quanto ficam diferentes quando estão tão próximas de outras(...)"
O que é que o Mocamfe tem para dar? "(...) talvez não seja muito importante sermos bons actores, bons músicos, bons encenadores, bons escritores e poetas, e por aí fora, o que importa é que as pessoas se descubram a si próprias ao representar, ao tocar e cantar, ao escrever e recitar (...)"
É só um movimento de campos de férias.
Ou talvez não.
é grande, é imenso, é tudo o que dou
e ao dá-lo recebo e fico maior
do que sou quando me nego"
(São dias que passam, Hélder Ribeiro)
Tinha 18/19 anos e pouco sabia das maneiras diferentes de viver e pensar, estava confinado a um lugar muito bonito com Mar e Serra onde vivia e vivo: Colares, Sintra onde "a cultura é só paisagem".
Entrei nessa altura, desafiado pela minha irmã, para fazer o CIFA (curso intensivo de formação de animadores) na aldeia do Talasnal na serra da Lousã (merece uma visita para quem não conhece). Sem saber bem para o que ia. Começava assim para mim o Mocamfe.
Cresci imenso com ele. Fez-me pensar, gostar de pensar; ensinou-me a responsabilizar-me pelas coisas, pelos outros, pelos futuros; tornou-me exigente. Deu-me gosto em fazer coisas com/para os outros. Cozinhar, montar tendas, dar banhos, dormir pouco mas "porque os miúdos estão à espera de um amanhã grandioso"; ganhei consciência política.
Continuo com ele porque tenho a certeza que é algo raro, que vale muito a pena, e como agradecimento ao privilégio que tive que quero que os outros também o possam ter.
Continuo com ele porque há partilha de ideias e vontades, porque lá entendo outros ritmos/tempos/espaços, e porque, nas palavras de João Keating, há "(...) espaço para as pessoas se aperceberem o quanto ficam diferentes quando estão tão próximas de outras(...)"
O que é que o Mocamfe tem para dar? "(...) talvez não seja muito importante sermos bons actores, bons músicos, bons encenadores, bons escritores e poetas, e por aí fora, o que importa é que as pessoas se descubram a si próprias ao representar, ao tocar e cantar, ao escrever e recitar (...)"
É só um movimento de campos de férias.
Ou talvez não.
anarca
Este senhor não é nada bloco (confiem em mim)) muito mais alternativo: http://ruitavares.net/blog/
talvez não esteja muito alegre
Motivação: também não devo fazer campos este ano e é uma forma de os 2 participarmos criativamente no que é o verão e o movimento.
1970 - Tinha adormecido e sonhava que a vida era só alegria; acordei e vi que a vida era só servir; ao servir descobri que servir era a alegria.
Era um fim de tarde na quinta, Jonas e Joaquim, caminhavam terreno abaixo, páram, viram-se para um frente-a-frente: aqui? Olham os dois para o chão: sim, pode ser!
Gostas de mim? Gosto! Então vamos dançar… damos as mãos e nanananana Dançam à volta.
Começa a soar longe e em crescendo: ‘está na hora de ouvires o teu pai, puxa para ti essa cadeira…’, serve-se chá e bolinhos em jeito piquenique, aparecem esvoaçando, ‘um brinde ao mocamfe e aos turrinhas!’, ‘mas eles n estão cá connosco, estão lá no campo… snif snif… saudades q ficam neste gesto. Mas e nós? Vamos ser criativos e descansar: deixas-me usar as tuas pernas como almofada? Claro! (descansa o texto)
Acordam e a alegria serve-lhes como pousio, tanta calma farta, levantam-se e começam em movimento circular, mãos à ilharga, um finge sacar, mais uma volta, o de rosa saca, pum, cai o homem de azul… e ouve-se a marcha nupcial.
E movimentou-se o dia!
Pôs-se o sol!
1970 - Tinha adormecido e sonhava que a vida era só alegria; acordei e vi que a vida era só servir; ao servir descobri que servir era a alegria.
Era um fim de tarde na quinta, Jonas e Joaquim, caminhavam terreno abaixo, páram, viram-se para um frente-a-frente: aqui? Olham os dois para o chão: sim, pode ser!
Gostas de mim? Gosto! Então vamos dançar… damos as mãos e nanananana Dançam à volta.
Começa a soar longe e em crescendo: ‘está na hora de ouvires o teu pai, puxa para ti essa cadeira…’, serve-se chá e bolinhos em jeito piquenique, aparecem esvoaçando, ‘um brinde ao mocamfe e aos turrinhas!’, ‘mas eles n estão cá connosco, estão lá no campo… snif snif… saudades q ficam neste gesto. Mas e nós? Vamos ser criativos e descansar: deixas-me usar as tuas pernas como almofada? Claro! (descansa o texto)
Acordam e a alegria serve-lhes como pousio, tanta calma farta, levantam-se e começam em movimento circular, mãos à ilharga, um finge sacar, mais uma volta, o de rosa saca, pum, cai o homem de azul… e ouve-se a marcha nupcial.
E movimentou-se o dia!
Pôs-se o sol!
10 maio 2009
07 maio 2009
ora bolas!
O que vai ser o futuro? Não sei, espero cinco minutos...
E isto corre melhor do que poderiam pensar os outros, foi grande o rol de lágrimas mas o máximo que consegui foi comoção, o corpo anda em defeito, debilidade virtuosa e/ou virtual. É do lado esquerdo a mossa, no espelho vê-se uma dessincronia, estou sem sentido na maratona: coisas simples são pequenos passos, estóico sou e serei, a preguiça faz-me falta! Pois faz... mas há-de chegar um tempo em que me deito a descansar e apanho sol em coloridos avermelhados ou amorenados. Sei que já esrevi melhor, mais ardente, mais eu, menos centelhas evasivas, talvez já tenha sido mais acanhado ou fechado! Envergonho-me do hoje!
E isto corre melhor do que poderiam pensar os outros, foi grande o rol de lágrimas mas o máximo que consegui foi comoção, o corpo anda em defeito, debilidade virtuosa e/ou virtual. É do lado esquerdo a mossa, no espelho vê-se uma dessincronia, estou sem sentido na maratona: coisas simples são pequenos passos, estóico sou e serei, a preguiça faz-me falta! Pois faz... mas há-de chegar um tempo em que me deito a descansar e apanho sol em coloridos avermelhados ou amorenados. Sei que já esrevi melhor, mais ardente, mais eu, menos centelhas evasivas, talvez já tenha sido mais acanhado ou fechado! Envergonho-me do hoje!
06 maio 2009
um voador voava
podia ser um ovo q caiu do ninho e rebolou até um chuac naquela pedra
e piu piu piu levantou-se rija e corajosa sorriso na cara/bico fez
flexões de pernas e tentou um sprint para o voo e um pulo...ups, n
deu...mais uma tentativa e...1 metro...2 metros...3 metros flug flug
flug, dali donde estava mudava a perspectiva - já n via só
branco-casca mas um azul celeste donde podia ver um novo mundo, outro.
pensava: 'às vezes basta mudar a perspectiva e ver de um outro ponto q
o MUNDO gira e muda... n me posso esconder, eu já n quero estar
fechada.' de coisas más inevitavelmente vem um ou + bens, é essa a
regra: preto vem um branco, e o cinzento? ensinaram-me a ver o mundo
mais azulado. o cisne MELO acreditava numa melhoria, afinal sp fora
assim: livre era um prazer saber-se solto - pensava como poderia
abraçar o mundo e sentia isso mais fácil agora q tinha isso na cabeça
e nessa mente era global e punha uma asa por cima dos olhos e olhava
para o horizonte amplo pensando no q tinha sido durante demasiado
tempo e n queria queixar-se do q tinha Vivido, afinal para chegar
aquele prazer ele tinha q ter estado fechado como os olhos estiveram
fechados durante tanto tempo antes de verem. ficava-lhe bem a alegria
e saltava de felicidade!
o cisne MELO sentia-se só mas via ao fundo um bando de cisnes, o q ia
atrás contorcia o pescoço e pata esq ao bico -ziiiiiiipuuuiiiuuu
uma galinha fugiu da capoeira para o terreno encontrando o pato vaidoso q se empinou dizendo 'quá, quá!', nesse diálogo animalesco o cócórócó de alto grau erudito ganhou asas e disse 'cócóró um cão chamado ginja au au e uma gata menina miauuu gruar vieram juntos ela às costas dele e serenos sentaram-se a olhar a triste capoeira enredada e disseram miau auuu auuu-é hj q começa novo ciclo e na lei da selva está escrito q os bichos de penas serão poder rei leonino na terra, no ar-voam- e na água-mar-pato-nós baixamos o focinho e uivamos ao coroamento. nesse ritual resolveram iniciar um baile: d. ginja e sr pato num passo estudado, a GAta e a GAlinha GAtinharam sem respeitar as bossas dos camelos enGAsgados GAmaram o respeito e atenção de um público... e imaginem seguimento!
e piu piu piu levantou-se rija e corajosa sorriso na cara/bico fez
flexões de pernas e tentou um sprint para o voo e um pulo...ups, n
deu...mais uma tentativa e...1 metro...2 metros...3 metros flug flug
flug, dali donde estava mudava a perspectiva - já n via só
branco-casca mas um azul celeste donde podia ver um novo mundo, outro.
pensava: 'às vezes basta mudar a perspectiva e ver de um outro ponto q
o MUNDO gira e muda... n me posso esconder, eu já n quero estar
fechada.' de coisas más inevitavelmente vem um ou + bens, é essa a
regra: preto vem um branco, e o cinzento? ensinaram-me a ver o mundo
mais azulado. o cisne MELO acreditava numa melhoria, afinal sp fora
assim: livre era um prazer saber-se solto - pensava como poderia
abraçar o mundo e sentia isso mais fácil agora q tinha isso na cabeça
e nessa mente era global e punha uma asa por cima dos olhos e olhava
para o horizonte amplo pensando no q tinha sido durante demasiado
tempo e n queria queixar-se do q tinha Vivido, afinal para chegar
aquele prazer ele tinha q ter estado fechado como os olhos estiveram
fechados durante tanto tempo antes de verem. ficava-lhe bem a alegria
e saltava de felicidade!
o cisne MELO sentia-se só mas via ao fundo um bando de cisnes, o q ia
atrás contorcia o pescoço e pata esq ao bico -ziiiiiiipuuuiiiuuu
uma galinha fugiu da capoeira para o terreno encontrando o pato vaidoso q se empinou dizendo 'quá, quá!', nesse diálogo animalesco o cócórócó de alto grau erudito ganhou asas e disse 'cócóró um cão chamado ginja au au e uma gata menina miauuu gruar vieram juntos ela às costas dele e serenos sentaram-se a olhar a triste capoeira enredada e disseram miau auuu auuu-é hj q começa novo ciclo e na lei da selva está escrito q os bichos de penas serão poder rei leonino na terra, no ar-voam- e na água-mar-pato-nós baixamos o focinho e uivamos ao coroamento. nesse ritual resolveram iniciar um baile: d. ginja e sr pato num passo estudado, a GAta e a GAlinha GAtinharam sem respeitar as bossas dos camelos enGAsgados GAmaram o respeito e atenção de um público... e imaginem seguimento!
05 maio 2009
03 maio 2009
preservativos não tenho usado... estou destreinado, substituição?
Se milagres aconteceram, se aqui estou limpo de impurezas em um espiríto díspar da grande maioria, sou estranho, vejo o copo meio cheio, e não o deixo secar... futuro existe, só pode pelo já (sobre) vivido... tudo o que é tonteria me faz falta: sras, gostos boémios (bebidas, fumos, etc.), noitadas (borga!).
'Isto' não se desaprende...
'Isto' não se desaprende...
madrezita, te quiero tanto...
As mães são as mais altas coisas
que os filhos criam, porque se colocam na combustão dos filhos, porque
os filhos estão como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos
filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.
E os filhos mergulham em escafandros no interior de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e na agudeza de toda a sua vida.
E o filho senta-se com a sua mãe á cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível e as águas
estão ligadas entre si
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até ser possível
amar tudo,
e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do
amor."
que os filhos criam, porque se colocam na combustão dos filhos, porque
os filhos estão como invasores dentes-de-leão
no terreno das mães.
E as mães são poços de petróleo nas palavras dos
filhos,
e atiram-se, através deles, como jactos
para fora da terra.
E os filhos mergulham em escafandros no interior de muitas águas,
e trazem as mães como polvos embrulhados nas mãos
e na agudeza de toda a sua vida.
E o filho senta-se com a sua mãe á cabeceira da mesa,
e através dele a mãe mexe aqui e ali,
nas chávenas e nos garfos.
E através da mãe o filho pensa
que nenhuma morte é possível e as águas
estão ligadas entre si
por meio da mão dele que toca a cara louca
da mãe que toca a mão pressentida do filho.
E por dentro do amor, até ser possível
amar tudo,
e ser possível tudo ser reencontrado por dentro do
amor."
isto é cultura, massas
Ana Sousa Dias
Os homens são seres mais egoístas do que as mulheres, mais racionais, mais destemidos no que diz respeito à sua integridade física - no resto, são mais cobardes do que nós. Não estão preparados para ter contrariedades. São muito óbvios. Mentem e não percebem que mostram que estão a mentir. Quando se insinuam são completamente óbvios, não sabem estar calados. Às vezes, aparece um homem que nos faz sentir umas borboletas cá por dentro mas, mal abre a boca, acaba a Primavera.
São seres menos completos do que as mulheres. Nós temos aquela capacidade fantástica de resolver vários assuntos ao mesmo tempo, sabemos pôr-nos na pele do outro. Temos de ser mães, enfermeiras, costureiras, empregadas da limpeza, e ainda temos uma vida profissional.
A minha percepção mudou imenso ao longo do tempo. Os primeiros homens da minha vida adulta não eram pessoas correctas nem honestas. E agora tenho vindo a descobrir pessoas muitíssimo agradáveis. Foi uma evolução interior minha.
Não podemos queixar-nos de que os filhos são egoístas se fomos nós a educá-los. Tenho três filhos, a Maria, o Gonçalo e a Francisca. Há dois anos, ele foi passar um fim-de-semana com os amigos, 17 rapazes e 14 raparigas, com 17 ou 18 anos. Ele era o único que sabia cozinhar. Faz parte da minha função de mãe abrir-lhes os olhos para o mundo e ensinar-lhe uma série de competências, para poderem ser independentes e livres, porque se não forem independentes não são livres.
Há poucos dias, estávamos a conversar com os meus pais e o Gonçalo disse: tenho de agradecer à minha mãe porque foi a pessoa mais importante e que mais me influenciou a vida toda, porque me abriu os olhos, porque me explicou caminhos e porque respeitou os meus.
Fomos educadas para casar e não esperar de um homem mais do que o ganha-pão. Ele teria a vida dele e nós seríamos as fadas do lar, abelhinhas diligentes. Não tínhamos exemplos diferentes. Abri os olhos depois de casar e só depois de me divorciar descobri que havia imensos homens muito diferentes.
O que me atrai num homem é o que também me atrai numa mulher: uma cabeça arejada, que pense por si e não pela cabeça dos outros. A lealdade é fundamental, bem como a honestidade intelectual. Sou mais atraída por isso do que pelo físico. Os homens que aconteceram na minha vida não são fisicamente parecidos.
Tenho imenso orgulho nos genes do nosso bisavô**. Trilhou a vida dele e lutou pelo que queria e eu, à minha maneira, luto por aquilo que quero. Não consigo aceitar viver num país sem auto-estima, tendo eu consciência disso e não fazendo nada para mudar. A Alma Lusa faz dez anos e hoje, noutras cidades do país, encontras lojas que são cópias, pelo menos nalgumas facetas, do que estou a fazer. E é fantástico porque o país precisa imenso. Recebo muitos cartões e emails. Guardei o primeiro, era do vice-presidente de um banco em Miami, um americano de origem portuguesa. "Parabéns pela sua obra." O último é de uma rapariga de 24 anos que vive em Londres: "Passei pela sua loja do aeroporto, sinto-me orgulhosa de ser portuguesa."
Trabalhei muitos anos sozinha e detestei, gosto de trabalhar com. Gosto de ouvir a opinião de outra pessoa, aprendo sempre qualquer coisa, leva-me para outros caminhos. Quando contrato alguém, não o faço por ser homem ou mulher. Vejo a experiência profissional, o perfil pessoal, na entrevista percebo o que diz e não diz.
Trabalhei numa multinacional alemã e gostei muito, são muito racionais, perseguem os objectivos. Cheguei a ser a única mulher nos quadros superiores. Mas quando fiquei grávida do meu segundo filho contrataram logo outra pessoa para me substituir. Há 11 ou 12 anos, respondi a um anúncio do Lidl e até me perguntaram se tinha dores menstruais.
Recordo os avós com imenso carinho, eles tinham tempo para nós. Lembras-te de uns bombons de chocolate com um creme branco por dentro, embrulhados em celofane colorido? O avô ensinava-nos a pôr o celofane, lavado, no vidro de uma janela para ver o mundo todo amarelo ou todo vermelho...
Preciso de continuar a aprender, não poderia ficar em casa sem ter vida profissional. Um filho é um braço ou uma perna, posso sofrer imenso por eles, mas o meu projecto de vida sou eu, enquanto pessoa. Há uma parte da massa cinzenta que estagna se não a utilizares. Do que eu gostava mesmo, e vou fazer tudo por isso, era de só morrer aos 120. Ainda me falta mais de metade da minha vida. Há tanto mundo, tanta coisa que quero fazer.
* Criadora das lojas Alma Lusa, exclusivamente com design português
** General Adalberto Sousa Dias, comandou as primeiras revoltas contra a Ditadura 1926 (Porto) e 1931 (Madeira)
anasdias@netcabo.pt
A partir de uma conversa
com a empresária, prima da autora do texto
Os homens são seres mais egoístas do que as mulheres, mais racionais, mais destemidos no que diz respeito à sua integridade física - no resto, são mais cobardes do que nós. Não estão preparados para ter contrariedades. São muito óbvios. Mentem e não percebem que mostram que estão a mentir. Quando se insinuam são completamente óbvios, não sabem estar calados. Às vezes, aparece um homem que nos faz sentir umas borboletas cá por dentro mas, mal abre a boca, acaba a Primavera.
São seres menos completos do que as mulheres. Nós temos aquela capacidade fantástica de resolver vários assuntos ao mesmo tempo, sabemos pôr-nos na pele do outro. Temos de ser mães, enfermeiras, costureiras, empregadas da limpeza, e ainda temos uma vida profissional.
A minha percepção mudou imenso ao longo do tempo. Os primeiros homens da minha vida adulta não eram pessoas correctas nem honestas. E agora tenho vindo a descobrir pessoas muitíssimo agradáveis. Foi uma evolução interior minha.
Não podemos queixar-nos de que os filhos são egoístas se fomos nós a educá-los. Tenho três filhos, a Maria, o Gonçalo e a Francisca. Há dois anos, ele foi passar um fim-de-semana com os amigos, 17 rapazes e 14 raparigas, com 17 ou 18 anos. Ele era o único que sabia cozinhar. Faz parte da minha função de mãe abrir-lhes os olhos para o mundo e ensinar-lhe uma série de competências, para poderem ser independentes e livres, porque se não forem independentes não são livres.
Há poucos dias, estávamos a conversar com os meus pais e o Gonçalo disse: tenho de agradecer à minha mãe porque foi a pessoa mais importante e que mais me influenciou a vida toda, porque me abriu os olhos, porque me explicou caminhos e porque respeitou os meus.
Fomos educadas para casar e não esperar de um homem mais do que o ganha-pão. Ele teria a vida dele e nós seríamos as fadas do lar, abelhinhas diligentes. Não tínhamos exemplos diferentes. Abri os olhos depois de casar e só depois de me divorciar descobri que havia imensos homens muito diferentes.
O que me atrai num homem é o que também me atrai numa mulher: uma cabeça arejada, que pense por si e não pela cabeça dos outros. A lealdade é fundamental, bem como a honestidade intelectual. Sou mais atraída por isso do que pelo físico. Os homens que aconteceram na minha vida não são fisicamente parecidos.
Tenho imenso orgulho nos genes do nosso bisavô**. Trilhou a vida dele e lutou pelo que queria e eu, à minha maneira, luto por aquilo que quero. Não consigo aceitar viver num país sem auto-estima, tendo eu consciência disso e não fazendo nada para mudar. A Alma Lusa faz dez anos e hoje, noutras cidades do país, encontras lojas que são cópias, pelo menos nalgumas facetas, do que estou a fazer. E é fantástico porque o país precisa imenso. Recebo muitos cartões e emails. Guardei o primeiro, era do vice-presidente de um banco em Miami, um americano de origem portuguesa. "Parabéns pela sua obra." O último é de uma rapariga de 24 anos que vive em Londres: "Passei pela sua loja do aeroporto, sinto-me orgulhosa de ser portuguesa."
Trabalhei muitos anos sozinha e detestei, gosto de trabalhar com. Gosto de ouvir a opinião de outra pessoa, aprendo sempre qualquer coisa, leva-me para outros caminhos. Quando contrato alguém, não o faço por ser homem ou mulher. Vejo a experiência profissional, o perfil pessoal, na entrevista percebo o que diz e não diz.
Trabalhei numa multinacional alemã e gostei muito, são muito racionais, perseguem os objectivos. Cheguei a ser a única mulher nos quadros superiores. Mas quando fiquei grávida do meu segundo filho contrataram logo outra pessoa para me substituir. Há 11 ou 12 anos, respondi a um anúncio do Lidl e até me perguntaram se tinha dores menstruais.
Recordo os avós com imenso carinho, eles tinham tempo para nós. Lembras-te de uns bombons de chocolate com um creme branco por dentro, embrulhados em celofane colorido? O avô ensinava-nos a pôr o celofane, lavado, no vidro de uma janela para ver o mundo todo amarelo ou todo vermelho...
Preciso de continuar a aprender, não poderia ficar em casa sem ter vida profissional. Um filho é um braço ou uma perna, posso sofrer imenso por eles, mas o meu projecto de vida sou eu, enquanto pessoa. Há uma parte da massa cinzenta que estagna se não a utilizares. Do que eu gostava mesmo, e vou fazer tudo por isso, era de só morrer aos 120. Ainda me falta mais de metade da minha vida. Há tanto mundo, tanta coisa que quero fazer.
* Criadora das lojas Alma Lusa, exclusivamente com design português
** General Adalberto Sousa Dias, comandou as primeiras revoltas contra a Ditadura 1926 (Porto) e 1931 (Madeira)
anasdias@netcabo.pt
A partir de uma conversa
com a empresária, prima da autora do texto
01 maio 2009
amor existe?
Luis de Camões- Amor é fogo que arde sem se ver
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
Amor é fogo que arde sem se ver,
é ferida que dói, e não se sente;
é um contentamento descontente,
é dor que desatina sem doer.
É um não querer mais que bem querer;
é um andar solitário entre a gente;
é nunca contentar-se de contente;
é um cuidar que ganha em se perder.
É querer estar preso por vontade;
é servir a quem vence, o vencedor;
é ter com quem nos mata, lealdade.
Mas como causar pode seu favor
nos corações humanos amizade,
se tão contrário a si é o mesmo Amor?
maio maduro maio
http://www.youtube.com/watch?v=BQ1JDqD746k, há quem viva sem dar por nada, há quem morra sem tal saber.
Dia dos trabalhadores é PORTUGAL nas ceifas e nos tractores, gosto no trabalho ou em ser pago... no suor do rosto e da pele sente-se um ser lusitano com ganas de desenvolver heranças em tradições bonitas e musicais... ergue-te ao sol de verão!
Dia dos trabalhadores é PORTUGAL nas ceifas e nos tractores, gosto no trabalho ou em ser pago... no suor do rosto e da pele sente-se um ser lusitano com ganas de desenvolver heranças em tradições bonitas e musicais... ergue-te ao sol de verão!
teréré
Zé,
Estiveste comigo no meu primeiro campo de pinóquios. Eu tinha 9 anos e estava a começar a perceber o que era o MOCAMFE. Foste o meu animador de equipa, juntamente com a Joana Alves e ambos cantavam para mim uma musiquinha que fazia lembrar o meu nome. Já não sei reproduzi-la com exactidão, mas lembro-me que a adorava e achava muito engraçado quando vocês a cantavam.
Depois de tantos campos, as memórias acerca do 1º já são poucas. Lembro-me que choveu muito e que por isso tivemos de mudar o campo para uma escola e que contigo fiz o primeiro sketch de que me lembro: Eu era um FÓSFORO! O sketch foi um sucesso e tu estavas tão animado como nós. Talvez o tenha fixado na memória, porque a partir daí, quando nos encontrávamos, às vezes, chamavas-me de “Fósfara”.
Anos depois, estivemos juntos em Turras, com o meu irmão, o Pedro Mendonça, o Bruno Loff e o Gil a dirigir. Foi, sem dúvida, um campo especial. Ambos mais velhos, penso que nos voltámos a re-conhecer, sem nunca esquecer que eu tinha sido, em tempos, a tua “Fósfara”.
Foi o campo do célebre Téréré que se tornou pulseira (ainda hoje me chateias para que te faça outro…).
Foi o campo em que te revelaste mais velho e preocupado, tentando afastar-me dos rapazes que achavas não serem bons para mim. Achava isto tão carinhoso e ao mesmo tempo hilariante, que nem o discutia contigo.
No último dia, foste tu que me fizeste começar a chorar (sempre gostaste de uma boa lamechice!) e quando me disseste: “Um dia vamos animar juntos.”, fiquei tão feliz e orgulhosa!
Dentro e fora dos campos, guardo muitas recordações tuas que me dizem de que “marca” de animadores és feito. És daquela que se interessa pelos participantes, que gosta de dar e receber mimo, que está sempre pronto para ouvir uma boa “cusquice” e que acima de tudo, vive os campos a 100%, procurando partilhar essa intensidade com os outros.
Um beijo,
Bié
(gabriela bento para os amigos)
Coimbra, 23 de Março de 2009
Estiveste comigo no meu primeiro campo de pinóquios. Eu tinha 9 anos e estava a começar a perceber o que era o MOCAMFE. Foste o meu animador de equipa, juntamente com a Joana Alves e ambos cantavam para mim uma musiquinha que fazia lembrar o meu nome. Já não sei reproduzi-la com exactidão, mas lembro-me que a adorava e achava muito engraçado quando vocês a cantavam.
Depois de tantos campos, as memórias acerca do 1º já são poucas. Lembro-me que choveu muito e que por isso tivemos de mudar o campo para uma escola e que contigo fiz o primeiro sketch de que me lembro: Eu era um FÓSFORO! O sketch foi um sucesso e tu estavas tão animado como nós. Talvez o tenha fixado na memória, porque a partir daí, quando nos encontrávamos, às vezes, chamavas-me de “Fósfara”.
Anos depois, estivemos juntos em Turras, com o meu irmão, o Pedro Mendonça, o Bruno Loff e o Gil a dirigir. Foi, sem dúvida, um campo especial. Ambos mais velhos, penso que nos voltámos a re-conhecer, sem nunca esquecer que eu tinha sido, em tempos, a tua “Fósfara”.
Foi o campo do célebre Téréré que se tornou pulseira (ainda hoje me chateias para que te faça outro…).
Foi o campo em que te revelaste mais velho e preocupado, tentando afastar-me dos rapazes que achavas não serem bons para mim. Achava isto tão carinhoso e ao mesmo tempo hilariante, que nem o discutia contigo.
No último dia, foste tu que me fizeste começar a chorar (sempre gostaste de uma boa lamechice!) e quando me disseste: “Um dia vamos animar juntos.”, fiquei tão feliz e orgulhosa!
Dentro e fora dos campos, guardo muitas recordações tuas que me dizem de que “marca” de animadores és feito. És daquela que se interessa pelos participantes, que gosta de dar e receber mimo, que está sempre pronto para ouvir uma boa “cusquice” e que acima de tudo, vive os campos a 100%, procurando partilhar essa intensidade com os outros.
Um beijo,
Bié
(gabriela bento para os amigos)
Coimbra, 23 de Março de 2009
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